Cada um com os seus motivos, estes três nomes marcam, sem dúvida, uma forma de estar e de ser na música moçambicana. O que faz deles grandes, é que, para lá de gostar ou não dos seus trabalhos ou das suas personalidades, conseguem atingir o estatuto de artistas por um motivo muito maior: ninguém fica indiferente perante a sua presença.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Diario de Uma Irreverente (Part 2)
Cada um com os seus motivos, estes três nomes marcam, sem dúvida, uma forma de estar e de ser na música moçambicana. O que faz deles grandes, é que, para lá de gostar ou não dos seus trabalhos ou das suas personalidades, conseguem atingir o estatuto de artistas por um motivo muito maior: ninguém fica indiferente perante a sua presença.
Big Nelo apresentou ontem single promocional "Karga"
Cantor angolano Big Nelo "A produção do single está praticamente concluído. Estive recentemente em Joanesburgo, África do Sul, onde pude efectuar os últimos acertos, nomeadamente a mixagem, mistura e edição", apontou.
Noite africana que se foi...
Suzana ganha disco de Platina em Mocambique
Nos ultimos dias, Suzana visitou Mocambique no ambito da promocao do seu quarto album com o titulo “Saida”. Ela fez aparicoes em cinco programas de televisao, incluindo o popular Estrela Pop, a versao "Afro-Portuguesa" do Idols, assistido por dezenas de milhares de pessoas.
Durante a sua estadia em Mocambique, foi gravado um video que sera editado no seu mais recente single "Taxi". Todas as cenas foram gravadas em Maputo e seus arredores.
Ziqo Recorda casal Lhongo
A ideia desta singela homenagem pertence ao músico Ziqo que em coordenação com a família do casal e a editora Glob Music, pretendem relembrar a vida e obra deste casal mítico que assinou o seu nome com letras de ouro no panorama da música moçambicana.
Numa breve entrevista ontem com o “Notícias” o músico Ziqo refere que a homenagem prende-se com o facto de este casal ter marcado significativamente a geração de cantores da sua geração e não só. “Eles são os ícones da nossa música. E com esta cerimónia pretendemos dizer a todos que eles marcaram musicalmente as nossas vidas. Todos nós guardamos a sua memória e respeitamos a vasta obra que produziram e deixaram para o povo moçambicano. Eles foram e continuam a ser grandes. Basta olhar para a sua discografia para ver que todos os seus álbuns alcançaram grande sucesso de venda, desde Sibô, Drenagem, Toma que te dou, Alfandega, Mozal, Zabelani, Sifa Zighlile.
“A Zaida é que é a verdadeira diva da marabenta”, ajuntou sublinhando que “não pretendo quero abrir um debate polémico, quanto a essa questão, mas pessoalmente, tenho em Zaida a nossa diva. Ela foi uma das vozes mais populares que o país nasceu”.
Para ele, é importante que os fãs, admiradores, artistas e o público em geral participem dessa pequena homenagem de deposição de flores hoje no “Lhanguene”, pois este casal merece o nosso encurvamento. Tiveram vida curta, mas vivida com intensidade.
Zaida Lhongo, carinhosamente chamada por “Zaidainha” morreu a 4 de Junho de 2005 no Hospital Central de Maputo, vítima de doença. Companheira de Carlos Lhongo, era uma frequentadora tempestuosa dos palcos. As suas actuações atraíam multidões, graças à coreografia que tanto tinha de erótico como de espectacular.
No dia do seu funeral, Maputo e arredores ficou paralisada. “Meio mundo” acorreu ao Cemitério de Lhaguene para prestar a sua última homenagem na sua qualidade de “heroína do povo”, uma figura lendária que nasceu em Chonguene, província de Gaza e por mérito próprio conquistou o estrelato.
Um ano depois, o companheiro Carlos Lhongo acometeu-se de uma doença que o deixou debilitado. Nalgum momento recebeu tratamentos na África do Sul e acabou por perder a vida no Hospital Central de Maputo a 2 de Julho de 2006.
