segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MINGAS: “Mamana” no canto da (verdadeira) diva





Mingas é uma voz feminina de alcance estético inigualável. Uma voz que me lembra a harmonia do voo e canto dos pássaros; sim, o encantador voo livre, sem ruídos, sem acidentes, sem tombos; deslumbrante como o último fio de luz do sol que o pássaro atravessa.

Hambi no vona waku ni nyoxissa

Timbilu to banana loku ndzi dzimuka wene mamana

Lava hinkwavo valanguiwike hi mbilu yanga

Akwaku ava lunganga mamana

Oh hiyo io io io io

Niza ni tsama lani ni siku lani niya tsama le

Nani navela ku zhulissa moya wanga mamana

Oh hiyo io io io io

Oh mamana

Kassi udjula niku yini mamana

Swaku nienctha hikuni sossotela swanga nova ngwana

Swaku nienctha hikuni possita, swanga nova papela

Swaku yientcha hikuni chavissa swanga nova mpahla mamana

Nili vona hi wene’/nili vona hi wene/nili vona hi wene mamana

Uma voz fresca, intima, de um existir autêntico, explicita, permanente, sólida, que sabe tirar partido de suas falas.

Bom, dirá o amigo leitor que é muita poesia para classificar uma única voz e concordo.

Hesitei muito para escrever sobre Mingas, pois não reconheço em mim propriedade para falar de uma poetisa de rigor como ela.

Atravessam-me agora arrepios: mas porquê comecei? Agora já não tem volta: devo levar esta tarefa até ao fim.

Numa sociedade como a nossa, exageradamente simplista nas análises e nas categorizações em que qualquer cantora é considerada e/ou se considera diva, me questiono o que será a Mingas? A tensão que a resposta carrega impede-me de dizer metade do que ela seja porque, tal como nas primeiras palavras em que a tentei descrever, dirão: poesia.

Hoje, mais do que a tentativa de dizer quem é a Mingas, escolhi uma canção de nomeação cuja carícia de voz me empolga; trata-se de “Mamana”. Na verdade, esta canção foi escrita pelo não menos fenomenal Zeca Tcheco, o genial baterista da música moçambicana. Mingas fez a música, a partir dessa letra.

“Mamana” simboliza o eterno conflito das mães quererem mandar nos amores das suas filhas e filhos. Em “Mamana”, a voz e a melodia de Mingas questionam: o que queres que eu faça,minha mãe? (Khasi u djula niku yini, mamana?).

Este questionamento põe a descoberto um pássaro que se quer libertar mas, ao mesmo, sente que não está pronto para o voo. É a voz de uma filha que quer contestar, mas sabe que deve ouvir a voz da razão: a voz materna.

Este questionamento é a queda de uma gota de quem reclama o seu próprio espaço, o livre arbítrio, um visível existir que a mãe a nega, tudo porque sua filha e, logo, com dever de ouvir sua voz.

“O que queres que eu faça, mãe; porque, mesmo que encontre quem me agrada, meu coração bate quando me lembro de ti (“hambi no vona…”).

Um dos traços mais evidentes da sociedade e época em que cresceu Mingas (falo da sua juventude), tem a ver com a valorização extrema da figura materna que encarna(va) toda a sabedoria, experiência, uma imagem dominante do social, onde as filhas tinham pouco ou nada a dizer na escolha das suas relações afectivas, na verdade, a mulher aqui não podia tomar posse do seu prazer, tão-somente reclamar o “usufruto do seu corpo” e o seu orgasmo. A tradição confinava-a a mera servidora.

Mas esta mulher que Mingas retrata já tenta, embora não contrariando, questionar esta sociedade quando diz a mãe que “chegas ao ponto de me atiçar como se fosse cão, me envias como de papel me tratasse, e me vendes, como se de roupa me tratasse!”

Ora, não há dúvidas que esta música é a negação da perspectiva redutora da mulher, da tendência super protectora das mães, dos postulados de extremos em nome do bem-estar dos filhos quando, muitas vezes, o bem-estar pode evocar abismo.

