Gosta de ler, cuida bem da imagem e as crianças são a sua prioridade. É natural de Cabo Verde e aos 31 anos é empresário e cantor de sucesso, mas foi muito cedo que descobriu a paixão pela música e a vontade de lutar para vencer.
O Lusoafrica foi falar com Gilyto Semedo, cantor e dançarino que se inspirou em Michael Jackson para dar os seus primeiros passos.
Nesta entrevista fala-nos do seu percurso e do álbum acústico que acabou de lançar: "Traduson pa Tradison".
No palco é conhecido por Sr. Entertainer, um título que lhe fica bem!
Lusoafrica: Além de cantor e dançarino também é empresário. Como é que isso aconteceu?
Gilyto Semedo: Assim que saí da escola comecei a trabalhar com o meu pai. Em 1997 abri a primeira empresa em Cabo Verde, na área de pneus. Em 2000 abri outra empresa com o meu irmão, cá em Portugal, na área do emprego temporário, mas a de Cabo Verde mantém-se com o meu pai.
LA: O Gilyto canta e dança profissionalmente. Quando é que descobriu que queria fazer parte desse mundo artístico?
GS: Antes de ser empresário já gostava da dança. Foi onde tudo começou e enveredei para esse lado artístico porque a dança puxou a música e a partir daí a aprendi a tocar piano e comecei a compor as minhas letras.
LA: Quando o vemos em palco sentimos que estamos perante um grande fã de Michael Jackson. O rei do pop foi a sua inspiração?
GS: Sim. Fiz uma fusão entre o estilo dancing, pop internacional com o batuku e o funaná e deu no que deu.
LA: Se lhe pedissem para escolher entre a dança e a música, qual das duas escolheria?
GS: Vejo isso como um global, não me vejo a dançar sem cantar, nem a cantar sem dançar. Não seria o Gilyto se não fizesse as duas coisas, seria outro. Talvez quando for velhinho cante sentado, mas sempre com os pés a mexer.
LA: Veio para Portugal aos 11 anos. Foi uma fase difícil?
GS: Quando vim estava curioso. Vim viver para a Abóboda, em Cascais, e éramos poucos africanos na altura, no entanto foi fácil integrar-nos na sociedade portuguesa, aprendemos o português rapidamente e uma vez que a família matriz (pai e mãe) já cá estava não foi uma fase difícil.
Além disso gosto da zona em que vivo. Sempre lá vivi e acho que é pelo facto de estar à beira-mar. Um cabo-verdiano gosta sempre de estar perto do mar.
LA: Do que é que sentiu mais falta de Cabo Verde?
GS: Dos amigos e do calor.
LA: Aos 23 anos gravou o primeiro álbum "Kel Tempu". Qual foi a sensação?
GS: Foram duas. A primeira foi a de mandar para fora o que estava dentro de mim. A segunda foi a de querer saber qual era a reacção das pessoas.
LA: E a reacção foi boa?
GS: Foi muito boa. Tive logo dois sucessos: "Cynthia" e "Larga". Foi o início da minha caminhada.
LA: Falando em sucesso, "Nha atriz principal" é uma das músicas com mais êxito. É a menina dos seus olhos?
GS: Foi o ponto mais alto da minha carreira no panorama da música cabo-verdiana e para confirmar que é a menina dos meus olhos a minha namorada abriu um salão de beleza com o nome "Atriz principal".
LA: Dedica os seus temas a pessoas especiais na sua vida?
GS: Sim, às pessoas que estão à minha volta. As músicas "Cynthia", "Nhu Cesa" e "Diamante Africana" são as mais direccionadas. Na verdade tento ser sincero nas minhas músicas, eu é que as escrevo e por isso acho que através do meu trabalho se consegue sentir essa realidade. Não gosto de ficção.
Pode cantar em qualquer parte do mundo mas desde que haja cabo-verdianos Gilyto sente-se em casa! Um dos seus cantores de referência é Zeca di Nha Reinalda, com o qual cantou o tema "Nha Noiba", do último álbum "Traduson pa Tradison".
LA: Já passou por vários países, qual é o palco que mais gosta de pisar?
GS: Em Cabo Verde é sempre bom. Mas independentemente do país onde estiver normalmente sinto-me em casa, porque onde vou há cabo-verdianos, há a nossa cultura e parece que estamos no nosso país.
LA: Como são os espectáculos quando o público não é cabo-verdiano?
