segunda-feira, 25 de agosto de 2008

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS MÚSICOS : Um encontro para “tocar e cantar” sem preconceitos


A ASSOCIAÇÃO dos Músicos Moçambicanos anunciou para Setembro a realização da sua primeira conferência nacional, acto que terá lugar de 26 a 28, na cidade de Maputo. O encontro contará com 200 participantes, entre delegados e convidados, sendo estes últimos proeminentes figuras ligadas às artes e cultura, bem como parceiros da agremiação dos músicos. Esta reunião realiza-se cerca de 20 anos depois da criação da Associação dos Músicos Moçambicanos, liderada, desde a sua fundação, pelo músico Hortêncio Langa. Com mais de 800 associados, esta é uma das mais antigas agremiações existentes no nosso país.

Francisco Manjate

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Intercâmbio cultural junta moçambicanos, lusos e galegos

Lucrecia Paco

SE ontem é memória, hoje – ou ahoje, como escreveu num poema Luís Carlos Patraquim, satirizando a língua portuguesa – é o dia em que podemos fazer algo. No fragmento de tempo que vai desta quinta-feira até 16 de Agosto um acontecimento artístico e cultural importante se estende sobre alguns nobres espaços artísticos de Maputo: um intercâmbio entre fazedores de arte moçambicanos, portugueses e galegos.
Maputo, Quinta-Feira, 7 de Agosto de 2008:: Notícias

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Tufo de Nampula

Timbila, a força de Inhambane


VENÂNCIO Mbande, homem cuja vida e obra se confundem com a timbila, variedade cultural que já levou Inhambane o país a altos voos, é incontornável no fábrico e organização de uma orquestra. Deste “montro” do ritmo já reconhecido mundialmente, nada a falar. Mbande é também mestre – e igualmente referência - no fabrico da própria timbila, o instrumento que dá nome ao célebre ritmo chope.

Se timbila já não constitui novidade no país e no mundo, o mesmo não se pode dizer do xigubo, estilo de dança típico predominantemente das províncias de Maputo e Gaza e preferida também no centro e norte de Inhambane. Aliás, em tempos idos Funhalouro, com Xigubo de Tomé, viajou para a Europa em representação do país num evento cultural onde os seus integrantes foram conhecidos como os guerreiros de Inhambane. A dança nunca parou e arrasta multidões, ao ponto de ser adoptada para ritos tradicionais ou mesmo em visitas oficiais àquele distrito.

Para o Festival de Xai-Xai, em Julho, Inhambane leva também consigo, para a dança, os Guerreiros de Tambajane, jovens que pertenceram à Renamo nos seus tempos de movimento guerrilheiro. Tambajane é o lugar de onde provém este grupo e em tempos foi um acampamento de Matsangaíça.

Itae Meque, governador de Inhambane, na sua governação aberta, escalou aquela região e pernoitou na antiga base e descobriu o grupo potencialmente bom na dança. Na festival provincial o grupo conquistou a terceira posição, suficiente para merecer a confiança do júri na selecção dos melhores para representar Inhambane em Xai-Xai.

A fase provincial do V Festival Nacional de Cultura em Inhambane, vivido com grande emoção dentro e fora dos palcos. A participação do grupo de Tambajane encheu de expectativa todos quanto se dignaram testemunhar os espectáculos. No seio dos artistas, esta participação também gerou alguma curiosidade, pois os dançarinos dos outros grupos, ávidos em conhecer as capacidades dos “rivais” de Tambajane, dividiam o seu tempo entre essa curiosidade e as suas próprias actuações.

Fonte : Jornal Notícias

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Afonso Brown entrevista FaceOculta

FaceOculta

O xitapora atraves do seu mentor, Afonso Brown, teve a honra de entrevistar uma figura incontornavel do hiphop e que dispensa qualquer tipo de apresentaçao. Esta foi a mais longa entrevista até agora publicada no blog, onde Face Oculta deixa respostas infaliveis acompanhadas de pensamentos interressantes e acima de tudo a tal harmonia e atitude positiva que vem demonstrando de alguns anos para ca. Depois da primeira parte, eis que hoje publicamos a conclusao da entrevista que ja era aguardada com alguma espectativa, nao fosse o entrevistado uma figura "historica" e incontornavel do hiphop moçambicano...afinal de contas so ficam para historia todos homens cujos actos serao eternizados e registados para sempre em nossas memorias. Acompanhem a conclusao da entrevista, tirem as vossas ilaçoes e partilhem-nas connosco.


