segunda-feira, 25 de agosto de 2008

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS MÚSICOS : Um encontro para “tocar e cantar” sem preconceitos


A ASSOCIAÇÃO dos Músicos Moçambicanos anunciou para Setembro a realização da sua primeira conferência nacional, acto que terá lugar de 26 a 28, na cidade de Maputo. O encontro contará com 200 participantes, entre delegados e convidados, sendo estes últimos proeminentes figuras ligadas às artes e cultura, bem como parceiros da agremiação dos músicos. Esta reunião realiza-se cerca de 20 anos depois da criação da Associação dos Músicos Moçambicanos, liderada, desde a sua fundação, pelo músico Hortêncio Langa. Com mais de 800 associados, esta é uma das mais antigas agremiações existentes no nosso país.


Há muito que os músicos ansiavam por um encontro desta natureza, no qual se sentarão para expor as suas ideias, de modo que cada um possa dizer o que deve ser a agremiação, isto numa perspectiva de desenvolvimento da classe dos músicos e da música na grande e doce nata que é a cultura moçambicana.

A conferência dos músicos deve ser encarada como um momento no qual se pretende uma união para defender interesses colectivos, não significando, no entanto, o arrebatamento das convicções de cada um dos músicos.

Este é um flagrante momento para que os músicos, independentemente das circunstâncias, não se lancem pedradas, pois isso somente os conduzirá ao cadafalso. Esta é também uma soberana oportunidade para o secretário-geral Hortêncio Langa explicar-se, dando a conhecer os passos que a associação vem dando ao longo desse período em aspectos como a gestão da casa ou mesmo o que é que o seu elenco (?) terá feito em prol dos artistas nacionais.

Ele que já levou muitas pedradas, mas também deu muitas, tem uma oportunidade de não só se “reconciliar” com os seus confrades, mas também de todos se abraçarem, encontrando uma solução de sair do lodo em que a música e os seus fazedores estão mergulhados.

Alguns dos artistas ouvidos pela nossa Reportagem, que vai continuar a trazer opiniões até à realização da conferência, são da opinião que este é o momento de trabalhar para resolver os problemas dos músicos, muitos dos quais são conhecidos. Mas também encaram a conferência como uma soberana oportunidade de Hortêncio Langa explicar, dentre outras coisas, as razões da demora de uma reunião como esta, mas também de se saber se a convocação deste encontro apenas dependia da vontade do secretário-geral, ou era necessária uma outra atitude por parte dos demais associados.

Para uns interessa que a conferência discuta questões concretas e não afinar-se pelo diapasão da vozearia, uma vez que há problemas como “cachets” e profissionalização da carreira do músico.

A realização deste encontro está avaliada a cerca de 500 mil meticais, dinheiro que sairá dos cofres da Embaixada da Dinamarca em Maputo.

Hortêncio Langa- Resultado do crescimento da casa

O secretário-geral dos músicos, Hortêncio Langa, referiu que esta conferência destina-se a discutir aquilo que foi feito ao longo dos anos de existência da associação bem como traçar novas perspectivas para os próximos anos.

Com efeito, durante a conferência serão discutidos vários aspectos relacionados com a vida dos músicos e reflectir sobre o desenvolvimento da música no país.

Na sua perspectiva, a realização desta reunião é justificada pelo crescimento da agremiação que dirige, e é importante, segundo refere, que os músicos não só falem dos problemas que têm, mas também das suas ansiedades e dos sucessos alcançados.

Quanto à agenda de debates, disse que vão falar da revisão dos estatutos, adequando-os à realidade actual, mas também avaliar o desempenho dos núcleos e delegações provinciais dos músicos. “Mas também foram criadas associações que, não estando filiadas à associação nacional, desenvolvem os mesmos trabalhos, daí que nesta conferência saberemos qual é seu propósito e que papel estão a ter para o melhoramento da vida e dos músicos no país. Temos casos da Beira e de Inhambane que são associações mais activas nos locais onde estão”, apontou.

A criação de uma ordem dos músicos, que possa levar avante a questão da profissionalização dos músicos, é outra questão que vai ser discutida durante a conferência. Com a ordem dos músicos pretende-se trazer uma outra dinâmica de trabalho no panorama musical nacional.

A expectativa é que este sirva de momento para haja uma maior consciência dos problemas que os músicos enfrentam e ainda uma maior clareza em relação ao papel dos músicos na defesa dos seus próprios interesses, isto enquadrados numa associação.

Hortêncio Langa chamou a atenção para a necessidade de os músicos que ainda não regularizaram a situação das cotas que o façam como forma de poderem estar presentes na conferência, participando como membros de pleno direito, usando da palavra, debater e votar.


Filipe Nhassavele - Momento de haver valores mínimos para os cachés

O MÚSICO Filipe Nhassavele disse ao nosso Jornal que já era o momento de a conferência se realizar. “Já era sem tempo, pois há mais de 20 anos que não acontece nada de género”, disse. Para ele, a realização desta conferência vai mudar muita coisa, quebrando a monotonia que se assiste actualmente no seio da agremiação, e, por via disso, dos próprios músicos. Entende também que muitos dos associados não se sentem à vontade quando se trata de frequentar a sua “casa”, mas acredita que com este encontro tudo poderá voltar a tomar um outro rumo, uma vez que o encontro poderá servir como uma lufada de ar fresco para todos. “Os músicos andam chateados porque não há nada que acontece, para além de se ter uma situação de secretário-geral vitalício. Por exemplo, a nível da província de Maputo nós já começamos com as conferências, na cidade de Maputo também está em preparação a realização de uma conferência. Geralmente, os músicos tem falado mais de criar estratégias que possam concorrer para a mudança da situação”, disse.

Quanto às eleições, que foi anunciado que elas terão lugar, Filipe Nhassavele é da opinião que existem condições suficiente para que elas se realizem. Por outro lado, refere ainda que os delegados à conferência, que são em número de três por cada província, tenham que trabalhar no sentido de criar a maior transparência possível no decurso do pleito.

A uma pergunta sobre se a província de Maputo havia indicado candidatos, Filipe Nhassavele, que é o presidente da delegação da província, disse que a província que lidera ainda não tem condições suficientes para apresentar um candidato, tanto é que só recentemente que tomou posse o órgão directivo. A prioridade para ele é trabalhar para a organizar a situação dos músicos. “A delegação dos músicos na província de Maputo acaba de ser criada, daí que não seria oportuno avançar com nomes”, disse, deixando claro que votarão a favor de quem apresentar um bom programa que tenha em vista o desenvolvimento dos músicos.