GS: Quando canto para povos que não sejam de origem cabo-verdiana é diferente. Eles gostam da música mas não entendem bem as expressões. Por exemplo, eu digo "Bágu na txáda" e o cabo-verdiano entende logo, sabe que é uma mensagem que quero passar e não que estou a chamar "vagabundo na estrada" a ninguém.
LA: Os seus álbuns já foram ouro e platina. A que se deve tanto sucesso, além do trabalho que investe nos seus projectos?
GS: O sucesso está em dar mais da minha música e da minha dança e conseguir escrever letras com que as pessoas se identifiquem, fazer um trabalho que faça parte das suas vidas.
LA: Quem são os seus artistas de referência?
GS: Michael Jackson e Zeca di Nha Reinalda são as minhas maiores influências. O Gil Semedo, meu primo, também me influenciou bastante e há outros que admiro muito como R. Kelly e John Lennon. Cantores para quem olho e digo: "sim senhor!"
LA: Neste último álbum fez questão da presença de vários artistas em duetos. Porquê?
GS: É uma realização pessoal, que nasceu de uma experiência. Foi um prazer estar com outros artistas, porque aprendi mais algumas coisas, marcou-me muito e espero que seja tão positivo para mim como para aqueles que participaram nele.
LA: Fale-nos da festa de lançamento de "Traduson pa Tradison".
GS: Foi no B. Leza, um espaço que se identifica com o som que o álbum tem. Mas a apresentação não foi propriamente um espectáculo, foi mais uma "festa da fogueira", algo especial que juntou conhecidos, amigos, fãs e outros artistas.
LA: "Traduson pa Tradison" é um título bastante curioso. O que significa para si?
GS: Foi traduzir as músicas para um estilo mais calmo, mais intimista, acústico e tradicional.
Um Gilyto que as pessoas não conheciam e que provavelmente pensavam que não existia.
LA: Que mensagem quer passar a quem ouve o álbum?
GS: É um álbum para as pessoas prestarem mais atenção à minha composição, às minhas melodias.
LA: Neste álbum mostra dois lados, o dancing e enérgico que já conhecíamos e o tradicional, mais calmo e ligado às raízes. Porquê essa mudança? É sinal de amadurecimento como artista?
GS: Depois de quase oito anos na música queria testar-me e acho que passei no teste. Mas só o público o poderá dizer.
LA: Qual é a expectativa que cria cada vez que se envolve num trabalho novo?
GS: Antes de me envolver num trabalho novo penso bastante, analiso o que vou fazer e só depois de me convencer que vale a pena é que ponho o disco no mercado.
Sou muito exigente comigo e procuro qualidade a todos os níveis.
LA: Consegue alcançar os objectivos cada vez que termina algo?
GS: Sei o que quero e onde quero chegar. Não se deve fazer nada à toa, por isso acho que consigo alcançar os meus objectivos.
LA: Qual é o sentimento que o persegue mais como artista: "o sentido de dever cumprido" ou "a insatisfação constante"?
GS: Acredito que ainda posso fazer melhor. É a procura da perfeição.
Quando estamos satisfeitos já não vale a pena, perde-se a "gana" (vontade) de lutar.
Gilyto Semedo tem um lado bastante humanitário. Deseja um mundo melhor e tem trabalhado para isso, começando pelas crianças...
LA: "O canto dos animais" é o projecto mais recente em que está envolvido.
As crianças são a sua causa nobre?
GS: Sim. Acho que as crianças são fiéis, são verdadeiras, por isso tendo a aprovação delas já é um bom princípio, o resto só consome quem quer.
LA: De quem partiu a ideia?
GS: Foi a convite da Maridée Cervantes da Andinos, Lda. Ela sabia que eu tinha um projecto para ajudar as crianças carenciadas de Cabo Verde. Juntámos as forças e entrei na parte da produção executiva. A Maridée queria apenas criar o DVD/ CD como uma ferramenta de ajuda mas eu sugeri que se fizesse mais, que parte das vendas revertesse para instituições.
LA: Em que países é que "O canto dos animais" já foi apresentado?
GS: Já foi apresentado em Cabo Verde e cá em Portugal. Mas queremos chegar a todas as crianças dos outros países de língua oficial portuguesa.
LA: Que instituições é que beneficiam deste projecto?
GS: A Escola Girassol, da Várzea, em Cabo Verde, onde estive na semana passada para entregar 600 kits escolares e vamos trabalhar com mais duas instituições após o resultado do "Canto dos animais", o Moinho da Juventude e o Moinho das Rolas.
