segunda-feira, 27 de julho de 2009

Lizha James nomeada pela quarta vez para os prémios do Channel O 2009, com o vi­deo “xitilo xa kale” .

O evento terá lugar na África do Sul no carnaval da cidade de Sun City a 29 de Outubro. A artista é nomea­da para os awards do Chan­nel O concorrendo para duas categorias: best femile video (melhor video femini­no) e best african southern video (melhor video da Afri­ca Austral).

Lizha tem sido uma das cantoras de destaque no channel O e disse-nos que o segredo para merecer tan­to privilégio é trabalhar e divulgar regularmente seus trabalhos, Lizha disse ainda que corre atrás das coisas, o que muitos deviam fazer para merecer tais privilé­gios.

Do Channel O, Lizha ga­nhou em 2006 o prémio reve­lação, 2007 R&B com “Numa wa mina” e 2008 melhor ví­deo feminino com “Ni ta mu kuma kwini”. A música “Xili­to xa kale” vai fazer parte do novo disco da cantora a ser lançado em Setembro. No inicio deste ano, a cantora gravou um projecto conjun­to com os artistas Loyso e Mandoza que levou o titulo de Voodo. Nesta obra Lizha faz uma abordagem sobre a necessidade de se manter o respeito na sociedade.

Fonte: O Pais

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Jimmy Dludlu cartaz no Jazz de Luanda

O CONCEITUADO guitarrista moçambicano Jimmy Dludlu é uma das figuras de cartaz no Festival de Jazz de Luanda que passa a decorrer anualmente no último fim de semana do mês de Agosto, em Angola.

O primeiro Festival Internacional de Jazz de Luanda vai realizar-se entre 31 deste mês e 2 de Agosto próximo, numa organização das empresas angolana Ritek e sul-africana ESPAfrika, co-produtoras do evento, que decorrerá no Cine Atlântico.

Para esta primeira edição, o Festival de Jazz de Luanda vai contar com a participação de pelo menos 13 artistas, que já confirmaram a sua presença, Jimmy Dludlu vai partilhar o com os angolanos Totó, Paulo Flores, Afrikkanitha, Sandra Cordeiro, Dodó Miranda, e ainda um naipe de músicos estrangeiros, entre os quais McCoy Tyner, Yellowjackets (Estados Unidos da América), Lira, Freshlyground, Marcus Wyatt/Language 12 (África do Sul) e Vanessa da Mata (Brasil).

Durante uma conferência de imprensa, organizada na capital angolana Luanda, António Cristóvão, director geral da Ritek e do projecto, explicou que um dos objectivos do evento cultural é promover o jazz e atrair mais admiradores, bem como turistas para de renome internacional para Angola.

Segundo o empresário, pretende-se com isso fazer do festival um acontecimento com uma periodicidade anual, na perspectiva de mostrar uma imagem positiva junto dos apreciadores deste género musical. Acrescentou que, o objectivo é também transformar Luanda num centro de referência do jazz.

“Queremos colocar Luanda e Angola no mapa internacional do jazz e aproveitar esta oportunidade para atrair mais interessados, turistas e amantes da boa música”, frisou o responsável da empresa angolana ligada à hotelaria e turismo, mas que se juntou à causa de tornar o país num centro de atenções para este género de música.

António Cristóvão realçou que, além dos 13 artistas e bandas que actuarão no festival em dois palcos diferentes durante três dias, entrarão em cena também disc-jockey’s nacionais conceituados.
Afirmou que no pátio do Cine será montado um palco secundário que acolherá DJ’s, bandas e grupos de dança nacionais, para entreter o público durante a mudança de instrumentos no palco principal.

No mesmo local haverá bancadas para a venda de comes e bebes, assim como de material promocional do festival.
Entretanto, o director executivo da agência sul-africana de organização de eventos culturais ESPAfrika, Rashid Lombard, afirmou que, a sua empresa garante total apoio ao Festival Internacional de Jazz e defendeu maior intercâmbio entre os dois países.

De acordo com o responsável da ESPAfrika, uma das produtoras do primeiro Festival Internacional de Luanda de Jazz ao lado da Ritek (Angola), o objectivo do evento é o alargamento de acções culturais na região austral de África.
Rashid Lombard lembrou que a sua empresa tem, em conjunto, um projecto que visa criar um roteiro cultural e turístico entre Angola, África do Sul e Moçambique, naquilo que considera “a experiência costa a costa”.

“A ESPAfrika pretende um intercâmbio musical, trazer artistas internacionais para Luanda e levar de Angola os seus para o exterior no sentido de ajudar a inserção no mercado internacional”, adiantou o também antigo repórter fotográfico de guerra dos anos 80 do século XX e que cobriu na época os conflitos armados nos países da África Austral.
Para si, a experiência poderá proporcionar intercâmbio cada vez mais significativo e disse que, depois do sucesso na auto-sustentabilidade do festival congénere da Cidade do Cabo (África do Sul) considerado pela crítica como o quarto maior do mundo jazz, o de Luanda também tem condições de ser independente no futuro.

Ressaltou que o festival de Luanda deverá ser o segundo maior de África, atrás apenas do de Cidade do Cabo, por causa do interesse manifestado pelas autoridades e empresários angolanos na promoção do evento, que reunirá em três noites 13 artistas.
“O que se pretende é tornar o festival auto-sustentável, explorando a vertente musical e turística que isso proporciona é possível chegar a essa meta”, referiu, apontando que a cultura influencia sociedades e, por via disso, o mundo.

O acordo entre estas duas instituições tem acordo para a co-produção do evento da capital angolana durante os próximos cinco anos.

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II Festival Pan-Africano de Cultura : Eyuphuru “incendeia” palcos argelinos

MOÇAMBIQUE voltou a brilhar, segunda-feira, nos palcos argelinos, com um exuberante espectáculo notavelmente apresentado pelo agrupamento Eyuphuru, na sua estreia no II Festival Pan-Africano de Cultura, que para a semana termina em Argel.

E à semelhança do que assistimos na semana passada, com os timbileiros de Zavala, o Nyau de Tete e o grupo de Tufo da Mafalala, a banda Eyuphuru apresentou uma extraordinária actuação na qual investiu toda a sua sabedoria, mestria e pujança, para, conforme disse um dos integrantes do grupo, não “queimar” as bem sucedidas prestações até agora conseguidas pelos moçambicanos, nesta mostra cultural, que decorre na capital argelina.

Para além de procurar manter e consolidar a linha de sucessos aberta pelos seus compatriotas no evento, os Eyuphuru subiram ao palco, no Instituto Superior da Música de Argel, também com uma outra missão bem difícil: procurar manter, ou no mínimo, corresponder ao calor sabiamente bem conseguido e interpretado pelos anteriores grupos ao longo da semana passada, durante os espectáculos dos monstros da música africana.

E mais: os Eyuphuru não podiam fazer senão estar ao nível do que os catapultou, tanto é que a diva dos pés descalços e rainha da música africana Cesária Évora, e os outros monstros como Youssou N dour, Mory Kante e Ismael Lo, que por aqui já passaram, mostraram as razões porque ainda levantam plateias.

À partida esta parecia uma missão quase impossível de realizar, mas seguros e confiantes e usando os argumentos de qualidade que lhes caracteriza, eles subiram ao palco e deram um grande espectáculo.

Não defraudaram, antes pelo contrário, levaram ao rubro os “frios” argelinos e os sempre exigentes cidadãos da África Ocidental, que se renderam à fabulosa prestação dos moçambicanos, que agora tem sido objecto de palavras de apreço e de elogios por parte de muitos jornalistas aqui presentes.

“Creio que a actuação do vosso grupo, ultrapassou todas as expectativas. Havia muito receio que os moçambicanos iriam apresentar aqui um espectáculo sem chama nem calor, mas não, eles foram deslumbrantes e ao nível de grupos de outros países que por aqui já passaram”, disse um argelino quando pedido pela nossa Reportagem para tecer comentários em torno da prestação dos Eyuphuru.

