segunda-feira, 28 de julho de 2008

Diario de Uma Irreverente (Part 2)


O cartaz de cantores foi de acordo com o título do livro, sob o tema da irreverência. Calculo que se fosse realizada uma rápida auscultação das vozes que circulam pelas ruas da capital, no sentido de saber quais os músicos da jovem geração que mais se associam à ideia de irreverência, os três nomes mais sugeridos seriam os de Azagaia, Ziqo e Dama do Bling.

Cada um com os seus motivos, estes três nomes marcam, sem dúvida, uma forma de estar e de ser na música moçambicana. O que faz deles grandes, é que, para lá de gostar ou não dos seus trabalhos ou das suas personalidades, conseguem atingir o estatuto de artistas por um motivo muito maior: ninguém fica indiferente perante a sua presença.
Todos falam deles, para o melhor e para o pior. E ser artista é isso: estar exposto ao risco de ser amado e odiado ao mesmo tempo. Azagaia, por um lado, cresce em palco a cada nova actuação. É um daqueles casos em que o público faz o artista. Azagaia é, cada vez mais, a voz de uma geração. Dos irreverentes de que falava há pouco é, certamente, o menos espectacular, mas o mais acutilante nas suas mensagens, como um poeta que parece saído das origens do hip hop perdido nos tempos modernos. Um rebelde selvagem que nos seduz com a promessa de libertação intelectual que sempre desejamos mas pela qual nunca lutámos. Azagaia é a utopia da música moçambicana...
Ziqo é, goste-se ou não, a pedra mais talentosa que a música jovem moçambicana tem, neste momento. Apesar das polémicas, das críticas, da sua falta de fluência ou sofisticação linguística e das suas letras, ninguém, como ele, toca no público jovem moçambicano. E não só de Maputo, atenção! Ziqo é um cantor amado pelo povo de todo o país. Estava curioso por ver a receptividade do público face às mais recentes polémicas, e fiquei absolutamente envolvido pelo banho de multidão que teve, neste seu regresso aos grandes palcos. Ziqo tem o dom de saber ser simples e falar da forma que as pessoas gostam de ouvir.
Uma das coisas mais curiosas na sua forma de ser é que tanto em cima dos palcos como fora deles, vê-se um jovem que saboreia o estrelato como poucos; sentindo-se uma estrela, age e vive a sua própria fantasia, de uma forma simples. E essa simplicidade é, afinal, a chave do seu sucesso. Dama do Bling é todo um fenómeno. Uma marca só por si. Dentro da Bang Entretenimento ela é quem melhor entende o poder do marketing, junto do próprio manager da label, Bang.
Depois do lançamento do seu site oficial, esta jovem volta a surpreender os seus admiradores com o lançamento de um livro (atrevo-me a prever lançamentos de mais uns quantos livros de cantores, ainda este ano!). Sou seu admirador, confesso. Muitas pessoas ficam surpreendidas e chocadas com esta minha situação. Mas assumo-a, de peito aberto. Dama do Bling é, hoje em dia, um nome sólido da música moçambicana. Sabe o valor da imagem desde cedo, tem letras com conteúdo (quando as quer fazer). E para mim, a grande confirmação que a noite da irreverência trouxe: uma postura em palco completamente distinta dos demais cantores da praça. Com uma noção de espectáculo que poucas vezes atingem os nossos demais cantores. Dama do Bilng é, actualmente, a cantora moçambicana com melhor presença em palco, no sentido de espectáculo que este tipo de concertos visa proporcinar.
No que diz respeito a espectáculo visual; saber estar em palco; não há quem se compare, no actual cenário musical. E, mais do que tudo, Dama do Bling é profissional no verdadeiro sentido da palavra. A artista que vemos em palco não circula de forma escandalosa no dia a dia. Não é pessoa de noitadas e maluquices públicas, como se poderia pensar. Dama do Bling é uma figura, uma personagem que choca e provoca polémica, sim, mas no palco, na televisão e através da sua voz. A Ivannea é uma mulher diferente que, suspeito, muito poucos conhecem.
A Bang Entretenimento, assim como o Coconuts Live estão de parabéns por uma noite de qualidade superior. Nivelaram por cima, como deve ser, o que deve ser um verdadeiro espectáculo de entretenimento para um público jovem de discoteca. Quanto ao livro, confesso que ainda não o li, nem adquiri. Deve ser curioso, mas da Dama do Bling já podemos conhecer um pouco pela sua forma pública de estar. Curioso, mesmo, seria o lançamento do diário da Ivannea, a mulher que fez nascer a Bling e que tão pouco conhecemos...fica lançado o desafio!
Carlos Osvaldo
Tlm: 82 6046560

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Big Nelo apresentou ontem single promocional "Karga"


O músico angolano Big Nelo tem marcado, para o dia 27 do mês em curso, uma sessão de apresentação do single promocional "Karga", em actividade a ter lugar na portaria do Cine Atlântico, em Luanda. Integrante do grupo SSP, onde faz dupla com Jeff Brown, Big Nelo, que aparece pela segunda vez com um trabalho a solo, disse em declarações hoje, segunda-feira, à Angop, tratar-se de uma obra em que, como já é habitual, privilegiou o "R&B", Rap e o Soul Music.

