sexta-feira, 21 de março de 2008

Gina Pepa in "Get down with the G's"

Gina Guibunda aka Gina Pepa nascida em 1976, é uma rapper de Maputo que começou a sua carreira artistica num grupo de dança chamado “Flyers” por volta de 1989. Ela e mais três amigas “rasgavam” as pistas de dança de algumas discotecas e pavilhões da capital ao beat do R& B e Hip hop que se escutava na altura. O grupo “Flyers” foi uma versão feminina do grupo “Fly Boys” que na altura também se dedicou a dança. O atual Jornalista Luís Nachote do semanário “Savana” era um dos membros do Fly boys e é irmão mais velho de “Rose Mary” Nachote que fazia parte das Flyers. Eles eram como inspiração para elas, daí o surgimento de Flyers. Na altura a juventude estava amarrada aos sons de grupos como The Boy, Heavy D, Kool Moe Dee, etc.

No inicio da decada 90 quando entrou em voga o Hip Hop com uma força diferente, os jovens tornaram-se cada vez mais ousados com o “American Lifestyle”. Nesta altura as Flyers continuaram a existir apenas como um nome que as identificava como um grupo de amigas.

Em 1993 Surgiram os “Rappers Unit” um grupo de rap que começou por organizar festas de Hip hop e mais tarde convidado a colaborar com a primeira discoteca Hip hop(Long Beach). Os “Rappers Unit” começaram a gravar suas próprias musicas em 1994, “Keep Rappers Unit from the Underground” e “it’s going down” foram os primeiros temas gravados pelo grupo e mais tarde surgiu a necessidade de ter uma voz feminina.

Gina Pepa foi a voz escolhida, incentivada por Don Mceezalin o Primeiro(Nitó MC), até porque ela já imitava canções de Salt-n-Pepa e Da Brat. Gina adoptou o Nome “Pepa” por ser fã da Pepa do grupo Salt-n-Pepa. Fêz o refrão(cantado) do tema “Get down with the G’s” de Rappers Unit e mais tarde começou a repar surpreendendo e superando as expectativas do resto dos membros do grupo.

Mais tarde Gina foi estudar na Africa do sul mas sem no entanto se desligar da musica e nem perder porque os Rappers Unit nunca mais produziram. Com a edificação da Track Records e o lançamento do album “Mixologia” de DJ Beat Keepa, Hélder Leonel prepara o tema “noite de vingança” para fazer parte do mesmo album. Um tema que marcou o regresso em grande de Gina Pepa para a cena Hip Hop como artista solo. Gina veio preencher uma grande lacuna do quase inexistente Rap feminino em Maputo, com um poder vocal de cortar a própria respiração Pepa tem a capacidade de segurar na lirica sem deixá-la escorregar em nenhum momento das suas actuações ao vivo.

Atualmente se encontra em estudios registando o seu primeiro album.
Gina faz parte da Track Records e está no ar com o tema G.I.N.A. produzido por HC e Kloro.

E-mail: ginapepa@track-online.com
Fonte: www.track-online.com

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quinta-feira, 20 de março de 2008

Mozpipa

Mozpipa e’ a abreviacao de Mocambique, Pinto e Paulo.

O grupo Mozpipa existe como grupo musical desde 1996, tendo-se os seus elementos iniciado na "Organização Continuadores da Revolução Moçambicana", fazendo parte do I Grupo Infantil da Organização designado por "Pétalas Amarelas".

A banda foi criada no dia 10 de Novembro de 1995, pelo Pinto e o Paulo. Os dois eram membros do conjunto kawai K10. Os outros membros juntaram-se a banda dois meses mais tarde e de la ate aqui continuam a tocar juntos.
A banda tem varias influencias, desde o Zouk, Marrabenta, musica Latina e Xingobela.

Normalmente tocam ao vivo nos diversos clubes noturnos em Maputo, festas, casamentos e pelas provincias, por vezes teem convites para espectaculos na Africa do sul e Swazilandia.

Em 1997, comecaram as gravacoes do primeiro disco de 8 faixas intitulado “Morena de Mocambique”, produzido por Julio Silva e Sergio Gonsalves, masterizado por Joao Oliveira, Captacao de voz de Rolland, gravado nos studios Promusic entre Novembro a Dezembro de 1997. Para este trabalho, foram convidados Miguel Gonsalves na trompete, Rui Gonsalves no trombone, Ivan Ferreira na bateria e percursao, Gisela nas vozes e coros, e Julio Silva teve a responsabilidade dos arranjos de metais, teclados, piano, distorcao de guitarra, chocalhos, congas, percursao e bateria.
O disco foi editado pela Vidisco.

As letras assim como a musica sao da autoria dos Mozpipas.
Compoem a banda o Pinto, Paulo, Jaime, Rui e Carlos.


Sao temas do primeiro album.

1 - Bia
2 – Morena de Mocambique
3 - Maputo
4 - Tsiketa
5 - Marina
6 – Gosto de Voce (Saudade)
7 – Vem Amigo
8 – Desconjela

Tem no total quatro albums no mercado, sendo o ultimo “Ecos de Zambeze”.

1 – Cissi
2 - Papo Furado
3 – Malena
4 - Ni Tsemba Wene
5 - Swa Yila
6 - Cai na Real
7 - Minha Mãe
9 – Cimbuia

O tema minha mae, fez enorme sucesso pelo pais, que diz-se em abono daverdade, que esta na ponta da lingua de todo Mocambicano como se de Hino Nacional se tratasse.

Contactos:
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1º andar Maputo Moçambique


E-mail: peadrui@hotmail.com
E-mail: rtaula@ispu.co.mz
E-mail: tauladas@yahoo.com.br


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Fax: +25821496074

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Helder Leonel a.k.a. FaceOculta

Foto de mag.da.p

Hélder Leonel : Nascido a 28 de Outubro de 1975 no Chamanculo em Maputo, num país de Africa chamado Moçambique. Ele é o mais velho de 3 irmãos (Uma mulher e dois Homens).

Desde pequeno que está em contacto com musica. Na Decada de 80 os seus pais tinham uma rica collecção de LP’s de musicos como Bob Marley, Letta Mbulo, Neubrandenburg 80, Harare, Soul Brothers, Sipho Mabuse, Kool & the Gang, Sam Manguana e outros dos quais ele cresceu a ouvir e aprender a gostar de musica Cresceu também num ambiente de musica coral na familia da sua mãe na Igreja presbiteriana do Khovo. Confessa que riscou muitos discos dos seus pais e estragou muitos aparelhos a tocar discos e ouvir a radio na altura alguns dos programas que mais ouvia eram o “quadrante da mulher”, “Alô Leões da floresta” e “radio Cidade”na Emissão C . Tem co-presentes as vozes de Glória Muianga, João de Sousa, Jonas Chuachauio, Agostinho Luís e Izidine Faquirá.
Ao entrar no ensino secundário do segundo ciclo ou seja a Setima classe do antigo sistema na Escola secundária Josina Machel no inicio da decada 90. Helder envolveu-se uma pouco com o rock, mas um envolvimento mais ligado ao “style” e aos simbolos de Rock, como crâneos, a paz etc. Mas foi sol de pouca dura porque os beats do hip hop chamavam-no a qualquer custo. Tinha tido contacto com rap ao ouvir e ver grupos como Stetsasonic e Run DMC. Helder Leonel praticava Karaté na modalidade de Taekwon do, alí na capella militar onde conheceu Jaime Pedro, mais conhecido por Jota Pê que o levou a conhecer um pouco mais do Hip hop fazendo-o escutar uma cassete de Red Head King Pin e videos de Kid n Play e Big Daddy Kane. Mas foi em 1992 depois de enriquecer a sua colecção musical com o jovem Mito “White Sox”, este levou o a conhecer o jovem Jojó e começaram a ter uma relação por causa da musica. Jojó logo apresentou-o a DJ Eduardo PM para mais intercâmbio sobre o Hip hop. O grupo de amigos a volta de DJ Eduardo PM constituido por Nito MC, Squeeza, Hexalite, The Katcher e Zito Doggystyle e Bjoy formou o grupo Rappers Unit em 1993 através da primeira grande festa de Hip Hop em Maputo.
E como Hélder Leonel tinha um teclado Yamaha PSS 51 que tinha sido oferta da sua mãe logo os Rappers Unit começaram a produzir temas originais no estudio amador de DJ Eduardo P.M. a Garagem chamada “Deep Cover”. Hélder Leonel foi o primeiro produtor de Rappers Unit com os temas Keep Rappers unit from the Underground e It’s going Down, gravados ao ar livre. As tendencias musicais de Hélder Leonel eram uma mistura do “underground” da East Coast e o “G Funk” da West Coast com influencias directas de NWA, Public Enemy e EPMD. Depois da produção do tema Get down with the G’z Começou a dividir as produções com o Jovem Zito Doggsystyle que também tinha talento para a produção musical e veio a musica “Recognice”.