Depois da morte do casal, foram feitas algumas homenagens póstumas, incluindo a edição de um “best of” sobre o vasto repertório do casal.
Neste momento, Ziqo está a produzir o álbum da jovem Tânia, filha do casal Lhongo.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Internacionalizar a música depende de produção séria
Massukos é actualmente uma das bandas – senão mesmo a única – de maior projecção no estrangeiro. Paradoxalmente, localmente este agrupamento não tem aparecido em concertos badalados, sobretudo nas cidades de Maputo, Beira e Nampula. Localmente, a sua intervenção situa-se mais a concertos nas comunidades, onde grande parte das vezes não chega a pedir dinheiro por isso. E ao realizar estas acções nas comunidades, os Massukos tem em conta que, por um lado, estão a prestar aquilo que é um trabalho com grande impacto social, e, por outro, sabem que é lá onde colhem matéria-prima para as suas ferramentas musicais. Nas comunidades está o poço da vida, onde bebem toda uma experiência e que depois a transportam para o mundo. Com qualidade.
E quanto à música moçambicana, Feliciano dos Santos, líder dos Massukos, acredita que para isso tem que se apostar, primeiro, num trabalho de base bastante sério. Apostar na seriedade. Porque só uma acção séria é que nos vai permitir atingir as nossas aspirações, e deste modo projectarmos a nossa música moçambicana, que têm qualidade. A internacionalização depende disso.
Feliciano dos Santos ganhou recentemente um prémio milionário (150 mil dólares americanos) pela sua actuação, com a Organização ESTAMOS em trabalhos ambientais e de melhoramento das condições de vida das comunidades. Com a “ESTAMOS”, situada na província do Niassa, a sua intervenção situa-se mais no melhoramento das condições sanitárias, água potável e HIV/Sida.
Em entrevista ao nosso Jornal, Feliciano dos Santos fala dos Massukos e dos festivais em que a banda vai participar na Inglaterra, mas também da relação que a sua banda tem com as comunidades.
- Até que ponto a música ajuda nas questões que tens desenvolvido para as comunidades?
- Eu acho que ajuda bastante. Eu sempre fiz combinação do trabalho com a música. Vamos às comunidades e fazemos concertos. É muito normal a gente recusar concertos de ir tocar em Maputo, em Nampula, e exigirmos condições boas. Mas, nós nunca recusamos ir tocar naquelas comunidades, e isso porquê, porque temos um compromisso social com as nossas comunidades. Não é porque a gente ganha dinheiro quando faz isso, temos apenas um compromisso social e cultural. Mas também nós sabemos que é ela onde a gente vai buscar aquilo que faz de nós sermos a banda que somos. Nós como banda, o que produzimos bebemos lá nas comunidades. E quando vamos trabalhar nas zonas do interior sabemos que a música tem um potencial bastante bom. E também ficamos satisfeitos quando vemos as pessoas a delirarem com a nossa produção. Trocamos experiências, porque nós damos o que somos capazes de fazer com instrumentos modernos, e eles nos oferecem o que fazem a partir dos instrumentos tradicionais. Porém, o que fazemos depois é juntar esses dois elementos.
- Mas como é que interpreta a música tradicional?
- Na vida aprendi que é muito difícil fazer uma música tradicional sem mensagem. Se estou errado podem me corrigir. Mas, eu não sei se existe música tradicional sem mensagem. Mas há muita música moderna sem mensagem. Mas música tradicional, aquela lá dos nossos velhos sempre se cantou com mensagem. Mesmo que essa mensagem seja para gozar alguém, mas sempre teve mensagem e é de grande impacto. Então, isso é porque a música tem poder de influenciar, tem poder de mudar as pessoas. É uma grande terapia.
- Uma coisa que nos pode dizer é: hoje os Massukos tem uma projecção internacional que é algo interessante, mas eu gostava me respondesse como é que nós podemos conseguir internacionalizar a música moçambicana com mensagem?