Cantor angolano Big Nelo "A produção do single está praticamente concluído. Estive recentemente em Joanesburgo, África do Sul, onde pude efectuar os últimos acertos, nomeadamente a mixagem, mistura e edição", apontou.

À semelhança do trabalho "Momentos", colocado no mercado em 2007, o músico adiantou ainda que neste disco, que conta com sete temas, procura retratar o dia-a-dia dos angolanos, com mensagens de amor, paz, união entre os angolanos, entre outras. Para a concepção do mesmo, Big Nelo informou ter contado com os préstimos dos angolanos Anselmo Ralph, Pereira e dos sul-africanos Tumi e Climt.

A produção do "Karga" está sob responsabilidade da produtora "B-26", que terá a seu cargo a tarefa de distribuição do produto no mercado nacional e internacional. Este single, frisou ainda a fonte, é uma antecâmara para o CD, cuja publicação está prevista para o mês de Novembro deste ano.

Fonte: Angop

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Noite africana que se foi...

Cartaz da Noite Africana no 6th Level.

Quem esteve la? Envie-nos comentarios sobre este evento.

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Suzana ganha disco de Platina em Mocambique

Disco de Platina pelo sucesso de vendas do album "Tudo Pa Bo".

Suzanna Lubrano recebeu o Disco de Platina resultado do sucesso de vendas do seu terceiro album "Tudo Pa Bo" em mais de 40,000 cd’s em Mocambique.


Nos ultimos dias, Suzana visitou Mocambique no ambito da promocao do seu quarto album com o titulo “Saida”. Ela fez aparicoes em cinco programas de televisao, incluindo o popular Estrela Pop, a versao "Afro-Portuguesa" do Idols, assistido por dezenas de milhares de pessoas.

Durante a sua estadia em Mocambique, foi gravado um video que sera editado no seu mais recente single "Taxi". Todas as cenas foram gravadas em Maputo e seus arredores.

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Ziqo Recorda casal Lhongo


Os malogrados Carlos e Zaida Lhongo foram alvo de uma singela homenagem no Cemitério de Lhanguene em Maputo pela passagem de 3 e 4 anos após a sua morte. Foi feita uma deposição de flores nas suas campas, seguido de um gesto simbólico de pequena doação de viveres alimentares à família. Digite aqui o resumo do post


A ideia desta singela homenagem pertence ao músico Ziqo que em coordenação com a família do casal e a editora Glob Music, pretendem relembrar a vida e obra deste casal mítico que assinou o seu nome com letras de ouro no panorama da música moçambicana.

Numa breve entrevista ontem com o “Notícias” o músico Ziqo refere que a homenagem prende-se com o facto de este casal ter marcado significativamente a geração de cantores da sua geração e não só. “Eles são os ícones da nossa música. E com esta cerimónia pretendemos dizer a todos que eles marcaram musicalmente as nossas vidas. Todos nós guardamos a sua memória e respeitamos a vasta obra que produziram e deixaram para o povo moçambicano. Eles foram e continuam a ser grandes. Basta olhar para a sua discografia para ver que todos os seus álbuns alcançaram grande sucesso de venda, desde Sibô, Drenagem, Toma que te dou, Alfandega, Mozal, Zabelani, Sifa Zighlile.

“A Zaida é que é a verdadeira diva da marabenta”, ajuntou sublinhando que “não pretendo quero abrir um debate polémico, quanto a essa questão, mas pessoalmente, tenho em Zaida a nossa diva. Ela foi uma das vozes mais populares que o país nasceu”.
Para ele, é importante que os fãs, admiradores, artistas e o público em geral participem dessa pequena homenagem de deposição de flores hoje no “Lhanguene”, pois este casal merece o nosso encurvamento. Tiveram vida curta, mas vivida com intensidade.

Zaida Lhongo, carinhosamente chamada por “Zaidainha” morreu a 4 de Junho de 2005 no Hospital Central de Maputo, vítima de doença. Companheira de Carlos Lhongo, era uma frequentadora tempestuosa dos palcos. As suas actuações atraíam multidões, graças à coreografia que tanto tinha de erótico como de espectacular.
No dia do seu funeral, Maputo e arredores ficou paralisada. “Meio mundo” acorreu ao Cemitério de Lhaguene para prestar a sua última homenagem na sua qualidade de “heroína do povo”, uma figura lendária que nasceu em Chonguene, província de Gaza e por mérito próprio conquistou o estrelato.