Sobre os documentos levados à conferência para debate, Filipe Nhassavele comentou que, todas as estratégias já estão traçadas carecendo apenas de quem as toque em consonância para formar uma música bela e harmoniosa. Contudo, disse ser fundamental que a conferência discuta, exaustivamente, questões como a pirataria, que graça, sobremaneira o trabalho dos músicos. Nesta componente, falou de casos em que os piratas se antecipam aos proprietários das obras, conseguindo eles ter primeiro os discos. “Muitas vezes o músico se surpreende com o seu trabalho já a ser comercializado na rua, sem que lhe tenha sido informado que o seu produto já estava no circuito comercial”, disse.

Nhassavele diz ainda que devia ser criado um mecanismo que permita marcar valores mínimos para as editoras pagarem os músicos na edição dos discos, e também que se criem mecanismos que determinem um valor mínimo para os “cachets” aos músicos espectáculos.

Francisco Manjate

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Intercâmbio cultural junta moçambicanos, lusos e galegos

Lucrecia Paco

SE ontem é memória, hoje – ou ahoje, como escreveu num poema Luís Carlos Patraquim, satirizando a língua portuguesa – é o dia em que podemos fazer algo. No fragmento de tempo que vai desta quinta-feira até 16 de Agosto um acontecimento artístico e cultural importante se estende sobre alguns nobres espaços artísticos de Maputo: um intercâmbio entre fazedores de arte moçambicanos, portugueses e galegos.

“Ahoje é Ahoje: identidades partilhadas”, é como é denominado este evento, cujos promotores são o Teatro Avenida, grupo musical Timbila Muzimba e Promédia (Moçambique), Trigo Limpo Teatro ACERT e GESTO/Identidades (Portugal) e o músico da região espanhola da Galiza Fran Pérez. Pérez, que tem como nome artístico NARF, é um velho conhecido dos palcos moçambicanos e simboliza uma certa relação afectuosa entre galegos e moçambicanos, pois tem vindo a desenvolver projectos conjuntos por exemplo com artistas do Timbila Muzimba.

No âmbito do “Ahoje é Ahoje” serão apresentados espectáculos de teatro e música, exposições de artes plásticas, edições e acções de formação. O dia de hoje está reservado à abertura oficial do evento, no Teatro Avenida, com a intervenção, para um momento musical e poético, de todos os artistas envolvidos. Também abrirá uma exposição fotográfica, intitulada “14 Anos Partilhando Maningue”.

O tema da mostra refere-se da já considerável longevidade de relações entre artistas moçambicanos e portugueses no âmbito do programa Identidades, envolvendo sobretudo as companhias teatrais Mutumbela Gogo e Trigo Limpo bem como a Escola Nacional de Artes Visuais.

Entretanto, o principal destaque deste festival será a estreia, em palcos moçambicanos, da peça teatral “Chovem Amores na Rua do Matador”, baseada num texto inédito dos escritores moçambicano Mia Couto e angolano José Eduardo Agualusa. Este espectáculo, já exibido em Lisboa e Luanda no corrente ano, terá como palco em ar moçambicano o Teatro Avenida. O Trigo Limpo é que apresenta a peça, que divulga a combinação da criatividade de dois talentos que livro a livro confirmam a sua grandeza no contexto da literatura em língua portuguesa.

No dia do aniversário 63 da destruição de Nagasaki pelas bombas atómicas norte-americanas – um dos marcos finais da II Guerra Mundial –, o “Ahoje é Ahoje” traz ao público moçambicano um novo produto literário: “Leite de Vasconcelos Dito e Musicado”. É um livro que revive a memória e o talento do falecido jornalista e escritor moçambicano Leite de Vasconcelos, que guarda o seu nome num lugar especial da nossa história e na dos outros: foi ele quem proferiu, como locutor, a primeira estrofe de “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, canção que serviu como senha do 25 de Abril de 1974 em Portugal e nas agora ex-colónias.

Também no 9 de Agosto o Trigo Limpo apresentará, no Avenida, “A Cor da Língua”.

Domingo será dia de chuva no “Ahoje”. Choverá amor na rua do matador, segundo recado de Mia Couto e Agualusa dado ao Trigo Limpo. Esta peça é o destaque de todo o festival, merecendo por isso uma segunda exibição. A festa dominical deste encontro cultural também terá direito a música, com destaque para a actuação no Centro Cultural Franco-Moçambicano dos co-organizadores Timbila Muzimba.

Na próxima semana o “Ahoje é Ahoje” decorrerá de terça a sexta-feira, com a inclusão no programa da Casa Velha, que acolherá, terça-feira, uma noite “MoçamPortuGalicia”, em que “A Cor da Língua” juntará, para além do Trigo Limpo que a apresenta esta semana, os artistas do Mutumbela Gogo, Timbila Muzimba, Escola de Artes Visuais, NARF e músicos moçambicanos convidados.

Na quarta-feira, NARF junta-se a Manecas Costa no Teatro Avenida, no que se adivinha ser um concerto de dar gosto.

Nos últimos dois dias do evento o Mutumbela Gogo vai abrilhantar as sessões apresentando, quinta-feira, as “As Filhas de Nora”, e na sexta-feira “Mulher Asfalto”, um monólogo de Lucrécia Paco.

O dia de encerramento será também marcado por um encontro dos artistas envolvidos no “Ahoje é Ahoje” com a comunidade da Massaca, em Boane. Será a ela entregue a receita de todos os espectáculos, num gesto humanitário dos artistas, que actuam gratuitamente no festival.
Maputo, Quinta-Feira, 7 de Agosto de 2008:: Notícias

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Tufo de Nampula

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Timbila, a força de Inhambane


VENÂNCIO Mbande, homem cuja vida e obra se confundem com a timbila, variedade cultural que já levou Inhambane o país a altos voos, é incontornável no fábrico e organização de uma orquestra. Deste “montro” do ritmo já reconhecido mundialmente, nada a falar. Mbande é também mestre – e igualmente referência - no fabrico da própria timbila, o instrumento que dá nome ao célebre ritmo chope.

Por estes dias, que se fala da representatividade das províncias na fase final do V Festival Nacional de Cultura, que terá lugar em Julho em Xai-Xai, o grupo de Venâncio Mbande não é, todavia, o eleito de Inhambane. Haverá timbila, sim, mas do rival de Mbande, o Timbila de Muane.

É um grupo composto na maioria por jovens que já deram cartas de verdadeiros continuadores da dança. Executam a timbila e fundem o ritmo com o xingomane; não foi necessário muito trabalho para classificar e declarar vencedores da fase provincial do festival em Inhambane. A competição de apuramento teve lugar recentemente na Escola Secundária de Muele-Muele, naquela província, onde um júri avaliou centenas de artistas provenientes de todos os 14 distritos da chamada terra de boa gente.