LA: "O canto dos animais" fica pelo DVD ou há algo mais?
GS: Temos mais ideias para este projecto, no entanto ainda é muito cedo para falar nisso. Mas no Verão vamos ter novidades.
LA: Além da música e da dança tem outras paixões?
GS: Depois da música e da dança são o cinema e o futebol e sou fã de tudo o que seja arte. Mas ultimamente não tenho tido tempo para hobbies.
LA: E preocupações?
GS: Além das crianças preocupo-me com o mundo - o mundo é a nossa casa e se não a cuidarmos não temos um ambiente saudável. Gosto de trabalhar para um mundo melhor.
LA: Como faz para contribuir para um mundo melhor?
GS: Tento ser verdadeiro, ser sério, ser amigo e espalhar amor. Normalmente as pessoas só se lembram dos outros agora no Natal, pois eu preferia que as pessoas fossem "más" só no mês de Dezembro e que fossem muito boas durante o resto do ano.
LA: De todas as experiências por que passou qual é foi a que o marcou mais, não só como cantor mas como homem também?
GS: O que me marca mais é conhecer outros povos e culturas, torna-me uma pessoa melhor. Uma vez li num livro: "Se não estudaste, viaja" e estou plenamente de acordo porque é muito melhor aprender o inglês na Inglaterra ou nos Estados Unidos do que através de livros.
LA: Tem noção de que é uma forte influência, especialmente para os jovens?
GS: Sim, tenho essa responsabilidade e por isso quando faço alguma coisa penso muito nisso, sei que tenho um papel importante especialmente na educação.
LA: Esse papel é difícil?
GS: Por prazer carregas o mundo às costas.
LA: Pode deixar uma mensagem ao LA?
GS: O trabalho que o Lusoafrica faz é muito positivo e espero que continue divulgar a cultura que é o que temos de mais precioso. O LA mostra a diversidade dos países de língua oficial portuguesa, não só na música como noutras áreas muito importantes, e desejo que continue assim, pois cá estaremos um ao lado do outro para nos apoiarmos.
Fica também o meu desejo de Boas Festas para toda a equipa!
O Lusoafrica também deseja Festas Felizes ao Gilyto e a todos os artistas e um Ano Novo de projectos alcançados e renovados.
Entrevista Lusoafrica por: Mayra Prata Fernandes
O Lusoafrica foi falar com Gilyto Semedo, cantor e dançarino que se inspirou em Michael Jackson para dar os seus primeiros passos.
Nesta entrevista fala-nos do seu percurso e do álbum acústico que acabou de lançar: "Traduson pa Tradison".
No palco é conhecido por Sr. Entertainer, um título que lhe fica bem!
Lusoafrica: Além de cantor e dançarino também é empresário. Como é que isso aconteceu?
Gilyto Semedo: Assim que saí da escola comecei a trabalhar com o meu pai. Em 1997 abri a primeira empresa em Cabo Verde, na área de pneus. Em 2000 abri outra empresa com o meu irmão, cá em Portugal, na área do emprego temporário, mas a de Cabo Verde mantém-se com o meu pai.
LA: O Gilyto canta e dança profissionalmente. Quando é que descobriu que queria fazer parte desse mundo artístico?
GS: Antes de ser empresário já gostava da dança. Foi onde tudo começou e enveredei para esse lado artístico porque a dança puxou a música e a partir daí a aprendi a tocar piano e comecei a compor as minhas letras.
LA: Quando o vemos em palco sentimos que estamos perante um grande fã de Michael Jackson. O rei do pop foi a sua inspiração?
GS: Sim. Fiz uma fusão entre o estilo dancing, pop internacional com o batuku e o funaná e deu no que deu.
LA: Se lhe pedissem para escolher entre a dança e a música, qual das duas escolheria?
GS: Vejo isso como um global, não me vejo a dançar sem cantar, nem a cantar sem dançar. Não seria o Gilyto se não fizesse as duas coisas, seria outro. Talvez quando for velhinho cante sentado, mas sempre com os pés a mexer.
LA: Veio para Portugal aos 11 anos. Foi uma fase difícil?
GS: Quando vim estava curioso. Vim viver para a Abóboda, em Cascais, e éramos poucos africanos na altura, no entanto foi fácil integrar-nos na sociedade portuguesa, aprendemos o português rapidamente e uma vez que a família matriz (pai e mãe) já cá estava não foi uma fase difícil.