O que queres que eu faça, mãe, se meu coração me diz o contrário?

Bom, Mingas não a lança explicitamente esta pergunta, mas o seu canto tange a isso, porque os seus olhos, seu coração, seu desejo irreprimível de mulher, a indica uma direcção, quando a mãe, quer que ela vá noutra.

Feliz ou infelizmente, grosso de mulheres da geração da Mingas, aceita todos os opróbrios ao lado de um homem que as espezinha por completo, isto porque as mães, mesmo que violentadas as convencem de que aqueles são seus homens, quando na verdade são os homens que as mães escolheram para elas.

Este sentimento, está patente na música quando a Mingas, segura de si, diz à mãe “Nili vona hi wene/nili vona hi wene/nili vona hi wene mamana…”, no sentido de que olhe o exemplo que és mãe, achas-te mulher feliz? Agiu certo a sua mãe em escolher o marido para si? A sua vida de prantos demonstra o contrário, agora; como podes querer o mesmo para mim?

Mamane é um hino contra a repressividade e autoritarismo desse tempo em que as mães ordenavam e as filhas, cegamente, obedeciam numa situação que em nada que se parece com o modernismo que se vive hoje, onde o sonho, a ideia do sexo descomprometido, a ferrada romântica, a ideia de liberdade, não deixam que os pais opinem, tanto mais mandarem no amor dos filhos.

Bom fica aqui em “Mamana” a ideia de oscilação entre dois períodos; um de autoritarismo, mas que mantinha coeso a família, outro de liberdade que hoje se vive mas que a fragiliza.

Mas talvez o mais importante nesta música seja para além do desabafo da filha para com a sua mãe, a forma sofrida com que a dona a trata. De um timbre que impõe luta, Mingas vai fazendo desta, dor das demais mulheres, vai celebrando também sua dor com o canto, e traída pelo sopro majestoso do Matchote não se contém e chora, mesmo que no silêncio, mesmo quando tem certeza que as lágrimas vão rolar peito dentro, mesmo que num beco sem saida; “yio, hio, yó yó yó, yo yo mamane/kasse u djula niku yini mamana” (o que queres que eu faça, mãe?).

Mingas é sim uma diva, uma verdadeira diva, de têmpera rija, de encanto no canto, meu rouxinol em noites sofridas, meu alento quando fustigado o tímpano por pseudo-divas.

  • AMOSSE MACAMO

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KALIZA: Quase de boleia, atrás de um sonho!



PAULO Miguel Torres Caliano, ou melhor Kaliza para os amantes da música moçambicana, está preste a cumprir a promessa de gravar um Disc Compact (CD). Cometimento que lhe fez sair da sua terra natal, Tete, quase que de boleia até chegar à Maputo, levando na bagagem apenas o teclado oferecido pelo proprietário da discoteca “Cigana”. Está no estúdio de Zé Pires (ZEP) a trabalhar com a sua “malta”, nomeadamente Nelton Miranda, Papi Miranda, Bernardo, Eduardo e Tony Django, amigos com quem gravou o single “Caridade” recentemente nomeado “Melhor Vídeo” no concurso Mozambique Music Award (MMA).

Ainda sem título, Kaliza diz que o disco está a ser preparado para quem tem bom ouvido e bom gosto. Em entrevista ao nosso jornal, Kaliza revelou que a gravação do seu primeiro CD é a realização de um sonho não só seu, mas dos Calianos, do povo de Tete e todos os moçambicanos que se interessam pelo seu trabalho.


Vindo de uma família de músicos, Kaliza será o primeiro a ter um disco, que é, ao mesmo tempo, uma homenagem ao pai: Miguel Torres Caliano.

Aliás, ele revela que a inclusão de um tema cantado em Ronga, língua sobre a qual sempre teve uma enorme paixão, desde que soube que o pai era de Maputo, está na senda desse tributo.