Se timbila já não constitui novidade no país e no mundo, o mesmo não se pode dizer do xigubo, estilo de dança típico predominantemente das províncias de Maputo e Gaza e preferida também no centro e norte de Inhambane. Aliás, em tempos idos Funhalouro, com Xigubo de Tomé, viajou para a Europa em representação do país num evento cultural onde os seus integrantes foram conhecidos como os guerreiros de Inhambane. A dança nunca parou e arrasta multidões, ao ponto de ser adoptada para ritos tradicionais ou mesmo em visitas oficiais àquele distrito.

Para o Festival de Xai-Xai, em Julho, Inhambane leva também consigo, para a dança, os Guerreiros de Tambajane, jovens que pertenceram à Renamo nos seus tempos de movimento guerrilheiro. Tambajane é o lugar de onde provém este grupo e em tempos foi um acampamento de Matsangaíça.

Itae Meque, governador de Inhambane, na sua governação aberta, escalou aquela região e pernoitou na antiga base e descobriu o grupo potencialmente bom na dança. Na festival provincial o grupo conquistou a terceira posição, suficiente para merecer a confiança do júri na selecção dos melhores para representar Inhambane em Xai-Xai.

A fase provincial do V Festival Nacional de Cultura em Inhambane, vivido com grande emoção dentro e fora dos palcos. A participação do grupo de Tambajane encheu de expectativa todos quanto se dignaram testemunhar os espectáculos. No seio dos artistas, esta participação também gerou alguma curiosidade, pois os dançarinos dos outros grupos, ávidos em conhecer as capacidades dos “rivais” de Tambajane, dividiam o seu tempo entre essa curiosidade e as suas próprias actuações.

Fonte : Jornal Notícias

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Afonso Brown entrevista FaceOculta

FaceOculta

O xitapora atraves do seu mentor, Afonso Brown, teve a honra de entrevistar uma figura incontornavel do hiphop e que dispensa qualquer tipo de apresentaçao. Esta foi a mais longa entrevista até agora publicada no blog, onde Face Oculta deixa respostas infaliveis acompanhadas de pensamentos interressantes e acima de tudo a tal harmonia e atitude positiva que vem demonstrando de alguns anos para ca. Depois da primeira parte, eis que hoje publicamos a conclusao da entrevista que ja era aguardada com alguma espectativa, nao fosse o entrevistado uma figura "historica" e incontornavel do hiphop moçambicano...afinal de contas so ficam para historia todos homens cujos actos serao eternizados e registados para sempre em nossas memorias. Acompanhem a conclusao da entrevista, tirem as vossas ilaçoes e partilhem-nas connosco.


Segunda Parte
1-Qual a diferença entre comunidade e movimento hiphop ?
Bom, eu não respondo isto como se fosse um questionario onde devo responder certo ou errado, mas respondo de acordo com a forma como vejo as coisas pessoalmente. Comunidade tem o seu conceito assim como movimento tambem tem o seu. Eu defino comunidade e movimento tendo em conta os conceitos, mas principalmente tendo em conta a realidade do hiphop, ja que é dela que estamos a falar. Eu vejo comunidade o conjunto de pessoas que tem algo em comum, neste caso, desenvolver o hiphop nas variadas formas. Vejo Movimento como as varias acções hiphop desenvolvidas por essa comunidade.

2-Como caracterizas a comunidade e o movimento hiphop em Moçambique. Pontos positivos e negativos.
Há pessoas na comunidade que não fazem movimento nenhum para mexer e elevar esse hiphop, outros ainda fazem movimentos(atitudes) sem qualidade, convencidos que no seu tipo de “radicalismo” ou “ambicionismo” fazem algo grandioso pelo hiphop. Por outro lado há um esforço ainda que individual, mas humilde para fazer a comunidade se encontrar e um movimento mais qualitativo em todos aspectos.

3-Voltemos ao tema violencia: Quais os exemplos claros de violencia no hiphop Moçambicano? Como se caracteriza? Quem promove?
O simples facto de um rapper fazer pouco ou não respeitar outros estilos musicais, dos quais muitos tem mais haver culturalmente com ele. Muitas vezes passamos por ridiculos sem nos apercebermos. Outro exemplo é o da forma como se discutem certos temas relacionados com o hiphop, seja a nivel de blogs, debates vivos, tem havido muita ignorância e sobretudo posturas desnecessarias. Como diria um comentador num certo debate, é no minimo uma “prostituição intelectual”. Alguns rancôrosos e mais alguns saciados gastam muita energia intelectual para violentar o próximo, fazendo assim cair o conjunto. Artistas, rappers, mc’s, editores de jornais, promotores de espectaculos e alguns intervenientes individuais auto-titulados criticos.

4-Acha que o rap feito pelos moçambicanos reflete integralmente a sociedade moçambicana?
Reflete, mas está claro que não é integral geograficamente .

5-Que avaliação fazes dos conteúdos.
É negativo que muitas das tendencias “Lets Chill” na mensagem não trazem nenhum elemento de originalidade, ou seja nem no “chilling” se consegue ser original devido ao exagero de ostentações. Um aspecto importante nesta questão é que acho que deviamos avaliar como é feito o uso da palavra. Por exemplo Hernani é um rapper que tem muita cultura geral, isso da-lhe uma capacidade de concentrar ouvidos sem dizer coisas concretas. Entretanto se um individuo não está devidamente informado não se diverte com a musica de Hernani. Por outro lado há rappers devidamente informados, mas que são complexos no que dizem, e assim é dificil ser abrangente. Mas perante os varios tipos de conteúdos que fazem o nosso rap, sente-se a falta de dominio da lingua portuguesa e se tivesse que avaliar dando uma nota eu dava 13Valores.

6-Defina o MC moçambicano liricamente, falo em termos de poesia e conteúdo. É maduro? Criativo? Original? Inovador? Activo ou Passivo?
Bom esta questão me parece ser a anterior feita de forma diferente, mas ok!. Vamos dar percentagens. 20,5 % maduro, 10 % criativo, 10% inovador, 10 % activo, 45,5 % passivo

7-Acha que os MC’s tem capacidade de escrever letras que possam estar em pé de igualidade com grandes escritores nacionais? ou possuem uma retórica pobre?

Acho que aqui ainda há por descobrir MC’s, porque avaliando pelo que existe, são poucos os capazes de fazer descrição narrativa como “Ualalapi” de Ungulani. São tambem poucos os capazes de narrar a tradição como Paulina Chiziane,. Em suma diria que de facto a retórica ainda não é de muitos. Para além de que está relacionada com a falta de ligação com hábitos de literatura e oração.
“Actualmente está a surgir um fenómeno que me preocupa: estamos a ser influenciados por MCs que não tem força, garra e atitude no micro, refiro-me a essa onda de MCs actuais da Justus League, Low Budget e seus derivados”
-DRIFA

8-O que acha dessa opiniao de Drifa na entrevista concedida ao xitapora? Podes comentar.