“Não sabia que o vosso país também é forte neste tipo de música”, confessou por seu turno, um jornalista da África Ocidental.
Por falar de jornalistas, referir que em razão das suas canções, da sua alegre e sensual dança e dos seus peculiares ritmos coreográficos, o grupo Tufo da Mafalala mereceu uma Menção Honrosa na imprensa argelina, na sequência do espectáculo que quinta-feira última apresentou na região Tizi Ouzou.

Na vertente de cinema, Moçambique estreia sexta-feira com o filme “Hospedes da Noite”, do cineasta Licínio Azevedo.

BATUQUE: UM SÍMBOLO DE ÁFRICA
Maputo, Quarta-Feira, 15 de Julho de 2009:: Notícias Os diversos grupos culturais aqui presentes, desde os da música tradicional, folclórica, do ballet, do jazz, até aos da chamada música ligeira, têm todos eles no tambor o seu principal instrumento de expressão cultural. É um soberbo espectáculo olhar para todos os tambores juntos transformados em batuques.
É ainda um regalo escutar o seu harmonioso, mas diversificado som. Embala o coração de qualquer que esteja presente e a embevecer-se com esse som.

Não é fácil ter-se uma ideia de quantos batuques vieram para a Argélia, trazids dos vários cantos do continente africano, mas não fica longe da verdade dizer que 30 por cento do peso de cada delegação, pode ser atribuído à carga dos batuques. São de diferentes tamanhos e feitios, com os mais diversificados sons. São eles a expressão máxima da cultura africana. São eles os grandes mensageiros do festival de cultura de Argel, pois, qualquer movimento, qualquer ritmo ou gesto, parte e obedece ao som destes batuques. Que espectáculo maravilhoso!

A VIDA DOS ARTISTAS EM ARGEL
APESAR da organização lamentável deste festival, não se pode dizer, porém, que os oito mil artistas presentes no evento vivem em condições adversas. Longe disso. Para acolher o evento, além de disponibilizar dezenas de hotéis, na capital e arredores, as autoridades argelinas construíram em tempo recorde, apenas em nove meses, um monumental complexo residencial, transformado, agora pelos seus habitantes numa verdadeira “aldeia cultural”.

O local, na região planáltica de Zeralda, cerca de 50 quilómetros a Sul de Argel, cobre um espaço considerável de uma vasta área agrícola, preenchida por videiras e macieiras, entre outras fruteiras.

Fonte da organização disse ao “Noticias”, que nesta aldeia estão alojados 2500 artistas, representando os 50 países participantes no festival. Garantiu que apesar da presença de tanta gente no local, não se vislumbra nenhum perigo iminente, quer em termos de saúde, quer em termos da segurança, uma vez que o complexo possui todas as condições habitacionais, infra-estruturais e de segurança para uma vida tranquila e sossegada dos seus moradores.

De facto, são irrepreensíveis as condições de segurança, higiene e salubridade que o “Noticias” constatou no local, que igualmente acolhe parte dos responsáveis e artistas moçambicanos, incluindo os membros do Eyuphuru e do grupo de Tufo. Para além das impecáveis instalações sanitárias, de lavandaria, piscinas, cozinha e refeitórios, salas de música, dança e teatro (que servem também para os ensaios dos artistas), o local é também adoptado por uma vasta área de jardinagem, um espaçoso salão de Internet Café, com centenas de computadores, e dormitórios climatizados.

PERFEITO SISTEMA DE SEGURANÇA PARA PROTEGER OITO MIL ARTISTAS
Notícias As medidas de segurança são simplesmente extremas. Para além da presença massiva da polícia fortemente armada dentro das instalações, a área é também vigiada por unidades motorizadas e de infantaria do exército argelino, incluindo forças que usam helicópteros que permanentemente sobrevoam a área.
Os jornalistas, incluindo os dos países ali representados, para terem acesso ao local, apenas são permitidos através de visitas programadas pelos organizadores do grande show de cultura.

“Isto aqui até parece a nossa “BO”, desabafou o baterista dos Eyuphuru, Jorge Cossa, em declarações ao “Noticias”, criticando, por outro lado, e em termos severos as rigorosas regras da “lei seca” adoptadas pela direcção do recinto. “Aqui só se bebe sumo, refresco e água”, lamentou.
Tratando-se de um sítio completamente isolado de outras áreas residenciais (a comunidade mais próxima situa-se a cerca de cinco quilómetros do local), os moradores da aldeia, que são na verdade a nata cultural de África (entre artesãos, músicos, dançarinos, escultores, xilografistas e gente das artes plásticas, entre outros), estão de facto impossibilitados de qualquer contacto com o mundo exterior, senão apenas através da Internet, ou quando se deslocam para os recintos de espectáculos.

Essas saídas são também feitas em grupos, através da luxuosa frota de autocarros pertencentes ao primeiro-ministro argelino, que ganhou o concurso então lançado para a prestação destes serviços.

Dados disponibilizados pela organização referem que para este festival vieram para Argel, 50 países de África, integrando um total de oito mil artistas, dos quais 2860 dançarinos da música folclórica, tradicional e ligeira, 600 artesãos, 232 agentes do cinema e 160 escritores, editores, poetas e conferencistas. Estão previstos, ao longo do evento 500 espectáculos musicais, a edição e reedição de 250 títulos, a apresentação de 41 peças teatrais e a abertura de nove exposições de artes plásticas.

Para a actuação de todos os artistas aqui presentes e exibição de todo este manancial cultural, as autoridades argelinas dispõem de 25 espaços públicos, preparados especificamente para o efeito.

FESTIVAL FRANCO-ÁRABE(?) E OS TRANSTORNOS À VOLTA
O árabe e o francês são, por esta ordem, as duas línguas que dominam o II Festival Pan-Africano de Cultura que decorre em Argel. Um domínio que não deixa espaço para os outros idiomas.

Todas as comunicações e diálogos, oficiais ou informais, são feitas nestas línguas. Só para ter uma ideia do domínio que o árabe exerce sobre as outras línguas, um pequeno exemplo; o discurso oficial da abertura do evento, apresentado por um proeminente membro do governo argelino em representação do presidente Abdelaziz Bouteflika, que não veio à cerimónia por ter perdido a mãe horas antes, foi lido em árabe e sem tradução.

Como se pode depreender, não são poucos os transtornos e a confusão que a situação cria, sobretudo entre os jornalistas anglófonos, lusófonos e os próprios francófonos que cobrem o evento.
Num evento desta magnitude temos visto que a língua inglesa é pura e simplesmente subalternizada. Reduzida a nada e com os seus utentes a sentirem-se humilhados e envergonhados para usá-la.

Estão presentes neste festival, por sinal de Cultura (onde a língua é um importante acervo no património cultural de um povo), todos os povos africanos. Anglófonos, francófonos, lusófonos, árabes, grupos tribais e étnicos. Vieram todos os africanos. Porém, os argelinos, propositadamente ou não, quiseram simplesmente exercer um domínio de uma cultura sobre as outras. Muitos dos participantes ao evento têm comentado que, pela forma como as coisas estão a decorrer, parece-nos que estamos perante um fenómeno de desprezo pelas culturas dos outros num festival continental de cultura.

Questiona-se também o facto de não existirem documentos oficiais do festival em português ou inglês.
A título de exemplo, a África do Sul contribuiu com quase 10 milhões, dos 60 milhões de dólares investidos no evento. Mas, não se encontra razão para não terem sido contratados tradutores em número suficiente para se ocuparem da documentação.

“Não estamos contra a arabização do festival nem a sua franconização. Longe disso. Defendemos apenas, isso sim, que se tratando de um festival cultural deveria ter havido o cuidado de se respeitar ao máximo, as culturas de outros povos. Era o mínimo que se podia fazer”, desabafou um jornalista anglófono ouvido pela nossa Reportagem.
Em virtude desta situação, várias vezes temos vistos jornalistas não falantes do árabe, a recorrerem apenas à mímica para obterem informações.
Estas situacao eh alias, o pão de cada dia no El Aurassi, o hotel que alberga os cerca de 250 jornalistas presentes neste evento, principalmente com os empregados do restaurante e dos quartos.