Um ano depois, o companheiro Carlos Lhongo acometeu-se de uma doença que o deixou debilitado. Nalgum momento recebeu tratamentos na África do Sul e acabou por perder a vida no Hospital Central de Maputo a 2 de Julho de 2006.
Depois da morte do casal, foram feitas algumas homenagens póstumas, incluindo a edição de um “best of” sobre o vasto repertório do casal.
Neste momento, Ziqo está a produzir o álbum da jovem Tânia, filha do casal Lhongo.

Fonte: Jornal Noticias
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segunda-feira, 21 de julho de 2008

Internacionalizar a música depende de produção séria

Feliciano dos Santos, lider dos Massukos

Massukos é actualmente uma das bandas – senão mesmo a única – de maior projecção no estrangeiro. Paradoxalmente, localmente este agrupamento não tem aparecido em concertos badalados, sobretudo nas cidades de Maputo, Beira e Nampula. Localmente, a sua intervenção situa-se mais a concertos nas comunidades, onde grande parte das vezes não chega a pedir dinheiro por isso. E ao realizar estas acções nas comunidades, os Massukos tem em conta que, por um lado, estão a prestar aquilo que é um trabalho com grande impacto social, e, por outro, sabem que é lá onde colhem matéria-prima para as suas ferramentas musicais. Nas comunidades está o poço da vida, onde bebem toda uma experiência e que depois a transportam para o mundo. Com qualidade.