Foi em 1994 quando foi formado o African Talent uma produtora da qual fez parte, que trabalharia no agenciamento dos Rappers Unit e na produção de espectáculos que foi ganhando esperiência em relação ao mundo artístico com a produção do “Basket in rapshow” que culminou com a abertura do primeiro programa de Rap em Moçambique na radio Cidade 97.9 Fm, no Hip Hop Time. Participava como colaborador neste programa com Zito Doggystyle e DJ Eduardo PM ambos dos Rappers Unit. Entrou em contacto com o mundo da publicidade produzindo Gingles para PSI/Jeito. Participou em varios espectáculos e em varias campanhas sociais com os Rappers Unit. DJ Eduardo largou o programa Hip Hop Time para se dedicar aos trabalhos de DJ, Zito Doggystyle rumou para televisão e Hélder leonel tomou as redeas do Hip Hop Time como produtor e apresentador, dando-lhe um espirito de luta. Enquanto os Rappers Unit se tranformavam num projecto supostamente fracassado. Por volta de 1998. Hélder Leonel ou seja Lil Brotha H continuou a produzir temas a solo como “Cachimbo da paz” feat Squeeza , “algemado pelo Pó”.

Em 2002 procurando desenvolver mais intercâmbio com mais rappers Moçambicanos produziu o tema “um por todos e todos por um” entrando para o uso do sample, era o apelo a união numa musica que contava com alguns rappers que começavam a estar em voga na altura o caso de Duas Caras, Squeeza (Rappers Unit) Crack do grupo Aranha céus, Danny OG e Kloro de Trio fam. Na altura foi convidado por Bjoy e DJ Beat Keepa a integrar a TrackRecords onde produziu o tema “noite de vingança” de Gina Pepa para o album Mixologia de DJ Beat Keepa. Nessa altura foi convidado por Ivan Andrade a fazer parte do Movimento Humanista. Deste Movimento nasceu o Movimento Hip Hop Laranja, um movimento socio-cultural que se dedicava na valorização do ser humano através da musica. Hélder Leonel adoptou o nome “FaceOculta” ao perceber que a cena da musica estava ficando cada vez mais congestionada de nomes em inglês e que era necessáro ser original. Escolheu o nome FaceOculta por sentir que começava a haver muita disputa para conquista de oportunidades no mundo artistico. Participou numa Missão do Movimento humanista através do Hip Hop Laranja em são Paulo onde integrou um grupo denominado “Hommo Sapien Sapien”

E para conquistar algo, alguns artistas foram capazes de ocultar os outros e ele considera-se uma dessas Faces ocultas. Nesse mesmo ano gravou o tema “Fúria das aguas” para a compilação “ –Atenção: desminagem!” da Kandonga Produções. Album que mereceu um “Review” no site Brazileiro Bocada-forte.com.br e ainda um destaque e um “drop” de Faceoculta na radio on line “Resistencia Sonora”.

Em 2004 lançou na radio a musica “Amor Real” um som “light” produzido por sí, com a partcipação de Xixel nos coros, que mostrava uma nova fase da sua vida em termos de relações e uma tendencia para o Hip Hop Jazz. Hélder adicionou mais um programa radiofíco na sua carreira : O Sabor Azul, um programa de base blues, Afro Jazz, jungle e o novo soul clássico. Ainda com as redeas do programa Hip Hop time da cidade FM comemorou os 10 anos de existencia do programa organizando um espectáculo no Cine África que era ao mesmo tempo um festival de prémios do programa. Atualmente faz a direcção artistica e coordena a produção de eventos para a Track produções. Confessa que tem sido negligente quanto a gravação do seu album porque só vai ao estudio quando está inspirado porque não quer produzir musicas só porque tem k fazer musica. Espera em 2007 lançar o seu primeiro album e se possivel ter pelo menos 10 cópias em Vinyl.
Fonte: Track Recods

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quarta-feira, 19 de março de 2008

MOZACA: O legado de Carlos e Zaida Hlongo

MOZACA é o actual nome da banda musical que pertencia ao casal Carlos e Zaida Hlongo , já falecidos. Aliás, antes do desaparecimento físico deste casal, em dois momentos diferentes, este agrupamento levava o nome dos seus cérebros: Banda de Carlos e Zaida Hlongo. Passada a fase de pesado luto – que assolou não só a estes músicos mas a outros, de outros grupos, e os fãs de música moçambicana – e pretendendo dar continuidade à sua vida artística, os elementos remanescentes do grupo decidiram mudar o nome para MOZACA, o que significa, segundo eles, Moçambique: Zaida e Carlos.

Ao atribuir este nome, os elementos do MOZACA homenageiam o casal mais badalado da História da música popular moçambicana e, ao mesmo tempo, à música do nosso país no seu todo.
“Decidimos dar este nome à banda porque vimos que era a única forma de homenagearmos aqueles que foram os nossos líderes no mundo da música: Carlos e Zaida Hlongo. Eles foram pessoas muito importantes nas nossas vidas mesmo fora da música. Tudo o que somos hoje e provavelmente o que seremos amanhã sempre estará associado a Carlos e a Zaida Hlongo”, assim se expressou Fernando Mavume, baterista, um dos vocalistas e líder da banda “Moçambique: Zaida e Carlos Hlongo”.

Fernando Mavume é um dos três irmãos desta banda que decidiu continuar a obra daquele casal em termos temáticos: abordar o dia-a-dia social dos moçambicanos, contribuindo para corrigir o que vai mal.
Mesmo depois do desaparecimento físico daqueles que foi o casal de ouro da música ligeira moçambicana, os jovens instrumentistas não se abalaram, tendo conseguido reunir forças suficientes para continuarem com a carreira.

“Quando perdemos os nossos líderes não entrámos em dilema, antes pelo contrário, conseguimos gerir a situação e dissemos a nós mesmos que a única homenagem que devíamos prestar ao casal seria continuar a fazer o que eles mais gostavam que era cantar e dançar. E assim estamos hoje aqui”.

Por outro lado, seria complicado para estes jovens artistas e para muitas pessoas continuar a ostentar o nome “Banda Carlos e Zaida Hlongo”, pois, segundo percepção de Fernando Mavume, não queriam passar por oportunistas baratos ostentando o nome daqueles que dizem respeitar muito como artistas.

“Isso seria complicado e muita gente não entenderia, decidimos mudar o nome da banda, mas sem quebrar a essência e o objectivo pretendido que era homenagear o casal. E sem alterarmos muita coisa mudamos para o nome que temos hoje, que é MOZACA. No fundo este nome identifica-se com a história do casal e do sucesso que fizemos e continuamos a fazer até hoje. Inspiramo-nos no casal e é justo que continuemos a ser o que eles gostariam que fossemos”, comentou a fonte.

Um ritmo de guitarra que ficou com o dono.
O ritmo abraçado desde que a banda ficou conhecida como Carlos e Zaida Hlongo teve que ser alterado devido à morte do casal. E se no passado esta banda tinha na marrabenta o mote da sua existência, hoje ela já se vê na contingência de fazer misturas com outros ritmos, como são os casos de passada, zouk e ragga.

É que com a morte de Carlos Hlongo desapareceu também um ritmo que era a característica da banda. “O ritmo mudou um pouco, mas é preciso dizer que fomos forçados a isso, uma vez que já não podíamos continuar a tocar somente marrabenta. Com Carlos Hlongo tínhamos um ritmo que só a guitarra dele fazia. Esse era um ritmo só dele, diferente e característico. E isso fazia-nos muita falta, pois sem esse ritmo não podíamos continuar a tocar na mesma linha de Carlos Hlongo”, explica-nos, ao mesmo tempo que censura o facto de muitos músicos jovens estarem a recriar as músicas do casal muitas vezes sem a anuência de ninguém, alegando uma pretensa homenagem a eles. “Ao pegar nas músicas que nós trabalhamos com carinho esses músicos dizem que estão a homenagear o casal, mas não fazem mais do que deturpá-las, no sentido de que o contexto em que inserem essas recriações não tem nada a ver com o que era o pensamento de Carlos e Zaida Hlongo”, desabafa.

E mais: “eles nem se preocupam em repartir os benefícios disso com a família do casal. Carlos e Zaida deixaram filhos que, pensamos nós, têm o direito de ter benefícios do trabalho que os pais deixaram, feito arduamente, mas até agora isso não está a acontecer. Não dizemos que devem se preocupar com a banda dele, pois nós continuamos a levar a nossa vida de forma normal, mas com os filhos do casal”.