Reparem que para minimizar os inconvenientes e dificuldades de língua, o nosso grande comunicador, Gabriel Júnior, sim, o produtor e apresentador do programa televisivo, Moçambique em Concerto, na TVM, teve de inventar com a imprevisibilidade que lhe eh peculiar, uma nova “língua”. Uma mistura de português, árabe, francês, inglês e linguas africanas. Trata-se de um idioma inexistente, todavia, agradável e cómica de se ouvir. Eh por todos compreendida, mas ao mesmo tempo, não entendida por ninguém. So permite ao autor desenrascar-se em todas as situacoes. E vai conseguindo. Mas apesar disso, o nosso “show man”, assim como tantos outros jornalistas aqui presentes, já fez um juramento: de regresso, logo que chegar a Maputo, a primeira coisa que vai fazer, mesmo antes de se apresentar na sua redacção, eh matricular-se numa escola árabe e de francês, tudo em defesa da nossa cultura.

DAVID FILIPE, em Argel


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GALLTONES EM CONCERTO



O GRUPO musical Galltones actua no próximo dia 24 deste mês, no Instituto Cultural Moçambique-Alemanha (ICMA), num concerto que visa a divulgação do seu mais recente trabalho discográfico, intitulado “Hanya”. Na apresentação do seu concerto, os Galltones tem como convidada a diva da nossa música Mingas, que na ocasião vai proceder à assinatura de autógrafos, bem como falar a jornalistas e demais convidados sobre a sua digressão pelo país e pelo estrangeiro.

Fundado nos anos 70, o grupo Galltones constitui uma das bandas mais resistentes do circuito musical moçambicano. Sempre iguais a si, este grupo, liderado por Ernesto Dzevo (Ximanganine), persiste, e muito bem, fazendo viver a marrabenta na sua alma. Esta é uma das bandas mais antigas e que continua se aguentando com mais de 40 anos de carreira, depois de ter sido fundado pelo músico António Marcos, que hoje segue uma carreira a solo.
Ao longo destes anos tem mantido o rigor de tocar o ritmo marrabenta, e por lá já passaram nomes sonantes como Aurélio Mondlane e Abílio Mandlazi, ambos falecidos. Abílio Mandlazi já foi um dos vocalistas e líder da banda. Actualmente, o bandolim que Ximanganine toca constitui o cartão de visitas dos Galltones, e ele é tido como único tocador deste instrumento, pelo menos do que se sabe até agora.
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Apresentação de Marllen na 6ª Gala do Dança dos Artistas Vodacom, com muito ritmo.

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A marcha nupcial moçambicana



Realizou-se de 14 a 16 de Maio último a II Conferência Nacional Sobre Cultura, que contou com a participação de gente de todos os estratos sociais da população deste belo Moçambique. As questões da Identidade Cultural foram as que mereceram maior destaque nesta conferência havida em Maputo, numa prelecção que foi uma verdadeira festa da diversidade do mosaico cultural nacional.
Todavia, apesar dos debates calorosos e apaixonantes e das brilhantes comunicações apresentadas com profundidade pelos nossos intelectuais e académicos, que encheram de orgulho a plateia, ao constatar que Moçambique já tem filhos tão brilhantes como Mondlane, cuja memória será recordada ao longo de 2009, ano da celebração dos 40 anos depois do seu macabro assassinato, acreditamos que se fosse vivo orgulhar-se-ia por ver que a sua semente está a dar os frutos que sempre desejou. Mas mesmo assim, algo ficou esquecido nestes debates, o que é natural, dado haver tantos assuntos para poucos dias da conferência.

Eu, reflectindo sobre o pós-conferência, não só tenho ainda muitas perguntas a inquietarem o meu ego, como também me propus a trabalhar na busca de “novos” caminhos que nos conduzam a resgatar valores esquecidos, adaptando-os ou renovando outros para que se insiram na vida contemporânea da nossa sociedade.

Mas comecemos pelas perguntas que a Conferência nem sequer aflorou, mas que a mim apoquentam dia e noite.
Porque é que celebramos carnaval baseado na história e calendário romano? Será que não temos algo semelhante na nossa história e nas nossas tradições que possam corresponder ao carnaval como é feito na Europa e nas Américas e num calendário adequado à realidade africana, e neste caso moçambicana?

Qual é a relação que o Dia de São Valentim tem connosco, com a nossa cultura e com as nossas tradições? Será que nós somos seres insensíveis e incapazes de amar? Não há histórias ou factos que possam levar a nossa sociedade a proclamar o seu dia dos Namorados? Permitam-me recordar aqui a história recente da nigeriana Amina Lawal que foi condenada por amar. Ela engravidou de um homem que amava, como única forma de fazer valer a sua paixão, desafiando tabus impostos por uma certa religião que a muito precisava de reforma. Esta mulher, em defesa do Amor, enfrentou uma condenação à morte decretada pelo regime que trocou as tradições da sua cultura pela religião trazida do exterior.

ENFRENTANDO A MORTE POR AMOR
Ela tinha de enfrentar a morte simplesmente porque amava.
Graças à solidariedade nacional e internacional, que inclusive impediram a realização do concurso Miss Mundo, e do aviso dos jogadores da famosa e poderosa selecção nigeriana a ameaçarem desistir de participar em competições internacionais incluindo a copa africana em protesto contra a decisão de sentenciar a morte a mulher que engravidou do homem por quem nutria o nobre sentimento que é o amor.

A pergunta que se faz é: o que dizem a isto os apaixonados do nosso país em particular e de África em geral que continuam a festejar a bênção de namorados europeus que se quiseram casar fora da lei injusta vigente da antiga Roma?

Nos casamentos modernos, mesmo nos mais “africanistas”, vemos os noivos a desfilar em marcha nupcial, no compasso de uma música composta por Felix Mendelssohn no século XIX, mais precisamente em 1842, o que é que esses noivos sentem com a tal marcha? Já não falo dos trajes com aqueles grinaldas a lembrarem a Virgem Maria que teve um filho mas Imaculada.

A resposta comum de que vivemos num mundo global aqui não pega, pois os chineses, japoneses ou indianos estão muito mais envolvidos do que nós no mundo global, têm mais dinheiro do que nós e por conseguinte são mais consumistas do que nós, mas ligam muito pouco esse tipo de influências de tradições estranhas às suas culturas.

Como eu não tenho respostas nem para isto e muito menos para mais outras coisas que me escusei de enumerar, depois desta provocação cada um já pode continuar a fazer mais questionamentos. A verdade porém, é que nem me interessam muito as respostas, mas sim uma reflexão nacional em busca de alternativas baseadas na nossa rica cultura e nas tradições refinadas que vale a pena os nossos investigadores trazerem-nos para o nosso conhecimento e requalificá-los para o nosso tempo.

Confesso, por exemplo, que já me dou por muito feliz passados que foram aqueles tempos em que evocar os espíritos dos nossos ancestrais era sinónimo de práticas obscurantistas, quer pelo regime colonial com políticas baseadas na aliança com a Santa Sé, quer ainda nos primeiros anos da nossa independência, com políticas buscadas no materialismo dialéctico. Hoje pahlar está a tornar-se numa prática “quase” que “oficial e pública” embora ainda contendo um senão de representação teatral. A evocação dos ancestrais ainda que com champanhe e vinho, já é um sinal de reconhecimento e tomada de consciência de que devemos evocar os espíritos dos nossos ancestrais em todos os momentos cruciais da nossa vida e sobretudo na tomada das grandes decisões. Isto não é nada doutro mundo. Os crentes das religiões cristãs fazem o mesmo.

Alegra-me ver que até os estrangeiros dotados de conhecimentos que os levam a irem a Lua e voltarem à Terra com segurança, e que acreditam que Deus está no Céu, e esse Céu está em cima, agora vergam a sua espinha perante a mais forte tradição africana que acredita que os espíritos dos seus ancestrais estão em baixo, por isso, antes de se construir a ponte, antes de se construir a estrada, antes de se construir a linha ferra, antes de se começar com esses grandes empreendimentos, tem que se pedir ou rogar aos espíritos do local onde se pretende realizar o empreendimento.