E quanto à música moçambicana, Feliciano dos Santos, líder dos Massukos, acredita que para isso tem que se apostar, primeiro, num trabalho de base bastante sério. Apostar na seriedade. Porque só uma acção séria é que nos vai permitir atingir as nossas aspirações, e deste modo projectarmos a nossa música moçambicana, que têm qualidade. A internacionalização depende disso.
Feliciano dos Santos ganhou recentemente um prémio milionário (150 mil dólares americanos) pela sua actuação, com a Organização ESTAMOS em trabalhos ambientais e de melhoramento das condições de vida das comunidades. Com a “ESTAMOS”, situada na província do Niassa, a sua intervenção situa-se mais no melhoramento das condições sanitárias, água potável e HIV/Sida.
Em entrevista ao nosso Jornal, Feliciano dos Santos fala dos Massukos e dos festivais em que a banda vai participar na Inglaterra, mas também da relação que a sua banda tem com as comunidades.
- Até que ponto a música ajuda nas questões que tens desenvolvido para as comunidades?
- Eu acho que ajuda bastante. Eu sempre fiz combinação do trabalho com a música. Vamos às comunidades e fazemos concertos. É muito normal a gente recusar concertos de ir tocar em Maputo, em Nampula, e exigirmos condições boas. Mas, nós nunca recusamos ir tocar naquelas comunidades, e isso porquê, porque temos um compromisso social com as nossas comunidades. Não é porque a gente ganha dinheiro quando faz isso, temos apenas um compromisso social e cultural. Mas também nós sabemos que é ela onde a gente vai buscar aquilo que faz de nós sermos a banda que somos. Nós como banda, o que produzimos bebemos lá nas comunidades. E quando vamos trabalhar nas zonas do interior sabemos que a música tem um potencial bastante bom. E também ficamos satisfeitos quando vemos as pessoas a delirarem com a nossa produção. Trocamos experiências, porque nós damos o que somos capazes de fazer com instrumentos modernos, e eles nos oferecem o que fazem a partir dos instrumentos tradicionais. Porém, o que fazemos depois é juntar esses dois elementos.
- Mas como é que interpreta a música tradicional?
- Na vida aprendi que é muito difícil fazer uma música tradicional sem mensagem. Se estou errado podem me corrigir. Mas, eu não sei se existe música tradicional sem mensagem. Mas há muita música moderna sem mensagem. Mas música tradicional, aquela lá dos nossos velhos sempre se cantou com mensagem. Mesmo que essa mensagem seja para gozar alguém, mas sempre teve mensagem e é de grande impacto. Então, isso é porque a música tem poder de influenciar, tem poder de mudar as pessoas. É uma grande terapia.
- Uma coisa que nos pode dizer é: hoje os Massukos tem uma projecção internacional que é algo interessante, mas eu gostava me respondesse como é que nós podemos conseguir internacionalizar a música moçambicana com mensagem?
- Essa pergunta é muito interessante. Pela experiência que eu tenho e dos lugares que nós já tocamos só posso dizer que Moçambique tem um espaço grande lá fora. E hoje em dia os ouvidos dos vários países desenvolvidos já estão saturados de um género musical. Já estão saturadíssimos. E precisam de coisas novas, e Moçambique tem muita coisa nova para oferecer ao mundo. O mais importante é que as pessoas tem que perceber que precisam de produzir música moderna com mensagem. Porque as pessoas têm a concepção de que a música que as bandas como Kapa Dêch e os Timbila Muzimba tocam é tradicional é errada. É errada mesmo. Porque nós temos que nos perguntar, afinal o que é o moderno e o tradicional. O moderno é o inovativo. Se nós olharmos para a história, veremos que a era Moderna foi buscar tudo da Grécia e transformou, deu as suas inovações. Eles foram buscar o tradicional e foram dar um cunho novo e ficou moderno.
- Quanto ao nosso caso, há possibilidades disso?
- Sim. E o que nós fazemos como Massukos é ir buscar o que de bom tem o tradicional. Aquilo que os nossos velhos tem e colocamos inovações. E quando colocamos elementos novos isso fica moderno. Com esses elementos, onde a base tradicional está patente, projectamo-nos. E é essa música que nós temos que apresentar aqui no país e no mercado internacional. Nós temos esse espaço, e é um espaço muito grande.
- Como é que enquadra a questão dos festivais?
- A única maneira que temos de internacionalizar a nossa música é também abrir espaços, ter contactos, procurar editoras sérias, bater portas certas. Nós este ano vamos tocar num dos maiores festivais de música do mundo. Quem vai estar lá são músicos como Jay-Z. Vão estar lá grande nomes, e isso para uma banda como os Massukos é muito bom, embora tenha que dizer que se calhar não sejamos tão bons como os Kapa Dêch, por exemplo, que tecnicamente toca bem, como os Timbila Muzimba, que tecnicamente são bons executantes. Mas o mais importante é saber bater a porta certa na hora certa. Isso é muito importante.
- Há uma coisa que eu consigo perceber no seu discurso, que é estar a querer dar a entender, mais do que nunca, que neste processo de trabalhar o moderno há que haver também muita seriedade da parte dos próprios músicos, dos artistas.
- Mas, sem dúvidas. Seriedade é uma coisa que é muito importante. Quer dizer, hoje, como dizia o Marcelo – um amigo meu e produtor de vídeos – basta ter óculos escuros e dois brincos para se considerar músico. E eu concordo com ele. O importante é que há espaço para todo o tipo de músicos, houve uma entrevista na qual me perguntavam sobre o conflito de gerações e eu dizia que, para mim, o conflito de gerações é uma coisa que nós não podemos discutir. Não devemos discutir isso, mas sim discutir coisas que vão contribuir para o melhoramento da nossa música e há espaço para todos, para todo o mundo e de todas as idades, jovens, velhos. Porque se formos a perguntar qual é, por exemplo, a idade de músicos como o Jay-Z, vamos descobrir que são da nossa idade. E há outros que são velhos, mas são pessoas que trabalham seriamente, produzem música séria e a sério. E o importante é que as pessoas devem perceber que precisam de produzir música a sério, a sério e com mensagem.
- O prémio que ganhou abre-lhe portas. Que projectos existirão a nível da organização e também na componente musical?
- Há muitas portas que foram abertas com este prémio. Tanto para o grupo, como para a organização. Agora existe um desafio bastante grande que é antes de ganhar o prémio já tinha conseguido um emprego fora de Moçambique. Devia começar a trabalhar como gestor regional de um projecto internacional. Gestor regional para África e Ásia, mas agora veio o prémio. E isso coloca o grande desafio de se devo ficar ou devo ir, mas esta é uma resposta que eu não posso dar agora, mas devo dizer que há muitas portas abertas para o grupo, mesmo sem a minha presença, e há muitas portas abertas para a organização mesmo sem a minha presença, porque afinal o nome do grupo e da organização estão espalhados pelo mundo fora, então há espaços para trabalharem, mesmo que eu não esteja. Então, é provável que eu tenha que decidir que vou sair...
- Mas, o sair significará um sair em definitivo, portanto, um abalar?
- Não, não significa isso. A ter que sair vou continuar a prestar todo o meu apoio a banda e a organização, e se calhar pode ser uma melhor porta o facto de eu estar fora. Isso, se calhar pode trazer mais melhores oportunidades ao grupo e a organização.
MASSUKOS E OS GRANDES FESTIVAIS

Agora decidimos que é preciso trabalhar com afinco, para podermos responder com responsabilidade aos compromissos muito sérios que temos para 2008.
De acordo com o líder da banda, os Massukos chegam a Londres a 19 de Junho próximo, devendo actuar no dia 21, no África Oye Festival de Liverpool, para no dia seguinte tomarem parte no África Oye Festival de Glasgow. O ponto mais alto da digressão será no dia 28, com a actuação no Glastonbury Festival, uma das maiores festas de música internacional que marca o Verão na Inglaterra. A última actuação será a 12 de Julho no Croydon Summer Festival, na cidade de Londres.
Feliciano dos Santos disse que estão a trabalhar na perspectiva de aproveitarem a sua presença na Europa para gravar mais um disco, mas isso vai depender da disponibilidade de tempo. Além dos quatro concertos já confirmados, irão também participar noutros eventos em escolas e outras instituições no âmbito da sua intervenção social, estando agora a trabalhar ao pormenor toda esta agenda justifica a preocupação que há de afinar o grupo ao pormenor.
Fonte: Jornal Noticias

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Video de Ghorwane & Co. - Mocambique Que Sai do Chao

Ghorwane & Co. - Mocambique Que Sai do Chao.