- Essa pergunta é muito interessante. Pela experiência que eu tenho e dos lugares que nós já tocamos só posso dizer que Moçambique tem um espaço grande lá fora. E hoje em dia os ouvidos dos vários países desenvolvidos já estão saturados de um género musical. Já estão saturadíssimos. E precisam de coisas novas, e Moçambique tem muita coisa nova para oferecer ao mundo. O mais importante é que as pessoas tem que perceber que precisam de produzir música moderna com mensagem. Porque as pessoas têm a concepção de que a música que as bandas como Kapa Dêch e os Timbila Muzimba tocam é tradicional é errada. É errada mesmo. Porque nós temos que nos perguntar, afinal o que é o moderno e o tradicional. O moderno é o inovativo. Se nós olharmos para a história, veremos que a era Moderna foi buscar tudo da Grécia e transformou, deu as suas inovações. Eles foram buscar o tradicional e foram dar um cunho novo e ficou moderno.
- Quanto ao nosso caso, há possibilidades disso?
- Sim. E o que nós fazemos como Massukos é ir buscar o que de bom tem o tradicional. Aquilo que os nossos velhos tem e colocamos inovações. E quando colocamos elementos novos isso fica moderno. Com esses elementos, onde a base tradicional está patente, projectamo-nos. E é essa música que nós temos que apresentar aqui no país e no mercado internacional. Nós temos esse espaço, e é um espaço muito grande.
- Como é que enquadra a questão dos festivais?
- A única maneira que temos de internacionalizar a nossa música é também abrir espaços, ter contactos, procurar editoras sérias, bater portas certas. Nós este ano vamos tocar num dos maiores festivais de música do mundo. Quem vai estar lá são músicos como Jay-Z. Vão estar lá grande nomes, e isso para uma banda como os Massukos é muito bom, embora tenha que dizer que se calhar não sejamos tão bons como os Kapa Dêch, por exemplo, que tecnicamente toca bem, como os Timbila Muzimba, que tecnicamente são bons executantes. Mas o mais importante é saber bater a porta certa na hora certa. Isso é muito importante.
- Há uma coisa que eu consigo perceber no seu discurso, que é estar a querer dar a entender, mais do que nunca, que neste processo de trabalhar o moderno há que haver também muita seriedade da parte dos próprios músicos, dos artistas.
- Mas, sem dúvidas. Seriedade é uma coisa que é muito importante. Quer dizer, hoje, como dizia o Marcelo – um amigo meu e produtor de vídeos – basta ter óculos escuros e dois brincos para se considerar músico. E eu concordo com ele. O importante é que há espaço para todo o tipo de músicos, houve uma entrevista na qual me perguntavam sobre o conflito de gerações e eu dizia que, para mim, o conflito de gerações é uma coisa que nós não podemos discutir. Não devemos discutir isso, mas sim discutir coisas que vão contribuir para o melhoramento da nossa música e há espaço para todos, para todo o mundo e de todas as idades, jovens, velhos. Porque se formos a perguntar qual é, por exemplo, a idade de músicos como o Jay-Z, vamos descobrir que são da nossa idade. E há outros que são velhos, mas são pessoas que trabalham seriamente, produzem música séria e a sério. E o importante é que as pessoas devem perceber que precisam de produzir música a sério, a sério e com mensagem.
- O prémio que ganhou abre-lhe portas. Que projectos existirão a nível da organização e também na componente musical?
- Há muitas portas que foram abertas com este prémio. Tanto para o grupo, como para a organização. Agora existe um desafio bastante grande que é antes de ganhar o prémio já tinha conseguido um emprego fora de Moçambique. Devia começar a trabalhar como gestor regional de um projecto internacional. Gestor regional para África e Ásia, mas agora veio o prémio. E isso coloca o grande desafio de se devo ficar ou devo ir, mas esta é uma resposta que eu não posso dar agora, mas devo dizer que há muitas portas abertas para o grupo, mesmo sem a minha presença, e há muitas portas abertas para a organização mesmo sem a minha presença, porque afinal o nome do grupo e da organização estão espalhados pelo mundo fora, então há espaços para trabalharem, mesmo que eu não esteja. Então, é provável que eu tenha que decidir que vou sair...