Estou a realizar gradualmente o sonho dos Calianos, as portas vão se abrindo segundo a música que soa no meu ouvido. Não sou assim muito ambicioso. Os caminhos na minha vida abrem-se através da própria música. Aquilo que ainda não consegui granjear na música é por minha culpa. Se divulgar as minhas músicas vou alcançar o meu desejo. Por isso, rezo a Deus pai para que este álbum a solo saia e chegue ao público para todos saberem o que vem de Tete, que misturas podemos ter de um maronga e uma manyugué que sou eu.

Nascido num meio de música e de músicos, Kaliza diz que foi “bebendo” sons variados, muitas das vezes sem dar conta, mas o facto é que de repente em 1994, imitava com alguma mestria Roberto Carlos e outros ídolos difundidos pela emissora da Rádio Moçambique em Tete.

Mas terá sido num concurso de busca de talentos daquela estação emissora que começou a encarar as coisas com outra visão.

Em 1994 participei numa espécie do programa “sabadão”, no Estúdio 333, em Tete, realizado por Amarildo Romão, actualmente jornalista da Televisão de Moçambique (TVM). Estava bem classificado, mas infelizmente o concurso não foi até ao fim porque houve corte de energia. Face à surpresa e qualidade da minha actuação fui convidado a participar no fim-de-semana num programa do PSI Jeito.

Dessa participação Kaliza diz ter recebido “um puxão de orelhas” do seu irmão mais velho, o Ismael (já falecido) que não gostou de ver e saber que o “miúdo” estava a enveredar pela música.

Quando chamaram meu nome, meu irmão ficou zangado. Não gostou, tinha medo que eu seguisse a carreira de músico, uma vez que isso, no nosso contexto, não oferece grandes oportunidades na vida, em termos de “rendimentos materiais”.

Entretanto, e contra a vontade do irmão, no ano seguinte (1995), o jovem Amarildo Romão promove o concurso Miss-Tete e o “miúdo” é chamado de novo a cantar no cinema Kudeca onde também ia actuar a banda do irmão. Aqui instala-se de novo o conflito entre os Caliano. Kaliza tinha que ser acompanhado pela banda do seu irmão Ismael, mas este fincou pé. Não aceitou que eu ensaiasse com a sua banda.

Mas o “bichinho” da música já estava nas entranhas de Kaliza e com a ajuda de um amigo preparou uma música com base numa instrumental sul-africana e foi se apresentar no Kudeca, superlotado. Estavam lá mais de duas mil pessoas.

E, contra todas as expectativas, Ismael e sua banda não tocaram porque o equipamento de som não estava à altura.

A salvação do espectáculo foi a minha actuação. Quando entrei comecei a cantar e as pessoas esqueceram que havia problema de som. Virei uma estrela, todo o mundo só falava da minha actuação e o Amarildo Romão convidou-me a gravar a música na rádio para fazer publicidade da finalíssima do Miss-Tete.

Dessa fabulosa actuação, Kaliza ganhou do proprietário da discoteca Cigana, em Tete, um teclado, duas colunas, um amplificador e um microfone. Era o início de uma carreira.

Autodidacta, Kaliza aprendeu sozinho a tocar teclado. E fazendo jus ao dito popular: “contra factos não argumentos”, Ismael acabaria se rendendo às evidências, começando a apoiar o seu irmãozinho, dando-lhe algumas “dicas”.

Juntamo-nos e criamos uma banda com alguns músicos locais. Estava eu, o Bruno, Zélio, e o Alfredo. Éramos todos irmãos e o Ismael é que era o manager da banda. Tocávamos em casamentos, festas de aniversário, isso já em 1996.

A banda chamava-se Armagedon (Guerra Santa). Era uma banda que animava os ambientes sociais da cidade de Tete.

O SONHO DE CD

O sonho de gravar um “CD” data de 1997, período que Kaliza estimulado pelo surgimento das editoras VIDISCO e ORION decide abandonar a cidade de Tete, viajando de boleia com o seu teclado até chegar à Maputo. Era uma viagem de sonho, mas também de busca de paz espiritual junto dos seus ancestrais. Kaliza, como ele próprio se define é uma mistura de ronga e manyungue.

