DEPOIS de uma viagem pelas províncias de Sofala (Beira) e Manica (Chimoio) e ainda pela cidade zimbabweana Harare, a conceituada cantora Mingas estar em palco nas cidades de Inhambane e Xai-Xai, nas províncias de Inhambane e Gaza, respectivamente. Os espectáculos de Mingas estão agendados para ter lugar nos dias 19 e 20 deste mês.
No dia 22, Mingas deixa Moçambique rumo à Berlim, Alemanha, onde vai realizar também um espectáculo. E em todos estes espectáculos ela será acompanhada pela banda, composta por Nelton Miranda, no baixo; Stélio, na bateria; Dodó, na viola solo; e Sheila, nos coros.
Após o seu regresso de Berlim, ela parte para espectáculos na província de Tete.
Para a Sonarte, entidade que está a promover estes espectáculos, levar Mingas, uma artista que está há mais de trinta anos a palmilhar palcos, constitui um desafio, e, acima de tudo, é uma prova de que a cultura dos povos, particularmente a do povo moçambicano, não tem fronteiras. Ela não se fecha em copas e nem apresenta barreiras.
Por outro lado, segundo Filimone Mabjaia, da Sonarte, esta ousadia significa que a empresa destes jovens não tem limitações em termos de actuação, se apresentando como uma entidade que está simplesmente para a promoção da música e de outras expressões artísticas.
Como uma instituição moçambicana, a Sonarte diz que, se hoje arrancaram com Mingas amanhã, provavelmente, poderão pegar num artista da Beira ou de Nampula para com ele trabalhar, pois a ideia é mostrar o talento e o trabalho dos artistas moçambicanos.
“Para nós esta é uma oportunidade não só para medirmos as nossas capacidades como produtores, mas também o nível de responsabilidade, uma vez que agenciar e levar para digressão uma artista do gabarito de Mingas não se afigura algo fácil”, diz Filimone Mabjaia, sublinhando que, com Mingas a ideia é envolver-lhe num mundo que é característico dela: a interacção com o público, com os seus fãs.
Para ele, estar ao lado de Mingas e promover os seus espectáculos é uma forma de aprender, mas também de sentir o prazer de trabalhar com gosto. É uma experiência que está no nível de valorização da cultura moçambicana, de preservação dos usos e costumes e, acima de tudo, divulgar o que de bom Moçambique tem, como é o caso da obra de Mingas.
INVESTIMENTOS
O investimento feito para a realização desta digressão é considerado alto, assomado à responsabilidade que isso significa, tendo que Mingas não é uma artista qualquer.
“Nós estamos a fazer isso porque gostamos. Sabemos que não é algo fácil, há percalços, mas não é nada que nos impossibilite de continuar. Por exemplo, em Chimoio tivemos problemas do tipo adiar o espectáculo marcado para domingo, tendo se realizado numa segunda-feira. Isso implicou a devolução do dinheiro, uma vez que a culpa não era nossa e nem do público que havia comprado os bilhetes. Mas, mesmo assim, conseguimos ultrapassar e ela teve uma prestação à altura da grande profissional que ela é, bem como são os artistas que a acompanham”, disse Mabjaia.
Ele sublinha que os investimentos em termos de dinheiro não superiores aos ganhos que se pretende ganhar em termos de investimentos que fazem na componente cultural.
“Para nós é um sonho estar a realizar uma digressão, a solo, de uma artista como Mingas. Esta é a primeira digressão que acontece nestes moldes e com esta dimensão. Sabemos que as condições são de alto nível como é Mingas, mas procuramos preencher todos os detalhes, para além de que na nossa percepção ela demonstra vontade e carinho por aquilo que estamos a fazer. Ela percebe que para nós isso é um desafio de um grupo de jovens e por isso decidiu aceitar. Ela é uma artista que está a cantar, com sucesso, há trinta anos e por isso todos os cuidados são necessários”, disse.
Entretanto, nesta digressão está a ser comercializado o disco “Vhuka África”, recentemente adiado. Por outro lado, no final deste mês será apresentado o DVD gravado aquando do espectáculo de celebração dos trinta anos de carreira de Mingas.
notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário