segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

MBIRA - instrumento tradicional de Moçambique



Este instrumento é mais conhecido por CHITATA ,SANSI,CASSASSE,KALIMBA ou MALIMBA dependendo das regiões e da lingua local fazendo parte dos instrumentos idiófonos afinados

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Chimoio capital da cultura


CHIMOIO, Julho de 2010. Será exactamente naquele local e naquele mês que os fazedores das artes e cultura, uma vez mais, terão a oportunidade de celebrar e exaltar as ricas, diversificadas e milenárias tradições culturais moçambicanas.

É o VI Festival Nacional da Cultura, evento nacional que ocorre no Ano Internacional de Aproximação de Culturas, facto proclamado pela 62ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em reconhecimento do poder da cultura como factor de compreensão mútua, de paz e sobretudo de desenvolvimento sustentável. Aliás, o lançamento oficial do festival é programado para este domingo, 21 de Fevereiro, Dia Internacional da Língua Materna e do início oficial das comemorações de 2010: Ano Internacional de Aproximação de Culturas.

O VI Festival Nacional de Cultura pretende-se que seja o momento mais alto de celebração e exaltação da cultura moçambicana, no objectivo de preservar, desenvolver as artes, a cultura e as tradições das diferentes comunidades e criar uma plataforma de interacção, intercâmbio e de divulgação do rico e diversificado património cultural do país.

Além de promover a preservação e divulgação da cultura, artes e tradições populares, incrementando-se o seu conhecimento para que sejam continuamente usados como referência na criação e recriação de obras contemporâneas, o VI Festival Nacional da Cultura será igualmente, um momento de promoção do estudo, recolha, preservação e divulgação do património cultural moçambicano nas suas diferentes vertentes.

Pretende-se igualmente, fazer do festival, um momento de inventariação e actualização do Catálogo de Instrumentos de Música Tradicional de Moçambique, bem assim de divulgação e partilha das principais constatações, conclusões e Recomendações da II Conferência Nacional sobre Cultura, realizada ano transacto em Maputo.

A partir do festival do Chimoio, o Governo pretende mobilizar todos os actores sociais, políticos, económicos e segmentos da sociedade para a importância da cultura como factor do desenvolvimento social e económico. Quer incentivar o desenvolvimento da criatividade e promoção das indústrias culturais e sustentar a protecção da Propriedade Intelectual.

Sendo uma realização de massas, consta das perspectivas do Governo, a mobilização e consciencialização das comunidades para prevenção e combate ao HIV/SIDA e outros males que enfermam a sociedade.

Informações disponíveis dão conta que tomarão parte na fase final do VI Festival Nacional da Cultura, cerca de 880 participantes entre artistas e oficiais acompanhantes, provenientes de todas as províncias do país.

Para o efeito, decorrem de 4 a 28 de Fevereiro corrente, as inscrições dos participantes, junto dos Serviços Distritais da Educação Juventude e Tecnologia.

De acordo com o programa oficial em nosso poder, de 27 de Março a 4 de Maio próximos, decorrerá a fase distrital de apuramento dos grupos e de 17 a 25 de Maio fase provincial do qual sairão os representantes das 11 províncias que compõem a divisão administrativas do país.

Feito isso, a cidade de Chimoio, irá acolher de 27 Julho a 01 Agosto, realização da fase final, na qual além de espectáculos públicos de teatro, música, dança, cinema, serão realizadas exposições/feiras de venda de produtos culturais: livro, disco, fotografia, arte e artesanato, vídeo-documentários, filmes, culinária e roupa/vestimentas moçambicanas.

João Fumo

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Chico da Conceição


Chico da Conceição é o maior Saxofonista da história da musica Moçambicana.Tornou-se deficiente Visual desde o dia da Independencia de Moçambique. Com o produtor julio Silva conseguiu ser conhecido Além fronteiras.

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QUARTETO CHENY WAGUNE... musica moçambicana ao vivo

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Jah Bee : Um intervencionista em dívida



O CONHECIDO músico beirense, Alfredo Binda, ou simplesmente Jah Bee, está a trabalhar para, segundo disse, “pagar uma divida” que tem para com seus fãs, pois passam quatro anos após a selagem do primeiro trabalho, intitulado “Um Presente Para Você”, cujas vendas, conforme soubemos esgotaram. Entretanto, Jah Bee minimiza o período longo de espera pelo segundo trabalho, pois, segundo suas palavras, a arte é dom de quem a cria, portanto, não basta correr para os estúdios para se ser verdadeiramente um artista, parafraseando o seu pai.

“Foi do trabalho anterior que fiz que acho que estou em divida para com os que gostam das minhas músicas, os meus fãs a quem lhes devo mais um trabalho”, apontou.

Com um repertório musical já produzido, Jah Bee disse que neste momento possui “tudo alinhavado” para editar mais um disco. A mudança de residência da capital do país e novamente para a cidade da Beira, isto, há cerca de dois anos, terá de certo modo contribuído para que a preparação do álbum fosse retardada.

“Já constitui a minha banda na Beira e penso que até finais deste ano poderei editar o meu segundo disco”, afirmou.

Para além das músicas que aparecem no álbum “Um Presente Para Você”, o músico disse que possui vídeos que estão sendo divulgados por algumas televisões do país e do exterior e que não figuram no primeiro trabalho discográfico.

Com temas que versam assuntos de amor, fraternidade e solidariedade, Jah Bee considera-se intervencionista com ritmo “reggae”. Exemplificou que neste último repertório em preparação aponta a música “Quem tem dá pouco a quem não tem” como uma das faixas deste seu estilo de intervenção.

“Este disco em preparação não vai fugir muito do meu estilo habitual, mas vai contar com uma mistura cuja base é o “reggae”, que sempre adorei”, sustentou.

Não se considera apologista, mas inspira-se nos problemas da sociedade, pois acredita que o Mundo pode ser melhor do que é, mas é preciso ser se um pouco mais ousado pensando em nós próprio.

“Se for a ver no mundo existem muitos ricos e que pelo menos deveriam contribuir um pouco daquilo que tem para ajudar os pobres daí a razão da minha música “Quem têm dá pouco a quem não têm”, pois são milhares de pessoas necessitadas no mundo”, explicou.


PRINCIPIOS DA BIBLIA

Alfredo Binda, ou seja, Jah Bee, sempre fala pensando nos princípios da Bíblia. Por exemplo, diz que é olhando para o que a Bíblia diz “Deia a quem não têm” que diariamente pensa em ajudar o próximo.

“O pão que considero duro e deito-o fora pode ser importante para salvar uma vida que esta sem este pão duro”, sustenta.

Perguntamos ao nosso entrevistado se com base neste princípio da Bíblia já podemos ter o titulo do novo álbum ao que disse que neste momento ainda está a pensar, pois o titulo ainda não se afigura nestes princípios.

A uma outra pergunta sobre a receptividade do seu primeiro disco intitulado “Um Presente Para Você”, Jah Bee considera-se satisfeito pois, segundo ele, o disco foi todo vendido.


VIDEOS NO ESTRANGEIRO

Para Jah Bee, o que se passa no país não lhe deixa muito satisfeito pois, em relação aos seus vídeos as televisões nacionais passam muito pouco contrariamente ao que se passa no exterior, concretamente em Portugal.

Citou o vídeo da música que da titulo ao álbum (Um Presente Para Você) e Sida é Real, como alguns que frequentemente são transmitidos.

Reconhece ser a política editorial de cada estação televisiva ou radiofónica em não passar maior parte de vídeos ou composições de artistas nacionais.

“Penso que se deve muito ao factor comercial porque as políticas editoriais vão mais pelas músicas comerciáveis que outras que, eventualmente, não tenham o objectivo pretendido. Quer dizer, a publicidade comercial não aparece como tal mas sim por baixo da música o que faz com que possamos vê-las ou escuta-las com frequência na televisão ou rádio”, destacou.


FALTA INDÚSTRIA

Segundo Jah Bee o nosso país ainda carece de uma indústria que possa colocar semanalmente a nossa música no alto patamar, desde gospel, marrabenta, romântica, pandza, dzukuta, entre outras.

“Deveríamos ter um sector que se ocupasse da divulgação de novidades semanais que fossem surgindo no país, à semelhança do que acontece nos outros países, a exemplo da África do Sul independentemente do estilo, pois para cada estilo existem fãs”, opinou.