Publico acompanhou-nos sempre.
O ano de 1992 é o que inicia a história desta banda, com espectáculos a serem realizados um pouco por todo o país e noutras paragens do mundo, em várias digressões que sempre Carlos e Zaida Hlongo efectuaram com a sua banda. “Fizemos espectáculos em quase todo o país, mas também na África do Sul, na Alemanha e em muitos outros sítios”.
Na altura, para além do casal, onde Carlos tocava o solo e Zaida cantava, a banda tinha ainda Fernando Mavume, na bateria, Xavier era o viola baixo, Luís no ritmo, Steve a executar o contra-solo e Agostinho nos teclados. Hoje o grupo continua com a mesma composição, tendo agora duas bailarinas, nomeadamente Rosinha, que é, por sinal, sobrinha de Zaida Hlongo, e Angelina, que entrou para a banda como uma das vocalistas.

“Tal como no passado, em que nos assumíamos como família, hoje continuamos a fazer prevalecer este espírito”, afiança.
Fernando Mavume não faz ideia de quantos espectáculos realizaram, mas sabe dizer que foram aos magotes. E em todos eles uma coisa sempre os acompanhou: o sucesso e a vibração do público.

Reflectindo, sabe dizer que fizeram “muito dinheiro”. Muito dinheiro no sentido de que sempre deu para se “aguentarem” na vida e nunca passaram fome.
“Nos nossos espectáculos fazíamos muito dinheiro e nunca passámos fome. Nunca nos queixámos, e quando isso acontece sentimos que sabe bem ser músico”, revela, entre risos, Fernando Mavume.

Quando Carlos Hlongo viu Fernando a tocar bateria, ensinado por um amigo do próprio malogrado músico, convidou-o de imediato para integrar a sua banda. Era o primeiro sinal rumo a um sucesso que só viria a conhecer um interregno, primeiro, com o desaparecimento físico de Zaida Hlongo, enterrada como rainha em 2003 no Cemitério de Lhanguene, e em definitivo, após a morte do marido, Carlos Hlongo, cerca de um ano depois.
“Com eles começámos por gravar nos estúdios da Rádio Moçambique, tendo registado a primeira música de Zaida Hlongo que foi ‘Kiribone’”, disse.

Aliás, “Kiribone” foi o incendiar de um rastilho e o archote que viria a iluminar a carreira da autora bem como levava a sociedade a aplaudir a ascensão de uma cantora que desde logo atingiu o estrelato.

Tempos depois, também pela Rádio Moçambique, gravaram mais dois projectos, designadamente “Zabelane” e “Ndzuti”. Aí foi a trepidação total! A sociedade acocorou-se aos pés desta cantora, que, acompanhada por uma banda de jovens também de grande talento, cantava, dançava e mexia-se sem tabus e preconceitos. No palco Zaida deixava o seu corpo em manifestação total e conduzia a plateia ao zénite. Não admira que por isso fosse criticada, mas, ao mesmo tempo, amada e acarinhada por quase todos.

Depois da Rádio Moçambique, a banda Carlos e Zaida Hlongo firmou acordo com a extinta editora Orion. Lá foram registados os discos “Sibô”, “Alfândega” e “Drenagem”. Estes registos discográficos são feitos numa altura em que a cantora já vinha conquistando vários prémios em diferentes paradas musicais moçambicanas, particularmente o Top Feminino e Ngoma Moçambique. A sociedade, atenta ao desenrolar da vida, da cultura e da música, principalmente desta cantora juntamente com o seu marido, criticava e aplaudia.
E os álbuns também iam sucedendo ao ritmo da sua fama e da aclamação pelos seus fãs que já eram aos magotes.

“Depois passámos para a editora Vidisco, onde registámos ‘Matekaway’. Quando fomos gravar este disco já Zaida Hlongo mostrava sinais de debilidade. E veio a perder a vida quando estávamo-nos a preparar para começar a registar temas musicais daquilo que viria a constituir o ‘Sifassilhile’. E Carlos Hlongo, também andava meio abatido e triste com a morte da mulher, teve a responsabilidade de levar o projecto até ao fim”. Ainda assim, os artistas conseguiram lançar o disco e fazer alguns espectáculos, mas as energias de Carlos eram já quase inexistentes. Já não tinha a mesma vibração e o mesmo entusiasmo.

E quando já estava muito debilitado, Carlos Hlongo registou algumas músicas nas quais contou com a participação da sua filha Tânia. As músicas gravadas nesse período foram reunidas em disco que leva o título “Metical”. O mesmo encontra-se nos arquivos de espera da Vidisco.
Ainda pela editora Vidisco, saiu este ano um DVD intitulado “África ao Vivo”, faz alusão a um dos espectáculos musicais realizados no Cine-África, nos tempos do programa de promoção musical “À Quinta no África”.

Esta era a banda do casal Carlos e Zaida Hlongo, que durante muitos anos acompanhou-a nos palcos e fez várias espectáculos com eles. E hoje, como MOZACA, já tem registado um trabalho discográfico, o primeiro da nova era, intitulado “Viva Chongo: Vamussenga”.
Este grupo tem aparecido em diferentes concertos que se realizam em casas de pasto e clubes nocturnos de Maputo e Matola.

Fonte: Jornal Noticias: FRANCISCO MANJATE

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terça-feira, 18 de março de 2008

Moçambique Jazz Festival


O Moçambique Jazz Festival, a ter lugar no primeiro fim de semana de Abril na Matola, poderá
ajudar a criar cerca de 500 postos temporários de trabalho para pessoas que prestam serviços
diversificados, durante a realização dos concertos agendados.

Primeiro desta dimensão no país, o evento se seguirá ao já de referência no mundo Festival
Internacional de Jazz da Cidade do Cabo, a realizar entre 28 e 30 deste mês em curso na
vizinha África do Sul.

Tito Tizine, directivo da Moçambique Celular (Mcel), um dos promotores do evento, disse que o
festival também constitui uma mais-valia para a economia do país. ?
A realização do Moçambique Jazz Festival vai criar 500 postos de trabalho para várias pessoas que estarão ligadas ao evento?- disse Tizine, acrescentando que trará igualmente benefícios
socioeconómicos para o país.

Neste primeiro megafestival de jazz a acontecer no país desfilarão artistas de alto gabarito,
como os norte-americanos Manhattans, astros moçambicanos como Ottis (Alípio Cruz), Moreira
Chonguiça, Jimmy Dludlu, Salimo Mohamed, Irinah, entre outros.

O festival, que se reveste de grande importância cultural, também poderá servir de um
trampolim para os novos talentos no panorama musical moçambicano, bastando para o efeito
apontar que um dos dois grandes palcos do festival se destina apenas aos astros emergentes
nesta arte.

No local do evento serão montados dois palcos, sendo o "Zambeze" para as grandes estrelas e
o "Rovuma" para talentos emergentes. A Nove FM (9FM), rádio privada produtora do festival,
inicia muito em breve a selecção dos que exibirão as potencialidades artísticas no "Rovuma".

Rachid Lombard e Billy Domingo, cérebros do festival da Cidade do Cabo, disseram que o
evento de Maputo, a seguir ao desfile de estrelas em solo sul-africano, será uma verdadeira
constelação de artistas.

Os novos talentos de Moçambique terão oportunidade de estar ao lado de músicos
internacionalmente reputados, facto que vai ajudar a estimular a sua ambição de prosseguir com
a carreira musical.


Fonte:jornal Noticias - 10.03.08

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segunda-feira, 17 de março de 2008

Kid Malume; O outro braço de Alexandre Langa

KID MALUME vai para sempre ficar registado nos anais da história da música moçambicana como aquele que, tantos anos depois de entrar na arena artística como bailarino e corista, saltou para a arte registando um número, indelevelmente forte, porque de crítica social, e depois disso ter desaparecido. “Dumba Nengue va Khoma”, gravado em finais da década 70, catapultou Kid Malume, que de homem totalmente desconhecido em tão pouco tempo transformou-se num dos mais populares músicos da sua geração.

Kid Malume não foi um músico do tipo génio e extraordinário, mas foi feliz na sua abordagem temática, tanto é que quando grava a sua “Dumba Nengue va Khoma”, o que estava em voga era o comércio informal, pois tal como hoje, dali vinha o sustento de grande parte da população e entretanto banido pelas autoridades locais.

Dos registos arquivados e por nós consultados consta somente que depois de “Dumba Nengue”, Kid Malume terá voltado aos estúdios para gravar mais uma música, que leva o título de “Rosinha”. Esta música é uma elegia à mulher, ao amor e ao trabalho. Não há registos de que depois destas duas músicas Kid Malume tenha gravado algo, mas sabe-se que ele perdeu a vida a 8 de Fevereiro de 1996, vítima de doença, entretanto já sem estar no activo.
Quanto ao tema “Rosinha”, sabe-se que este não teve o mesmo impacto de “Dumba Nengue”, que se tornou num verdadeiro hino. Foi com esta música que Kid Malume concorreu em 1988 para o Ngoma Moçambique, tendo ficado durante largas semanas em primeiro lugar. Sabe-se, no entanto, que não chegou a ser laureado.

Não obstante isso, Kid Malume é até hoje recordado nos meandros musicais e pelos amantes da música moçambicana como o autor da célebre “Dumba Nengue”.

