No decorrer da década 70, um jovem de uma família sem meios chegou a Maputo vindo de Quelimane, Zambézia. Na bagagem trazia sonhos, incluindo o de se tornar músico de verdade e gravar discos. Se é verdade que todos temos o direito de sonhar, concretizar é o mais difícil. Stewart, natural de Cuamba, Niassa, terá materializado muitos dos seus sonhos, mas o de hoje é dos mais importantes: Afrikiti já é realidade.
Promusic: Gostaríamos que nos falasse do seu primeiro trabalho em CD.
Stewart: Foi o primeiro a sair porque já tinha havido uma tentativa de gravar o disco em Lisboa mas saiu frustrada por razões alheias a minha vontade, então o AFRIKITI foi o primeiro trabalho a sair.
Promusic: Tinhas de lutar muito para este trabalho?
Stewart: Muito mesmo, foram quase 10 anos de luta, para chegar a um ponto onde a maior parte dos músicos querem chegar: ter um trabalho compactado num disco ou numa cassete.
Promusic: Você trabalhou mais com músicos Sul-Africanos?
Stewart: Eu iria responder essa pergunta da seguinte maneira: eu acho que isso foi equitativamente um trabalho entre Moçambicanos e Sul-Africanos na execução. Foram mais os Sul-Africanos que trabalharam no disco, naquilo que é AFRIKITI na composição. No que diz respeito à vocais da música que foi gravada no AFRIKITI foi todo o produto da vivência que eu tive com Moçambicanos, porque o trabalho foi feito praticamente todo num "HOME STUDIO", foram gravados na RM, propriamente a maior parte da instrumentação foi feita no Maputo, então os músicos Sul-Africanos seguiram uma linha que já estava traçada, então ficamos com uma fusão entre músicos Sul-Africanos e Moçambicanos equitativamente.
Promusic: Qual é o balanço que fazes dos seis meses após o lançamento do CD em Moçambique, a reacção dos compradores, do público e dos músicos por exemplo. Quais são as opiniões que existem?
Digite aqui o resto do postStewart: Já é tempo de eu ter um balanço daquilo que foi AFRIKITI. O AFRIKITI saiu numa altura em que a música Moçambicana começa a renascer. Foi uma surpresa porque eu não esperava a reacção do público , e que as coisas mudassem assim drasticamente em relação ao artista Moçambicano. Houve reacções muito positivas, e houve reacções negativas. Como é de esperar num trabalho do género houve pessoas que tiveram críticas porque o trabalho não foi gravado aqui, porque o trabalho estava muito Sul-Africano, mas isso é bom , porque são críticas de pessoas que compram o trabalho. Então vêm aparte das pessoas que acham que a Julieta ou a Sumanga deveriam ser as primeiras, pois são as mais comerciais e as mais difundidas pela inprensa Moçambicana. Também acho que é flagrante e acertado quem sabe dizer que isso tem o seu tempo.
Promusic: Já fizeste lançamentos fora de Moçambique?
Stewart: Ainda não. Normalmente estaria programado para um mês depois do lançamento aqui em Maputo uma digressão para África do Sul. Mas a componente logística foi um dos problemas de ter uma banda. Na altura já tinha uma banda que era uma mistura de Moçambicanos e Sul-Africanos montada, que deveriam esperar um mês. Mas os músicos profissionais não esperam pelo artista, eles estão sempre a trabalhar e isso significaria uma nova logística para fazer um novo reajustamento para uma digressão. O disco foi lançado na África do Sul mas não houve promoção do disco. Eu hoje não sei ao certo quantos discos venderam, não estou muito optimista em relação à África do Sul; porque mesmo a EMI, que é uma das maiores produtoras na África do Sul e no mundo inteiro não tomou o cuidado necessário para promover o disco, apesar de não ser comercial. Este ano há planos, eu vou assinar com uma editora Alemã que é a "Tropical Music". Eles lançaram a Cesária Évora. Neste momento não estou preocupado com a escolha em termos de editoras grandes, pois a experiência que eu tive na África do Sul foi muito má, pôs não quero que a experiência aconteça no mundo inteiro, se calhar é melhor trabalhar com uma editora mais pequena para talvez crescemos juntos. Eles vão fazer força para vender o meu trabalho assim como o trabalho dos outros músicos que não são conhecidos. Então devo assinar dentro de uma semana, só estou a espera para a gente acertar as questões contrac-tuais com eles, para toda a Europa com excepção de Portugal, França e Inglaterra, para que eu já tenho outros contactos e para o Canadá com uma editora lá, para fazer a distribuição do AFRIKITI. Acho que as coisas começam à acontecer este ano quando as pessoas já começam a ouvir falar do disco. Há muitas perspectivas boas para o futuro.
