segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cantora Amélia Moiana revivida em CD póstumo


É sexta-feira lançado no estúdio auditório da Rádio Moçambique um disco póstumo da falecida cantora Amélia Moiana, que em 2006 surpreendeu o país ao lançar o seu primeiro álbum aos 75 anos.

O novo disco, “Pswilo Pswa Misava”, reflecte o trabalho de estúdio que a malograda esteve a efectuar nos seus últimos meses de vida com a editora Diamante, que o edita, de que é responsável o conceituado músico Dimas.

O lançamento do álbum de nove temas, cinco deles inéditos, está a ser coordenado pela família de Amélia Moiana, que pretende partilhar a sua herança com amigos e público amante da música da malograda, que misturava melodias fortemente influenciada por ritmos moçambicanos, jazz e gospel.

O estúdio auditório da RM fará assim desfilar para além de uma filha de Moiana, Elsa Hunguana, e uma neta Cacilda Ivone, os famosos músicos Dimas, Sizaquel, Inocêncio Matola, Naldo e Cadinho. Estes artistas cantarão um tema integrado em “Pswilo Pswa Misava” e mais um da sua autoria.

Elsa Honwana e Cacilda Ivone integraram as gravações e tiveram mesmo que interpretar para o disco alguns temas que Amélia Moiana não pôde gravar, uma vez adoentada, situação que pôs termo à sua vida em 2009.

Tal como “Moya Wanga”, o disco póstumo de Amélia Moyana reúne temas cantados maioritariamente em changana.

A falecida cantora era uma figura conhecidíssima do público gospel na capital do país e não só. Já participou na parada “Top Feminino”, da Rádio Moçambique. Concorreu com o tema “Psilo Swa Missava”, em 1999, que dá título precisamente ao álbum que será lançado. Numa outra edição do concurso, entretanto extinto para integrar o actual “Top Ngoma”, participou com “Mintiru Ya Mhunu”.

Amélia Moiana começou a cantar nos anos 1960 no Centro Associativo dos Negros, hoje “Ntsindza”, no bairro do Xipamanine. Frequentava desde criança a Igreja Presbiteriana de Moçambique, onde era maestrina de um dos corais.

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