segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ziqo Recorda casal Lhongo


Os malogrados Carlos e Zaida Lhongo foram alvo de uma singela homenagem no Cemitério de Lhanguene em Maputo pela passagem de 3 e 4 anos após a sua morte. Foi feita uma deposição de flores nas suas campas, seguido de um gesto simbólico de pequena doação de viveres alimentares à família. Digite aqui o resumo do post


A ideia desta singela homenagem pertence ao músico Ziqo que em coordenação com a família do casal e a editora Glob Music, pretendem relembrar a vida e obra deste casal mítico que assinou o seu nome com letras de ouro no panorama da música moçambicana.

Numa breve entrevista ontem com o “Notícias” o músico Ziqo refere que a homenagem prende-se com o facto de este casal ter marcado significativamente a geração de cantores da sua geração e não só. “Eles são os ícones da nossa música. E com esta cerimónia pretendemos dizer a todos que eles marcaram musicalmente as nossas vidas. Todos nós guardamos a sua memória e respeitamos a vasta obra que produziram e deixaram para o povo moçambicano. Eles foram e continuam a ser grandes. Basta olhar para a sua discografia para ver que todos os seus álbuns alcançaram grande sucesso de venda, desde Sibô, Drenagem, Toma que te dou, Alfandega, Mozal, Zabelani, Sifa Zighlile.

“A Zaida é que é a verdadeira diva da marabenta”, ajuntou sublinhando que “não pretendo quero abrir um debate polémico, quanto a essa questão, mas pessoalmente, tenho em Zaida a nossa diva. Ela foi uma das vozes mais populares que o país nasceu”.
Para ele, é importante que os fãs, admiradores, artistas e o público em geral participem dessa pequena homenagem de deposição de flores hoje no “Lhanguene”, pois este casal merece o nosso encurvamento. Tiveram vida curta, mas vivida com intensidade.

Zaida Lhongo, carinhosamente chamada por “Zaidainha” morreu a 4 de Junho de 2005 no Hospital Central de Maputo, vítima de doença. Companheira de Carlos Lhongo, era uma frequentadora tempestuosa dos palcos. As suas actuações atraíam multidões, graças à coreografia que tanto tinha de erótico como de espectacular.
No dia do seu funeral, Maputo e arredores ficou paralisada. “Meio mundo” acorreu ao Cemitério de Lhaguene para prestar a sua última homenagem na sua qualidade de “heroína do povo”, uma figura lendária que nasceu em Chonguene, província de Gaza e por mérito próprio conquistou o estrelato.

Um ano depois, o companheiro Carlos Lhongo acometeu-se de uma doença que o deixou debilitado. Nalgum momento recebeu tratamentos na África do Sul e acabou por perder a vida no Hospital Central de Maputo a 2 de Julho de 2006.
Depois da morte do casal, foram feitas algumas homenagens póstumas, incluindo a edição de um “best of” sobre o vasto repertório do casal.
Neste momento, Ziqo está a produzir o álbum da jovem Tânia, filha do casal Lhongo.

Fonte: Jornal Noticias
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