- Mas, o sair significará um sair em definitivo, portanto, um abalar?
- Não, não significa isso. A ter que sair vou continuar a prestar todo o meu apoio a banda e a organização, e se calhar pode ser uma melhor porta o facto de eu estar fora. Isso, se calhar pode trazer mais melhores oportunidades ao grupo e a organização.
MASSUKOS E OS GRANDES FESTIVAIS
Agora decidimos que é preciso trabalhar com afinco, para podermos responder com responsabilidade aos compromissos muito sérios que temos para 2008.
De acordo com o líder da banda, os Massukos chegam a Londres a 19 de Junho próximo, devendo actuar no dia 21, no África Oye Festival de Liverpool, para no dia seguinte tomarem parte no África Oye Festival de Glasgow. O ponto mais alto da digressão será no dia 28, com a actuação no Glastonbury Festival, uma das maiores festas de música internacional que marca o Verão na Inglaterra. A última actuação será a 12 de Julho no Croydon Summer Festival, na cidade de Londres.
Feliciano dos Santos disse que estão a trabalhar na perspectiva de aproveitarem a sua presença na Europa para gravar mais um disco, mas isso vai depender da disponibilidade de tempo. Além dos quatro concertos já confirmados, irão também participar noutros eventos em escolas e outras instituições no âmbito da sua intervenção social, estando agora a trabalhar ao pormenor toda esta agenda justifica a preocupação que há de afinar o grupo ao pormenor.
Video de Ghorwane & Co. - Mocambique Que Sai do Chao
Ghorwane & Co. - Mocambique Que Sai do Chao.
Leia Mais…No concerto “46664” dos 90 anos : Mandela apela aos jovens a lutar contra a SIDA
O ANTIGO presidente sul-africano Nelson Mandela apelou sexta-feira à nova geração para abraçar a sua luta contra a doença ou a opressão no mundo, durante um mega-concerto em Londres para festejar os seus 90 anos.
Muitos artistas de renome e cerca de 50.000 espectadores participaram neste concerto em Hyde Park, que visava também recolher fundos em favor da sua fundação contra a SIDA.
O cartaz reunia nomeadamente Amy Winehouse, o Grupo Queen, acompanhado de Paul Rodgers, Zucchero, Joan Baez ou os Sugababes. Foram vendidos 46.664 bilhetes, um número correspondente ao número prisional de Mandela, que passou 27 anos encarcerado.
No meio do concerto, de três horas e meia, o antigo presidente sul-africano, todo vestido de negro, discursou para exortar o mundo a prosseguir a sua missão.
Apoiando-se numa bengala e ajudado pela mulher, a ex-primeira-dama moçambicana Graça Machel, um Mandela sorridente e de ar frágil avançou com um passo lento e hesitante até aos microfones, sob os aplausos da multidão, que entoou depois "Happy Birthday". Mandela completa 90 anos a 18 de Julho.
O antigo prisioneiro das cadeias sul-africanas declarou-se "honrado" por estar de regresso a Londres 20 anos depois de um "concerto histórico" em que apelara para (a nossa) libertação". As vossas vozes atravessaram os oceanos e inspiraram-nos nas nossas longínquas celas".
“Mas mesmo que hoje festejemos, lembremo-nos de que a nossa obra está longe de estar terminada", vincou, cercado pelos artistas que participaram no espectáculo.
"Lá onde reina a pobreza e a doença, incluindo a SIDA, lá onde os seres humanos são oprimidos, há ainda trabalho a fazer", advertiu, apelando para apoiarem a sua associação "46664" de luta contra a SIDA. "Queremos a liberdade para todos".
"Dizemos esta noite, após cerca de 90 anos de existência, que é tempo que novas mãos levantem este fardo", exortou Mandela.
"Isso está nas vossas mãos, agradeço-vos", concluiu, fortemente ovacionado.
Saudou depois a multidão, como lhe sugeria a mulher, Graça Machel, antes de se afastar, apoiando-se no seu ombro.