Não sei exactamente o que dizer, teria que saber o que é um MC com força, garra e atitude no micro pelo ângulo de DRIFA. Observa ponderadamente o seguinte: para mim o L. Nato e o Azagaia tem tudo isso, e na Justus league ou Low Budget podes encontrar L Natos e Azagaias, tenho dificuldades em saber o que é perfeito em cada um e nós. Não tou preparado para responder como deve ser, estaria melhor preparado para responder se isso preocupasse a todos nós.

9-Não acha que a corrente positivista do hiphop esteja a correr o perigo de algum deslumbramento em relação a realidade... ou até certo ponto esteja a viver fora de realidade?
Não sei bem de que corrente positivista se está a falar, mas porém existem aqueles que agem com base na fé que tem nas suas crenças, e isto não é uma questão de realidade é uma questão de experiencia. Só cada um conhece o sabor amargo ou prazeroso, que sente como retorno da sua atitude no mundo. Eu tenho co- presente uma frase de Silo(El Negro) entre as 12 acções validas de um humanista que e já é um pouco famosa entre alguns de nós: “trate os outros como queres ser tratado”, neste contexto descobre-se uma complexidade interessante sobre a atitude humana, onde o importante é a experiencia do registo interno de cada acção seja tratando mal ou bem. O resultado do positivismo não está em algo material ou palpável está dentro de cada um.

10-É possivel distinguir o rap da cidade e do suburbio em moçambique?ou estaremos todos “guetalizados”?
Pelo tipo de composição musical e pela dicção, pronuncia, linguagem, conteúdo pode se distinguir. Mas o suburbio pode soar como a cidade, só a cidade é que tem dificuldades em soar como suburbio. Em geral estamos todos guetalizados porque faltam-nos elementos sobre “cidadania”.

Publicada por xitapora

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Central Line na linha do “CMC”

O Conjunto Central Line

A BANDA moçambicana Central Line, liderada por Humbe Benedito, esteve no ultimo fim de semana no espaço “Bar dos Amigos”, localizado no Bairro Magoanine-CMC.
Central Line, constituído por Humbe Benedito (vocalista e viola solo); Marta Penicela (coros); Bonga (na viola baixo); Zeca (teclado) e Momed (na bateria). Naquele espaço, a banda vai tocar música Jazz, Reggae, bem como outros ritmos moçambicanos, entre tradicionais e de característica ligeira do nosso país, num concerto que teve lugar sábado as 22:00 horas.
Para além de cantar músicas originais, Central Line, que fez a sua segunda viagem àquele local, onde interpretou temas de músicos lendários como Bob Marley, Lionel Richie e Berry White. Entretanto, para a semana do fim do mes foi convidado o músico Filipe Nhassavele para fazer a festa com os amantes de música moçambicana, e que, nos últimos tempos, consideram aquele a “Casa dos músicos”.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Stewart Sukuma; O fragmento e o sentido na música


“Nkhuvu” (celebração) é o título que Stewart Sukuma escolheu para o seu segundo álbum de originais depois de Afrikiti.


Oriundo da cidade de Quelimane, Stewart Sukuma apresentou, pela primeira vez, num concerto bastante concorrido, os temas que compõem o seu mais recente disco. A iminência da sua produção musical pode ter sido o mote que levou a que a Mozal apoiasse a produção do disco. Num momento que se desenha crucial para o artista – tem muitos planos em carteira – “Nkhuvu” surge-nos como um rebuscar, nas mais profundas raízes da nossa música, do que melhor há para explorar. “Nkhuvu” é um disco obrigatório para os apreciadores da boa música moçambicana.

Nascido Luís Pereira e celebrizado como Stewart Sukuma, o compositor e intérprete, com apoio da Mozambique Alumínios (Mozal), brinda-nos, neste último terço de 2007, com um disco rico em termos de propostas. Só o naipe de convidados – Lokua Kanza, Jimmy Dludlu, Roger Moreira, Bonga Kwenda, Sheila Jesuita, Elizah e Artur Maia – é revelador do valor e da confiança que Stewart Sukuma desperta nos seus pares.

As 18 músicas que compõem este CD transportam toda uma intensidade da vivência quotidiana de um povo. A história é aqui contada e cantada com a evolução dos acontecimentos, neste caso cerimónias, que vão desde o nascimento de uma criança, os seus ritos de iniciação, a procura de uma identidade, o casamento e a celebração da própria vida. São elas: Yowe Yowe-Xin’wanana, Mandziko wa Siku (No Futuro), Tingalava (barcos), Tingalava ni Matlhari ya Ndzilo (os barcos e a pólvora), Hita kina Marrabenta, Mabongwe (macho), Felizminha, Raci, Aliteya (Rio), Ameli, Vana va Nhlonipho, Wulombe (Mel), Ginani (o que se passa?), Tukuraka (queremos...), Olumwengo (mundo), Mahuta, África, A Lirandzo (amor).

Os ritmos, fruto de uma pesquisa na música tradicional, mesclada com a música urbana dão um toque e espelham aquilo que é a nossa vivência no mundo global de hoje com a finalidade explícita de obter um som universal. A música é simplesmente boa. Agradável ao ouvido... embora num e noutro caso – sobretudo no capítulo da língua escolhida – se notem algumas fragilidades que são superadas pelo conjunto da obra.

Sukuma foi buscar nos arquivos da Companhia Nacional de Canto e Dança, Arpac, nos bairros periféricos da cidade de Maputo e noutros locais, algumas propostas, em termos de ritmos, para construir o “Nkhuvu”. Genial também o registo, num quintal com som natural, de um grupo de canto coral do Infulene.
É possível perceber sons de m’ganda, marrabenta, makara; também se podem ouvir sons resultantes da mistura de marrabenta, morna e semba no tema “Aliteya” (Rio) e ainda samba, kwassa-kwassa e marrabenta no tema “África” por exemplo.

Essa multi-sonoridade dá ao disco um som aberto, virado para o mundo. As melodias executadas por Stewart Sukuma são um reflexo da variadíssima gama de influências ancestrais que habitam esta terra e que hoje são pontos de referência na cultura moçambicana. A influência islâmica no norte de Moçambique, outrora visitada amiúde pelos árabes e a inevitável herança dos portugueses espalhada pelo país inteiro, são exemplos inegáveis dessa rica mestiçagem que hoje prevalece. As letras passam uma mensagem de afirmação cultural, rebuscando na história factos e acontecimentos verídicos com base no sentimento que une todos os seres humanos: o amor, cantado aqui de várias formas.