É isto que me faz pensar que é preciso consolidar essas práticas, rebuscando os costumes antigos e refiná-los para implementar nas práticas do nosso dia-a-dia e sem criar choques ou conflitos que possam produzir resistência.
Foi assim que, uma semana depois da Conferência Nacional sobre Cultura, e ainda sob a emoção dos grandes debates, decidi lançar um desafio à CNCD para produzir uma Marcha Nupcial Moçambicana.

A ocasião foi-nos proporcionada pelo Dr. Teodoro Waty, presidente do Fundo de Desenvolvimento da Acção Cultural FUNDAC, por ocasião do casamento da sua filha Drª Tânia Waty, ele colocou-nos o desafio de encontrar para aquele casamento uma alternativa à tradicional marcha nupcial.

PRODUZINDO A MARCHA NUPCIAL
Para a proposta da nossa “Marcha Nupcial” baseamo-nos no Muthimba, dança da região sul de Moçambique, que resultou da misciginação nguny durante a sua expansão pelo território moçambicano no século XVIII. Muthimba acompanhava a noiva para a casa do noivo. O conhecimento do significado simbólico desta dança foi suficiente para a escolha da mesma para a incursão criativa que fizemos.

Da rejeição simples daquilo que não nos diz nada, passamos à acção de resgate da nossa cultura. Começamos por compor a letra e proceder a arranjos musicais com timbila, percussão de tambores, xipalapala e vozes, o que resultou em cheio para o gáudio de centenas de moçambicanos que testemunhavam este acontecimento histórico. Na verdade, não nascia uma nova “Marca Nupcial, mas a recreação da nossa Marcha Nupcial”.

A melodia tem uma base simples que permite uma assimilação rápida por quem canta e para quem ouve. Pode até ser acompanhada por quaisquer instrumentos melódicos desde timbila, piano, órgão, teclado, com ou sem percussão. Pode incluir um solo vocal com alguma sofisticação dentro da estrutura do coro, ou até pode ser um simples coro de vozes, como geralmente acontece em cerimónia desta natureza. A lírica é adaptável para várias línguas e permite a inclusão dos nomes dos noivos.

Este facto faz com que a nossa “Marcha Nupcial” possa estar sempre presente e ao alcance de todos os nubentes. Orquestras profissionais ou amadoras, corais profissionais, amadores ou populares, todos têm aqui uma proposta em que os moçambicanos são convidados a dar mostra do orgulho daquilo que é seu, apoiando esta iniciativa que a CNCD pretende aprofundar e fazer uma ampla divulgação, usando meios modernos de disseminação.

Na primeira oportunidade, vamos gravar três versões: instrumental, vocal, e junção de vocal com instrumentos. Depois trabalhar com uma orquestra convencional, e com um grupo coral profissional, para se ter um produto final de qualidade para ser usado em todas as conservatórias, igrejas e mesmo pelos DJ habitualmente contratados para estas cerimónias.

Assim, a partir de agora, os moçambicanos têm a sua “Marcha Nupcial”, com o registo da CNCD que mais uma vez vem provar o seu papel de pioneiro e vanguardista na pesquisa, criação e divulgação de valores autênticos da moçambicanidade, resgatando a cultura e as tradições, conferindo ao Homem moçambicano a auto-estima e orgulho de ser moçambicano. Assim está feita a nossa parte, está lançada a semente que irá gerar a verdadeira MARCHA NUPCIAL MOÇAMBICANA, agora só resta o seu apoio para esta iniciativa que traz novos horizontes no mosaico cultural moçambicano.
David Abílio

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Chonguiça homenageia maestro Sílvio Barbatos no Rio de Janeiro

O SAXOFONISTA moçambicano Moreira Chonguiça encontra-se no Brasil desde ontem (18/07/2009) a convite da produtora brasileira Sesi Música-Ritmo da Indústria, para um concerto especial de homenagem ao maestro Sílvio Barbatos, que perdeu a vida no acidente aéreo do passado dia 31 de Maio, quando o Air Bus A330, da companhia Air France, despenhou no Oceano Atlântico. O concerto vai ter lugar amanhã às 19 horas na famosa sala Cecília Meireles, na Praça Largo da Lapa, no centro do Rio de Janeiro.


A actuação deste que é um dos mais conceituados saxofonistas moçambicanos surgiu de alguns contactos que vinham sendo efectuados pela produtora, numa iniciativa em que se pretendia realizar um grande concerto este mês, com vários músicos famosos do mundo, sob a liderança do maestro Sílvio Barbatos.

Durante os preparativos, o maestro Sílvio viajou até ao Brasil onde ia tratar de assuntos ligados ao seu espectáculo com outros músicos entre os quais o saxofonista Moreira Porém, de regresso a Paris, o maestro, na companhia de outros 228 passageiros, nunca mais chegaria ao destino, uma vez que o avião no qual se fazia transportar despenhou no mar, pouco depois de sair do Rio de Janeiro.

É neste contexto que a produtora do evento, tendo já definido todos os contornos do que seria o “show”, decidiu apresentar o espectáculo como forma de prestar tributo a este grande maestro da música. Esta acção decorre do facto de alguns ensaios terem já sido realizados antes da morte do maestro, com alguns dos músicos convidados.

E esta é uma singela homenagem em que os músicos convidados tocarão parte das músicas do maestro Sílvio Barbato e, por sua vez, Moreira Chonguiça, com o seu saxofone, alegrará a grande plateia que estará presente, emprestando parte do seu saber e cantando com engenho e arte alguns dos temas que fazem parte do seu vasto repertório musical de luxo.

Para Moreira Chonguiça, este é um momento ímpar e muito especial porque sempre esperou um dia trabalhar ao lado do maestro Sílvio Barbatos. “Este era o momento por mim muito esperado. É daqueles sonhos não concretizados. Estava tudo a postos para nos encontrarmos neste espectáculo, mas, infelizmente, o destino pregou-nos uma partida, levando deste mundo o maestro. Mesmo assim, em sua homenagem darei o meu máximo de corpo e alma”, disse Moreira visivelmente emocionado.

Entretanto, este saxofonista faz capa da prestigiada revista norte-americana “Billboard”. Na revista, Chonguiça retrata parte do seu perfil, fazendo referência aos três “Grammys” ganhos recentemente na África do Sul, através da South Africa Music Awards.

E por causa desse feito o músico foi homenageado em Maputo pelos seus amigos, familiares e admiradores, numa cerimónia que decorreu em Maputo e que contou com a presença de membros do Governo.

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Apresentação de Adélia Gil na 3ª, 5ª e 7ª Gala do Dança dos Artistas Vodacom no ritmo da Marrabenta.



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Izlo ft Azagaia e Miguel Xabindza - Epidemias dAfrica

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Há crossroads na Associação dos Músicos


Artigo de 15 de Julho de 2009

A ASSOCIAÇÃO dos Músicos Moçambicanos (AMMO) acolhe este sábado a realização do concurso de música crossroads. O acto arranca às 17 horas e o evento será acompanhado de workshop’s sobre HIV/SIDA e de instrumentos musicais tais como: guitarra, teclado, bateria, voz, viola baixo e teoria musical.

Os vencedores deste evento irão participar no concurso nacional, a decorrer na cidade da Beira, em Sofala, ainda este mês.


Entretanto, as inscrições para os grupos que ainda queiram participar no evento continuam abertas na Associação dos Músicos Moçambicanos até sexta-feira. O Music Crossroads é uma iniciativa única de empoderamento da juventude através da música e engloba cinco países da África Austral, designadamente Moçambique, Tanzânia, Zâmbia, Malawi e Zimbabwe.

Desde que começou, o programa tem crescido ao ponto de já ter atingido mais de 45 mil músicos e uma audiência combinada de mais de 75 mil pessoas por ano. Este programa, que assinalou dez anos de existência em Junho último, é composto por workshops, festivais e concursos para promover a música tradicional e contemporâneo, bem como as pesquisas de música urbana feita por jovens.
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Kaysha no Big Brother em Mocambique

I'm so used to singing in Coconuts live when I go to Maputo, Mozambique, but there are other places too. I did a really fantastic show two days after my show in the same city in this place called Big Brother and it was fantastic...