2-Como caracterizas a comunidade e o movimento hiphop em Moçambique. Pontos positivos e negativos.
Há pessoas na comunidade que não fazem movimento nenhum para mexer e elevar esse hiphop, outros ainda fazem movimentos(atitudes) sem qualidade, convencidos que no seu tipo de “radicalismo” ou “ambicionismo” fazem algo grandioso pelo hiphop. Por outro lado há um esforço ainda que individual, mas humilde para fazer a comunidade se encontrar e um movimento mais qualitativo em todos aspectos.

3-Voltemos ao tema violencia: Quais os exemplos claros de violencia no hiphop Moçambicano? Como se caracteriza? Quem promove?
O simples facto de um rapper fazer pouco ou não respeitar outros estilos musicais, dos quais muitos tem mais haver culturalmente com ele. Muitas vezes passamos por ridiculos sem nos apercebermos. Outro exemplo é o da forma como se discutem certos temas relacionados com o hiphop, seja a nivel de blogs, debates vivos, tem havido muita ignorância e sobretudo posturas desnecessarias. Como diria um comentador num certo debate, é no minimo uma “prostituição intelectual”. Alguns rancôrosos e mais alguns saciados gastam muita energia intelectual para violentar o próximo, fazendo assim cair o conjunto. Artistas, rappers, mc’s, editores de jornais, promotores de espectaculos e alguns intervenientes individuais auto-titulados criticos.

4-Acha que o rap feito pelos moçambicanos reflete integralmente a sociedade moçambicana?
Reflete, mas está claro que não é integral geograficamente .

5-Que avaliação fazes dos conteúdos.
É negativo que muitas das tendencias “Lets Chill” na mensagem não trazem nenhum elemento de originalidade, ou seja nem no “chilling” se consegue ser original devido ao exagero de ostentações. Um aspecto importante nesta questão é que acho que deviamos avaliar como é feito o uso da palavra. Por exemplo Hernani é um rapper que tem muita cultura geral, isso da-lhe uma capacidade de concentrar ouvidos sem dizer coisas concretas. Entretanto se um individuo não está devidamente informado não se diverte com a musica de Hernani. Por outro lado há rappers devidamente informados, mas que são complexos no que dizem, e assim é dificil ser abrangente. Mas perante os varios tipos de conteúdos que fazem o nosso rap, sente-se a falta de dominio da lingua portuguesa e se tivesse que avaliar dando uma nota eu dava 13Valores.

6-Defina o MC moçambicano liricamente, falo em termos de poesia e conteúdo. É maduro? Criativo? Original? Inovador? Activo ou Passivo?
Bom esta questão me parece ser a anterior feita de forma diferente, mas ok!. Vamos dar percentagens. 20,5 % maduro, 10 % criativo, 10% inovador, 10 % activo, 45,5 % passivo

7-Acha que os MC’s tem capacidade de escrever letras que possam estar em pé de igualidade com grandes escritores nacionais? ou possuem uma retórica pobre?

Acho que aqui ainda há por descobrir MC’s, porque avaliando pelo que existe, são poucos os capazes de fazer descrição narrativa como “Ualalapi” de Ungulani. São tambem poucos os capazes de narrar a tradição como Paulina Chiziane,. Em suma diria que de facto a retórica ainda não é de muitos. Para além de que está relacionada com a falta de ligação com hábitos de literatura e oração.
“Actualmente está a surgir um fenómeno que me preocupa: estamos a ser influenciados por MCs que não tem força, garra e atitude no micro, refiro-me a essa onda de MCs actuais da Justus League, Low Budget e seus derivados”
-DRIFA

8-O que acha dessa opiniao de Drifa na entrevista concedida ao xitapora? Podes comentar.

Não sei exactamente o que dizer, teria que saber o que é um MC com força, garra e atitude no micro pelo ângulo de DRIFA. Observa ponderadamente o seguinte: para mim o L. Nato e o Azagaia tem tudo isso, e na Justus league ou Low Budget podes encontrar L Natos e Azagaias, tenho dificuldades em saber o que é perfeito em cada um e nós. Não tou preparado para responder como deve ser, estaria melhor preparado para responder se isso preocupasse a todos nós.