Outra nota de destaque nesta produção – suportada integralmente pela Mozal – é o excelente trabalho de equipa. Há músicas de Stewart com letras de Samito Matsinhe. Traduções de outros artistas como Mitó Guambe (Kapa Dêch), Aly Faque e Júlia Mwito.

Stewart diz que esse espírito é que dá a riqueza que o disco incorpora. Houve situações em que eu fazia a melodia e logo o Samito criava a letra. Foi um trabalho de equipa fantástico. Há músicos que conseguem fazer tudo, mas eu penso que também é preciso abrir as portas para novas experiências e isso está patente em “Nkhuvu”. “Nkhuvu” é a alegria, o riso, o choro, a música, a dança; e a forma de celebrar a vida. “Nkuvu” é a celebração, é a vitória de cada etapa da nossa vida.Stewart diz que “Nkhuvu” é também uma celebração da amizade, do amor fraterno, do espírito de entreajuda que recebeu quando, em 1977, veio radicar-se na cidade de Maputo.

NKHUVU: A motivação
Neste mundo tão conturbado, precisamos de referências fortes para nos situarmos no mundo global e a música dentro do mosaico cultural tem uma palavra a dizer; Stewart fê-lo da forma mais bonita: cantando a nossa história! A música africana é a imagem de África. A música existe, e em qualquer parte ela está presente. Este facto isolado não tem nada de especial.
O que a torna especial é a histórica relação que ela tem com o som e a forte comunhão com o efeito visual que a diferencia de qualquer outra cultura no mundo. O som carrega consigo o ritmo e o movimento cria a imagem, diz Stewart Sukuma. A vida em África é determinada pelo número de eventos que ela comporta, com a música simbolizando o nascimento, os ritos, o casamento, as colheitas e a morte.

Desta forma, a identidade de um povo manifesta-se na maneira como ele celebra as suas cerimónias. É desta forma que Stewart Sukuma revela-nos a dimensão da nação através da celebração em forma de música onde está expressa a alegria de sermos nós, continuarmos nós e transmitirmos aquilo que é a nossa identidade.
A Mozal, entendendo essa perspectiva, não hesitou em apoiar o projecto de pesquisa e produção de música urbana com base na música tradicional. Aliás, Alcido Maússe, Director da Associação Mozal para o Desenvolvimento da Comunidade, disse, depois de receber a primeira parte dos 500 discos que são destinados àquela empresa de Fundição de Alumínio, que iriam continuar a apoiar aquele tipo de iniciativa. É uma honra para nós termos apoiado um artista talentoso como o Stewart.

Assim, temos certeza absoluta que iremos deixar algo valioso, em termos musicais, para as gerações vindouras. A pesquisa da música moçambicana que Stewart está a fazer vai permitir-nos saber as nossas origens e podermos projectar o futuro, disse Mausse antes de rematar assim: vamos continuar a apoiar estas iniciativas! A iniciativa, ao que tudo leva a crer, deu apenas o primeiro passo.

Próximo ano, a partir de Março, Stewart Sukuma vai levar o “Nkhuvu” para todas as províncias do nosso país. A par da divulgação deste CD, Stewart irá prosseguir com a pesquisa de ritmos e canções tradicionais para uma segunda produção discográfica. Em simultâneo, dando prosseguimento a uma campanha individual, irá, durante a digressão, realizar palestras com estudantes no âmbito do projecto “Eu tenho um sonho” virado para o combate ao HIV/SIDA. Nesta vertente, Sukuma já fez palestras em Inhambane e na cidade de Maputo.

Escrito por Beladamugy

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Celso Paco e Venhereque no “Gil”

O saxofonista Orlando Venhereque e o percussionista Celso Paco vão partilhar o palco do espaço do Gil Vicente, num concerto que terá lugar sexta-feira (08/08/2008), a partir das 23:00 horas.

Walter Mabas vai ser o guitarrista solo, enquanto que Nené vai tocar viola baixo. Neste concerto, Celso Paco vai tocar bateria. Entretanto, no sábado o jovem Felling Capela, da “PelArte D’alma”, apresenta quatro jovens no projecto “Soul Acústico-Quatro temas e quatro vozes” que cantarão temas originais e farão interpretações acompanhados por declamação poética.
“Quatro temas e quatro vozes” traz os jovens Seth Suázi, um excelente executante da guitarra acústica e tem muita influência da música moçambicana. Enquanto isso, Afonso Bhaka é um jovem emergente com inclinação para para soul-jazz, afro e bossa nova. Amarildo vai declamar ao lado de Marina, uma vocalista e poetisa.

Maputo, Terça-Feira, 5 de Agosto de 2008:: Notícias

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Revista O Tunel, ja nas bancas...

Capa da revista O Tunel.
Magazine dedicada a musica, fashion, "quem-e- quem"...
Para quem gosta de se manter informado sobre o que se passa em Mocambique,vale a pena abrir as paginas desta publicacao.

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Stewart Sukuma - Lider da Malta

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Dia de Djuba pretexto para lançar talentos

Dentro de dias o posto administrativo de Djuba, na Matola-Rio, assinala o seu dia. E para festejar a efeméride - 17 de Agosto - está agendada uma programação musical tendo como promotor o cantor Ozias Langa, que fará desfilar ao palco jovens talentos enquadrados no seu projecto “Lançamento de Talentos de Langa Stúdios”.

São artistas jovens que procuram um enquadramento dentro do panorama musical a nível da província do Maputo.

Esta informação foi dada ontem ao nosso Jornal por Ozias Langa, que na ocasião irá cantar temas que o popularizaram na década oitenta, com o destaque para “Sala mamana”, e “Xhilhangue”. O cantor vai ainda brindar, caso haja tempo suficiente, para cantar algumas das suas últimas criações, que constam do CD “Mamana Niekete”, editado pela Vidisco.

Falando da lista dos músicos que irão desfilar nessa data, apontou os nomes de Vicente, Antoninho, Marcos Sitoe, Butxa, Gipf Víctor Mondlane. São jovens que cantam mensagens e conteúdos educativos assentes na marrabenta e hip-hop.

A ideia é proporcionar uma maior visibilidade as obras dos pequenos cantores que não tem tido a oportunidade de exporem o produto da sua criação.
Entretanto, a festa de Djuba, como não podia deixar de ser, terá no seu leque de propostas alguns momentos de música tradicional: o Xigubo e a Timbila, pertencentes ao projecto de novos talentos da Langa Studio”.