Durante um jantar de beneficência quarta-feira em Londres, Mandela surpreendeu ao romper um silêncio de vários anos sobre o Zimbabwe. O herói da luta contra o “apartheid” denunciou então o "trágico falhanço da direcção" deste país dirigido por Robert Mugabe.
Apesar de estar retirado da vida política e da sua saúde frágil, Mandela continua a fazer campanha pelo mundo a favor da sua luta contra a SIDA.
Quatro concertos "46664" foram já organizados, o primeiro em 2003 no Cabo, e depois outros em George, na África do Sul, em Madrid e em Tromso, na Noruega.
Fonte: Jornal Noticias
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Constancio lanca "Papa"
Questionado se não teme de ser mal interpretado um posicionamento regionalista, o cantor observou tratar-se de um facto inegável que assenta na base de constatações directas, de alguém que trabalha na área. “Por exemplo, na Beira, quantos músicos vem actuam aqui em Maputo, tirando os Djaakas? O mesmo acontece noutros pontos do país. Todavia, quase todos os cantores da capital do país desloca as restantes províncias, isso não mau, mas sinto que deveria haver mais entrosamento entre todos os músicos”, anotou.
V FESTIVAL NACIONAL DE CULTURA (4)
Arrancou segunda-feira na cidade de Nampula a fase provincial de apuramento dos artistas que representarão aquele ponto do país na fase final do V Festival Nacional de Cultura, que terá lugar em Julho em Xai-Xai. Participam no evento cinco grupos de música, dança e teatro, integrando um total de 600.
Dados avançados na cerimónia de abertura da fase provincial de Nampula, orientada pelo governador Felismino Tocoli, indicam que os participantes provêm dos 22 distritos da província. Destes, apenas 60 serão apurados para a fase nacional do festival.
Os responsáveis governamentais locais apelaram aos artistas para que se empenhem no máximo agora e depois para que se possa apurar realmente os melhores para a fase nacional e que nesta Nampula seja condignamente representada.
Os representantes de Nampula na fase nacional do V Festival Nacional de Cultura deverão ser conhecidos no próximo fim-de-semana.
Para além de competições artísticas, o decurso da fase provincial de apuramento está também a ser marcada por demonstrações de gastronomia da província.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
V FESTIVAL NACIONAL DE CULTURA (3)
Reconheceu, no entanto, que existem um pouco por todo o país muitos grupos fortes e capazes de fazer face ao conjunto da Munhava Matope. Mas, para ele, o mais importante é fazer do evento um momento de promoção da unidade nacional e trazer à ribalta o potencial cultural existente em Sofala e no país como um todo.O mesmo sentimento foi expresso pelo director artístico do grupo teatral Haya- Haya, Lúcio Chiteve. Este artista disse que a sua “turma” vai novamente exibir a peça “Cabra Cega”, que garantiu a sua transição à fase nacional. Para tal, o conjunto já iniciou com os preparativos para, igualmente, reeditar o sucesso efectuado com este trabalho no penúltimo Festival D’Agosto, em Maputo.
“Recebemos algumas críticas de alguns espectadores na fase provincial. Por isso, estamos a fazer algumas emendas para melhorara a nossa prestação em Xai-Xai”, referiu.“Cabra Cega” já fez também muito sucesso em muitos eventos promovidos em Sofala. É uma peça que trás à ribalta o lado negativo dalguns ritos de purificação de viúvas feitos um pouco por todo o país, com destaque para as regiões centro e sul.Com efeito, Chiteve considera oportuno a sua exibição na derradeira fase do V Festival de Cultura, o que poderá contribuir de alguma forma na redução destes fenómenos. Acredita que o facto de estarem presentes em Xai-Xai compatriotas (artistas, dirigentes e espectadores) de todas as províncias do país deve ser encarado como uma oportunidade de ouro para fazer passar a sua mensagem.
JÚLIA DUARTE OPTIMISTA
Contudo, o chefe do Departamento de Acção Cultural na Direcção Provincial de Cultura em Sofala, Domingos Zacarias, apontou que o seu sector já está a trabalhar para que dentro de dias, na Beira, arranque o ensaio conjunto dos apurados para a derradeira fase do V Festival Nacional de Cultura.“Teremos uma semana de preparação conjunta para harmonizar a nossa exibição, que terá a duração de 45 minutos para todas as expressões artísticas, com excepção do teatro.