Além disso gosto da zona em que vivo. Sempre lá vivi e acho que é pelo facto de estar à beira-mar. Um cabo-verdiano gosta sempre de estar perto do mar.
LA: Do que é que sentiu mais falta de Cabo Verde?
GS: Dos amigos e do calor.
LA: Aos 23 anos gravou o primeiro álbum "Kel Tempu". Qual foi a sensação?
GS: Foram duas. A primeira foi a de mandar para fora o que estava dentro de mim. A segunda foi a de querer saber qual era a reacção das pessoas.
LA: E a reacção foi boa?
GS: Foi muito boa. Tive logo dois sucessos: "Cynthia" e "Larga". Foi o início da minha caminhada.
LA: Falando em sucesso, "Nha atriz principal" é uma das músicas com mais êxito. É a menina dos seus olhos?
GS: Foi o ponto mais alto da minha carreira no panorama da música cabo-verdiana e para confirmar que é a menina dos meus olhos a minha namorada abriu um salão de beleza com o nome "Atriz principal".
LA: Dedica os seus temas a pessoas especiais na sua vida?
GS: Sim, às pessoas que estão à minha volta. As músicas "Cynthia", "Nhu Cesa" e "Diamante Africana" são as mais direccionadas. Na verdade tento ser sincero nas minhas músicas, eu é que as escrevo e por isso acho que através do meu trabalho se consegue sentir essa realidade. Não gosto de ficção.
Pode cantar em qualquer parte do mundo mas desde que haja cabo-verdianos Gilyto sente-se em casa! Um dos seus cantores de referência é Zeca di Nha Reinalda, com o qual cantou o tema "Nha Noiba", do último álbum "Traduson pa Tradison".
LA: Já passou por vários países, qual é o palco que mais gosta de pisar?
GS: Em Cabo Verde é sempre bom. Mas independentemente do país onde estiver normalmente sinto-me em casa, porque onde vou há cabo-verdianos, há a nossa cultura e parece que estamos no nosso país.
LA: Como são os espectáculos quando o público não é cabo-verdiano?
GS: Quando canto para povos que não sejam de origem cabo-verdiana é diferente. Eles gostam da música mas não entendem bem as expressões. Por exemplo, eu digo "Bágu na txáda" e o cabo-verdiano entende logo, sabe que é uma mensagem que quero passar e não que estou a chamar "vagabundo na estrada" a ninguém.
LA: Os seus álbuns já foram ouro e platina. A que se deve tanto sucesso, além do trabalho que investe nos seus projectos?
GS: O sucesso está em dar mais da minha música e da minha dança e conseguir escrever letras com que as pessoas se identifiquem, fazer um trabalho que faça parte das suas vidas.
LA: Quem são os seus artistas de referência?
GS: Michael Jackson e Zeca di Nha Reinalda são as minhas maiores influências. O Gil Semedo, meu primo, também me influenciou bastante e há outros que admiro muito como R. Kelly e John Lennon. Cantores para quem olho e digo: "sim senhor!"
LA: Neste último álbum fez questão da presença de vários artistas em duetos. Porquê?
GS: É uma realização pessoal, que nasceu de uma experiência. Foi um prazer estar com outros artistas, porque aprendi mais algumas coisas, marcou-me muito e espero que seja tão positivo para mim como para aqueles que participaram nele.
LA: Fale-nos da festa de lançamento de "Traduson pa Tradison".
GS: Foi no B. Leza, um espaço que se identifica com o som que o álbum tem. Mas a apresentação não foi propriamente um espectáculo, foi mais uma "festa da fogueira", algo especial que juntou conhecidos, amigos, fãs e outros artistas.
LA: "Traduson pa Tradison" é um título bastante curioso. O que significa para si?
GS: Foi traduzir as músicas para um estilo mais calmo, mais intimista, acústico e tradicional.
Um Gilyto que as pessoas não conheciam e que provavelmente pensavam que não existia.
LA: Que mensagem quer passar a quem ouve o álbum?
GS: É um álbum para as pessoas prestarem mais atenção à minha composição, às minhas melodias.
LA: Neste álbum mostra dois lados, o dancing e enérgico que já conhecíamos e o tradicional, mais calmo e ligado às raízes. Porquê essa mudança? É sinal de amadurecimento como artista?
GS: Depois de quase oito anos na música queria testar-me e acho que passei no teste. Mas só o público o poderá dizer.
LA: Qual é a expectativa que cria cada vez que se envolve num trabalho novo?
