quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Lizha James - Stop Tráfico

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Os melhores artistas não vão a SOMAS


Lamenta, Mitó, secretário-geral da Sociedade Moçambicana de Autores

A Sociedade Moçambicana de Autores pode ter dado passos positivos em cinco meses do novo executivo, mas o seu secretário-geral, Jaime Guambe (Mitó), diz ser necessário superar questões legais e fazer com que os melhores artistas façam parte da sociedade.
O secretário-geral da Sociedade Moçambicana de Autores (SOMAS), Jaime Guambe, diz que o balanço das actividades realizadas pela sua agremiação, nos últimos cinco meses, é positivo, embora persistam equívocos que ainda enfermam a classe dos autores moçambicanos.

“Nos cinco meses após a eleição do nosso secretariado para comandar os destinos da Associação Moçambicana dos Autores, nota-se um crescimento assinalável, sob ponto de vista do cumprimento das actividades preconizadas. No período em alusão, conseguimos trocar experiência com a Southern África Music Right Organization e estabelecemos diversos acordos de parceria na área da protecção de direitos do autor. Participámos, na terra de Robert Mugabe, num encontro organizado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Para além deste, houve um encontro no Senegal que juntou músicos e produtores Pan-africanos”, afirmou.

Ainda muito recentemente, segundo Guambe, carinhosamente tratado no mundo da música por Mitó, a Associação Moçambicana de Autores participou no segundo encontro Lusófono sobre os Direitos de Autor, que teve lugar na terra de Lula da Silva.

“Este encontro foi de extrema importância para a SOMAS, na medida em que conseguimos observar de perto a forma como funcionam as diversas sociedades de autores no mundo Lusófono. Um ganho para o nosso país foi conseguir angariar votos suficientes para a realização da terceira edição do encontro Lusófono sobre o mesmo tema, facto que vai acontecer em Dezembro de 2011”, sublinhou Mitó.

Ainda durante a sua estadia no Brasil, a SOMAS manteve encontro com quatro sociedades brasileiras, nomeadamente, ABRAMUS - Associação Brasileira de Música e Arte; AMAR - Associação de Músicos Arranjadores e Regentes; SOCINPRO - Sociedade Brasileira de Administração e Protecção de Direitos Intelectuais; e ECADE -que é o Escritório Central de Arrecadação dos Direitos Autorais.

“Foi possível perceber a forma como é feita a cobrança de direitos autorais, sua repartição com os autores bem como a questão da legislação que rege os direitos autorais brasileiros”, disse Mitó.

No entanto, apesar dos sucessos alcançados, a SOMAS depara-se ainda com vários desafios por ultrapassar, com destaque para a revisão do instrumento legal que defende os autores moçambicanos.

“A lei do Direito de Autor e Direitos Conexos não está clara. A título de exemplo, no seu artigo 65, sobre sanções penais em caso de usurpação e contrafacção das obras, não está estipulada a moldura penal por aplicar a este tipo de casos, embora esteja lá tipificado como crime público e punido nos termos da lei.”

Para Mitó, que é também jurista, é urgente que se trabalhe no sentido de se rever este instrumento legal, dada a sua importância para a vida dos autores.

Ainda do rol dos desafios que caracterizam o dia a dia dos autores, segundo Guambe, constam o licenciamento das casas de pastos, hotéis, restaurantes e bares, por forma a usarem legalmente as obras dos autores. “Vamos realizar um encontro com os utilizadores, com destaque para os de rádios e televisões, no qual iremos traçar o nosso Plano Estratégico para o período 2010-2016”, frisou Guambe.

Uma das preocupações de Mitó prende-se com a fraca adesão de autores à associação.

“Infelizmente, os melhores artistas deste país, escritores, artesãos, sem querer discriminar a ninguém, não estão filiados na SOMAS. Ziqo, Mc Roger, Mia Couto e Paulina Chiziane são apenas alguns exemplos de artistas não filiados na SOMAS. Daí precisarmos divulgar cada vez mais as nossas actividades, consciencializando os autores sobre a importância da sua filiação na SOMAS.