9-Não acha que a corrente positivista do hiphop esteja a correr o perigo de algum deslumbramento em relação a realidade... ou até certo ponto esteja a viver fora de realidade?
Não sei bem de que corrente positivista se está a falar, mas porém existem aqueles que agem com base na fé que tem nas suas crenças, e isto não é uma questão de realidade é uma questão de experiencia. Só cada um conhece o sabor amargo ou prazeroso, que sente como retorno da sua atitude no mundo. Eu tenho co- presente uma frase de Silo(El Negro) entre as 12 acções validas de um humanista que e já é um pouco famosa entre alguns de nós: “trate os outros como queres ser tratado”, neste contexto descobre-se uma complexidade interessante sobre a atitude humana, onde o importante é a experiencia do registo interno de cada acção seja tratando mal ou bem. O resultado do positivismo não está em algo material ou palpável está dentro de cada um.

10-É possivel distinguir o rap da cidade e do suburbio em moçambique?ou estaremos todos “guetalizados”?
Pelo tipo de composição musical e pela dicção, pronuncia, linguagem, conteúdo pode se distinguir. Mas o suburbio pode soar como a cidade, só a cidade é que tem dificuldades em soar como suburbio. Em geral estamos todos guetalizados porque faltam-nos elementos sobre “cidadania”.

Publicada por xitapora

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Central Line na linha do “CMC”

O Conjunto Central Line

A BANDA moçambicana Central Line, liderada por Humbe Benedito, esteve no ultimo fim de semana no espaço “Bar dos Amigos”, localizado no Bairro Magoanine-CMC.
Central Line, constituído por Humbe Benedito (vocalista e viola solo); Marta Penicela (coros); Bonga (na viola baixo); Zeca (teclado) e Momed (na bateria). Naquele espaço, a banda vai tocar música Jazz, Reggae, bem como outros ritmos moçambicanos, entre tradicionais e de característica ligeira do nosso país, num concerto que teve lugar sábado as 22:00 horas.
Para além de cantar músicas originais, Central Line, que fez a sua segunda viagem àquele local, onde interpretou temas de músicos lendários como Bob Marley, Lionel Richie e Berry White. Entretanto, para a semana do fim do mes foi convidado o músico Filipe Nhassavele para fazer a festa com os amantes de música moçambicana, e que, nos últimos tempos, consideram aquele a “Casa dos músicos”.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Stewart Sukuma; O fragmento e o sentido na música


“Nkhuvu” (celebração) é o título que Stewart Sukuma escolheu para o seu segundo álbum de originais depois de Afrikiti.

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Celso Paco e Venhereque no “Gil”

O saxofonista Orlando Venhereque e o percussionista Celso Paco vão partilhar o palco do espaço do Gil Vicente, num concerto que terá lugar sexta-feira (08/08/2008), a partir das 23:00 horas.
“Quatro temas e quatro vozes” traz os jovens Seth Suázi, um excelente executante da guitarra acústica e tem muita influência da música moçambicana. Enquanto isso, Afonso Bhaka é um jovem emergente com inclinação para para soul-jazz, afro e bossa nova. Amarildo vai declamar ao lado de Marina, uma vocalista e poetisa.

Maputo, Terça-Feira, 5 de Agosto de 2008:: Notícias

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Revista O Tunel, ja nas bancas...

Magazine dedicada a musica, fashion, "quem-e- quem"...
Para quem gosta de se manter informado sobre o que se passa em Mocambique,vale a pena abrir as paginas desta publicacao.

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Stewart Sukuma - Lider da Malta

Dia de Djuba pretexto para lançar talentos

Dentro de dias o posto administrativo de Djuba, na Matola-Rio, assinala o seu dia. E para festejar a efeméride - 17 de Agosto - está agendada uma programação musical tendo como promotor o cantor Ozias Langa, que fará desfilar ao palco jovens talentos enquadrados no seu projecto “Lançamento de Talentos de Langa Stúdios”.

Esta informação foi dada ontem ao nosso Jornal por Ozias Langa, que na ocasião irá cantar temas que o popularizaram na década oitenta, com o destaque para “Sala mamana”, e “Xhilhangue”. O cantor vai ainda brindar, caso haja tempo suficiente, para cantar algumas das suas últimas criações, que constam do CD “Mamana Niekete”, editado pela Vidisco.

Falando da lista dos músicos que irão desfilar nessa data, apontou os nomes de Vicente, Antoninho, Marcos Sitoe, Butxa, Gipf Víctor Mondlane. São jovens que cantam mensagens e conteúdos educativos assentes na marrabenta e hip-hop.

A ideia é proporcionar uma maior visibilidade as obras dos pequenos cantores que não tem tido a oportunidade de exporem o produto da sua criação.
Entretanto, a festa de Djuba, como não podia deixar de ser, terá no seu leque de propostas alguns momentos de música tradicional: o Xigubo e a Timbila, pertencentes ao projecto de novos talentos da Langa Studio”.