GS: Antes de me envolver num trabalho novo penso bastante, analiso o que vou fazer e só depois de me convencer que vale a pena é que ponho o disco no mercado.
Sou muito exigente comigo e procuro qualidade a todos os níveis.
LA: Consegue alcançar os objectivos cada vez que termina algo?
GS: Sei o que quero e onde quero chegar. Não se deve fazer nada à toa, por isso acho que consigo alcançar os meus objectivos.
LA: Qual é o sentimento que o persegue mais como artista: "o sentido de dever cumprido" ou "a insatisfação constante"?
GS: Acredito que ainda posso fazer melhor. É a procura da perfeição.
Quando estamos satisfeitos já não vale a pena, perde-se a "gana" (vontade) de lutar.
Gilyto Semedo tem um lado bastante humanitário. Deseja um mundo melhor e tem trabalhado para isso, começando pelas crianças...
LA: "O canto dos animais" é o projecto mais recente em que está envolvido.
As crianças são a sua causa nobre?
GS: Sim. Acho que as crianças são fiéis, são verdadeiras, por isso tendo a aprovação delas já é um bom princípio, o resto só consome quem quer.
LA: De quem partiu a ideia?
GS: Foi a convite da Maridée Cervantes da Andinos, Lda. Ela sabia que eu tinha um projecto para ajudar as crianças carenciadas de Cabo Verde. Juntámos as forças e entrei na parte da produção executiva. A Maridée queria apenas criar o DVD/ CD como uma ferramenta de ajuda mas eu sugeri que se fizesse mais, que parte das vendas revertesse para instituições.
LA: Em que países é que "O canto dos animais" já foi apresentado?
GS: Já foi apresentado em Cabo Verde e cá em Portugal. Mas queremos chegar a todas as crianças dos outros países de língua oficial portuguesa.
LA: Que instituições é que beneficiam deste projecto?
GS: A Escola Girassol, da Várzea, em Cabo Verde, onde estive na semana passada para entregar 600 kits escolares e vamos trabalhar com mais duas instituições após o resultado do "Canto dos animais", o Moinho da Juventude e o Moinho das Rolas.
LA: "O canto dos animais" fica pelo DVD ou há algo mais?
GS: Temos mais ideias para este projecto, no entanto ainda é muito cedo para falar nisso. Mas no Verão vamos ter novidades.
LA: Além da música e da dança tem outras paixões?
GS: Depois da música e da dança são o cinema e o futebol e sou fã de tudo o que seja arte. Mas ultimamente não tenho tido tempo para hobbies.
LA: E preocupações?
GS: Além das crianças preocupo-me com o mundo - o mundo é a nossa casa e se não a cuidarmos não temos um ambiente saudável. Gosto de trabalhar para um mundo melhor.
LA: Como faz para contribuir para um mundo melhor?
GS: Tento ser verdadeiro, ser sério, ser amigo e espalhar amor. Normalmente as pessoas só se lembram dos outros agora no Natal, pois eu preferia que as pessoas fossem "más" só no mês de Dezembro e que fossem muito boas durante o resto do ano.
LA: De todas as experiências por que passou qual é foi a que o marcou mais, não só como cantor mas como homem também?
GS: O que me marca mais é conhecer outros povos e culturas, torna-me uma pessoa melhor. Uma vez li num livro: "Se não estudaste, viaja" e estou plenamente de acordo porque é muito melhor aprender o inglês na Inglaterra ou nos Estados Unidos do que através de livros.
LA: Tem noção de que é uma forte influência, especialmente para os jovens?
GS: Sim, tenho essa responsabilidade e por isso quando faço alguma coisa penso muito nisso, sei que tenho um papel importante especialmente na educação.
LA: Esse papel é difícil?
GS: Por prazer carregas o mundo às costas.
LA: Pode deixar uma mensagem ao LA?
GS: O trabalho que o Lusoafrica faz é muito positivo e espero que continue divulgar a cultura que é o que temos de mais precioso. O LA mostra a diversidade dos países de língua oficial portuguesa, não só na música como noutras áreas muito importantes, e desejo que continue assim, pois cá estaremos um ao lado do outro para nos apoiarmos.
Fica também o meu desejo de Boas Festas para toda a equipa!
O Lusoafrica também deseja Festas Felizes ao Gilyto e a todos os artistas e um Ano Novo de projectos alcançados e renovados.
Entrevista Lusoafrica por: Mayra Prata Fernandes
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