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Quarta, 29 Dezembro 2010 00:00 Gildo Mugabe .

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Mr.Bow feat Deny OG & Edu - Dor de Cabeca

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João Carlos Schwalbach fala da música e do espectáculo


Em vésperas do concerto de lançamento do seu primeiro CD a solo, João Carlos Schwalbach fala da música e do espectáculo que já vem adiando há três anos. O músico e compositor moçambicano antevê algo especial e inovador nos próximos dias 9 e 10 de Dezembro.

Quando se fala de espectáculos em Moçambique a fórmula parece ser esta: o músico a cantar em playback, no tocante à camada juvenil. Ou talvez um pouquinho disso: o artista acompanhado por uma banda sem referência a tentar mostrar ao público de que também pode tocar ao vivo. O músico, compositor, arranjista e produtor João Carlos Schwalbach quer dar a volta a esse lugar-comum. E não é preciso ser adivinho para suspeitar que o concerto será inédito.

Será um espectáculo para quem gosta de música com tudo no seu lugar, a começar pelo cenário. O palco não vai ser igual aos de grandes artistas internacionais, tão-pouco uma cópia barata de um qualquer megaconcerto. Pelo contrário, poder-se-á testemunhar o produto final de quem leva a música a sério.

João Carlos Schwalbach optará, diga-se, por um excesso de inovação, o que vai dar ao concerto de estreia do seu trabalho discográfi co a solo uma característica peculiar e sem precedentes. Não haverá um aparato técnico, mas uma combinação de imagens, som e luzes - quanto baste - para quem aprecia ambientes calmos, intimistas e cheios de cor. O cenário confundir-se-á com os de filmes hollywoodescos, sobretudo os de ficção. Efeitos visuais, muita luz e som.

Os espectadores sentir-se-ão dentro de uma trilha sonora de uma obra cinematográfica. Ou melhor, será como se de uma viagem a um mundo imaginário se tratasse. O espectador vai sentir como se estivesse a entrar numa outra dimensão. O silêncio será quebrado pela originalidade. E tudo baterá certo no cenário: as personagens, o palco, a luz e o som.

O responsável pela grandiosidade do palco é um pintor espanhol e chega nesta sexta-feira ao país. Terá sensivelmente uma semana para colorir o palco do Centro Cultural Franco- Moçambicano (CCFM). Espera-se nos próximos dias 9 e 10 do mês em curso “um show audiovisual” com uma atmosfera radiante e evocativa.

Estarão envolvidas vinte e cinco pessoas na produção, desde os técnicos de som e imagens até os músicos que vão subir ao palco. O som ambiente será do CCFM e vai ser acrescida mais uma dose de decibéis.

Concerto memorável

Schwalbach vai realizar um concerto honesto e entusiasmante. O mesmo vinha a ser adiado há mais de três anos por falta de fundos mas decidiu avançar, embora não tenha conseguido o apoio desejado, pois pretende “mostrar o que se pode fazer com ou sem muito dinheiro”.

O seu repertório revela-se adequado para apresentar um espectáculo memorável e exuberante. Ouvir-se-ão as mais profundas notas dos treze temas que compõem o seu primeiro álbum a solo, “Despertar Vol. 1”. O show é próprio para um público de ouvido apurado. Não é um concerto para quem só gosta de música, mas para as pessoas que “vivem e sentem esta arte” na alma.

Neste concerto de lançamento do disco, João Carlos Schwalbach será acompanhado por músicos como Paito, Carlitos Gove, José e Mozila. E também vai tocar ao lado do pianista brasileiro nascido em Buenos Aires, Pablo Lapidusas. Aliás, Schwalbach contava com a presença de um trio oriundo da vizinha África de Sul, especificamente da Cidade do Cabo, mas por questões de agenda não será possível.