Questionado se se sentia afectado por esta situação, o autor de “Carrupeia”, “Tanta Gente Vai Morrer”, “Um Presente Para Você”, disse que não se sentia afectado como tal, argumentando que quem fica afectado por tudo isto é o próprio público amante da música que dificilmente consegue ter o que realmente gostaria de ter para satisfazer os seus gostos.

“Falta-nos a mentalidade da indústria, abrir-se mais para o horizonte musical e olhar-se para a música como um meio de se atingir vários corpos. As pessoas devem editar, comercializar e promover a música para o nosso próprio bem e quando isso acontecer a nossa música estará como outra qualquer do mundo pois potencial é o que temos demais”, referiu.

Apontou a história do ovo e da galinha sobre quem foi primeiro relacionando-a com a situação que existe entre os músicos, promotores de espectáculos e produtores. Defendeu que para se ser produtor deve-se investir olhando para a promoção de qualquer vídeo ou disco sem esperar por retornos imediatos, pois eles surgem mais tarde com o trabalho. Quer dizer, segundo ele, para qualquer negócio deve-se ter capital para investir e esperar pelos ganhos e não o contrário.

“O que acontece é que praticamente todos estão a espera de ganhar com o músico, querendo garantias de vendas antes mesmo de editar o seu disco. Ora, isso não pode ser assim pois deve-se investir primeiro e depois esperar pelos lucros. Essas pessoas esquecem-se que para as grandes estrelas serem o que são partiram da promoção por alguém que arriscou o seu capital investindo neles, a exemplo de Michael Jackson entre outros”, enfatizou.

Para o nosso entrevistado, o nosso país ainda carece de ousadia empresarial para investimentos na área discográfica em meios materiais e humanos. Regozijou-se pela criação do Ministério da Cultura afirmando que pelo menos já se deu um grande passo pois haver grande diálogo e abertura para uma área especifica.

“Na Suécia, por exemplo, o conjunto ABBAS vendia mais que a própria Volvo, enquanto na Jamaica o Bob Marley metia mais dinheiro para o país com a música que qualquer outro produto e estes são apenas exemplos daquilo que a cultura pode ser se bem vista e organizada. Julgo que com a criação deste ministério podemos sonhar alto e melhor”, afirmou.

António Janeiro

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Música japonesa em Maputo


JAPANASIA, grupo de música tradicional japonês (tambor, violino oriental e flauta), actua hoje (18/02/2009) e amanhã, em Maputo, no âmbito de uma iniciativa conjunta do Ministério da Cultura, Embaixada do Japão e Centro Cultural Franco-Moçambicano. Os dois concertos terão lugar nas instalações do Centro Cultural Franco-Moçambicano, sendo o primeiro às 19:00 horas e o segundo às 18:00 horas. As entradas são gratuitas.




Estes concertos ocorrem num ano em que o Mundo comemora o Ano 2010, proclamado pela 63ª sessão das Assembleia da Organização das Nações Unidas, como Ano Internacional de Aproximação de Culturas.

De referir que Moçambique e Japão desenvolvem uma cooperação histórica, que data de várias décadas no domínio da Cultura, a qual contempla o intercâmbio cultural, o desenvolvimento de infra-estruturas, equipamentos e formação de gestores do património cultural.

Para recordar algumas realizações recentes, o Japão foi o maior parceiro financeiro nas obras da primeira fase de reabilitação da Fortaleza de São Sebastião na Ilha de Moçambique (com 1 milhão de dólares americanos), e pela via da UNESCO, o Japão apoia a implementação dos Planos de Gestão da Timbila e Nyau, proclamadas Obras Primas do Património Oral e Imaterial, pela UNESCO, em Novembro de 2005.

Além de Moçambique, o grupo vai realizar espectáculos em Angola e na Tunísia.

O concerto é composto por ritmos de Ryutaro KANEKO nos tambores Japoneses (Wadaiko), melodia de Yasukazu KANO que toca flauta (Shinobue, Nohkan) e de Haruhiko SAGA, que toca violino típico da Mongólia (Morin khuur) e (Violino Tovshuur) que enriquece a actuação musical.


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