Na óptica de Ozias Langa, este tipo de iniciativa com os jovens talentos permite a que eles sintam motivação para a continuarem a trabalhar cada vez mais, sabido que hoje os produtores e realizadores de espectáculos não apostam em artistas anónimos.
“Este projecto oferece uma oportunidade para que estes jovens descubram as suas potencialidades e, por outro lado, aprendam as dicas de como se portar no palco perante o público”, anotou a fonte.

A ser já desenvolvido há aproximadamente dois anos, conta com os apoios da MOZAL, através da Associação Mozal para o Desenvolvimento da Comunidade.
Sobre as expectativas para este projecto, aquele promotor está optimista em que a festa terá aderência dos populares, por se tratar da data de celebração do seu posto administrativo”.
Entretanto, segundo a fonte, depois da festa de Djuba, a 17 de Agosto, o projecto “Langa Studios” regressa àquele posto administrativo a 23 do corrente, tendo como palco a Escola Secundária Nelson Mandela. E tal como no primeiro caso, também esta programação para a sua efectivação contará com os apoios da MOZAL.

Recordar que Ozias Langa, já levou o seu projecto de novos talentos aos bairros da “Machava”, “Nkobe”, “Patrice Lumumba”, “Machava-sede”, “Trevo”, entre outros.

Fonte: Jornal Notícias

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Video Eyuphuro Mwanuni

Eyuphuru brinda tufo aos seus fãs


A BANDA musical Eyuphuru que tem na proa a cantora Zena Bacar. é esperada amanhã no palco do Xima do Alto Maé em Maputo. O grupo que nos últimos tempos anda “semi-desaparecido” é já aguardo com enorme expectativa pelos fãs.
Os elementos da banda tocarão como de costume, usando instrumentos tradicionais e convencionais, mas tendo o batuque como a “alma” da banda. Será uma ocasião para o Eyuphuru dar cartas naquele espaço tal como sempre o fez em todas as suas actuações. São 26 anos de caminho trilhado, e é uma das mais cotadas do país e está sempre com actuações regulares.
Convém anotar que esta banda apesar do tempo, ela continua sempre actual, aliás, há quem faz comparações com o vinho tal como diz o dito popular, “quanto mais velho, sabe melhor”. Entretanto, para a surpresa dos seus fãs, a banda convidou amigos seus para actuarem neste repertório.

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sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Agenda Fim de Semana


6th Level

Sábado, 16.Agosto, Festa da Batukaca as 22h. Promocao da Cerverja
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Show de Talentos Vodacom


Segunda GalaTeve lugar a Segunda Gala do Show de talentos no Domingo dia 22 de Junho de 2008. Além damaior aderência por parte do público, constataram-se progressos nas actuações individuaisdos concorrentes.

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Sérgio Muiambo é o "dono" do palco

O «Instituto Cultural Moçambique Alemanha-ICMA», recebeu no dia 1 de Agosto, no seu espaço, o compositor e intérprete, Sérgio Muiambo que exibiu um concerto intitulado, "Thangagany".

Sérgio Muaimbo, é guitarrista e vocalista virado para o estilo "Afro- Fusion" com maior enfoque para as danças Makhara,Timbila e Txopo. Serve de referência dizer que o artista de que se fala é da etnia chope, língua em que canta.

A acompanhar o Sérgio, o Muiambo, estarão os seguintes instrumentistas: Samito na percurssão, Adérito na viola-baixo, Terêncio na guitarra e Abel e Sendinha nos coros.

Autor: Celso Manguana
Alterado do original editado na edicao do mesmo dia no jornal canal de Mocambique.

www.bandocivil.blogspot.com

Tudo começa em 2005, quando levados pelo mesmo gosto pela arte do Hip Hop, decidimos formar um grupo recreativo, que teria apenas a função de divertimento, diálogo e intercâmbio de aspectos relacionados com o Hip Hop.
Com o tempo a coisa foi desenvolvendo, começamos a difundir o nosso trabalho e agora, graças aos avanços tecnológicos decidimos criar este humilde blog com o intento de trazer para todos vós tudo a respeito daquilo que temos feito, e esperamos nós que este blog viva por muito mais anos, com o vosso auxílio é claro..........
Agradecemos de momento por tudo e sintam-se livres de apresentar quaisquer críticas, dicas e tudo que puder ajudar no nosso progresso Bando Civil - O Início de uma Nova Era.