Na óptica de Ozias Langa, este tipo de iniciativa com os jovens talentos permite a que eles sintam motivação para a continuarem a trabalhar cada vez mais, sabido que hoje os produtores e realizadores de espectáculos não apostam em artistas anónimos.
“Este projecto oferece uma oportunidade para que estes jovens descubram as suas potencialidades e, por outro lado, aprendam as dicas de como se portar no palco perante o público”, anotou a fonte.

A ser já desenvolvido há aproximadamente dois anos, conta com os apoios da MOZAL, através da Associação Mozal para o Desenvolvimento da Comunidade.
Sobre as expectativas para este projecto, aquele promotor está optimista em que a festa terá aderência dos populares, por se tratar da data de celebração do seu posto administrativo”.
Entretanto, segundo a fonte, depois da festa de Djuba, a 17 de Agosto, o projecto “Langa Studios” regressa àquele posto administrativo a 23 do corrente, tendo como palco a Escola Secundária Nelson Mandela. E tal como no primeiro caso, também esta programação para a sua efectivação contará com os apoios da MOZAL.

Recordar que Ozias Langa, já levou o seu projecto de novos talentos aos bairros da “Machava”, “Nkobe”, “Patrice Lumumba”, “Machava-sede”, “Trevo”, entre outros.

Fonte: Jornal Notícias

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Video Eyuphuro Mwanuni

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Eyuphuru brinda tufo aos seus fãs


A BANDA musical Eyuphuru que tem na proa a cantora Zena Bacar. é esperada amanhã no palco do Xima do Alto Maé em Maputo. O grupo que nos últimos tempos anda “semi-desaparecido” é já aguardo com enorme expectativa pelos fãs.

O agrupamento apostado numa linha melódica do tufo, tem como berço a província de Nampula, entretanto está baseado em Maputo há décadas. Para este “show” o grupo irá apostar o seu repertório de sempre, aquele pelo qual se popularizou nas décadas oitenta e noventa, tal é o caso de “Opentaná” e “Horera Ku Rera”.
Os elementos da banda tocarão como de costume, usando instrumentos tradicionais e convencionais, mas tendo o batuque como a “alma” da banda. Será uma ocasião para o Eyuphuru dar cartas naquele espaço tal como sempre o fez em todas as suas actuações. São 26 anos de caminho trilhado, e é uma das mais cotadas do país e está sempre com actuações regulares.
Convém anotar que esta banda apesar do tempo, ela continua sempre actual, aliás, há quem faz comparações com o vinho tal como diz o dito popular, “quanto mais velho, sabe melhor”. Entretanto, para a surpresa dos seus fãs, a banda convidou amigos seus para actuarem neste repertório.

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sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Agenda Fim de Semana


6th Level

Sábado, 16.Agosto, Festa da Batukaca as 22h. Promocao da Cerverja
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África Bar

Venha comemorar os 7 (sete) pecados, sexta feira a partir das 22:30

com Dj Mandito e Valerio - Welcome drinks Peroni e Reeds

Confirma nome para lista válida até as 00:30 (82 41 07 430)

The butterfly inc
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Vamos cantar parabens a voce para o Dj Ouh_rlando, com muito Champagne\" Pegara fogo

Sábado as 22horas

Produção: Kambas
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Ex_Sinatra

After Party do Istcem, sábado a partir das 22

com Dj Steven Lights & Faya

Confirma nome para lista válida até as 00:30 (82 86 63 339)

Produção: KLint & Mollas
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Confira ainda os cartazes dos restantes eventos para este fim de semana!!! www.eventosmz.com

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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Show de Talentos Vodacom


Segunda GalaTeve lugar a Segunda Gala do Show de talentos no Domingo dia 22 de Junho de 2008. Além damaior aderência por parte do público, constataram-se progressos nas actuações individuaisdos concorrentes.


Entramos agora na fase de final da primeira eliminatória: no dia 27 de Junho de 2008, cincocandidatos irão abandonar a casa do Show de Talentos.Não deixe de votar no seu candidato para que ele ou ela não seja eliminado. Veja abaixo como votar no seu candidato.Tudobom com os talentos moçambicanos
Primeira GalaA primeira gala do Show de talentos teve lugar no Cine África no dia 15 de Junho de 2008. A aderência por parte do público foi surpreendente, no entanto espera-se muito mais para apróxima gala a realizar-se no próximo Domingo dia 22 de Junho.
Processo de votação
Se já tem um candidato preferido, por favor escolhe entre as opções abaixo como apoiá-lo,enviado os seus votos:
Linha de votação: 84 1010 100
Votação por SMS - envie uma SMS com a palavra Vodacom para o número do seu candidato,de acordo com a tabela abaixo. Lembre-se que o seu voto é essencial para o apuramento doscandidados no processo de selecção.
Quanto mais votos enviar, maiores as chances do seucandidato preferido ganhar o prémio do melhor talento moçambicano e também as suas deganhar o prémio do maior número de votos enviados.
CANDIDATOS DE SHOW DE TALENTOS
Maputo Fortunato Manjate 84 100 20 Danca
Maputo Damiao Abdala 84 100 21 Poesia
Maputo Patrizia Ferrara 84 100 22 Canto e Guitarra
Maputo Jose Manjone 84 100 23 Danca
Maputo Ana Queruna 84 100 24 Danca
Nampula Theodoro Bengo 84 100 25 Canto
Maputo Odete Marino 84 100 26 Canto
Nampula Ramiro Leonardo 84 100 27 Canto
Nampula Lucia Maquina 84 10028Apresentador
Maputo Euclides Matine 84 100 29 Danca
Maputo Esmeralda Cumbane 84 100 30 Canto
Maputo Ana Christina Costa 84 100 31 Danca
Maputo Lazaro Francisco 84 10032
CantoMaputo Nilza Laice 84 100 33 Teatro
Maputo Edgar Machanguana (GoroFast) 84 100 34 Bateria
Maputo Leonardo Ngovena 84 100 35 Danca
Maputo Lidia Timane 84 100 36 Poesia
Beira Nera Nanchika 84 100 37 Bateria
Beira Richade Suleimane 84 100 38 Canto eGuitarra
Maputo Jacinto Marrengue 84 100 39 Canto
Maputo Nelo A.Joao 84 100 40 Canto eGuitarra
Maputo Juliao Sitoe 84 100 41 Canto eGuitarra
Maputo Edena Chimene 84 100 42 Apresentador
Beira Castigo Muchanga 84 100 43 Humor
Maputo Arsenio Cumbane 84 100 44 Canto
Maputo Octavio Raul 84 100 45 Poesia
Beira Ramos Gatoma 84 100 46 Canto
Maputo Alexandre Saia 84 100 47 Canto e Guitarra
Maputo Matilde Conjo 84 10048Danca
Maputo Regina Sitoe 84 100 49 Canto
Maputo Manuel Semane 84 100 50 Apresentador
Maputo Clara Inguane 84 100 51 Poesia
Maputo Celia Macul 84 100 52 Canto
Maputo Fausta Chilaule 84 100 53 Poesia
Maputo Zita Naiete 84 100 54 Danca
Maputo Miguel Malino 84 100 55 Capoeira
Maputo Moises Zandameia 84 100 56 Danca
Maputo Absalao Maciel 84 10057Apresentador
Beira Miklety Mayroleon e BrunoSacur 84 10058Danca
Maputo La Biba e La Santa 84 100 59 DragQueen
Mensagens de Rodapé na Televisão
Para enviar os seus comentários para a STV (mensagens de rodapé), por favor envie SMS com as suas mensagens para o número 84 10010.
Prémios: Haverá dois prémios:
1. Para o melhor Talento Moçambicano - 500.000.00MT
2. Para o membro do público que mais votos enviar - 250.000.00MT
(se votar por um número Vodacom) TUDOBOM NA VODACOM

