segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Hip Hop nao morreu...



REPORTAGEM SOBRE O HIP HOP MOÇAMBICANO
Lembrem-se do que foi a polémica Dzukupanza? onde Duas Caras e 100 Paus numa música fizeram uma chamada de atenção pelo facto de que em Moçambique as rádios só davam oportunidade ao novo estilo musical que nascera, o Panza. Na altura este estilo musical roubou vários soldados do hip hop, uns motivados pelo sucesso que era o Panza, outros por ser um estilo com identidade nacional que se evidenciava, mas o que é verdade mesmo é que Panza foi uma febre, só se ouvia panza, desde os chapas (Candongueiros) as discotecas e não havia mas espaço para o rap, e muitas vezes se ouviu falar hip hop está morto.

Sete meses depois voltamos a Moçambique e descobrimos que o hip hop nunca morreu, e se fosse o caso teríamos constatado que tem 7 vidas, deparamo-nos com uma realidade bastante diferente, "RAP is back" o rap está de volta, já há maior diversidade musical em quase tudo, embora que entre as opiniões colhidas, algumas sustentam que o rap não ganhou espaço, está na mesma, aumentou um programa de rap na rádio e fechou-se outro, justificam o facto de que o rap está de volta, porque o panzo está a morreu, quer dizer está por si mesmo a perder espaço, a prova disso é que mesmo na fase mais alta do panza, não faltavam convites para Azagaia, Track Record e Gpro, alias segundo a nossa pesquisa, o rap que mais as pessoas gostam de cantar é "tell me who is the best" da Track Records, isso não significa que não existam outras musicas ou artistas que possam a ser referência actualmente.


O hip hop esta tão vivo que visitamos os estúdios da TRACK RECORDS e da GPRO e ouvimos muitos dos trabalhos em curso e sem duvidas boa coisa ainda esta por vir as ruas, num constante de sobe e desce, descobrimos que na realidade a fase não foi critica, apenas lamentava-se em forma de música o facto de que alguns mcs terem se transferido para o panza, “a questão aqui não é implicância com o panza ou quem faz panza, só lamentamos a perda de soldados do rap que antes fizeram juramento de bandeira ao hip hop” – argumentou um dos nossos entrevistados.


TRACK RECORDS
É uma das label com referência em Maputo, fazem parte deste team a Trio Fam, ELEX, Gina Pepa Ace Nells, A2 e 1st Class, tem já alguns trabalhos nas ruas e vídeos que chamam tanta atenção que é quase impossível os artistas desta label passarem despercebido pelas ruas.

DIA FELIZ - Gostaríamos ter tido oportunidade para conviver com outra label para poder comparar o grau de amizade entre os artistas, na “track” há cumplicidade, e bastante amizade as terça-feira é de facto um DIA FELIZ, não só para ELEX mas sim para a toda Track Record, no final do dia reúnem-se na casa do Sagaz (1st class) e põem os assuntos em dia (claro que com uma mesa bastante recheada).

GPRO
É a label que reúne Duas Caras, 3H, 100 paus, Djo e a como novos produtores SARANGA e G2 este último também cantor. O impacto que o hip hop moçambicano tem internacionalmente reflecte-se um pouco no percurso histórico da Gpro. Duas Caras e 100 Paus ainda são os rappers moçambicanos mais conhecidos e respeitados na lusofonia, rectificação pelo menos em Angola, já que desconhecemos a realidade dos outros países.

MIXTAPE - Está a ser gravado nos estúdios da Gpro a mixtape com beats moçambicanos e com a participação de vários rappers do hip hop game, promete-se agitar as ruas. O que já saiu só podemos classifica-los positivo pela quantidade de downloads feitas através do blog da Gpro e por todos outros que também “postaram”.

ACORDO – As actualizações em termos musicais feitas no blog da Gpro, passarão a ser em simultâneo com blog www.dinocross.blogspot.com, e www.hipflickz.net, este acordo visa definir distribuidores dos produtos Gpro para Angola, a exemplo do acordo que têm com um site português com o mesmo fim, isso quer dizer que depois de se cumprir o ritual tradicional que é passar a musica em primeira mão no hip hop time, as musicas entrarão para os respectivos sites e blogs ao mesmo tempo.

COTONETE RECORDS
Esta label tem vários artistas entre eles AZAGAIA, artista que nesta altura dispensa todo tipo de apresentação, mas importa realçar que Azagaia tem um historial que se traduz em muita polémica, uma vez que este artista de assume defensor dos direitos do povo e activista para uma boa governação. Recentemente um locutor de rádio comentou que Azagaia foi o único artista que o levou a ficar muito tempo numa fila para comprar disco.

Cheio de convites para actuar dentro e fora do pais, Azagaia é sem dúvidas um testemunho de que o rap moçambicano pode ir para alem fronteiras.

HIP ANGOLANO EM MOÇAMBIQUE
Essa parte é complicada, ou seja quase que já não há espaço para o rap angolano em Moçambique, durante o período das reportagens em Maputo, ouvimos apenas um rap angolano, do Jeff Brown, artista que mereceu uma coreografia de um grupo de dança no Basquete show.

Os rappers que acedem a internet passaram a conhecer Reptile pela mixtape ficheiros secretos, disponível em muitos blogs e ficaram todos felizes por adquirirem o álbum, e não perdem a fé na aquisição do álbum de Kid Mc, espera-se claro que a Madtapes pense nisso.


Hip hop time “Lusófono” - Hélder Leonel o nosso amigo e parceiro neste projecto de divulgação de rap moz em Angola e vice-versa, vai dedicar algumas edições do seu programa hip hop time, ao rap lusófono, ainda não foi adiantada nenhuma track list dos artistas angolanos a desfilar neste programa, mas o importante mesmo é a divulgação do rap angolano em Moçambique.

REPRESENTAÇÃO DO BLOG EM MAPUTO – Apartir de Setembro estaremos a contar com uma representação oficial do blog em Maputo, isso para facilitar os interesses do blog no referido pais, os intessados em divulgar as suas musicas no blog deverão nos enviar um e-mail e em seguida estaremos a enviar o número de quem nos representa em Moçambique.

Até a próxima reportagem.

Fonte: http://dinocross.blogspot.com/

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