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Site do Bloco Negro

Um dia deste, enquanto fazia pesquisa sobre musica mocambicana, deparei-me com este site do Bloco Negro.

Ainda nao os conhecia, entao convido-os a conhecermos juntos, e depois podem postar vossos comentarios sobre estes jovens.

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Governo privatiza gestão de aparelhagem

ALGUNS músicos da cidade da Beira mostram-se bastante contrariados pelo facto de na semana passada o Governo provincial de Sofala ter decidido pela privatização da gestão da aparelhagem que recentemente adquiriu para a promoção destes e que foi entregue à Casa Provincial de Cultura para a sua gestão.
Reunido na sua IX sessão ordinária na passada quinta-feira, na Beira, o governo provincial analisou entre as várias matérias constantes na sua agenda a gestão da aparelhagem recentemente adquirida ora entregue à Casa de Cultura local para a sua gestão, tendo chegado à conclusão de que esta deveria estar a cargo de privados pelo que um concurso para o efeito vai ser lançado oportunamente, segundo confirmou José Ferreira, director provincial da Indústria e Comércio e porta-voz do encontro.“O governo decidiu privatizar a aparelhagem recentemente comprada e entregue à Casa de Cultura para a sua gestão pelo que deverá ser elaborado um caderno de encargos, sobretudo para se acautelar a questão de promoção dos músicos”- disse.
O referido equipamento sonoro completo está orçado em mais de três milhões e meio de meticais e foi adquirido em resposta aos apelos dos artistas que não tinham meios para sua afirmação, bem como a promoção de espectáculos dado que os privados aplicam preços exorbitantes e nalguns casos até proibitivos. A entrega oficial do referido equipamento sonoro ocorreu no passado dia 7 de Abril numa cerimónia dirigida pelo governador local, Alberto Vaquina.
GOVERNO IGNORA-NOS
Para Said Aly, a privatização da aparelhagem mostra que o governo não confia nos músicos pois ”existe uma associação que acho que poderia ter sido consultada para a tomada desta decisão, mesmo a nivel local ou nacional. Com esta privatização voltaremos a ser usados e abusados quando viamos o nosso problema a ser resolvido”.

“Para que os músicos e a respectiva associação funcionem é preciso incentivos e esta aparelhagem seria um grande incentivo para nós”- disse.
Lize Mutava, artista beirense também referiu-se ao assunto nos seguintes termos: “A privatização do equipamento vai-nos prejudicar uma vez que o seu gestor não terá a promoção dos músicos como sua prioridade mas sim o dinheiro, que muitos não temos para a promoção de espectáculos. O que nos fizeram é o mesmo que ter comida no prato e não poder come-la”- apontou.

Outro músico com quem a nossa reportagem dialogou chama-se Ernesto Salimo o qual afirmou que “é uma pena o que vai acontecer porque o governo disse-nos que esta aparelhagem seria para nós e agora retira-a para privado”.

“A questão do equipamento musical era a que faltava para os músicos da Beira e a sua vinda já abria alguns horizontes para o nosso futuro melhor, ou seja, já era uma resposta oportuna das nossas necessidades o que vem contrastar com esta medida agora tomada pelo governo”- referiu.

Mariano Maia foi outro intérprete que sobre o assunto se mostrou constrangido tendo dito que a sua privatização em parte é positiva dado que “ nós os músicos não estamos bem organizados”.“Eu acho que a sua privatização é oportuna uma vez que a Casa de Cultura é uma instituição do Estado. O melhor seria a própria associação responsabilizar-se pela gestão porque trabalha ou, então, deveria trabalhar para os músicos e conhece as reais necessidades destes mas como não estamos organizados, defendo a sua privatização mas não a um grupo musical mas sim a um empresário”- apontou.

ANTÓNIO JANEIRO

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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pussycat

Imagem, cortesia de www.estabater.blogspot.com

Burla na festa da independencia...

BURLA? Sim senhor! Porque estava anunciado que o Pavilhão dos Desportos da Beira iria acolher, sábado, um “show” musical que teria a duração de 24 horas e com a presença de dezenas de artistas nacionais provenientes de diferentes cantos do país.


Ao que testemunhamos, o público esteve em massa no Pavilhão dos Desportos da Beira, uma vez que as publicidades davam conta de que o início do “show” seria 17:00 horas do sábado passado. Mas foi tudo em vão porque até às 23:45 horas ninguém dos que constavam da lista do espectáculo tinha subido ao palco. Os organizadores iam entretendo o público com a música improvisada por alguns DJ’s para isso contratados.