EDUARDO SIXPENCE
Video Track Records - Whos The Best Videos
Track Records - Whos The best Videos
Leia Mais…O Diário de uma Irreverênte (Part 1)
“I feel like role models today are not ment to be perfect,
Comecei por apresentar as coordenadas do evento que me serve de pretexto para este pequeno artigo por acreditar que ele pudesse ter acontecido em qualquer outra parte do mundo. Mas foi aqui: em Maputo. Em Moçambique. Num Moçambique colectivamente ferido pela traição de um vizinho mais forte de quem esperávamos protecção e não agressão.
O Coconuts Live viveu mais uma noite para lembrar. Uma noite concebida pela Bang Entretenimento, para celebrar o lançamento do livro da Dama do Bling, intitulado Diário de uma irreverente.
O motivo que me leva a escrever não é a inspiração que tal noite me possa ter proporcionado. Mais do que inspiração, foi uma noite de transpiração. Transpiração por diversão, da parte do público que se fez presente, e transpiração de trabalho, por parte dos produtores. Na verdade, escrevo para celebrar o orgulho que senti por ver a área de organização de eventos moçambicana dar um passo adiante, no que diz respeito à qualidade do trabalho e do produto final.
Com uma casa cheia, foi apresentado um verdadeiro espectáculo de entretenimento. O que surpreende muita gente é a aderência que este tipo de eventos tem. Alguns intelectuais, por vezes pseuso-intelectuais, questionam-se sobre qual a explicação da preferência do público por eventos de menor (dizem os mesmos) cariz cultural face a eventos culturalmente mais enriquecedores (seguindo o mesmo fio de pensamento). A verdade é tão simples que chega a ser absurda: porque é mais fácil. É mais fácil sentir que pensar. É mais fácil olhar do que ver. É mais fácil escutar do que ouvir. O sucesso deste tipo de eventos deve-se à compreensão do sogredo mais importante do marketing: dar ao público o que o público quer. E, muitas vezes até, o segredo se assume como mais profundo e passa por dar ao cliente “aquilo que nem ele sabe que precisa”, como li algures...
Faleceu Victor José
Foi no meio de muita comoção, consternação e lágrimas que familiares, colegas er admiradores cumuns foram acompanhar o finado à última morada.
A cerimónia fúnebre, bastante concorrida, ficou marcada pela presença de jovens apresentadores de rádios e televisões bem como músicos da praça. Também fizeram-se presentes algumas individualidades do panorama sócio-cultural da capital moçambicana.
O malogrado perdeu a vida quando se dirigia a Rádio Moçambique (RM) onde diariamente apresentava mais uma edição do seu programa “Bom Cidade”.
O seu corpo foi encontrado no interior da sua viatura entre a Travessa de São Pedro e a Rua Rainha Santa, no Bairro da Malanga, para onde se supõe que tenha entrado à procura de ajuda quando começou a sentir-se mal vindo de sua casa, no município da Matola.
Ele era um profissional da área de entretenimento, tinha uma característica única de ser na apresentação de seus programas, o que lhe conferia uma distinção e audiência individual.
O malogrado popularizou-se na década de 90 com a promoção do Maputo em Movimento, um rol de espectáculos de bairros que visavam a promoção da música ligeira moçambicana.
Foi nesses programas que ele “descobriu” o talento da cantora Zaida Lhongo, “a Zaidinha” e do cantor Eugénio Mucavele, “Male ya Pepha”, ambos também falecidos, só para citar alguns. Ele projectou vários nomes anónimos do panorama da música moçambicana, com particular realce para a cidade de Maputo.
Posteriormente seguiu-se a apresentação de programas radiofónicos e televisivos que acresceram a sua popularidade, entre os quais Sabadão e Tudo ao Domingo, na Televisão de Moçambique (TVM) e no Calor da Noite, na Rádio Moçambique.