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NANANDO E INOCÊNCIO MATOLA PARTILHAM PALCO

O GUITARRISTA Nanando e o jovem Inocêncio Matola, saído do concurso Fama Show, estão a levar a cabo um projecto musical, nas cidades de Maputo e Matola. O projecto denomina-se Kusha e tem como finalidade transportar mensagens de educação cívica em palco, durante as suas actuações. São no total seis concertos a serem feitos nas salas de Maputo, no Auditório Municipal da Matola, África Bar, Gil Vicente entre outros locais. E a ideia é divulgar de mensagens educativas sobre Malária.

Para Nanando, o Kusha tem outras vertentes. “É sempre inspirador quando estamos em palco a actuar com jovens. Eu venho de outra escola e ele está a trilhar o caminho para área musical. E aliás, a nossa partilha do palco desmistifica o debate sobre a velha e nova geração. É possível trabalharmos todos juntos e é o que tem acontecido. Faço-o com grupos de canto coral, onde aprendemos, trocamos experiências.

notícias, saído do concurso Fama Show, estão a levar a cabo um projecto musical, nas cidades de Maputo e Matola. O projecto denomina-se Kusha e tem como finalidade transportar mensagens de educação cívica em palco, durante as suas actuações. São no total seis concertos a serem feitos nas salas de Maputo, no Auditório Municipal da Matola, África Bar, Gil Vicente entre outros locais. E a ideia é divulgar de mensagens educativas sobre Malária. Para Nanando, o Kusha tem outras vertentes. “É sempre inspirador quando estamos em palco a actuar com jovens. Eu venho de outra escola e ele está a trilhar o caminho para área musical. E aliás, a nossa partilha do palco desmistifica o debate sobre a velha e nova geração. É possível trabalharmos todos juntos e é o que tem acontecido. Faço-o com grupos de canto coral, onde aprendemos, trocamos experiências.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Música de Wazimbo apaixona Microsoft e Hollywood

Wazimbo“Nwahulwana”faz parte dos spots da multinacional norte-americana Microsfot

Wazimbo, figura incon­tornável da música moçambicana, está de pedra e cal na arte de cantar e anuncia para o Natal um novo disco do agrupamento RM e a reedição brevemente do históri­co álbum Makweru.
O autor de “Nwahulwana” está feliz da vida e revela-nos, de entre outros aspectos, que este tema popular faz parte dos spots da multinacional norte-americana Microsfot, está a ro­dar em vários canais do mundo e faz parte da trilha sonora de um filme de Sean Pean. Noutro desenvolvimento, o músico exi­ge que sejam feitas eleições na Sociedade Moçambicana de Au­tores (SOMAS).

“Nwahulwana”, um dos seus temas mais badalados é, sem margem de dúvidas, um best sel­ler. Qual foi a inspiração para esta canção?

Foi algo que partiu de um nome fictício de mulher, que eu louvo pelos seus feitos e en­corajo a batalhar pela vida. Não é que esta “Nwahulwana” exista de facto. não é uma pessoa con­creta, mas sim uma criação que vem da minha inspiração. Não é que exista uma rapariga com o nome Maria Nwahulwana, é uma homenagem a todas as mu­lheres. mas devo dizer que faz parte da minha inspiração, tal como os outros autores se ins­piram.

A autoria desta composição levantou muita polémica, com o músico José Mucavel a reivin­dicar que é dele. O que pode nos dizer sobre isso?

Vinte anos depois, surge um artista que reivindica a autoria deste tema. Só o facto de ele vir agora dizer isso, cheira a estur­ro! Nós falámos. Ele foi aos ór­gãos de informação e eu respon­di o que era verdade. A canção é minha. Registei-a e ponto final. O que posso dizer é que ele está a agir de má-fé.

Poucas são as vezes que um artista se junta à Microsoft. Como surgiu a possibilidade de “Nwahulwana” ser escolhida para figurar como trilha sonora de um spot da mega-empresa de informática Microsoft?

Eu estou registado na Socie­dade Alemã de Autores, sedia­da em Berlim. Eles agenciam a Orquestra Marrabenta Star de Moçambique, de que faço par­te, e gravei com o grupo as mi­nhas músicas. Ganho os meus direitos (royalities) pelo uso das minhas músicas. Eles informam quando é que a música foi usada e como é que está a ser adapta­da para qualquer fim. A editora Piranha, sediada em Berlim, é que cuida do meu trabalho. A música foi ouvida pela Micro­soft. Gostaram e sugeriram a sua inclusão num spot da empre­sa.

Quanto ganha pelos direitos na Microsoft?
(risos...) Não existe um bud­get claramente definido. Depen­de do uso. O que lhe posso dizer é que de seis em seis meses eles dão um informe sobre o que está a acontecer com as obras da minha autoria.

A canção “Nwahulwana” fez também parte da trilha sonora do filme americano “The Pled­ge”, de 2001, dirigido por Sean Penn. Como é que se abriu essa porta?
A editora que cuida dos meus trabalhos discográficos em todo o mundo recebeu um con­vite dos realizadores do filme, em 2001. Gostaram da melodia e decidiram incluí-la na banda sonora do mesmo.

TRABALHO COM O GRUPO RM
O seu colega José Guimarães disse, em entrevista ao nosso jornal, que saiu do Grupo RM por alegadas desinteligências com a direcção da RM após o concerto de Eric Clapton. O que significou a saída deste membro da vossa banda?

Nunca há uma saída volun­tária de um grupo. Houve um pequeno conflito. Acredito que a saída do Zé abalou o grupo e veio a criar um certo défice. Hoje, lametamos e sentimos a falta dele. Veja que recriámos o grupo e somos poucos.

O que está a ser feito pelo Grupo RM?
A nossa missão de há um tem­po a esta parte tem sido ensaiar e apresentar espectáculos. Re­cuando no tempo, permita-me dizer que foram anos de muito trabalho. éramos a única banda representativa e tinha o apoio incondicional da Rádio Mo­çambique. Existia este e outro grupo, mas o nosso era uma referência em Moçambique. Agora, estamos em estúdio a gravar um disco de 10 temas, quase todos novos. Écerto que iremos incluir algumas músicas antigas, mas a maior parte é iné­dita. Este disco vai sair no Natal. Quanto a mim, vou reeditar o álbum “Makweru” para satisfa­zer o mercado. Lembro-me que vendi 3 mil exemplares e isso é pouco, pois apenas chega para dar vazão à cidade de Maputo.

ELEIÇÕES NA SOMAS SÃO URGENTES
A Sociedade Moçambicana de Autores (SOMAS) foi cria­da há mais de oito anos e tem como objectivo a protecção das obras dos legítimos autores. Que avaliação pode fazer da actividade desta instituição?

À semelhança de outras asso­ciações, penso que devia existir uma auditoria na SOMAS para se saber o que está a acontecer naquela casa. Queremos ter o quadro real da SOMAS e essa auditoria podia ajudar a per­ceber o andamento da insti­tuição. A quem presta contas a SOMAS? Já há muito que devia ter havido eleições para se en­contrar novos dirigentes. Não quer dizer que a SOMAS esteja a funcionar mal, mas o certo é que, como outras associações, nós temos o direito de saber so­bre o seu funcionamento. Veja o que aconteceu na Associação dos Músicos, o Hortêncio Langa ficou 20 anos a dirigir. Teve que ser feita uma auditoria para se conhecer a questão das contas e, naturalmente, foi feita uma nova eleição. Isto é que tem que acontecer na SOMAS.

À PARTE
Músico preferido?
Stevie Wonder
Prato predilecto?
Bacalhau
Escritor preferido?
Agatha Cristhie
O que mais detesta?
Pessoas presunçosas que fingem ser aquilo que não são.
O sal da vida?
Trabalhar e ser bem pago. Gosto que respeitem aquilo que faço e respeito as pessoas de bem. A vida só tem sentido se for abordada com calma e serenidade.