Mas isto não desencorajou o público que fielmente continuava no Pavilhão dos Desportos da Beira para ver os seus ídolos. Aliás, o local estava repleto e os espectadores iam dançando ao ritmo do que passavam os DJ’s da noite. Quando já passavam sensivelmente cinco minutos da meia-noite, vimos a primeira actuação, com os “The Utas” a passearem a sua classe. Foram bons momentos de muito rock, mas que não passaram de sol de pouca dura, já que de seguida foi anunciada a subida ao palco dos “Nyachas”. Mas estes nem sequer subiram, alegadamente porque as condições técnicas não permitiriam a actuação deste grupo.

Assistimos depois, e mais uma vez, ao público a ser enganado com o som do DJ. Uns iam reclamando em vão, soltando palavras de repúdio. Ouviu-se vozes como “ Isto é uma burla. Queremos ver o ‘show’ que prometeram-nos”.Tudo isto aconteceu perante a presença da fiscalização do sector de Educação e Cultura que nos próximos dias poderá se pronunciar sobre o assunto.Finalmente o “show”

Quando eram duas horas e 40 minutos de domingo, a apresentadora do evento anunciava o retorno ao “show” verdadeiramente dito. Era Valdumiro José a trazer quatro composições. O público reagiu positivamente. Depois seguiram muitos outros. Dama do Bling, Dopas, Marlene, Júlia Duarte, Wazimbo, Neyma... foram os músicos que mais se notabilizaram. Aliás, Stewart Sukuma foi quem encerrou o espectáculo com chave de ouro quando, faltam vinte minutos para as 7:00 horas de domingo.

Muitos espectadores mostraram-se desapontados com os organizadores, uma vez que no lugar de 24 horas de “show”, apenas testemunharam menos de 10 horas.Nota positiva vai, no entanto, para a Polícia da República de Moçambique(PRM), que esteve em massa e evitou muitos casos que poderiam terminar em tragédia.Foi igualmente tornado público que no próximo dia 30 de Julho, a cidade da Beira irá acolher mais um espectáculo, com o internacional Matias Damásio a ser cartaz do evento.

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Rany C em Maputo

Hei pessoal, aqui esta uma novidade directamente de inhambane, o rapper Rany C ao lado da não menos conhecida Mimae.

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Rosália Mboa tem novo CD


A AUTORA de “Respeito”, “Txuvuka Mufana”, “Mbombemela”, “Passaporte” e outros sucessos está de volta com novo trabalho. Chama-se Rosália Mboa que desta vez traz o CD “A Wusiwana Lingaku Phuntisa” vindo substituir o “Pfatlha”, saído em 2005.


Selado pela sua editora – a Vidisco – o CD é também valorizado pela participação de vários nomes cotados da praça, entre novos e da velha guarda, tais são os casos do saxofonista Chico da Conceição, do guitarrista Nanando, Mr Arsen, N`star, Ziqo, Inácio (da banda Homba Mô), Tomás Guilhermino, Humbe Benedito (do Central Line) Bob Lee e Doppaz. Cada um destes emprestou parte do seu talento para esta obra que Rosália Mboa assegura de viva voz é um sucesso e brinde para os seus fãs, depois de uma ausência de cerca de três anos.

O álbum com 13 faixas é cantado em changana e português, com letras escritas pela cantora. Assim, os fãs poderão ouvir “Khoma Switiya”, “A Wusiwana Lingaku Phuntisa”, “Sinto-me feliz”, “Uxavile Mova”, “Peregunta”, “Dzudza Stress”, “Khanimambo Yeova”, Tsomba lamina África”, “Senifikile”, “Mãe descansa em paz”, “Pisca Pisca”, “Como é”, “Bassela”.

Sobre o título do CD “A Wusiwana Lingaku Phuntisa” ela explica que fala sobre o problema da xenofobia na África do Sul que na sua óptica, tem como ponto de partida a pobreza: material e mental. “A xenofobia é uma doença de pobres. A pobreza pode levar alguém a cometer loucura”, observa.

Um outro tema que salta à vista é o tema “Khoma Switiya” dedicado à mãe que faleceu este ano.
A cantora encontra-se radicada na África do Sul há sensivelmente 25 anos, vence vários prémios no concurso radiofónico “Top” e “Ngoma” da Rádio Moçambique”.

Rosália Mboa possui uma carreira de cerca de 20 anos e entra para a música no tempo do Grupo
Fonte: Jornal Notícias RM.

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