Chegou a Maputo no dia 25 de Dezembro de 1997 com uma cassete na qual tinha gravado parte de seu repertório, entretanto recusada pela VIDISCO.

A VIDISCO ficou um mês com a minha cassete e não me deu resposta nenhuma, na altura o director era o João Carreira. Fui a ORION e nem chegaram a receber-me.

Não desisti e continuei a trabalhar. Toquei na Igreja Manã com o Chico da Conceição entre 1998 e 2000, onde consegui compor uma boa parte da música gospel que até hoje é cantada naquela igreja.

Dessa experiência e da vontade de vencer, Kaliza diz ter tido a sorte de um dia a tocar na Avenida de Angola, aparecer Alexandre Mazuze que, imediatamente, apreciou o seu talento e convidou-lhe a trabalharem juntos.

Conta que Alexandre Mazuze tinha na altura muitos contratos nas casas de pasto e, portanto, precisava de alguém para se ocupar de alguns desses contratos. Um deles era no espaço FOFOCA do Sindicato de Jornalistas.

Enquanto ele tocava na vila da Moamba, no “Ka Pileca”, eu ficava no SNJ, isso em 2000/2001, onde acabei conhecendo o Nelson Maquile que me ajudou bastante. Aliás, cheguei aos MozPipa pelas mãos dele. Na altura, a banda tinha falta de um teclista com a saída de Carlitos para Portugal, nessa altura a banda tocava quase todas as noites no Tara.

Com os MozPipa realizou parte do seu sonho, participando na gravação do último CD da banda que graças ao seu envolvimento acabou sendo intitulado “Ecos do Zambeze”. No disco assina quatro composições (Minha Mãe, Tchisse, Txibua e Papo Furado), curiosamente as que popularizam a colectânea.

Porém, diz que não ficou totalmente satisfeito, sobretudo pelo facto de que nos MozPipa era simplesmente um instrumentista (teclista), mas na verdade o que ele gosta e quer é cantar, daí que decidiu abandonar a banda e seguir uma carreira a solo, cujas portas de sucesso foram abertas pelo músico Fernando Luís que lhe deu espaço para se apresentar no África-Bar.

Fernando Luís, na altura responsável da produção naquele local, deu-lhe oportunidade para fazer quatro shows. Aproveitando o sucesso das músicas de Oliver Muthukuzi, Kaliza apareceu no África-Bar com o projecto “Kaliza Canta Muthukuzi”. Mas, vendo que o jovem tinha talento e capacidade para sustentar o seu nome, Fernando Luís tirou “ ... Canta Muthukuzi”, ficando apenas Kaliza. E assim lançava-se um nome, um artista de talento, e abriam-se as portas para a concretização de um sonho e a continuidade de uma história de persistência na música. Mas, uma música feita de arte e de uma incessante busca de qualidade, fora do superficial. É essa a aposta de Kaliza.

  • João Fumo

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340 ml, Moreira and Stewart Sukuma not Cape Town Jazz Festival 2009

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Alexandre Mazuze no "Gil Vicente" : Esperava-se um pouco mais na noite dos 50 anos


FOI como um daqueles pratos de aspecto suculento que, servido à mesa, todos os comensais apressam-se a servi-lo, mas quando provado descobrem que falta-lhe algo para ser completo: é sal a menos? Faltou alho ou pimenta? A salsa e coentros estarão na medida certa? Será que faltou o vinho ou o vinagre no tempero? O prato é picante ou simplesmente não tem sabor? E no final, quase ninguém sabe explicar com exactidão o que efectivamente falta ao suculento prato...contudo, de uma coisa todos têm certeza: falta-lhe algum ingrediente, ou então teve-o a mais!

Tudo isto vem a propósito do concerto de gala havido sexta-feira no Café Gil Vicente, em Maputo, para celebrar os 50 anos de vida e 32 de carreira do veterano Alexandre Mazuze, o homem das "mil e uma vozes".