Este artista da canção moçambicana não morreu como músico, porque as suas duas canções – principalmente o emblemático “Dumba Nengue” – continuaram a ser ouvidas na estação emissora da Rádio Moçambique, mas infelizmente não com a frequência de outrora, tal como acontece com as melodias de tantos outros artistas da sua geração que deixaram de soar.
Para muitos não interessa o facto de Damião Lopes Massingue, nome completo e de registo civil do artista Kid Malume, não ter gravado para lá de duas canções. Mas sim o importante é o impacto que as suas canções criaram e criam no imaginário daqueles que as ouvem. Por outro lado, nem sempre gravar centenas de canções é sinal indicativo de qualidade.

Aliás, o facto de Kid Malume ter morrido sem registar um número suficiente para lançar um disco de originais, até pode servir para contrariar a ideia de que só a quantidade é que conta.
Como exemplos, chamamos para este espaço os casos do conceituado Armando Mabjaia, que também não registou muitas músicas, serem músicas que tiveram o impacto que tiveram, tendo galvanizado as massas para a introspecção quanto aos problemas de ordem espiritual, das origens e da viagem.

Zeburane (Eusébio Johane Tamele), também registou um número não muito elevado de músicas, mas até hoje é tido como um dos maiores compositores da nossa história musical, com uma forma clássica de tocar a guitarra. Os seus acordes até hoje são reconhecidos como clássicos e contemporâneos, o que chega a espantar os estudiosos destes instrumentos musicais.

Damião Lopes Massingue quando regressou da África do Sul, onde viveu durante largos anos, juntou-se à banda do popularíssimo Alexandre Langa. Aliás, basta recordar que pelos sítios por onde passavam eram tidos como irmãos devido à forma como eles se vestiam, tais eram as semelhanças entre ambos.

Mas, para alguns Kid Malume era o Alexandre Langa em miniatura, pois tudo o abraçava e fazia se assemelhava ao que o autor de “Mabunganine” também fazia. Do corte de cabelo à forma de vestir, até no estilo de cantar e na maneira de andar. Kid Malume era uma espécie de sósia de Alexandre Langa.

Mas, o que vai depois contar no meio de tudo isso é o facto de Kid Malume vir da África do Sul com a intenção de querer se integrar na arena musical aqui em nacional. E o terreno fértil que encontrou foi a banda de Alexandre Langa. Tanto é que eles já se conheciam. E chegado cá, terá procurado por Alexandre Langa. Recordaram os tempos do antanho, desde que deixaram as longínquas terras de Gaza, empreendendo odisseias, que os levaram primeiro a Lourenço Marques, e depois a África do Sul, e, outra vez para Lourenço Marques, onde vieram fixar residência definitiva até ao dia em que Deus os chamou para habitarem o Jardim de Éden.

Alexandre Langa é de Ndavene, no distrito de Chibuto, e Kid Malume vem de Manjacaze. As qualidades vocais e os passos de dança simulados por Malume deslumbraram o jovem de Ndavene, que já era um caso de sucesso nas pistas da capital moçambicana, tendo o convidado a se juntar a si, algo que foi prontamente aceite por Kid Malume.

Kid Malume integra a banda de Alexandre Langa como corista e bailarino. Os dois passaram a partilhar os vários sucessos, estando sempre lado a lado, mas não somente como colegas na mesma banda, como também, e sobretudo isso, bons amigos. Os dois passaram a conviver juntos e em várias ocasiões festivas e informais apareciam juntos.

Importa referir também que quando Kid Malume andava ao lado de Alexandre Langa, isto na componente musical, tinham também ao lado um outro homem, na altura sonante, que é o Francisco Cuna. Os três faziam parelha e constituíam um grande trio.´

Anos mais tarde, Kid Malume decide experimentar-se como músico. E sem abandonar o agrupamento de Alexandre Langa começa em meados da década 70 a ensaiar para registar os seus próprios temas originais. Neste processo, Alexandre Langa nunca deixou de o acompanhar, tendo o orientado até à gravação da sua primeira música, o famoso tema “Dumba Nengue va Khoma”, o que vai acontecer em finais de 1978. E já em meados da década 80, Kid volta outra vez aos estúdios da Rádio Moçambique para registar mais um tema intitulado “Rosinha”.

Depois desta fase de glórias, entre espectáculos e muita farra, Kid Malume passou a gerir crises, principalmente sociais e económicas, nos bairros onde vivia, sempre ao lado do seu companheiro Alexandre Langa.

Bairro de Maxaquene, Mavalane, Mafalala e Polana Caniço são os pontos onde Kid Malume passa a frequentar, mas já sem ser recordado como o autor de Dumba Nengue. E assim vai ser a história de um homem que foi um arauto da liberdade e da música.

Fonte: Jornal Noticias de 30 de Janeiro de 2008, Francisco Manjate

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Timbila, patrimonio da humanidade.

O grupo Timbila de Zavala, da província de Inhambane, representou Moçambique no Festival de L’Imaginaire”, que teve lugar de 9 a 24 de Março de 2007 na França, a convite da Maison des Cultures du Monde, uma instituição francesa vocacionada à promoção de manifestações culturais genuínas do mundo inteiro. A partida do grupo foi recebido em audiência pelo Ministro da Educação e Cultura.

O convite para a participação do grupo Timbila de Zavala no evento surgiu na sequência da recente proclamação da Timbila como património da humanidade.


A proclamacao da timbila como obra prima do património oral intangível da humanidade constitui o reconhecimento de uma manifestação cultural autóctone que não é mais pertença somente das comunidades chope ou dos moçambicanos como povo, mas sim de toda humanidade. Foi assim que se pronunciou a Vice-Ministra da Educação e Cultura, Antónia Xavier, ao apresentar o posicionamento do Governo em face do reconhecimento pela UNESCO desta manifestação cultural moçambicana.


Na vila de Quissico, sede distrital de Zavala, Inhambane, teve lugar o festival anual de timbila M’saho, que este ano se dedicou a celebrar a proclamação anunciada em Novembro de 2005 pela UNESCO. António Xavier disse também que o reconhecimento à dança chope já é de todo povo moçambicano.

Também apresentou o cometimento do Governo em empreender acções de preservação do património cultural do país. “O que pesou na selecção (pela UNESCO) desta expressão foi o facto de existirem estudos profundos e em variadas disciplinas sobre a timbila”, disse.


Fonte: Jornal Noticias::





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Maengane grava “Xiwelele” Em DVD


O MÚSICO moçambicano António Marcos, popularmente conhecido por Maengane, está a gravar parte dos temas constantes no seu último CD “Xiwelele”, editado ano passado pela Vidisco.

Álbum ora em gravação para DVD pertence à colecção “Ntsa-Ntsa-Tsa”, de que é sexto na colecção.
O trabalho de captação de imagem está a ser dirigido pelo próprio Maengane. A este propósito, o artista trabalhou já em Namaacha e no Bairro Guava.

António Marcos é detentor de um repertório vasto de “clips” e possui outros álbuns em DVD caso de “Waguia Tilo”.
O disco “Xiwelele” ora em gravação audiovisual possui os temas, “Xothata Pata”, “Loko Anoku Tiva”, “Mbupupu”, “Ntombi Yaku”, “Uyo Pfumela”, “Ukatekile”, “Tsotsi”, “Nitafa Hikulunga” e “Vuya Murandziwa”.
As músicas são cantadas na totalidade em changana, língua materna de António Marcos.

Maputo, Quarta-Feira, 12 de Março de 2008:: Notícias

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sexta-feira, 14 de março de 2008

Andre Cabaco, tem novo album.


André Cabaço é natural de Maputo, capital de Moçambique, e desde que se radicou em Lisboa tem sido o representante da sua terra natal em muitos e diversos projectos musicais desenvolvidos em Portugal. Mas é principalmente como compositor que se destaca a carreira musical de André Cabaço. A pesquisa de ritmos, canções, técnicas de execução de instrumentos musicais tradicionais de Moçambique faz com que André seja capaz de incluir no seu repertório, temas inspirados nas diversas tradições dos diferentes grupos étnicos existentes no país.

André Cabaço é autor de vários trabalhos musicais, tendo também musicado peças teatrais.
Após a sua participação em dois álbuns anteriores “Xipapa-Pala” e “Bassopa”, “ A punga ni nhama” é o último álbum de André Cabaço.
Na sua música, André Cabaço tem a preocupação de buscar o diálogo/aliança entre tradição e contemporaneidade de instrumentos, ritmos e melodias de Moçambique.

Dando continuidade ao trabalho que fazia em Moçambique no domínio da música popular, permite-se também incorrer por outros estilos musicais como o funk, jazz ou house. Indubitalvemente um dos mais representativos artistas da música actual de Moçambique, deu o seu contributo a projectos musicais e espectáculos como“Saudades”, ao lado de Vitorino, Janita Salomé e Filipa Pais, “Sons da Fala” ao lado de outros músicos dos PALOP e Brasil (Filipe Mukenga, Juca, Guto Pires, Tito Paris, Madeira) e de Portugal (Sérgio Godinho, Vitorino e Janita Salomé), “Sons da Lusofonia” sob direcção de Carlos Martins ou no projecto discográfico luso-galego “Cantar com Xabarin” com a música “Variña Máxica”, de sua autoria.