Por: Edmundo Chaúque

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Timbila imortalizada em cinema



A TIMBILA, o xilofone mais representativo da música e dança tradicional chope, considerada em 2006 Património Imaterial da Humanidade, volta a interessar o mundo, em particular o lusófono. O facto é que aquele instrumento musical vai ser documentado em cinema no âmbito do primeiro concurso internacional DOCTV CPLP - Programa de Fomento à Produção e Teledifusão do Documentário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Aldino Languana é o nome do jovem cineasta moçambicano escolhido para realizar o filme.
Aldino Languana, conhecido nas lides culturais como artista plástico, concorreu com o projecto “Timbila, Marrimba Chope”que lhe valeu um prémio de 50 mil euros para a produção do filme, um documentário que, de acordo com as suas palavras, vai retratar a timbila desde o processo de construção à execução, incluindo os rituais à sua volta, até à sua nomeação a património imaterial da humanidade.


Languana diz que o documentário vai procurar responder os mitos e ditos populares relacionados com o “Mwenje”, arvore onde se extrai a madeira usada no fabrico da timbila.
“Quero com este projecto mostrar a originalidade da timbila, quer em termos de sua produção, como na sua execução. Como a timbila era tocada há 400 anos”, explicou Languana afirmando que o documentário terá uma componente antropológica muito forte.

Disse que a sua preocupação reside na constatação de que a timbila está a perder a sua originalidade. “(…) uma das coisas é que está a ter uma afinação ocidental e eu quero preservar a original”.
Com efeito, desde que foi anunciado a sua selecção, dentre oito moçambicanos que submeteram projectos no concurso, Aldino Languana está envolvido na recolha de toda a informação que eventualmente possa enriquecer o documentário.

Para já pensa numa deslocação ao distrito Zavala, terra originária da timbila, para aprofundar a sua pesquisa, assim como para estudar no terreno todos os cenários que possam ajuda-lo na definição de um orçamento de produção aproximado à realidade.
Revelou que tem intenção de iniciar a produção do documentário em Outubro próximo, prevendo a conclusão em finais de Janeiro de 2010.

MOSTRAR A REALIDADE
O Programa DOCTV CPLP – Programa de Fomento à Produção e Teledifusão do Documentário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é uma iniciativa desenhada a nível da CPLP com objectivo de estimular o intercâmbio cultural e económico entre os povos da comunidade, através da implementação de políticas públicas integradas de fomento à produção e difusão televisiva de documentários realizados por cada um dos países membros.

Espera-se com o programa contribuir para a difusão da produção cultural e audiovisual dos países membros da CPLP no mercado mundial, e, em última instância, do património que constitui a língua portuguesa.
Com efeito, foi lançado em Abril passado, um concurso internacional, através do qual, e de forma simultânea, foram há dias seleccionados por Comissões Nacionais de Selecção nove projectos de documentários, um por cada país.

Este primeiro programa DOCTV CPLP prevê várias etapas, nomeadamente o lançamento do concurso, selecção e contratação de candidatos, produção, distribuição e difusão, tendo sido estabelecido um prazo de 18 meses depois do anuncio dos candidatos seleccionados para o patrocínio de 50 mil euros para cada produção.
As emissoras públicas de televisão de cada um dos países membros da CPLP promoverão a difusão televisiva da série de documentários resultante deste Programa - Série DOCTV CPLP, a partir de Junho de 2010.

Os promotores da iniciativa consideram que o programa de produção de documentários que irá mostrar “uma visão contemporânea” dos países-membros.
O programa é também visto como um contributo para a qualificação, formação e partilha de conhecimentos entre as televisões dos estados-membros, e também dos realizadores e produtores independentes.

Aprovado na reunião extraordinária dos Ministros da Educação e da Cultura da CPLP que decorreu em Lisboa, em Novembro do ano passado, o primeiro Programa DOCTV CPLP têm um orçamento de um milhão de euros, envolvendo apoio à produção, formação e a realização de um concurso internacional para a criação de documentários.

APRESENTADOS 129 PROJECTOS
Foram inscritos no DOCTV CPLP - Programa de Fomento à Produção e Teledifusão do Documentário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa 129 projectos, dos quais apenas nove foram escolhidos para serem produzidos nove filmes nos nove países integrantes do programa.

Segundo a organização, foram inscritos 71 projectos no Brasil, oito em Cabo Verde, seis em Guiné-bissau, oito em Moçambique, 23 em Portugal, oito em Macau, quatro em São Tomé e Príncipe, e um em Timor-Leste.
Os realizadores e produtores seleccionados participarão de uma formação em Maputo, entre 4 a 10 de Setembro próximo, na qual serão capacitados em matérias como “Desenvolvimento de Projectos” e “Desenho Criativo de Produção”.

PRIMEIROS VENCEDORES
Alguns dos países, com excepção de Angola já anunciaram os vencedores:
Brasil - "Além Mar - Da Prisão ao Mundo", de Matias Mariani - Primo Filmes;
Cabo Verde - "Egénio Tavares - O Coração do Poeta", de Júlio Silvão Tavares - Silvão, Produção de Filmes;

Guiné-Bissau - "O Rio Cachéu", de Domingos Sanca - Telecine Bissau, Lda;
Moçambique – “Timbila, Marrimba Chope”, de Aldino Languana;
Portugal - "Boba Li Qui Terra", de Filipa Jardim Reis - Pedro e Branco;
Macau - "O Restaurante", de Fernando Eloy Nuno C. Bastos - Option Design and Communication;
Timor-Leste - "Uma Lulik", de Victor de Sousa Pereira - João Ferro.

João Fumo


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Festival Tambu arranca com debate sobre literatura


INICIOU ONTEM (15/07/2009), na cidade de Pemba, o tradicional festival Tambo, organizado pela Associação Cultural Tambo Tambulani Tambo. O pontapé de saída foi dado pelos debates à volta da literatura, onde a figura de proa foi a escritora Paulina Chiziane, que falou da sua experiência a estudantes, candidatos à arte de escrever, na presença de convidados estrangeiros provenientes da Holanda, Estados Unidos e Brasil.


Paulina Chiziane foi “bombardeada” pelos seus fãs, principalmente estudantes “chateados” com o Niketche, uma das suas mais notáveis obras, recentemente reeditada pela sexta vez, referida nos exames extraordinários ainda em curso.

O carácter modesto, a frontalidade e a maneira como facilmente se confunde com o povo são algumas das características que foram levantadas para que ela esclarecesse àqueles que nunca haviam imaginado uma grande mulher colada na figura corporal que tiveram a possibilidade de com ela privar no centro cultural Tambo.

Esperam-se ainda delegações de outros pontos do mundo convidadas ao evento, que sempre utilizou o lema “celebrando a diversidade cultural”, bem assim pela Manuela Soeiro, do Mutumbela Gogo, e do artista nampulense que já publicou livros em banda desenhada, Justino Cardoso, que promete logo a seguir montar uma exposição sobre a província de Cabo Delgado, distrito por distrito.

Ainda ontem, já pela noite, houve uma sessão de “dizer poesia”, mais uma vez com o envolvimento de estudantes e outros poetas em miniatura. Destaque para Thomas, um burundês que levava na manga poemas escritos em francês, portugues e inglês e Buchulinho, que fez à questão de trazer um poema escrito e lido na sua língua materna, o shimakonde.
Entretanto, Paulina Chiziane anunciou ainda ontem o lançamento, para breve, de um concurso, no quadro de um festival de poesia dedicado a Eduardo Mondlane, para o qual se podem candidatar os nacionais, a título individual, com idades dos 13 ou mais anos, aconselhando-se que as obras sejam inéditas e escritas na língua portuguesa.

De acordo com o Regulamento, o júri será constituído por três individualidades de reconhecida competência por província e cinco a nível nacional.
Sairão os melhores 10 concorrentes por província, sendo que serão seleccionados três participantes por categoria de melhor técnica, em que o primeiro receberá livros no valor de 30 mil meticais e um computador portátil.

Ao segundo caberá o prémio de livros no valor de 20 mil meticais e um computador igualmente portátil, enquanto que o terceiro classificado vai receber livros no valor de 10 mil meticais.
Está prevista a atribuição de prémios à categoria popular, cujos prémios consistirão em equipamentos de som e computadores portátis. Mais importante ainda é o facto de o concurso prever que aos premiados será outorgada a edição das suas obras em colectânea e disco, obrigando-se os autores a transmitirem para os organizadores todos os direitos de autor relativos à primeira edição.