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Movimento Suburbano

Movimento Suburbano

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No concerto “46664” dos 90 anos : Mandela apela aos jovens a lutar contra a SIDA




O ANTIGO presidente sul-africano Nelson Mandela apelou sexta-feira à nova geração para abraçar a sua luta contra a doença ou a opressão no mundo, durante um mega-concerto em Londres para festejar os seus 90 anos.

Muitos artistas de renome e cerca de 50.000 espectadores participaram neste concerto em Hyde Park, que visava também recolher fundos em favor da sua fundação contra a SIDA.

O cartaz reunia nomeadamente Amy Winehouse, o Grupo Queen, acompanhado de Paul Rodgers, Zucchero, Joan Baez ou os Sugababes. Foram vendidos 46.664 bilhetes, um número correspondente ao número prisional de Mandela, que passou 27 anos encarcerado.
No meio do concerto, de três horas e meia, o antigo presidente sul-africano, todo vestido de negro, discursou para exortar o mundo a prosseguir a sua missão.

Apoiando-se numa bengala e ajudado pela mulher, a ex-primeira-dama moçambicana Graça Machel, um Mandela sorridente e de ar frágil avançou com um passo lento e hesitante até aos microfones, sob os aplausos da multidão, que entoou depois "Happy Birthday". Mandela completa 90 anos a 18 de Julho.



O antigo prisioneiro das cadeias sul-africanas declarou-se "honrado" por estar de regresso a Londres 20 anos depois de um "concerto histórico" em que apelara para (a nossa) libertação". As vossas vozes atravessaram os oceanos e inspiraram-nos nas nossas longínquas celas".
“Mas mesmo que hoje festejemos, lembremo-nos de que a nossa obra está longe de estar terminada", vincou, cercado pelos artistas que participaram no espectáculo.

"Lá onde reina a pobreza e a doença, incluindo a SIDA, lá onde os seres humanos são oprimidos, há ainda trabalho a fazer", advertiu, apelando para apoiarem a sua associação "46664" de luta contra a SIDA. "Queremos a liberdade para todos".
"Dizemos esta noite, após cerca de 90 anos de existência, que é tempo que novas mãos levantem este fardo", exortou Mandela.

"Isso está nas vossas mãos, agradeço-vos", concluiu, fortemente ovacionado.
Saudou depois a multidão, como lhe sugeria a mulher, Graça Machel, antes de se afastar, apoiando-se no seu ombro.

Durante um jantar de beneficência quarta-feira em Londres, Mandela surpreendeu ao romper um silêncio de vários anos sobre o Zimbabwe. O herói da luta contra o “apartheid” denunciou então o "trágico falhanço da direcção" deste país dirigido por Robert Mugabe.
Apesar de estar retirado da vida política e da sua saúde frágil, Mandela continua a fazer campanha pelo mundo a favor da sua luta contra a SIDA.

Quatro concertos "46664" foram já organizados, o primeiro em 2003 no Cabo, e depois outros em George, na África do Sul, em Madrid e em Tromso, na Noruega.


Fonte: Jornal Noticias

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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Constancio lanca "Papa"

Constancio desabafa...
Foto: Noticias

Músicos do centro e norte reclamam oportunidades Constancio é um músico que se divide entre Sofala e Zambézia. Gravou o seu mais recente trabalho em Pemba, e há dias esteve em Maputo para promove-lo, ocasião que serviu de pretexto para uma conversa.
Entre os vários assuntos tratados, Constâncio deteve-se na questão da falta de intercâmbio entre os músicos do país inteiro. Para ele, só os músicos da capital do país, deslocam às províncias, entretanto, o mesmo já não acontece com os artistas de outros pontos do país. O entrevistado refere que há um certo abandono dos músicos das restantes províncias. O entrevistado não hesita em usar a palavra «injustiça» e acrescenta: “penso que os realizadores e produtores de espectáculos deviam saber que o país é grande e há muito talento espalhado a espera também de uma oportunidade”. É prossegue, “«talvez por esse facto, os músicos se vejam na contingência de serem eles próprios a organizarem os shows que nem sempre conseguem, já que esta é uma outra área de especialidade. As pessoas procuram fazer tudo sozinhas”.