Ao lado de músicos portugueses e naturais dos países de expressão portuguesa, participou em vários projectos ao lado de artistas como nos projectos "Sons da Fala" e "Sons da Lusofonia" como representante de Moçambique.




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quinta-feira, 13 de março de 2008

Dilon Djindji vs Roland Hohberg ...

“Eu nunca estive apagado na música e também, nunca ameacei expulsar Roland de Moçambique” - Dilon Djindji, veterano da música ligeira moçambicana

O veterano da música ligeira moçambicana e um dos arautos do estilo "marrabenta" muito tocada e dançada no sul de Moçambique, Dilon Djindji, disse em declarações ao «Canal de Moçambique» que “não é verdade” que já estivesse “apagado na música antes de integrar o Projecto Mabulu”. As palavras de Dilon Djindji surgem em reacção as declarações de Rolland Hohberg ao «Canal de Moçambique» ( vsff canal nº 511 de 19 de Fevereiro de 2008). Na referida edição, Rolland Hohberg disse, entre outras coisas, que, “foi com o Projecto Mabulu que Dilon Djindji voltou a ganhar projecção na arena musical nacional e internacional pois antes disso ele já estava apagado”. No entanto, o Djindji refutou a posição do seu antigo produtor e disse cheio de convicção: “eu nunca estive apagado na música”. Contudo, algo contraditório, o mesmo Dilon Djindji disse também: “houve um momento em que estive mais dedicado a agricultura”. O que pode pressupor que enquanto a agricultura foi a sua prioridade a música esteve em plano secundário.

Sobre a alegada ameaça de expulsar Roland de Moçambique dita por este na referida edição do jornal, Djindji disse: “eu nunca ameacei expulsar Rolland de Moçambique”.

Na conversa com o cantor que, em algumas vezes, exaltou-se, o repórter do «Canal de Moçambique» quis saber sobre as alegações de Rolland Hohberg de que Dilon Djindji terá pontapeado o contrato de exclusividade de som e imagem que existiu entre ambos. Sobre este ponto, o cantor disse o seguinte: “o meu contrato com Roland rescindiu no ano 2005”. Contudo, o cantor não foi capaz, pese a nossa insistência, de exibir um documento que prova a rescisão do mesmo. Aliás, alguns dias antes do seu contacto pessoal com o «Canal de Moçambique», o artista deixou nas instalações do jornal «Zambeze», para que se fizesse chegar ao autor destas linhas, um documento datado de 26 de Junho de 2007, da sua autoria, dirigido à «Mozambique Recording, Lda» (empresa de que Roland Hohberg é sócio-gerente) no qual ele solicitava a rescisão do contrato que ligava a ambos. Na entrevista com o «Canal de Moçambique», Dilon Djindji, distanciou-se do documento que ele próprio fizera chegar ao autor destas linhas. “Isso não é nada. A verdade é que eu não tenho contrato com o senhor Roland desde o ano 2005”.

Serve de referência dizer que as desavenças entre Dilon Djindj e a «Mozambique Recording Lda.», representada por Roland Hohberg, tiveram como catalizador o facto do músico ter rubricado um contrato com a empresa de publicidade «DDB» para ser rosto dos «spots» publicitários da empresa de telefonia móvel «Vodacom». O sócio-gerente da «Mozambique Recording Lda», defende que o cantor passou por cima do contrato de exclusividade de som e imagem que mantinha com a sua empresa. Na mesma ocasião, o veterano músico da " marrabenta", argumentou que a sua ruptura com a «Mozambique Recording, Lda» liga-se sobretudo ao facto de, “o senhor Roland ser insensível a problemas sociais”. “Mesmo em situações de doença ou de falecimento ela não ajudava os artistas com quem tinha contratos”. E questionou: “Porquê os Djaaka, o Grupo Eyphuru e o Mr. Arsen deixaram de trabalhar com o Roland?”. Sem disfarçar a sua emoção enquanto falava, Dilon Djindji disse ainda que, “em várias ocasiões enquanto estivemos na Europa actuámos sem sermos pagos”. E disse mais: “que contrato de exclusividade é esse em que o artista morre à fome?”. Segundo o artista o seu contrato com a «Mozambique Recording Lda», “só era válido para a Europa”.

“Estou muito bem com a Vodacom”
Na entrevista com o «Canal de Moçambique», Djindji fez questão de ressalvar, repetidas vezes, “estar muito satisfeito com o relacionamento que mantém com a «Vodacom»”. “Ganho 48 Mil MT por mês e a «Vodacom» vai agora financiar a reabilitação da minha casa em Marracuene”. Depois de ter procurado, por iniciativa própria, e não ter encontrado na sua bolsa os comprovativos dos seus salários, o artista questionou: “Roland é capaz de me dar essas condições? Se for capaz, rompo com a «Vodacom» e volto a trabalhar com ele”.

Dilon Djindji não quis terminar a sua entrevista com o «Canal de Moçambique» sem dizer: “não acredito que haja artista que goste tanto do Roland como eu”. E sem antes dizer que “o vice-ministro da Educação e Cultura, Luís Covane aconselhou-me a não abandonar o Projecto Mabulu em virtude deste ser uma das bandeiras de Moçambique além-fronteiras”. Contudo, os factos mostram que o veterano cantor não acatou o conselho do vice-ministro da Educação e Cultura, por sinal, alguém com responsabilidades nas questões culturais do governo do dia.

“Não estou preocupado com Dilon Djindji” - afirma Rolland Hohberg
Contactado pelo «Canal de Moçambique», o produtor Rolland Hohberg, minimizou as declarações do músico Dilon Djindji. “Não estou preocupado com o que Dilon Djindji diz”. Segundo Hohberg, “foi Dilon Djindji que pediu-me para integrar o Projecto Mabulu, eu nem sequer o conhecia, pese o facto de residir há vários anos em Moçambique”. Roland Hohberg disse estar, sim, “preocupado com a falta de fiscalização e apoio do governo e com a falta de ética empresarial de algumas empresas”.
Na sua opinião, “o governo cobra impostos mas não protege as empresas licenciadas”. Segundo ele, “na cidade de Maputo as editoras estão a recorrer a estúdios piratas e o governo nada faz para travar essa situação”. Nas palavras de Rolland Hohberg perante o actual estado das coisas, “as empresas licenciadas estão a ser empurradas para falência porque os estúdios piratas cobram muito barato e, nem sequer pagam impostos”. Outra preocupação do sócio-gerente da «Mozambique Recording Lda», prende-se com “a falta de apoio do governo para um projecto que promove a música moçambicana em vários cantos do mundo”. Situação que encerra um paradoxo em virtude do vice-ministro da Educação e Cultura ter dito ao músico Dilon Djindji que “o Projecto Mabulu é uma das bandeiras de Moçambique além-fronteiras”. Caso para dizer que o governo apesar de reconhecer a importância do Projecto Mabulu na divulgação internacional da música moçambicana não o apoia. Sobre o alegado incumprimento da parte de Dilon Djindji, Roland Hohberg, disse o seguinte: “penso que houve falta de ética empresarial da parte das empresas que contrataram o artista na medida em que ele tinha contrato comigo”. O entrevistado da «Canal de Moçambique» lembrou que aquando da criação do Projecto Mabulu ele pretendia trabalhar com o já falecido músico Jeremias Nwenha e, também com Xidiminguana. Contudo, segundo ele, “como eles tinham contratos com as suas editoras tive que recuar”. “Qualquer um sabe que foi com o Projecto Mabulu que Dilon Djindji e

Mr. Arssen apareceram juntos”, conclui.

(Celso Manguana) 13/03/2008

Produtor alemão desiludido com músicos moçambicanos por incumprimento de contratos.
“ Temos contrato de exclusividade com vários músicos mas, para nosso espanto, eles assumem compromissos com outras entidades à nossa revelia”- Roland Hohberg, Sócio-gerente da Mozambique Recording Lda,

Maputo (Canal de Moçambique) - O produtor musical Roland Hohberg, de nacionalidade e há vários anos a trabalhar em Moçambique área de produção e divulgação da música moçambicana além fronteiras, disse em entrevista exclusiva ao « Canal de Moçambique», estar “ muito desiludido com os músicos moçambicanos” Segundo ele a sua empresa firmou contratos de exclusividade com vários artistas moçambicanos que, nas suas palavras, “ violaram os respectivos contratos o estabelecer contratos com outras entidades à revelia da nossa empresa e sem sequer terem nos informado”. Visivelmente agastado com a instituição, o interlocutor do «Canal de Moçambique», disse que a sua empresa estabeleceu com alguns artistas “ contratos de edição e produção de discos e também, contratos de agenciamento”. O passo seguinte, segundo Roland Hohberg, “ é fazermos contactos no sentido de colocar o artista e a sua obra no mercado internacional”.
O interlocutor do «Canal de Moçambique», fez questão de referir que a colocação do artista e da sua obra no mercado internacional “exige muito investimento”. “ colocar um artista num stand internacional exige um investimento na ordem dos 10 Mil ou 15 Mil US dólares”.