A noite era de glamour, com gente fina vestida a preceito. A plateia era maioritariamente composta por amigos e personalidades da praça.

Em palco a banda "Central Line" liderada por Humbe Benedito na viola-solo, Momad Amisse na bateria, Bonga no baixo, Zeca e Ruben nos teclados, e as coristas Mira e Marta, que impressionaram à entrada, demonstrando que a banda tinha ensaiado bastante com Alexandre Mazuze, que trouxe ao palco seus convidados, a Cintia e o Stewart Sukuma, cuja actuação acabou criando outro equilíbrio na noite. Não obstante toda essa consistência musical do "Central Line" e do Alexandre Mazuze, pairava naquela sala um clima de algo vazio e melancólico...Mazuze não pareceu em grande forma. A gala estaria aquém do aguardado? Até porque a sala do "Vicente" estava longe de estar cheia, embora fosse um público de qualidade, gente do "tipo seleccionada", aqueles que frequentam os hotéis e outros espaços por onde este belíssimo intérprete passou maioritariamente estes 32 anos de estrada.
Se a actuação de Mazuze, nalguns momentos nos pareceu fria, noutros o intérprete de Louis Armstrong, Dom William, Miles Davis, Ray Charles e mais libertou-se a todo o gás, justificando a enorme fama de ser um dos maiores intérpretes da actualidade na abordagem de marrabenta, blues, soul, fado, latino, merengue e outros.

O público esteve atento a cada movimento do aniversariante. Vestido a negro, Mazuze tinha a plateia a seguir-lhe a cada passo e não lhe pouparam as palmas quando a interpretação fosse admirável. Ainda assim, uma espécie de tensão pairava na sala de espectáculo e de vez em quando, Alexandre dialogava com a plateia, mostrando a outra sua veia de um bom comunicador. Comentou, por exemplo, a falta de seriedade por parte dos empresários ligados à área musical, dando a entender que não foram fáceis estes 32 anos de carreira num país que não valoriza os seus artistas. A parte final não poderia ser de outra forma: simplesmente emocionante. O Majescoral corou o aniversariante e a plateia ao cantar a canção "Vai com Deus" (transportando-nos momentaneamente para uma noite antecipada de natal) e ainda o tradicional "Parabéns a Você" distribuído pelas 14 vozes esculpidas entre sopranos, tenores, baixo e contralto.

Cinco bailarinas inspiradas na coreografia e indumentária típica da Companhia Nacional de Canto e Dança desceram o pano de um concerto que não foi propriamente uma noite de magia musical, embora com tanto glamour. Antes de abandonar o recinto, a plateia foi convidada ao corte de bolo temático (com guitarra e claves de som) exposto no átrio do "Gil Vicente". Entre beijos e abraços, o aniversariante embora descontraído, denunciava no semblante algo preocupado (?), de alguém que não terá atingido o clímax....Era a emoção e o peso dos 50!

ALBINO MOISÉS


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Stewart Sukuma no World Tour


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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Karaboss de Duas Karas

Já está disponíve na loja A Garagem, o mais recente singke do Rapper Moçambicano, Duas Caras, com o título KaraBoss. O single traz muitas surpresas, para além, é claro, do hit KaraBoss, que conta com a participação do G2.

Dentro do gXtudio, no dia da criação do KARA BOSS, o novo single do DUAS CARAS com a participação e produção do g2 . . .

Mais informacao aqui no MUNDO DA FAMA

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Lizha James - Desentendimento

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Guell, uma voz irresistivel

Imagem: TVzine

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Guell é uma das mais lindas vozes moçambicanas



Guell é uma das mais lindas vozes moçambicanas, que surge no mercado discográfico pelas mãos de Julio Silva.

O seu album Chikwembo Suca tem sido das musicas mais piratadas e mais ouvidas de norte a Sul de Moçambique.

