Manuel Romão Félix, nascido em Lisboa no dia 20 de Janeiro de 1936, casado com a minha Josefina, Manuela Félix desde 1961.
Fui para Moçambique, Lourenço Marques em 1943, onde estive até 1976, ano em que tive de regressar a Lisboa pelos motivos que são do conhecimento de todos.
Não posso dizer que foi difícil a minha adaptação a Lisboa, embora como todos os “retornados”, tenha passado as passas do Algarve como se costuma dizer.
Voltando ao”meu Moçambique” ali passei os meus melhores anos da minha vida, , andei na escola Paiva Manso onde fiz a minha primária, frequentei durante algum tempo a escola especial, onde o director era o Malveiro, depois fui para a escola comercial onde fiquei só até ao 3º ano…
Aos 15 anos comecei a trabalhar num despachante oficial (Hélder Barata) estive por lá dois anos e tal e o meu vencimento na altura eram uns 500 escudos, , depois passei para uma firma de transitários “Fred Cohen Goldnan” e já lá trabalhava o Bebé Carreira que já ganhava umas massitas.
Em 1955, o Rádio Clube de Moçambique, fez um concurso para cançonetistas, instrumentistas, e
imitadores, classe em que eu concorri.
Fiquei em 1º lugar imitando um negro na sua maneira típica de falar o Português e assim nasceu “O Parafuso”
Dali para a frente, felizmente o sucesso foi grande, fui então convidado pelo RCM, e passei a fazer parte do seu Cast Artístico, participando nos famosos programas de variedades ás terças e sextas feiras.
Depois, passei a fazer espectáculos em todas as grande e famosas salas de Lourenço Marques, percorri todo o Moçambique, fiz muitos espectáculos na África do Sul, (Johannesburg, Pretória, Durban, Cape Town).
Em Moçambique, gravei 18 discos, o maior numero até á data, e todos eles atingiram RECORD DE VENDAS.
Durante a minha fase artística, trabalhei na Delta Publicidade que era dos meus amigos Carlos Albuquerque e Graça.
O Albuquerque ali fazia diverso serviço publicitário, e tinha também, para além dum programa do Parafuso, colaboração em locução noutros programas.
Em 1955 fui para Boane cumprir serviço militar e ali conheci a minha mulher Manuela, o grande suporte da minha vida, e este ano fazemos já 47 anos de casados…
Em Lisboa o Parafuso, também teve um sucesso enorme, gravei dois discos single, sendo o 1º “Parafuso em Lisboa” o disco mais vendido em Portugal, foram qualquer coisa como 60 000 exemplares na época era muito disco…depois fiz ainda um espectáculo na TV e diversas actuações pelo País…
Em 1984 o “Parafuso” arrumou as botas, mas não quer dizer que de vez em quando não faça umas gracinhas, nem que seja para os netos…
Naturalmente a minha vida artística foi muito completa e muito ficou por dizer, mas por estas linhas, certamente que muitos ficarão a saber um pouco da vida do PARAFUSO.
A si argúem ficaste chatiado com este mensagem do Parafuso, descurpa… Sim…chi…mas cada um és como cada qual, mas ninguém és como evidentemente….ambanine e qui o chicuembo proteja todos vocês...
Ambanine tátá...
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