Sobre os artistas que, segundo Roland Hohberg, violaram os contratos com a sua empresa, ele citou os seguintes “ Grupo Eyphuro, Grupo Djaaka e Dilon Djindji”. Hohberg fez questão de ressalvar que, “ o caso de Dilon Djindji é o mais grave”. Segundo ele, o decano da música moçambicana que tinha um contrato de exclusividade com a sua empresa , “ violou o referido contrato e foi estabelecer um contrato de trabalho com a agência de publicidade DDB para ser o rosto das publicidades da operadora de telemóvel «VODACOM»”. O interlocutor do nosso jornal , disse ter se aproximado as duas empresas no sentido de resolver a situação mas não logrou êxitos em virtude das mesmas terem referido não ter antes tomado conhecimento da situação contratual do artista.

Dilon Djindji ameaça expulsar Roland de Moçambique
Segundo Roland Hohberg, numa das ocasiões em que esteve reunido com o artista e com representantes das referidas empresas, Dilon Djindji terá dito que, “ caso Roland persistisse em levantar a questão de violação de contrato ele poderia recorrer as suas influências para a sua expulsão de Moçambique”. Roland Hohberg disse estar amargurado com a atitude de Dilon Djindji visto que, segundo ele, “ foi com Projecto Mabulu que o seu nome voltou a ganhar eco na arena musical moçambicana e internacional, antes disso ele já estava apagado”. Sempre amargurado, o entrevistado do «Canal de Moçambique» disse que, “ perante o actual cenário é complicado investir no agenciamento dos artistas moçambicanos em virtude destes não cumprirem com os contratos, o que inviabiliza o negócio”. Roland Hohberg fez questão de referir que,” de todas as vezes que levamos artistas moçambicano para actuarem no exterior nunca tivemos apoios ou patrocínios. Tudo foi feito com o nosso dinheiro que perante tal atitude dos artistas acaba não tendo retorno”. A título de exemplo disse que o «Projecto Mabulu» foi convidado para actuar num grande concerto no estádio londrino de Wembley mas não chegou a ir por que das várias entidades a que se pediu patrocínio nenhum se dignou a patrocinar a referida viagem. “ Era um concerto com fins humanitários e, por isso, os artistas não tinham direito cachet mas foi um concerto em participaram grandes nomes da música mundial e que seria uma óptima montra para a música moçambicana”.

TVM na berlinda
A dado passo da conversa com o «Canal de Moçambique», Roland Hohberg, também mostrou-se desiludido com o canal público de televisão, a «TVM». Segundo ele, a referida estação, nos seus serviços noticiosos, quando se referia ao « Festival de Marrabenta 2008» que recentemente decorreu em Maputo, recorria a imagens de espectáculos do «Projecto Mabulu» cujos direitos são detidos pela sua empresa. Na opinião do nosso entrevistado, está situação “ é paradoxal”, pois , segundo ele, houve um período em que recorreu à «TVM» no sentido de ter acesso a imagens do «Projecto Mabulu», contudo, funcionários do referido canal de televisão disseram que não existiam as imagens pretendidas no acervo do canal público de televisão.


Fonte : Celso Manguana in Canal de Mocambique

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Ganância pelo lucro tira brilho ao “show” de Lura


A GANÂNCIA pelo lucro e a má qualidade do som marcaram negativamente os espectáculos da compositora e intérprete cabo-verdiana Lura, realizados fim de semana na capital do país. Com efeito, a classe e o talento de Lura foram “afundados” por uma desorganização a todos os níveis deplorável, caracterizada por uma sala superlotada, atraso de mais de uma hora do início do “show”, desconforto dos presentes e muita “caça” ao lucro por parte dos promotores do evento.

O primeiro dos dois “shows” de Lura em Maputo esteve marcado para as 23 horas de sexta-feira. Porém, a cantora só viria a fazer-se ao palco cerca de uma hora e quinze minutos depois, sob fortes apupos e assobios dos espectadores, agastados, que reclamavam já a presença da cantora na sala.
O atraso, segundo apurámos, foi propositado, alegadamente porque era preciso deixar “encher” a casa, um lugar que pouco depois das 23 horas já não tinha espaço para quem quer que seja circulasse, pois o mesmo, de longe, já se encontrava preenchido.
Aliás, esta é uma situação que fica no ar, uma vez que não havendo lugares sentados, fica ambígua a capacidade real do recinto.

O SOM
Os constrangimentos verificados foram vários. E foram agravados pela má qualidade de som apresentado, muito embora se saiba que aquele recinto apresenta uma das melhores aparelhagens do mundo, com mais de mil quilowatts de som e luz. Foi visível o esforço levado a cabo pelos técnicos ali destacados para melhorar a qualidade do som, o que de certo modo aconteceu, mas que se não mostrou suficiente para elevar a qualidade de espectáculo para níveis aceitáveis.


A ACTUAÇÃO
Alheia a esses problemas todos, a cantora subiu ao palco e espalhou o seu perfume. Uma “morna”, em jeito de pontapé de saída, até serviu para serenar os ânimos da plateia, ao mesmo tempo que permitia que as pessoas procurassem o melhor local para ver o concerto.
Trajando um vestido em algodão, roxo, que lhe permitia realizar os movimentos de dança com toda a agilidade exigida, Lura apresentou-se no palco acompanhada de cinco instrumentistas, com destaque para o organista, produtor e arranjista, Toy Vieira.
Cuidadosamente seleccionado, o repertório escolhido constituiu uma mistura das músicas do seu mais recente álbum e os sucessos dos três álbuns anteriores. Os sucessos, como “Nha Vida” ou “Na Ri Ná” foram entoados em coro com os presentes, fãs esses que entraram em delírio quando a cantora se despediu com “Oh Naira”.
Foi uma “viagem” de cerca de duas horas aos diversos ritmos de Cabo Verde, viagem que, de acordo com a maioria dos presentes, valeu a pena realizar não obstante os constrangimentos iniciais do espectáculo, maioria dos quais viriam a ser corrigidos no dia seguinte, sábado.

O PERCURSO
Lura iniciou-se nas lides musicais em 1996, depois de uma curta passagem por projectos teatro e coros. Aos vinte e um anos gravou o seu primeiro álbum, cuja canção com o título “Nha Vida”, foi um sucesso imediato que lhe rendeu um convite para participar no projecto discográfico “Red Hot + Lisbon”, o qual reuniu vários nomes da música lusófona.
Em 1998 acompanhou Cesária Évora, o expoente da música cabo-verdiana, em dois importantes projectos: abriu os espectáculos da “diva dos pés descalços” na Expo’98 e integrou o leque dos artistas que tomaram parte do concerto “Cesária And Friends”, realizado em Paris.
Em 2002, lançou o seu segundo álbum, “In Love”, e em Novembro de 2003, Lura foi uma das três cantoras escolhidas para o projecto “Women of Cabo Verde”, uma série de concertos realizados no Reino Unido, o que lhe rendeu convites e o lançamento dos seus álbuns em diversos países europeus.

Dois anos depois, portanto, em 2006, põe no mercado discográfico o seu quarto álbum, “M’bem di fora”, bastante aclamado na sua apresentação a 7 de Novembro do mesmo ano no clássico Tivoli, uma sala de espectáculos de referência da capital portuguesa, Lisboa. Uma obra mais sóbria, onde a artista revela uma maior maturidade musical, conseguindo imprimir o seu cunho pessoal a temas de diversos compositores, onde se destaca o nome de Toy Vieira, director artístico do projecto e compositor de algumas das suas músicas.

Fonte: Jornal Noticias de 19/03/2008 - Mussá Mohomed

Cantora Lura em Maputo

ESTARÁ de novo entre nós a estrela crioula da música lusófona, Lura, para dois grandiosos espectáculos, na sexta-feira, dia 14 de Março, às 23 horas, e no sábado, dia 15, às 18 horas, no Coconuts-Live.

Radicada em Portugal, Lura é tida como um fenómeno da música de Cabo Verde, como dona de uma voz sensual, doce e grave, e fazendo jus aos ritmos da sua terra.

“Nha Vida” foi o álbum de estreia, lançado em Lisboa, a 31 de Julho de 1996, dia do seu vigésimo primeiro aniversário. Em 2002, Lura apresenta o seu segundo disco de originais, intitulado “In Love”, do qual sete das doze canções foram escritas pela própria cantora.