Questionado se não teme de ser mal interpretado um posicionamento regionalista, o cantor observou tratar-se de um facto inegável que assenta na base de constatações directas, de alguém que trabalha na área. “Por exemplo, na Beira, quantos músicos vem actuam aqui em Maputo, tirando os Djaakas? O mesmo acontece noutros pontos do país. Todavia, quase todos os cantores da capital do país desloca as restantes províncias, isso não mau, mas sinto que deveria haver mais entrosamento entre todos os músicos”, anotou.
INSULTOS MINAM NOSSA GERAÇÃO
Aliado a isso, o artista aponta para a degradação dos conteúdos, sobre as mensagens difundidas nas músicas cantadas particularmente pelos jovens.“Para além de temas insultuosos, os artistas passaram a cantar-se a si próprios, dizem eu sou fulano, eu sou sicrano”.Antigamente, os mais velhos cantavam músicas educativas, canções que ensinavam as normas sociais, no lar, na familiar etc.Ele vê que se há um grande desequilibro à nível dos patrocinadores que apostam nesses músicos que insultam e aqueles que mesmo tendo mensagens positivas não encontram espaço para gravar e expor a sua obra.A conversa passou em revista a pirataria, um fenómeno que está a lesar músicos, editoras, produtores e público consumidor. “As pessoas continuam a copiar abusivamente as nossas obras, e ninguém pune ninguém”, disse.
NOVO ALBUM “PAPÁ”
O álbum intitulado “Papa” acaba de ser editado pela Vidisco e vem substituir a colectânea “Dúvida” que passou aparentemente despercebido junto dos seus fãs.Neste momento, paira no foro do seu íntimo alguma preocupação, pois, não sabe de como este último será recebido junto dos seus admiradores, embora Constâncio esteja seguro quanto a qualidade do trabalho final. “Penso que me entreguei de corpo e alma nesta obra. Trabalhei durante um ano. Parti da Beira para Pemba, onde trabalhei com o produtor Carlos de Lina, um jovem empreendedor que assina na produção várias colectâneas”, observa.“Durante o trabalho de estúdios trocamos ideias e procurámos fazer tudo com o maior rigor exigido numa obra que se preze”
.Nessa gravação, foram registadas dez temas, sendo um instrumental.Questionado sobre o titulo, a fonte explica que “estava em pleno estúdio a gravar, quando de repente toca o meu celular: era meu irmão a informar-me que o nosso pai estava doente. Corria risco de vida. Fiquei muito triste. E foi no meio daquela “magia” de estúdio que imediatamente me inspirei a cantar esta música que deu titulo ao álbum”.
Hoje, felizmente o pai de Constâncio, está fora de perigo.
Sobre o repertório, lembra o tema “waba”( fofoca tradução do português para o chuabo), em jeito de resposta a algumas “bocas” que apregoavam a morte precoce da sua carreira, por ter ficado algum tempo sem apresentar o novo disco...Entretanto, há um tema que na óptica do autor é interessante, intitulado “Mano José”, nele fala de um homem que ao receber o seu salário dirige-se ao bar e não abandona enquanto não acaba o seu dinheiro. Durante a sua permanecia o “mano Zé” paga tudo e a todos. É o dono do mundo. Ele é um autêntico “Zé pagante”. Constâncio iniciou-se na carreira musical há cerca de dez anos na Beira ao lado de um amigo de infância, Djei, este último uma das mais importantes figuras musicais da Beira. Ambos nasceram de sonhos e cresceram para a música e tem estado a empenhar-se, continuamente. Os seus trabalhos tem grande audiência no país inteiro, mas com o destaque para as províncias de Sofala, Zambézia e Nampula.
A par de muitos nomes da região centro e norte, o nome do jovem Constâncio faz parte dos que se recomendam, pois, as suas mensagens falam de realidades do dia-a-dia na nossa sociedade.Baseado na cidade da Beira este músico possui um repertório totalmente cantado em chuabo, falado em Quelimane.
• Albino Moisés

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V FESTIVAL NACIONAL DE CULTURA (4)


Arrancou segunda-feira na cidade de Nampula a fase provincial de apuramento dos artistas que representarão aquele ponto do país na fase final do V Festival Nacional de Cultura, que terá lugar em Julho em Xai-Xai. Participam no evento cinco grupos de música, dança e teatro, integrando um total de 600.
Dados avançados na cerimónia de abertura da fase provincial de Nampula, orientada pelo governador Felismino Tocoli, indicam que os participantes provêm dos 22 distritos da província. Destes, apenas 60 serão apurados para a fase nacional do festival.


Os responsáveis governamentais locais apelaram aos artistas para que se empenhem no máximo agora e depois para que se possa apurar realmente os melhores para a fase nacional e que nesta Nampula seja condignamente representada.
Os representantes de Nampula na fase nacional do V Festival Nacional de Cultura deverão ser conhecidos no próximo fim-de-semana.
Para além de competições artísticas, o decurso da fase provincial de apuramento está também a ser marcada por demonstrações de gastronomia da província.