O lançamento do disco acontecerá em dois dias porque “a produção é cara” é há a necessidade de “recuperar o investimento feito”. O dia 9 é o primeiro momento da festa e será uma noite de gala, na qual quase 80 porcento dos espectadores são convidados. O segundo dia será um espectáculo aberto a todos os apreciadores de boa música e os que pretendem embarcar numa viagem musical nunca antes experimentada.

A expectativa do compositor moçambicano é que seja uma “noite inesquecível”, pois trata-se de uma experiência nova na sua vida. “É sempre complicado tocar ao vivo, mas estou animado”. Despertar Vol.1 O álbum “Despertar Vol. 1” marca uma nova fase do actual director musical dos Ghorwane, e não o seu afastamento daquele agrupamento.

“Tenho trabalho a solo desde miúdo”, diz. O álbum contém treze temas originais, apresentados ao vivo na sua primeira aparição pública antes de integrar a banda Ghorwane, em 1992. O mote de todo disco é a soma de uma experiência de vida.

Grande parte dos temas foi composta para os seus progenitores quando contava os dezoito anos de idade. As músicas reflectem o seu estado de espírito: “Fiz o álbum numa fase animada” e revelam todo o seu virtuosismo.

As músicas do seu primeiro CD são uma fusão de várias influências musicais. Há aqui uma mistura perfeita de música clássica, africana, jazz, electrónica, rock, entre outras, que torna o “Despertar Vol.1” um disco único e de referência obrigatória. A sonoridade sinfónica presente nos temas levanos a outra dimensão.

O disco é, diz, o despertar de um artista como uma pessoa adulta e de um músico a solo. O álbum também marca a sua evolução e uma mudança. “É um salto que dei na música para uma nova fase”. Produziu pessoalmente o CD e, numa primeira fase, o músico vai colocar no mercado nacional mil cópias do disco.

Escrito por Hélder chavier Quinta, 02 Dezembro 2010

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Liloca - Ser Segunda

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Os reencontros de Otis nas terras angolanas

Sons de um sax para reveillon

Antes das praias moçambicanas, Alípio Cruz – Otis – faz de Angola a sua ponte com o próximo ano.
Angola virou novo palco para artistas moçambicanos. Depois de a Companhia de Teatro Gungu ter sido convidada para uma série de espectáculos, onde aproveitou para estrear a peça “Vivendo Com a Sogra”, e de a Companhia Nacional de Canto e Dança ter sido convidada para um festival tradicional, Otis surge como uma das figuras escolhidas para encerrar o ano.

O cantor moçambicano radicado em Portugal já apresentou alguns espectáculos, faltando agora três, dois no dia 31 e um no primeiro dia de 2011. A digressão de Otis pelas terras de “Zé Du” devia contar com a angolana Yola, no entanto, uma doença não permitiu que ela fosse ao palco. Assim, Otis e a banda que o acompanha para esses espectáculos tiveram que encontrar outras soluções.

Numa conversa que tivemos por e-mail, Otis disse que o melhor coisa da sua digressão foi o reencontro com o músico Dalu, residente em Luanda, com quem não actuava já há sete anos. Apesar desse dueto ter sido, segundo o músico, “bom demais”, a maior surpresa foi o encontro com o músico cabo-verdiano Boy G Mendes, que também se encontra em Luanda para alguns concertos.

O músico cabo-verdiano, de acordo com o jornal de Angola, esteve naquelas terras para actuar também no “Quinta de Prestígio Musical BNI”, evento que se realiza todas as quintas-feiras à noite, no Miami Beach, visando valorizar o talento e o prestígio de grandes nomes da música angolana e internacional.?

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Quarta, 29 Dezembro 2010.