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Músico Paulo Flores leva "Ex-Combatentes" novo CD da trilogia ao Bela Shopping


O músico Paulo Flores estará domingo (23 Agosto) no Bela Shopping, em Luanda, para uma sessão de venda e assinatura de autógrafos do seu mais recente trabalho discográfico, a trilogia “Ex-combatentes”.
A intenção é, segundo fonte da instituição que avançou a informação à Angop, proporcionar a crianças, jovens e adultos a oportunidade de comprar a obra e poderem apreciar as suas músicas, que já fazem sucesso por toda Angola.“O Belas Shopping regozija-se por acolher este astro da música angolana e acredita que será um momento simbólico na carreira do artista dado o volume de pessoas que habitualmente frequentam o espaço”, reforça a fonte.
"Ex-Combatentes", é uma trilogia com três discos, nomeadamente “Viagem”, “Sembas” e “Ilhas”, tendo temas em que o artista procura trazer uma reflexão sobre o que sente perante as transformações que observa todos os dias da janela da sua casa. O CD traz a público 27 músicas (nove em cada disco), três dos quais roupagens de “clássicos” nacionais e de Cabo Verde e os restantes inéditos, que foram produzidos em Angola, Portugal e Brasil.
Paulo Flores, 37 anos, é natural de Luanda e começou a cantar em Portugal, aos 16 anos de idade. É embaixador da boa-vontade do PNUD e na sua carreira conta com 11 discos lançados, para além de várias participações em obras de músicos angolanos e estrangeiros.
fnt/Angop

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Gabriela - "A música é algo que está dentro de mim"

A Gabriela criou-se, como artista, também no grupo coral da Escola Portuguesa, para além de ter participado em festivais internacionais. Como isso influenciou sua carreira?Entrei para o grupo coral da escola quando sou que se ia realizar um concerto de Natal, faltava apenas uma semana. A música está dentro de mim, e sempre que havia um evento relacionado à musica eu me interessava em participar. Minha primeira experiência como artista eu foi em saraus de poesia promovidos pela Associação de Língua Portuguesa, em que eu cantava fado.

A Gabriela lança álbuns de 4 em 4 anos: 2001 – 100% Amor e Paixão, 2005 – Felicidade, e prevê-se que lance seu próximo álbum este ano. Porquê tanto tempo?Ainda não tenho a certeza que o meu próximo álbum saia este ano, embora haja essa previsão. Não me preocupo em fazer músicas num álbum só para preencher o espaço e as pessoas acabem gostando de uma ou duas músicas apenas. A minha preocupação é fazer música boa, fazer tudo para que o CD saia com qualidade, porque sinto que como artistas, nós temos essa responsabilidade.

Em algumas entrevistas ouvimos a Gabriela dizer que este será um verdadeiro “álbum Gabriela”. Porquê?Este será o primeiro álbum verdadeiramente Gabriela, porque traz estilos que me identificam. Nos meus dois álbuns anteriores fiz passada, por influência do Yeyé. O problema é que este não é um estilo que conheço muito bem, o que dificultava a autocrítica. Desta vez optei por fazer algo que eu conheço, que me identifica.

O amor no geral é um dos principais temas da sua música. Podemos esperar isso deste álbum?Este álbum também vai cantar o amor, as músicas que já saíram mostram isso, e as restantes vão seguir a mesma linha em termos de tema. O amor é chave de tudo, é ele que nos faz viver em sociedade, partilhar a casa, o escritório, a carteira na escola, enfim, o amor é a base de tudo.
Como funciona o processo de criação de suas músicas? Quem é o compositor as letras? A Gabriela tem a ideia da música e trabalha com seus produtores para desenvolver a ideia ou é o contrário?Dantes o Yeyé é que fazia tudo, compunha e fazia as instrumentais. Para o próximo álbum estou a trabalhar com uma equipa maior, dividimos o trabalho e cada um esforça-se em fazer da melhor forma a sua parte, o que enriquece o trabalho.