Paulina Chiziane diz que a iniciativa tem em vista falar de Eduardo Mondlane intelectual e social, “porque o Eduardo Mondlane, o político ou militar, está sempre a ser referido pelos políticos, queremos trazer Mondlane da maneira como os políticos nunca falam”.

Pedro Nacuo

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Chonguiça apadrinha Escola de Música


O conceituado saxofonista moçambicano Moreira Chonguiça está a realizar uma série de beneficiações à Escola Nacional de Música, com vista a melhorar a imagem e a performance educacional daquele estabelecimento de ensino de música no país.
Com efeito, a primeira acção do músico foi oferecer um cheque no valor de mil dólares americanos e posteriormente um outro cujo valor foi de 12 mil randes.

Com este dinheiro, a Escola Nacional de Música investiu na compra de equipamento musical, entre ele palitos para saxofone, cordas de guitarra, paquetes para bateria entre outros acessórios.

Por outro lado, Moreira Chonguiça promoveu e dinamizou a realização de wokrshops musicais entre os alunos da escola e o maestro americano Peter Mark, da Opera de Virgínia e que participa no V Festival Internacional de Música de Maputo. Os encontros entre Peter Mark e os alunos da Escola de Música estão a ser coordenados pelo saxofonista Moreira Chonguiça, que é, por sinal, uma das maiores atracções dos jovens músicos daquela instituição de ensino, e não só.

Entretanto, para reconhecer os feitos deste jovem músico em prol do desenvolvimento da música e da instituição onde ele estudou, o ministro da Educação e Cultura Aires Aly, visita esta manhã, pela primeira vez desde assumiu aquele cargo, a Escola Nacional de Música. Aires Aly pretende ver de perto o trabalho de Moreira Chonguiça e realçar o seu empenho no sentido de conferir maior qualidade ao ensino da música no país.

Por outro lado, Aly dirige-se àquela escola para ver os avanços registados no processo de ensino e aprendizagem a nível da música e inteirar-se ainda de uma série de actividades culturais que decorrem na escola, agora também com a intervenção deste conceituado saxofonista, que já arrecadou vários prestigiados prémios no mundo da música e que constituem um verdadeiro orgulho para o país.

Na visita a efectuar, um dos grandes objectivos do ministro Aires Aly, é o elogio público e o agradecimento ao prestigiado saxofonista Moreira Chonguiça considerado o “Padrinho” daquele estabelecimento de ensino pelo seu empenho e interesse em ver os petizes daquela escola a evoluírem e a terem o gosto pela música como uma profissão e “instrumento” para o seu auto-sustento.

O ministro da Educação e Cultura, define a visita como um momento para auscultar os petizes daquela escola nacional, explicando-os a sua importância tendo em conta o contributo que ela dá a muitos músicos moçambicanos que ali estudaram.

Moreira Chonguiça estudou naquela escola ainda pequeno, estando hoje a residir na cidade sul-africana do Cabo. Ele é uma das estrelas musicais que mais ilumina naquele país e no Continente Africano


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Apresentação de Edú na 6ª e 7ª do Dança dos Artistas Vodacom, com muito ritmo.


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Apresentação de Anita Macuácua na 1ª e 7ªGala do Dança dos Artistas Vodacom no ritmo da Marrabenta.


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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Moreira Chonguiça apresenta troféus em Maputo


Os troféus de ouro do saxofo­nista Moreira Chonguiça serão apresentados esta quinta-feira (09/07/2009) numa gala a ter lugar no espaço Co­conuts, em Maputo, num even­to a ser assistido por figuras do Governo, amigos e colegas de profissão.

Estarão presentes na gala outras estrelas e, em espe­cial, o seu fotógrafo pessoal com quem partilha os prémios pelo facto deste ser o responsável pe­las imagens das capas dos discos distinguidos nos gramys, em Sun City, na África do Sul.


Honram o evento o ministro da Educação e Cultura, Aires Ali, o professor Orlando da Conceição, que foi mestre do artista, e a directora da Escola Nacional de Música, Isabel Ma­bote, mulher que sempre ze­lou pelos estudos de Moreira, quando aluno no estabeleci­mento de ensino que a mesma dirige.

Recorde-se que Moreira Chonguiça ganhou dois pré­mios nos grammy deste ano, designadamente, “Melhor Ál­bum Jazz Contemporâneo” e “Melhor Capa de Disco”, ambas as distinções com o seu segun­do álbum, intitulado “Morei­ra Projecta II - Citizen of The World”.
Moreira havia sido igualmen­te premiado com o seu primei­ro álbum “Moreira Project I” como melhor disco de jazz.

Os awards consagram os me­lhores da música sul-africana a cada ano, numa iniciativa da South African Music Awards, SA­MAS, desde 1995. Este ano, havia 63 categorias em disputa.

Fonte: O País

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Video de Catia Agy - Beijo na Boca

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“Há muita interferência na arte e cultura africana”


Bordina Muala em Argel, Argélia Filimone Meigos, sociólogo

Moçambique, através do sociólogo Filimone Meigos, participou num colóquio no âmbito do II Festival Panafricano sobre Cultura que está a decorrer em Argel.

No debate, havido esta terça-feira, se discutiu a arte contemporânea, ou seja, a arte e estética: que terminologia para África? Na sua dissertação, Meigos, disse que o problema da arte contemporânea está relacionado com a falta de definição clara de políticas culturais africanas.


Daí a dificuldade de perceber quem tipifica as artes e o resultado são as fragilidades de enquadramento das culturas africanas num mundo globalizado.

Entretanto, para o caso moçambicano a situação agrava-se ainda mais uma vez que, tem havido muita interferência na cultura moçambicana, isto, pela fragilidade na definição de políticas claras para preservação da cultura moçambicana assim como a dependência em mais 50% do Orçamento Geral do Estado. O que quer dizer que enquanto continuarmos a ser dependentes continuaremos condicionados há vária imposições.

Ainda na agenda do II Festival Panafricano sobre Cultura, foi feita a abertura oficial da exposição dos patrimónios orais da Humanidade de todos os países aqui presentes. Moçambique abriu a sua exposição com a actuação dos nyau e a timbila, assim como foi feita uma exposição do Chá moçambicano proveniente da Zambézia, mais concretamente do Gurué.

Olhando para agenda geral do Festival Panafricano sobre Cultura, Yossou Ndour actuou hoje (07 Julho 2009), para mais de 5000 espectadores .

O Pais

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Apresentação de Oliver Style na1ª e 3ª Gala do Dança dos Artistas Vodacom no ritmo Kuduro e Cha-cha-chá.


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Sempre a Subir... Going Up!

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Mingas calcorreia o país inteiro


É o reconhecimento ao trabalho de uma figura respeitável e respeitada. Mingas vai - a partir do próximo dia 29 (Maio) - percorrer Moçambique, realizando espectáculos em todas as capitais provinciais. É a primeira vez que a autora da célebre Xikongolotana vai realizar uma proeza como esta, que poderá vir a ser uma odisseia. É uma experiência excitante, conforme a própria reconheceu, “mas é bom que isso aconteça, porque num trabalho como o nosso, é preciso experimentar, sempre que as oportunidades se oferecerem, novas emoções”.


Mingas tem sido, normalmente, uma cantora de locais pequenos e fechados. Ela não será, certamente, uma artistas de massas. Mas para que isso aconteça é preciso excitar essas mesmas massas. “Vou percorrer e trabalhar no país com a consciência de que é um desafio. E isso é importante para mim. Acredito que existem fãs por este território todo que gostariam de me ver cantar ao vivo e eis que chegou a oportunidade”.

A cantora moçambicana vai aproveitar ainda esta digressão para continuar a celebrar os seus 30 anos de carreira, assinalados no ano passado, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, de forma espectacular. Mingas sabe do peso que significa viajar para palcos desconhecidos, por isso mesmo encontra-se numa fase aturada de trabalho, para oferecer o melhor de si.

A mcel, reconhecendo as qualidades da nossa compatriota, estabeleceu recentemente um acordo com Mingas, com vista a promover a sua música e carreira artística. Trata-se de um contrato de imagem que, igualmente, facultará à prestigiada cantora um leque de facilidades e apoios permanentes nos seus projectos.