Em 2005, com a voz já madura, Lura edita “Di Korpu Ku Alma”, um disco nobre e definitivo na sua afirmação musical.

Agora, apresenta-nos um disco luxuoso, recorte da sua qualidade e com treze temas que não nos deixarão indiferentes.

Que Lura espalhe com este seu novo magnífico disco “M’bem Di Fora”, o brilho da sua voz.
M’bem di fora é uma expressão cabo-verdiana utilizada para designar as pessoas que vieram de fora da cidade, do interior. Tal como a expressão, o novo disco fala de deslocações.

Oiçam Lura, e depois vejam-na em palco, em corpo e alma, pura beleza crioula, com uma voz que não cabe nela.

Lura mistura-se nas gentes e na música de Cabo-Verde, onde se sente em casa. Não canta sozinha quando canta em Cabo Verde, admiradores de todas as idades acompanham-na. Lura valoriza a simplicidade das coisas e pessoas em Cabo-Verde.

Fonte: Jornal Noticias

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Kassav Brevemente em Maputo

A CÉLEBRE banda Kassav, que actuou há cerca de dois anos em Maputo, está de volta à capital do nosso país. Desta vez com a actuação de Joceline Beruare, o grupo de zouk mais conhecido e celebrizado em todo o mundo e capitaneado por Jacob Desivarieux vem a Moçambique espalhar – uma vez mais – a sua incomensurável “performance”.


De acordo com os organizadores, a actuação dos Kassav, a acontecer no mês de Junho, está inserida no “Festival Independência”, organizado para comemorar mais um aniversário da independência do país.


O “Festival Independência” inclui ainda os “Flash, Suzana Lubrano, Grace Évora e Jony Ramos. Do lado dos moçambicanos espera-se a actuação de Mingas, Djaka, Neyma, Didácia (autora da famosa Ndaneta), entre outros músicos nossos compatriotas.

Citando ainda os organizadores, a garantia quanto à vinda dos artistas estrangeiros é um facto garantido, pois todos os “cachets”, transporte e alojamento já foram pagos. Outro dado importante aprimorado respeita à aparelhagem, que será trazida na totalidade da África do Sul.


Fonte: Jornal Noticias, 13 de Março de 2008::

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quarta-feira, 12 de março de 2008

Wazimbo Esta Sexta-Feira no Xima.

Wazimbo e Mozpipa aguardados no Xima
Nesta sexta feira Wazimbo, sobe ao palco do espaço musical Xima do Alto-Maé. Wazimbo também conhecido por “Tio Waz”, far-se-á acompanhado pela banda residente Xitende, liderada pelo saxofonista Matchote.

Como é de esperar Wazimbo não desperdiçará esta oportunidade de mais uma vez mostrar aos seus fãs o seu talento com “aquela voz” que ostenta e é a sua marca. O repertório de Wazimbo é invariavelmente o de sempre, mas nota de importância é que permanece sempre actual e interessante.


Já no sábado no mesmo local aguarda-se a presença da banda Mozpipa, formada por jovens que apostam um repertório tropical fundido com ritmos nacionais.
A banda com mais de dez anos de caminho trilhado, é uma das mais cotadas do país e está sempre com actuações regulares.


Alguns Comentarios em Ingles Sobre o Musico:
"Wazimbo's music is a fine example of music that suits when the lights are low and the hands are wandering."Chris Smith.

"With its dance-inspiring fusion of lively marrabenta, Fena and Xingombela rhythms, Congolese guitar melodies, and the soulful vocals of female singer Mingas and male singer Wazimbo, Orchestra Marrabenta Star De Mocambique was one of Mozambique's most exciting bands in the 1980´s and early-90´s."Craig Harris, All Music Guide.

"Wazimbo and his Orchestra Marrabenta were the first to play top-quality marrabenta music, and took it on tour to Europe. Although the orchestra is no longer together, Wazimbo continues to enjoy considerable popularity as a solo artist at home."The rough guide of world music.

Fonte: 12 de Março de 2008:: Jornal Notícias


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Chikito lanca album intitulado “Petisco”

O músico Chikito lançou há dias, em Maputo, o seu segundo trabalho discográfico, composto por doze temas, dois dos quais recriações. O álbum, intitulado “Petisco”, surge como um tributo a Chonyl e Lisboa Matavel, que em vida foram colegas de Chikito no Projecto Mabulo.

Os temas do segundo álbum do jovem “rapper” versam sobre a vivência quotidiana da nossa sociedade que ele procura espelhá-la musicalmente através duma fusão rítmica da marrabenta e o hip-hop. A execução dos temas é feita na base de sons electrónicos e acústicos.

Neste momento, Chikito já começou a desencadear uma campanha promocional para o seu mais recente trabalho discográfico na capital do país e acredita que, dentro em breve, o fará também no estrangeiro. Aliás, segundo referiu o autor de “Petisco”, neste momento “encontro-me a trabalhar arduamente para a produção do video-clip do tema que nome ao álbum e também de outros temas”.

O disco que já se encontra no mercado foi produzido e editado pela VIDISCO e conta com a participação de outros músicos moçambicanos e estrangeiros, como são os casos de Dilon Djindji, Anita Macuácua, Marcelino, Spab e Werner (da Áustria).

Fonte: Jornal Noticias de 12 de Março de 2008::


Chikito em duo com Dilon Djindji no Gil Vicente

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Ali Faqui e Central Line juntos no espaço Nézia

Depois da actuação de Pureza Wafino e Helena Nhantumbo por ocasião do Dia Internacional da Mulher semana passada, eis que o espaço musical Nézia da Liberdade, leva ao palco sábado dia 15/03/2008 pelas 21:00 horas o músico Ali Faqui o conhecido autor de “Kinachukuro”.

O músico far-se-á acompanhar pela banda Central Line, liderada por Humbe Benedito, o produtor do falecido cantor Jeremias Nguenha, Joana Coana, entre outros.

Ali Faque que recentemente esteve nos estúdios para gravar o seu mais recente álbum irá aproveitar a ocasião para brindar parte das suas últimas criações. E como não deixaria de ser, obviamente que Ali Faqui vai brindar os seus fãs com temas que o popularizaram nos últimos anos, particularmente na década noventa.

Fonte: Jornal Noticias de 12 de Março de 2008::

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segunda-feira, 10 de março de 2008

"Sweet Thorn" de Gito Baloi.

O ultimo presente que o Gito nos deixou...

O ultimo trabalho de Gito Baloi co-escrito e co-produzido com Nibs van de Spuy; "Sweet-Thorn".

Tristemente Gito ja nao se encontra entre nos. Morto a tiro durante um assalto em Johannesburg em Abril do ano passado (2007) quando regressava de mais uma "gig"... mas para alem da saudade, deixou-nos ficar tambem um album de soberbas composicoes acusticas.

Van Der Spuy presta homenagem ao Gito, que o viu tocar pela primeira vez com a banda os Tananas em 1988 do qual Gito fazia parte, dai em diante os seus caminhos cruzaram-se continuamente ate que se estabeleceu uma amizade entre os dois.

Baloi e Van Der Spuy comecaram a tocar juntos em duetos no ano 2000: "O tocar do Gito dava um calafrio pela espinha, ele tinha uma voz de anjo, que no seu merito proprio ja era um instrumento em si. O teu dedilhar do Baixo era tao unico que apos entoadas tres notas ja se sabia que era Gito quem tocava."






E o album Sweet-Thorn (Greenhouse/ Sheer), que ja estava pronto para o lancamento mesmo antes do tragico acontecimento com o Gito, foi agora editado como um tributo a pessoa talentosa que foi Gito Baloi. Os dois musicos fizeram uma fusao dos ritmos acusticos com fluidez incrementada com uma camada vocal que formava uma miscelanea de sons agradaveis ao ouvido.






O tema "Opener Todos" tem alguma influencia Espanhola, seguindo-se de "Salaam" com uma fusao de linguas do este e "African magic of Mountain Wind", continuando por outros temas do album.
Baloi tambem adiciona alguns toque de percussao, e Chris Tokalon (flauta) e Kyla Thomas (violino) tambem ajudaram a enrriquecer alguns temas do album.




Hamba Khalhe ...

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sexta-feira, 7 de março de 2008

“Metropolitanos Mataram o Carnaval-Marrabenta”

"Metropolitanos mataram o carnaval-marrabenta".
Desabafa Calane da Silva, numa altura em que as festas do carnaval encerraram, “O País” ausculta o valor desta festa em Moçambique. Se no passado a marrabenta acompanhava as festividades, no presente está marginalizada, substituída pelo samba, do Brasil. Chamado a reflectir sobre o assunto, o escritor moçambicano Calane da Silva diz que o evento deve ressuscitar no país para ser vivido conforme os anos passados. E mais: sublinha que “os metropolitanos mataram o carnaval-marrabenta da época colonial” e acredita poder ressuscitá-lo em 2009 e desenvolvê-lo, tal como o samba está.