Dos seus primeiros álbuns e mais recentemente, das músicas Mina na wena, Longa estrada e ainda da sua actuação no MMA, vê-se que a Gabriela é uma artista versátil em termos de estilos musicais. Qual é o estilo que a identifica?Sim, o slow e pop rock são os estilos de que mais gosto, que me identificam, mas eu gosto de explorar também outros estilos. Isso faz também que descubramos nossas potencialidades noutros estilos, que é o que aconteceu comigo em relação ao Jazz. Quando me foi proposto fazer a versão Jazz do “mina na wena” fiquei um pouco surpresa porque era algo novo, mas descobri que este é um dos estilos no qual me sinto a vontade.

O seu vídeo mais recente, Longa estrada, é um tributo a Lurdes Mutola, e carrega uma mensagem muito forte. O que a motivou a gravar essa música?A Lurdes Mutola é uma heroína viva, elevou o nome nosso país e nós não podemos deixar morrer essa lenda. As pessoas não podemos acarinhar as pessoas que elevam o nome do país quando estão no auge. Fiz esta música a pensar também nas pessoas que lutam todos dias para alcançar seus objectivos, e quando estes são alcançados, aparecem logo outros.

A Gabriela tem levado a cabo projectos sociais. Pode nos falar um pouco mais do seu lado de responsabilidade social?Tenho projectos na cadeia feminina, especialmente com as crianças que lá estão. Visito a cadeia nas datas festivas, procuro passar o meu calor, acarinhar, fazer o que posso para lhes dar o meu apoio. Estou também a trabalhar com a Associação de Luta contra o Cancro, e em parceria com a Sra Esperança Mangaze, compramos alguns quadros feitos por crianças com cancro, como forma de ajudar as crianças que estão internadas e precisam de apoio de todos nós.

Para terminar, que mensagem gostaria de deixar para aqueles que acompanham seu trabalho?Começar por agradecer pelo apoio dos que acompanham meu trabalho, porque sem eles eu não seria a Gabriela cantora, e eu prometo continuar a trabalhar para trazer coisas sempre melhores.
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Eduardo Paím prepara novo disco com o título "Massambissambi"

O músico angolano Eduardo Paím prevê lançar, ainda este ano, no mercado, um disco com o título "Massambissambi" e uma colectânea de sucessos antigos, anunciou o cantor.

Em entrevista à Angop, o também produtor musical esclareceu que o disco comportará doze faixas musicais inéditas, enquanto a colectânea terá dez, incluindo dois temas novos.

Quanto aos estilos que incluirá no novo CD, o instrumentista indicou o kizomba e o semba, como géneros preferidos, porque tenciona que o mesmo seja "parecido ao Eduardo Paím de outros tempos".
Hoje, tenho a obrigação de cumprir não só com minha inspiração, mas também com a sensibilidade dos meus admiradores, disse, argumentando que "quando um musico já definiu estilos não é muito bom que fuja completamente", sublinhou.

Eduardo justificou que as versões de músicas antigas surge para a satisfação dos seus fãs, muitos dos quais não tiveram a oportunidade de obter esses trabalhos.
Quanto a produção, o criador do género kizomba, disse que conta com a colaboração de outros criadores, sem contudo mencionar nomes.

Há uma série de jovens que eu particularmente admiro, reconheceu, e pude trocar impressão técnica com alguns deles para participação na composição, criação, concepção de arranjos ou na composição de letras.

Quanto aos estúdios "EP", sua pertença, o músico fez saber que tem previsto a curto prazo a actualização dos recursos técnicos e a sua reestruturação.
"Estamos a fazer adaptações", disse, antes de reconhecer que na altura eram os únicos, e os trabalhos eram constantes, agora "temos que concorrer com os outros e isto tem que se fazer sentir na qualidade dos trabalhos, porque agora estamos mais virados na caça de talentos”.

General Kambuengu, como também é conhecido nas lides musicais, tem participações em vários discos de artistas nacionais e não só e conquistou três discos de ouro em Portugal, pelos seus sucessos musicais. Tem publicados sete discos, entre os quais “Luanda Minha Banda”, “Do Kaiaia”, “Mugimbos” e “Maruvo na Taça”.
Fonte Angop

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