Portantto, serão a mcel e a Sonarte, que levarão a cabo, a partir de Maio próximo, um programa intitulado “Mingas: ao Vivo Digressão 2009”. É uma forma de atingir o maior número de fãs e fazer a divulgação do seu trabalho pelo país.

Quem é esta mulher?
Há três décadas que ela hipnotiza os seus fãs. A cantora Elisa Domingas Jamisse, a Mingas, é uma das mais respeitadas celebridades em Moçambique. A sua música é uma mistura de afro, com destaque para ritmos de origem chope, do sul do país.Com uma trajectória sólida e reconhecida, tanto em trabalhos a solo, como em parcerias com ícones como Miriam Makeba e Jimmy Dludlu, Mingas arrancou aplausos no concerto em comemoração dos seus 30 anos de carreira em Maputo, em Dezembro, no Centro Cultural Franco-Moçambicano.
Escrito por Alexandre Chaúque (15 Maio 2009)


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Banda Nyacha : Unir forças para consolidar-se


A BANDA Nyacha da cidade da Beira tem no seu bornal o seu mais recente trabalho discográfico que se intitula “Mbavudzatho”. Mbavudzatho é língua Sena que traduzido para o português significa “As nossas forças”.

O trabalho que conta com 10 composições, já está praticamente pronto e falta apenas a fase de reprodução, mas esta etapa é avaliada em 15 mil meticais, valor a banda não possui.
O custo total da produção do disco estava estimado em cerca de 130 mil meticais. E eles foram conseguindo arranjar o dinheiro, realizando espectáculos, tirando dos bolsos dos integrantes da banda e ou aceitando ofertas dos amigos e fãs do Nyacha.

Em princípio, tudo indicava que o seu disco fosse ser lançado no passado 7 de Abril – Dia da Mulher Moçambicana e que coincide com a data em que a banda completava sete anos de existência –, mas a falta de meios impediu a realização deste acto, impedindo que o sonho se tornasse em realidade.

Por outro lado, Nyacha se queixa da falta de colaboração por parte do empresariado da cidade da Beira, no que diz respeito ao apoio para o desembolso de fundos que os rapazes precisam para terminar o seu álbum e colocá-lo no mercado.

“Falta-nos 15 mil meticais para a reprodução de cópias. Por isso, temos estado a organizar concertos de modo a ganharmos mais dinheiro e com esforços próprios lançarmos o nosso disco. Se formos a esperar por apoios nunca mais iremos lançar nada, mas isso não quer dizer que não aceitaremos ajudas, pelo contrário, estamos aberto para tudo que vier porque já é tempo de trazermos este trabalho aos nossos fãs porque eles merecem este presente”, este é o pensamento de Timóteo Ntchussa, líder da banda.

Timóteo Ntchussa disse ainda que a participação dos amantes da música tradicional no evento é fundamental para garantir o rápido lançamento deste disco e que já está pronto desde de meados do ano passado, mas devido à exiguidade de fundos o mesmo ainda não está no mercado.
Soubemos de outras fontes que o disco de Nyacha, e que ainda está por lançar, já está a ser comercializado nas ruas e esquinas da cidade da Beira por jovens que se dedicam à venda de discos e DVD’s piratas. Este disco já aparece em “maquetes”.

AJUDAR A BANDA DO MOMENTO NA BEIRA
A banda Nyacha nos “shows” tem estado a exibir novos rumos. O intuito é proporcionar momentos diferentes não só aos fãs, mas também procurando definir novas linhas para a música na cidade da Beira.

“Nestes espectáculos têm estado a servir para mostrar que eles continuam com muita força. Temos estado a mostrar nos nossos espectáculos muita maturidade e a diferença, pois nos interessa simbolizar um crescimento. Afinal, são sete anos de existência”, disse. Entretanto, para os amantes da música tradicional naquele ponto do país, não há dúvidas que os Nyacha constituem o orgulho beirense e que eles são a banda do momento ao nível da cidade da Beira.

Dizem também que os seus espectáculos são um contributo valioso para a promoção da música de raiz, apelando, por via disso, aos homens fortes da Beira para que colaborem com esta banda, um dos veios de transmissão da música tradicional e do orgulho da Beira. Apoiar os Nyacha é também identificar-se com a cultura moçambicana, dizem os amigos da banda.

Por exemplo, o actor e coordenador do grupo de teatro Patamar, André Lucas disse ser imperioso ajudar a banda Nyacha na concretização de um dos seus maiores sonhos, lançar o seu primeiro disco ainda neste semestre.

Ele defende-se, dizendo que os Nyacha são a melhor banda do momento na cidade da Beira, daí o carinho com que devem ser tratados como forma de lhes ajudar a progredirem, a vários níveis.

“Os nossos empresários e o Executivo deveriam fazer um pouco mais pelos Nyacha porque eles são defensores ferrenhos de estilos tradicionais. Eles investigam e trazer ao público ritmos que são o nosso património cultural. Temos que estimular bastante as poucas bandas jovens que ainda primam pelos ritmos tradicionais e tomarmos em conta que a Globalização está a fazer com que muitos que comecem a trilhar pela música, investindo em coisas que nada têm a ver connosco e que nem nos identificam”, explicou. Já a bailarina e actriz do grupo teatral “Só Mulher”, Artemizia Cassamo, entende que, contrariamente ao que tem acontecido com as outras bandas que primam por estilos tradicionais, Nyacha não só tocam ritmos de Sofala, como trazem igualmente estilos de outros pontos do país. Tais são os casos de algumas províncias do centro e sul do país, o que, na sua opinião, faz com que aquele conjunto mereça um tratamento especial.

Enquanto isso, uma amante de música tradicional identificada pelo nome de Virgínia Manuel, disse ao nosso jornal que tem acompanhado atentamente as bandas que primam por estilos de “raiz” na cidade da Beira, tendo afirmado que “não há sombras de dúvida que os Nyacha são a banda do momento”.

A jovem disse ainda que, ao nível da cidade da Beira existem muitas bandas que merecem um forte elogiou, tendo apontado os Djaaka, N’fite, The Mosquetões, mas assegurou que a banda Nyacha tem a particularidade de conseguir manter a sua performance.

“Beira tem muitas boas bandas e que primam por estilos tradicionais, mas Nyacha são muito coesos. É muito normal, por exemplo, vermos um elemento que ontem esteve nos Mussodji já a tocar com Djaaka ou numa outra banda. Mas com Nyacha isso não tem acontecido. Temos a mesma banda de sempre e cada vez mais rica e forte. Estão de parabéns por isso. Assim sendo, este conjunto precisa de um tratamento especial. O empresariado precisam ajudar estes jovens a atingir patamares altos”, referiu.

Entretanto, os Nyacha são resultados do projecto Ndongue da Casa Provincial de Cultura de Sofala e que tinha como principal dinamizador o finado compositor, David Mazembe.No seu primeiro disco, a banda em alusão conta, no entanto, com a colaboração de nomes como os irmãos Papy e Nelton Miranda, bem como Jimmy Gwaza, Will Matine, Pateta e o guitarista Momed Gafar (Mumy).
Eduardo Sixpence

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Apresentação de Fill na 1ª e 4ªGala do Dança dos Artistas Vodacom no ritmo Latino.


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ELSA MANGUE E TONY DJANGO TROCAM VOZES NO KHUWANA

A conceituada cantora Elsa Mangue e o jovem músico Tony Django partilham esta sexta-feira (10 de Julho de 2009) o palco do Khuwana, que voltou a reabrir com uma nova gestão e que está a oferecer novos detalhes de lazer.
O espectáculo de Elsa Mangue e Tony Django arranca às 22:30 horas, e, após o espectáculo, haverá discoteca com variada música, como forma de continuar a fazer-se a festa. No sábado, Nanando e a sua banda irão àquele local para animar a plateia de sábado, para no domingo haver matiné dançante com música dos anos 60/70.


Apresentação de Tony Django na 7ª Gala do Dança dos Artistas Vodacom, com muito ritmo.

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Video de Ziqo - Ta Nice

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Video da TOP LABEL - I'm Sorry

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