Fonte:Paulo Cabral<paulo.cabral@vm.co.mz>

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Sérgio Muiambo é o "dono" do palco

O «Instituto Cultural Moçambique Alemanha-ICMA», recebeu no dia 1 de Agosto, no seu espaço, o compositor e intérprete, Sérgio Muiambo que exibiu um concerto intitulado, "Thangagany".

Sérgio Muaimbo, é guitarrista e vocalista virado para o estilo "Afro- Fusion" com maior enfoque para as danças Makhara,Timbila e Txopo. Serve de referência dizer que o artista de que se fala é da etnia chope, língua em que canta.

A acompanhar o Sérgio, o Muiambo, estarão os seguintes instrumentistas: Samito na percurssão, Adérito na viola-baixo, Terêncio na guitarra e Abel e Sendinha nos coros.

Autor: Celso Manguana
Alterado do original editado na edicao do mesmo dia no jornal canal de Mocambique.

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www.bandocivil.blogspot.com

Tudo começa em 2005, quando levados pelo mesmo gosto pela arte do Hip Hop, decidimos formar um grupo recreativo, que teria apenas a função de divertimento, diálogo e intercâmbio de aspectos relacionados com o Hip Hop.

Como o progresso é um fenômeno natural, começamos a gravar os nossos trabalhos e freestyles em mixtapes, posteriormente a nossa primeira faixa em estúdio – BC no mic.
Com o tempo a coisa foi desenvolvendo, começamos a difundir o nosso trabalho e agora, graças aos avanços tecnológicos decidimos criar este humilde blog com o intento de trazer para todos vós tudo a respeito daquilo que temos feito, e esperamos nós que este blog viva por muito mais anos, com o vosso auxílio é claro..........
Agradecemos de momento por tudo e sintam-se livres de apresentar quaisquer críticas, dicas e tudo que puder ajudar no nosso progresso Bando Civil - O Início de uma Nova Era.

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Site do Bloco Negro

Um dia deste, enquanto fazia pesquisa sobre musica mocambicana, deparei-me com este site do Bloco Negro.

Ainda nao os conhecia, entao convido-os a conhecermos juntos, e depois podem postar vossos comentarios sobre estes jovens.

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Governo privatiza gestão de aparelhagem

ALGUNS músicos da cidade da Beira mostram-se bastante contrariados pelo facto de na semana passada o Governo provincial de Sofala ter decidido pela privatização da gestão da aparelhagem que recentemente adquiriu para a promoção destes e que foi entregue à Casa Provincial de Cultura para a sua gestão.

Falando em torno do assunto, eles argumentam que a aludida aparelhagem deveria, no mínimo, ser entregue à associação dos músicos para a sua gestão uma vez que, no seu entender, a privatização retira-lhes as oportunidades que se abriam para a promoção musical e consequente valorização.
Reunido na sua IX sessão ordinária na passada quinta-feira, na Beira, o governo provincial analisou entre as várias matérias constantes na sua agenda a gestão da aparelhagem recentemente adquirida ora entregue à Casa de Cultura local para a sua gestão, tendo chegado à conclusão de que esta deveria estar a cargo de privados pelo que um concurso para o efeito vai ser lançado oportunamente, segundo confirmou José Ferreira, director provincial da Indústria e Comércio e porta-voz do encontro.“O governo decidiu privatizar a aparelhagem recentemente comprada e entregue à Casa de Cultura para a sua gestão pelo que deverá ser elaborado um caderno de encargos, sobretudo para se acautelar a questão de promoção dos músicos”- disse.
O referido equipamento sonoro completo está orçado em mais de três milhões e meio de meticais e foi adquirido em resposta aos apelos dos artistas que não tinham meios para sua afirmação, bem como a promoção de espectáculos dado que os privados aplicam preços exorbitantes e nalguns casos até proibitivos. A entrega oficial do referido equipamento sonoro ocorreu no passado dia 7 de Abril numa cerimónia dirigida pelo governador local, Alberto Vaquina.
GOVERNO IGNORA-NOS
Para Said Aly, a privatização da aparelhagem mostra que o governo não confia nos músicos pois ”existe uma associação que acho que poderia ter sido consultada para a tomada desta decisão, mesmo a nivel local ou nacional. Com esta privatização voltaremos a ser usados e abusados quando viamos o nosso problema a ser resolvido”.

“Para que os músicos e a respectiva associação funcionem é preciso incentivos e esta aparelhagem seria um grande incentivo para nós”- disse.
Lize Mutava, artista beirense também referiu-se ao assunto nos seguintes termos: “A privatização do equipamento vai-nos prejudicar uma vez que o seu gestor não terá a promoção dos músicos como sua prioridade mas sim o dinheiro, que muitos não temos para a promoção de espectáculos. O que nos fizeram é o mesmo que ter comida no prato e não poder come-la”- apontou.

Outro músico com quem a nossa reportagem dialogou chama-se Ernesto Salimo o qual afirmou que “é uma pena o que vai acontecer porque o governo disse-nos que esta aparelhagem seria para nós e agora retira-a para privado”.

“A questão do equipamento musical era a que faltava para os músicos da Beira e a sua vinda já abria alguns horizontes para o nosso futuro melhor, ou seja, já era uma resposta oportuna das nossas necessidades o que vem contrastar com esta medida agora tomada pelo governo”- referiu.

Mariano Maia foi outro intérprete que sobre o assunto se mostrou constrangido tendo dito que a sua privatização em parte é positiva dado que “ nós os músicos não estamos bem organizados”.“Eu acho que a sua privatização é oportuna uma vez que a Casa de Cultura é uma instituição do Estado. O melhor seria a própria associação responsabilizar-se pela gestão porque trabalha ou, então, deveria trabalhar para os músicos e conhece as reais necessidades destes mas como não estamos organizados, defendo a sua privatização mas não a um grupo musical mas sim a um empresário”- apontou.