Fonte: Jornal Noticias

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Video de Elex - Vou Bazar

Elex - Vou Bazar

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segunda-feira, 7 de julho de 2008

V FESTIVAL NACIONAL DE CULTURA (3)

Depois do sucesso conseguido na fase provincial, os representantes de Sofala ao V Festival Nacional de Cultura, agendado para entre 11 e 18 de Julho, na cidade da Xai-Xai, já estão a afinar as suas máquinas para conseguirem uma boa prestação naquela que será a maior festa cultural do nosso pais. Para tal, nos próximos dias todos os apurados daquela província do centro do país juntar- se-ão na cidade da Beira para, durante uma semana, fazerem os últimos acertos dos espectáculos que irão apresentar na capital de Gaza.
Contactado pela nossa delegação da Beira, o chefe do grupo de utse da Munhava-Matope, Ramim Manuel Senda, afiançou que o seu conjunto já começou a efectuar alguns arranjos para melhorar a sua prestação na derradeira fase do Festoval que arrancou nos princípios do ano com as fases distritais e está agora a rodar as suas etapas provinciais.Criado em 1992, o grupo de utse da Munhava Matope espera fazer da derradeira fase do festival um verdadeiro momento de festa. “Vamos brilhar em Xai-Xai”, anteviu, tendo referido mais adiante que queria reeditar o sucesso efectuado em Maputo aquando da realização da Cimeira da União Africana, em 2003.

Reconheceu, no entanto, que existem um pouco por todo o país muitos grupos fortes e capazes de fazer face ao conjunto da Munhava Matope. Mas, para ele, o mais importante é fazer do evento um momento de promoção da unidade nacional e trazer à ribalta o potencial cultural existente em Sofala e no país como um todo.O mesmo sentimento foi expresso pelo director artístico do grupo teatral Haya- Haya, Lúcio Chiteve. Este artista disse que a sua “turma” vai novamente exibir a peça “Cabra Cega”, que garantiu a sua transição à fase nacional. Para tal, o conjunto já iniciou com os preparativos para, igualmente, reeditar o sucesso efectuado com este trabalho no penúltimo Festival D’Agosto, em Maputo.

“Recebemos algumas críticas de alguns espectadores na fase provincial. Por isso, estamos a fazer algumas emendas para melhorara a nossa prestação em Xai-Xai”, referiu.“Cabra Cega” já fez também muito sucesso em muitos eventos promovidos em Sofala. É uma peça que trás à ribalta o lado negativo dalguns ritos de purificação de viúvas feitos um pouco por todo o país, com destaque para as regiões centro e sul.Com efeito, Chiteve considera oportuno a sua exibição na derradeira fase do V Festival de Cultura, o que poderá contribuir de alguma forma na redução destes fenómenos. Acredita que o facto de estarem presentes em Xai-Xai compatriotas (artistas, dirigentes e espectadores) de todas as províncias do país deve ser encarado como uma oportunidade de ouro para fazer passar a sua mensagem.

JÚLIA DUARTE OPTIMISTA
A jovem cantora Júlia Duarte é uma das representantes de Sofala na área musical para a fase final do V Festival Nacional de Cultura. Ela afirma-se optimista quanto a sua evolução dos artistas da sua província na festa de Xai-Xai e assegura estar a trabalhar para ocupar lugares cimeiros no fase nacional.“Matequera” e “Mukaze Wa Kuipa N’tima” são algumas as composições que Duarte vai levar à festa de Xai-Xai. Para tal, com ajuda do seu grupo, Vila Nova, a jovem cantora tem nos últimos dias trabalhado no duro para levantar bem alto o nome de Sofala na capital provincial de Gaza. O mesmo está acontecer com todos os representes de Sofala noutras categorias, nomeadamente Varimba de Marromeu, Guerure do Búzi, Maphadza de Gorongosa e Magia de Marromeu, entre outros apurados para a fase nacional do evento.

Contudo, o chefe do Departamento de Acção Cultural na Direcção Provincial de Cultura em Sofala, Domingos Zacarias, apontou que o seu sector já está a trabalhar para que dentro de dias, na Beira, arranque o ensaio conjunto dos apurados para a derradeira fase do V Festival Nacional de Cultura.“Teremos uma semana de preparação conjunta para harmonizar a nossa exibição, que terá a duração de 45 minutos para todas as expressões artísticas, com excepção do teatro.
Para tal, os grupos serão restruturados porque são numerosos e ao todo precisamos de 65 artistas. Zacarias acredita que os representantes de Sofala no V Festival Nacional de Cultura poderão fazer muito sucesso em Xai-Xai. Referiu, no entanto, que o mais importante não é ocupar lugares cimeiros, mas promover a moçambicanidade e o vasto mosaico cultural existente no nosso pais.

EDUARDO SIXPENCE

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Video Track Records - Whos The Best Videos

Track Records - Whos The best Videos

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O Diário de uma Irreverênte (Part 1)

Coconuts-Live recebeu "o Diario de uma Irreverente"

Coordenadas:
Sábado, dia 24 de Maio de 2008.
Local: Coconuts Live, Maputo, Moçambique.

“I feel like role models today are not ment to be perfect,
but more like Angels with broken wings.” 2PAC

Uma das coisas que uma noite de festa tem de fascinante é a eliminação do efeito do tempo. Vivemos momentos sem data no calendário, como que perdidos numa linha imaginária que atravessamos sem dar conta. É por isso que a noite é tão propensa a excessos e desvios: pela própria surrealidade da sua existência. Estar uma noite em claro, dançando, cantando, saltando, pensando, amando, sofrendo ou vivendo é a criação de um tempo mágico, tão pessoal como intransmissível.