Na discussão sobre o Carnaval moçambicano está presente a questão do cumprimento da data que dá início à festa. Enquanto no país se observam datas aleatórias para o começo da festa, chegando mesmo a estender-se até ao mês de Março, no Brasil, por exemplo, acontece religiosamente na data em que deve começar. No país, o tempo desfez o costume, segundo decanos.

A festa carnavalesca surge a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela igreja católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a “Quarta-feira de cinzas”, o primeiro dia da Quaresma. No período do Renascimento, as festas que aconteciam nos dias de “carnaval” incorporaram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos.
Assim, o carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar do cristianismo da idade media, onde a época carnavalesca era marcada pelo "adeus à carne" ou "carne vale", dando origem ao termo "carnaval".

Carnaval em Moçambique
O carnaval como festividade profana religiosa começa a realizar-se, aqui em Moçambique, sobretudo na capital, Maputo (ex-Lourenço Marques), nos princípios do século XX. Calane da Silva explica que “não é por acaso que na língua xironga ouve-se falar de mutumbela; essa palavra os nossos avós já conheciam desde 1908. E nessa altura começou a realizar-se o mutumbela, ou seja o carnaval, na avenida de Angola, com muito sucesso.”
Em tempos passados, o dia do início das festividades do carnaval (numa terça-feira) era considerado um dia sagrado, sendo mesmo feriado em Moçambique, facto que hoje não acontece, segundo refere o escritor que temos vindo a citar.

“Nos éramos miúdos - estou a falar de 1948 - íamos todos percorrendo mascarados a avenida de Angola de uma ponta à outra com batucadas... lá no fundo havia uma praça de touros de madeira e zinco, depois mais tarde apareceu a praça de touros de cimento, como é até hoje na zona perto do supermercado Shoprite. Na era colonial, a avenida de Angola era o centro de concentração do carnaval e em todos os recintos desportivos e clubes sociais realizavam-se bailes de carnaval, sendo que os bairros da Malhangalene e Maxaquene eram considerados os famosos. Portanto, era tradição aqui na região Sul a realização do carnaval”, recordou Calane da Silva.
Carnaval politizado

No início dos anos 60, antes do advento da luta armada de libertação, começou a desenvolver-se um carnaval com corso, transportando-se para a avenida da República, actual 25 de Setembro. Mas, em 1963, as coisas mudaram de figura, dando lugar ao envolvimento político, uma vez que o carnaval juntava todo tipo de etnias e raças do país: indianos negros e brancos, em confraternização.

Calane da Silva conta que “para a PID (polícia secreta do tempo colonial) isso era perigoso, porque o colonialismo, a dividir, reinava melhor, e juntos era perigoso. O carvanal era uma maneira indirecta de pôr politicamente toda a população junta. Isso quer dizer que eles não queriam que nos transformássemos num país independente, porque já havia “zunzuns” do início da luta armada, que de facto se efectivou em 1964”.
Sabe-se, também, que a partir daquele período foram proibidas as realizações do festival. De qualquer modo, as pessoas, embora impedidas de fazer a festa nas ruas, na avenida de Angola continuavam a fazer às escondidas, numa área aberta, e sobretudo nos clubes.

Marrabenta, “tempero” do carnaval
Outrora, a marrabenta é que animava as festas do carnaval no país e isso acontecia ao nível de todo o pais, mesmo sendo um ritmo oriundo do Sul, porque a expansão para as capitais de todas províncias ocorreu nos anos sessenta.

Para Calane da Silva, a marrabenta deixou de ser um ritmo dos rongas ou do Sul e passou a ser um ritmo moçambicano. E Moçambique começou a ser conhecido como a terra da marrabenta. “ Não é por acaso que vários conjuntos musicais interpretaram marrabenta e divulgaram-na para o mundo inteiro; as marrabentas do próprio Fanny Pfumo e de mais cantores estão aí espalhadas pelo mundo fora”, acrescentou.

Para mostrar que o carnaval era vivido com muita intensidade naquela altura, o nosso interlocutor conta que nos anos 60 esteve em Nampula, tendo constatado que nos bairros daquele ponto as orquestras tocavam a marrabenta e as pessoas de dançavam. Portanto, a marrabenta correspondia àquilo que acontecia no Brasil com o samba.
Recorde-se que o samba começou na Baía, depois estendeu-se para o Rio de Janeiro e hoje é um símbolo do Brasil. No entanto, naquele país existem outros vários ritmos, tal como em Moçambique.

“Liquidaram a marrabenta junto com o carnaval...”
De acordo com a nossa fonte, quando veio a Independência, com os extremismos políticos fundamentalistas, proibiu-se a marrabenta durante oito anos, até na Rádio Moçambique. “Pessoas que não entendem nada de história e pouco menos de cultura moçambicana diziam que era uma música burguesa (...) então, houve um atrofiamento e as pessoas já tinham medo de tocar a marrabenta, e, por outro lado, também os fundamentalistas fizeram com que nunca mais se realizasse o carnaval. Juntamente com a liquidação da marrabenta, liquidaram o carnaval nos clubes. Só depois dos anos 80, lá para os 90, é que começou a aparecer o carnaval nos clubes, mas com medo”, contou.

Ressuscitar o carnaval em Maputo
Nos últimos anos, o carnaval, em particular na cidade de Maputo, assumiu outros contornos: excluiu-se a marrabenta e faz-se em lugares fechados, a exemplo do Pavilhão de Maxaquene e a discoteca Buzio (Actual Coconuts) que acolheram alguma das festas na capital.

Já no município da Matola, a festa aconteceu a céu aberto e contou com a participação de cerca de 100 mil pessoas, contra aproximadamente 90 mil do ano findo. Entretanto, é um facto que a marrabenta não foi o forte das festas. Por isso, na tentativa de recuperar a imagem que se perde em volta do carnaval moçambicano, Calane da Silva diz que está envolvido num plano para fazer ressuscitar o carnaval em Maputo. “E isso é muito simples, é só escolher se voltamos à avenida da Angola ou voltamos à 25 de Setembro. De resto é só dizer “Carnaval Marrabenta 2009”. Cada bairro deve apresentar uma marrabenta em língua local ou em português, arranjam 100 pessoas para desfilar com as suas batucadas e vamos fazer o festival. E podemos fazer concursos para conhecer o melhor bairro, como se vê em Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde”, explicou.
Internacionalizar a marrabenta

“Vamos internacionalizar a marrabenta como o símbolo do canto e dança em Moçambique, porque é um ritmo que não perde actualidade, que se dança muito bem - e há bons dançarinos de marrabenta; é um ritmo aliciante, fácil de dançar e aprender. É preciso ressuscitar o carnaval! Uma sociedade tão massacrada como a nossa precisa de um pouco de divertimento a nível de massas. No lugar de nos atirarmos pedras, vamos construir coisas bonitas nos nossos bairros para protagonizar um excelente espectáculo”, aconselhou Calane da Silva.

Edson Muianga 07/03/2008 in O Pais.

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segunda-feira, 3 de março de 2008

Guilherme Silva, o Showman

GUILHERME SILVA, artista moçambicano “Show Man”, toca e canta quase todos os gêneros musicais desde Blues, Salsa, Flamengo, Musica Africana, MPB, tendo se especializado em artistas como Frank Sinatra, Barry White, Elvis, Julio Iglesias, Roberto Carlos, Gipsy Kings, etc. cantando em italiano, inglês, Espanhol, Francês, e Português, idiomas que domina razoavelmente bem.

Tem vários Cd’s gravados em Moçambique, Portugal, Espanha e Brasil. Já participou em shows com artistas como Julio Iglesias, Tina Tuner, Juan Luis Guerra Cesaria Évora, Bana, Tito Paris, Rui Veloso, Raimundo Fagner e dentre outros. Tendo sido considerado o Melhor Músico Intertainer da Costa Blanca na Espanha.

E tendo ganho três Oscar’s Musicais em Benidorm – Espanha de 1989 a 1994 como o Melhor Show Man do ano, e foi finalista no festival da canção de Benidorm 1994 onde partilhou o placo Juan Luis Guerra vencedor do Gremmy Latino 2007, e também tocou na presença de vários Presidentes entre os quais Nelson Mandela (África do Sul), Joaquim Chissano (Moçambique), Alberto Joao jardim (Ilha da Madeira), Mota Amaralo (Açores) Pedro Pires (Cabo Verde) , Mario Soares (Portugal), Cavaco Silva (Portugal),e do Rei Sobuza (Suazilandia).

A perfomance deste artista é pouco comum no mundo, usa uma bateria eletronica sofisticada que é controlada por uma pedaleira-teclado que faz o baixo, os acordes de piano com os pés ao mesmo tempo que toca guitarra, harmonica e claro cantag, conseguindo assim ter o mesmo efeito ou melhor ainda que uma grande banda, pela sua versatilidade e carisma, é considerado um verdadeiro “Rei das Festas”.


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