ANTÓNIO JANEIRO

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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pussycat

Imagem, cortesia de www.estabater.blogspot.com

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Burla na festa da independencia...

BURLA? Sim senhor! Porque estava anunciado que o Pavilhão dos Desportos da Beira iria acolher, sábado, um “show” musical que teria a duração de 24 horas e com a presença de dezenas de artistas nacionais provenientes de diferentes cantos do país.


O pretexto era a celebração do 33º aniversário da independência nacional, ocorrida a 25 de Junho de 1975. Na verdade, o espectáculo até aconteceu, mas ao invés das 24 prometidas durou umas escassas dez, para além de que alguns artistas anunciados, como são os casos de DJ Damost e Mega Junior não se terem feito presente. Os organizadores (Acaru- produções) nem sequer se dignaram dar seja qual for a explicação ao público.

Ao que testemunhamos, o público esteve em massa no Pavilhão dos Desportos da Beira, uma vez que as publicidades davam conta de que o início do “show” seria 17:00 horas do sábado passado. Mas foi tudo em vão porque até às 23:45 horas ninguém dos que constavam da lista do espectáculo tinha subido ao palco. Os organizadores iam entretendo o público com a música improvisada por alguns DJ’s para isso contratados.

Mas isto não desencorajou o público que fielmente continuava no Pavilhão dos Desportos da Beira para ver os seus ídolos. Aliás, o local estava repleto e os espectadores iam dançando ao ritmo do que passavam os DJ’s da noite. Quando já passavam sensivelmente cinco minutos da meia-noite, vimos a primeira actuação, com os “The Utas” a passearem a sua classe. Foram bons momentos de muito rock, mas que não passaram de sol de pouca dura, já que de seguida foi anunciada a subida ao palco dos “Nyachas”. Mas estes nem sequer subiram, alegadamente porque as condições técnicas não permitiriam a actuação deste grupo.

Assistimos depois, e mais uma vez, ao público a ser enganado com o som do DJ. Uns iam reclamando em vão, soltando palavras de repúdio. Ouviu-se vozes como “ Isto é uma burla. Queremos ver o ‘show’ que prometeram-nos”.Tudo isto aconteceu perante a presença da fiscalização do sector de Educação e Cultura que nos próximos dias poderá se pronunciar sobre o assunto.Finalmente o “show”

Quando eram duas horas e 40 minutos de domingo, a apresentadora do evento anunciava o retorno ao “show” verdadeiramente dito. Era Valdumiro José a trazer quatro composições. O público reagiu positivamente. Depois seguiram muitos outros. Dama do Bling, Dopas, Marlene, Júlia Duarte, Wazimbo, Neyma... foram os músicos que mais se notabilizaram. Aliás, Stewart Sukuma foi quem encerrou o espectáculo com chave de ouro quando, faltam vinte minutos para as 7:00 horas de domingo.

Muitos espectadores mostraram-se desapontados com os organizadores, uma vez que no lugar de 24 horas de “show”, apenas testemunharam menos de 10 horas.Nota positiva vai, no entanto, para a Polícia da República de Moçambique(PRM), que esteve em massa e evitou muitos casos que poderiam terminar em tragédia.Foi igualmente tornado público que no próximo dia 30 de Julho, a cidade da Beira irá acolher mais um espectáculo, com o internacional Matias Damásio a ser cartaz do evento.

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Rany C em Maputo

Hei pessoal, aqui esta uma novidade directamente de inhambane, o rapper Rany C ao lado da não menos conhecida Mimae.

Rany C é um rapper da provincia de Inhanbane que começou a reppar nas ruas da cidade de inhambane em 2004 ,em pequenos shows (desfiles entre escolas e bailes de fantasia).
Actualmente encontra-se na cidade de maputo por motivos estudantis e aproveitou a oportunidade pra conhecer o colectivo da 911 estúdio generíco especificamente o produtor Al-Jazz k tem o acompanhado em suas musicas como produtor.
Rany, este jovem emcee k aposta em fazer o hip hop alternativo,traz-nos este magnifico som dedicado a todas as mães.hoje não é dia das maes e porque "dia das mães é todos os dias"... curtam o classico!!!

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Rosália Mboa tem novo CD


A AUTORA de “Respeito”, “Txuvuka Mufana”, “Mbombemela”, “Passaporte” e outros sucessos está de volta com novo trabalho. Chama-se Rosália Mboa que desta vez traz o CD “A Wusiwana Lingaku Phuntisa” vindo substituir o “Pfatlha”, saído em 2005.


É um disco que a Rosália Mboa, entrevistada pelo “Notícias”, assegura que é uma bomba. É, sem dúvidas, um estoiro. Acredito que vai agradar aos meus fãs”.

Selado pela sua editora – a Vidisco – o CD é também valorizado pela participação de vários nomes cotados da praça, entre novos e da velha guarda, tais são os casos do saxofonista Chico da Conceição, do guitarrista Nanando, Mr Arsen, N`star, Ziqo, Inácio (da banda Homba Mô), Tomás Guilhermino, Humbe Benedito (do Central Line) Bob Lee e Doppaz. Cada um destes emprestou parte do seu talento para esta obra que Rosália Mboa assegura de viva voz é um sucesso e brinde para os seus fãs, depois de uma ausência de cerca de três anos.

O álbum com 13 faixas é cantado em changana e português, com letras escritas pela cantora. Assim, os fãs poderão ouvir “Khoma Switiya”, “A Wusiwana Lingaku Phuntisa”, “Sinto-me feliz”, “Uxavile Mova”, “Peregunta”, “Dzudza Stress”, “Khanimambo Yeova”, Tsomba lamina África”, “Senifikile”, “Mãe descansa em paz”, “Pisca Pisca”, “Como é”, “Bassela”.

Sobre o título do CD “A Wusiwana Lingaku Phuntisa” ela explica que fala sobre o problema da xenofobia na África do Sul que na sua óptica, tem como ponto de partida a pobreza: material e mental. “A xenofobia é uma doença de pobres. A pobreza pode levar alguém a cometer loucura”, observa.

Um outro tema que salta à vista é o tema “Khoma Switiya” dedicado à mãe que faleceu este ano.
A cantora encontra-se radicada na África do Sul há sensivelmente 25 anos, vence vários prémios no concurso radiofónico “Top” e “Ngoma” da Rádio Moçambique”.

Rosália Mboa possui uma carreira de cerca de 20 anos e entra para a música no tempo do Grupo
Fonte: Jornal Notícias RM.

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