Comecei por apresentar as coordenadas do evento que me serve de pretexto para este pequeno artigo por acreditar que ele pudesse ter acontecido em qualquer outra parte do mundo. Mas foi aqui: em Maputo. Em Moçambique. Num Moçambique colectivamente ferido pela traição de um vizinho mais forte de quem esperávamos protecção e não agressão.
O Coconuts Live viveu mais uma noite para lembrar. Uma noite concebida pela Bang Entretenimento, para celebrar o lançamento do livro da Dama do Bling, intitulado Diário de uma irreverente.

O motivo que me leva a escrever não é a inspiração que tal noite me possa ter proporcionado. Mais do que inspiração, foi uma noite de transpiração. Transpiração por diversão, da parte do público que se fez presente, e transpiração de trabalho, por parte dos produtores. Na verdade, escrevo para celebrar o orgulho que senti por ver a área de organização de eventos moçambicana dar um passo adiante, no que diz respeito à qualidade do trabalho e do produto final.


Com uma casa cheia, foi apresentado um verdadeiro espectáculo de entretenimento. O que surpreende muita gente é a aderência que este tipo de eventos tem. Alguns intelectuais, por vezes pseuso-intelectuais, questionam-se sobre qual a explicação da preferência do público por eventos de menor (dizem os mesmos) cariz cultural face a eventos culturalmente mais enriquecedores (seguindo o mesmo fio de pensamento). A verdade é tão simples que chega a ser absurda: porque é mais fácil. É mais fácil sentir que pensar. É mais fácil olhar do que ver. É mais fácil escutar do que ouvir. O sucesso deste tipo de eventos deve-se à compreensão do sogredo mais importante do marketing: dar ao público o que o público quer. E, muitas vezes até, o segredo se assume como mais profundo e passa por dar ao cliente “aquilo que nem ele sabe que precisa”, como li algures...


E a noite da irreverência trouxe isso: uma resposta a um impulso emergente.Começando pela escolha dos apresentadores (Jorge Ribeiro e Fred Jossias), perfeitamente ajustada e acertada à natureza do evento, passando pelo cenário montado em palco, muito identificado com a estrela da noite, passando pela escolha dos cantores a actuar, tudo foi cuidado e trabalhado com um profissionalismo assinalável. Detalhes como: os adereços; a decoração; as roupas; as coreografias; a surpresa da apresentação do grupo Glam 4 actuando junto às habituais bailarinas da Bling, Déja Vu; o desfile de moda de Vanda Tique; a comunicação com o público... tudo foi bem conseguido.


Continua...

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Video de 2 Caras - *Cu Gordo

Video de Duas Caras - *Cu Gordo

*Nao me perguntem sobre o titulo que nao explicaria...

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Faleceu Victor José


OS RESTOS mortais do apresentador de rádio e televisão Victor José, falecido subitamente segunda-feira em Maputo foram ontem a enterrar no Cemitério de Lhanguene em Maputo. O malogrado morreu na madrugada de segunda-feira, presumindo-se que tenha sido acometido subitamente um ataque cardíaco.


Foi no meio de muita comoção, consternação e lágrimas que familiares, colegas er admiradores cumuns foram acompanhar o finado à última morada.
A cerimónia fúnebre, bastante concorrida, ficou marcada pela presença de jovens apresentadores de rádios e televisões bem como músicos da praça. Também fizeram-se presentes algumas individualidades do panorama sócio-cultural da capital moçambicana.
O malogrado perdeu a vida quando se dirigia a Rádio Moçambique (RM) onde diariamente apresentava mais uma edição do seu programa “Bom Cidade”.

O seu corpo foi encontrado no interior da sua viatura entre a Travessa de São Pedro e a Rua Rainha Santa, no Bairro da Malanga, para onde se supõe que tenha entrado à procura de ajuda quando começou a sentir-se mal vindo de sua casa, no município da Matola.
Ele era um profissional da área de entretenimento, tinha uma característica única de ser na apresentação de seus programas, o que lhe conferia uma distinção e audiência individual.
O malogrado popularizou-se na década de 90 com a promoção do Maputo em Movimento, um rol de espectáculos de bairros que visavam a promoção da música ligeira moçambicana.

Foi nesses programas que ele “descobriu” o talento da cantora Zaida Lhongo, “a Zaidinha” e do cantor Eugénio Mucavele, “Male ya Pepha”, ambos também falecidos, só para citar alguns. Ele projectou vários nomes anónimos do panorama da música moçambicana, com particular realce para a cidade de Maputo.

Posteriormente seguiu-se a apresentação de programas radiofónicos e televisivos que acresceram a sua popularidade, entre os quais Sabadão e Tudo ao Domingo, na Televisão de Moçambique (TVM) e no Calor da Noite, na Rádio Moçambique.

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