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Show-man regressa com “Tima thora”


Um acidente de viação que quase o trucidou um dos pés esteve na origem da longa ausência de Salimo Muhamed dos palcos

Está de volta o show-man de voz rouca, após vários meses de total hibernação musical. Um acidente de viação que quase o trucidou um dos pés esteve na origem da longa ausência de Salimo Muhamed dos palcos...
Depois da sua última aparição pública na capital, com o espectáculo intitulado “Kakata” (avarento), o conceituado músico Salimo Muhamed vai abrir o ano artístico com um concerto denominado “Tima thora” (mata sede), show que se espera que venha a ser um grande sucesso. Será mais um momento para os fãs vibrarem face à sua presença contagiante no palco, cantando, dançando e encantando.

Aliás, o “Sambrowero” tem arrastado muito público aos seus espectáculos, não apenas pelo conteúdo das suas músicas, mas também pela forma original como prepara e apresenta as suas actuações, deixando os espectadores sempre com vontade de querer ver mais. “Tima thora”, que marca o regresso do autor de “Mamana Maria” após o acidente que sofreu no segundo semestre do findo ano, está agendado para Abril próximo, no Centro Cultural Franco-Moçambicano em Maputo. Mais do que isso, o espectáculo em forja vem provar, uma vez mais, que Salimo não verga quando se trata de apelidar os seus shows. Basta recuar no tempo e abrir o cacifo das designações em changana, sua língua materna, e relembrar “Madala wa djeque”, “Maghurutchendje”, “Xingove xi Dibi Mutchovelo”, “Djiplokotso yeve”, entre outros nomes. Contudo, o produtor do “Tima thora”, o artista Kheto Luali, que coincide ser o dinamizador da Associação Cultural Mozolua, explicou que o show “será um clássico africano, condimentado pela fusão de instrumentos modernos e clássicos. Neste concerto, Salimo Muhamed chama a todos para brindarem e matar a sede, após o seu desaparecimento dos palcos”, apontou.

Na verdade, enquanto repousava a sua incofundível voz, devido a enfermidade, Salimo Muhamed vinha-se dedicando às artes plásticas, no seu pequeno atelier, montado em Txumene, no município da Matola, onde se encontra a residir. Presentemente, o artista está a preparar o novo CD, com o título “Txova Nholo” que, em português, significa carrinho de carga, mais conhecido por “txova xi ta duma”. Para o artista, “Txova Nholo” significa o esforço que todos nós fazemos no dia-a-dia para garantir o nosso “ganha-pão”, ou seja, estamos sempre a empurrar um carrinho de mão, muito carregado e que precisa de muita força para ser empurrado.

Salimo assediado

Artista multifacetado e considerado polémico por certos sectores da sociedade, Salimo é um dos embondeiros da música ligeira moçambicana, facto confirmado pela reedição de dois álbuns seus, pela Vidisco Moçambique. Trata-se dos álbuns “Mhanana” e “Mamani Maria”, que fizeram muito sucesso por altura dos respectivos lançamentos. A reedição que aconteceu no ano passado está relacionada com a forte procura que a música de Salimo Muhamed tem tido no mercado discográfico. O CD “Mamani Maria” foi gravado nos já extintos estúdios da J&B Recording, no ano de 2001, tendo contado com a participação de Nando (baixo), do já falecido guitarrista Nanando (guitarra solo), Arone (teclado), Miranda (bateria), Matchote (saxofone), contando com voz de Salimo Muhamed, bem como com a colaboração de Alfredo Chissano, na produção. Este disco inclui temas afamados do autor como o que dá título ao álbum, “Tchova Boy”, e “Trabalhador”. Já o disco “Mhanana” foi gravado nos mesmos estúdios, mas no ano de 2005, e nesta obra onde se destacam temas como “Marhumekhani”, “Corre Ruas” e “Paz”, o “show man” voltou a contar com a colaboração de excelentes executantes. Tony Mangue encarregou-se pela guitarra, os teclados estiveram ao cargo de Lacern Vales e a programação, bateria, mistura, “masterização” e captação foi feita pelo angolano Yé Yé.

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Segunda, 10 Janeiro 2011 Celso Ricardo .
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