Promusic: Existem outros artistas que seguiram e fizeram produções na África do Sul...
Stewart: E o caso do Aly Faque, que trabalhou directamente comigo, também seguiu os mesmos passos mas com maior participação de artistas Moçambicanos no disco do que no meu. Também, participaram músicos moçambicanos residentes na África do Sul, e tivemos muito mais cuidado com este disco do Aly, porque já estamos com uma experiência do meu disco e do disco do Wazimbo, que foram gravados no mesmo estúdio. Esses são os meus dois trabalhos onde eu estive 100% envolvido o meu e do Aly Faque, porque também fica difícil até nós termos uma estabilidade de gravadoras em Moçambique. Neste momento começam a aparecer produtoras, que é o caso da Mozambique Recording, pois ela vai ficar muito subcarregada dentro dos próximos tempos porque agora o fluxo de músicos aparecem muito grande e praticamente é a única gravadora séria que nós temos aqui no sul, eu sei que existe outra na Beira que é do Marcelo e do Marcos, mas vamos precisar de mais de certeza.
Promusic: AFRIKITI foi piratado?
Stewart: Um mês depois do disco ser lançado recebi uma informação de que o disco estava a ser piratado, alguém disse que tinha comprado a cassete mas não conseguimos ver a cassete e depois fomos ao tal sitio, mas não foi possível encontrar nada. Eu acho que uma das razões do meu trabalho não ter sido piratado, foi porque as músicas que estão lá não eram as músicas que as pessoas normalmente escutam. Foi bom para mim no meu caso pessoal, mas não me satisfaz em termos do que está acontecer. Já passamos mal porque não conseguimos vender as quantidades que gostaríamos de vender. Quando têm alguém por trás a roubar-nos dessa maneira, isso fica mais difícil para nós, e o mais chato de tudo e que é difícil criar uma estratégica de luta contra a pirataria. Na situação em que o País se encontra não há nenhuma lei, não há humanidades nenhumas que ajudam a criar uma situação de luta contra esses mesmos elementos que fomentam a pirataria. Porque nós as vezes até sabemos onde eles fazem essas cassetes mas é quase impossível lutar contra eles , destruiram-se já sítios, mas criaram-se outros e as coisas são em cadeia esse é um tipo de pirataria caseira. Depois vêm a pirataria industrial que são fabricadas fora do Pais , essas cassetes em termos de qualidade até concorrem com a original que até confundem ao comprador, mas uma grande ajuda deveria ser feita pelo próprio comprador, em saber comprar produtos com qualidade e originalidade.
Promusic: Esperamos que este ano o Governo tome medidas para combater esta situação.
Stewart: Segundo algumas informações o processo parece que está andar e quanto mais depressa for melhor, que é o caso dos direitos do autor que é muito urgente, porque há muitos atropelos em obras nossas. Não estamos protegidos.
Promusic: Quais são os teus planos para o futuro, o futuro breve neste caso.
Stewart: Tenho um disco a sair agora daqui a três meses que gravei em Lisboa talvez renovar algumas faixas; e até este momento estou a tentar negociar o disco com a Sensações que foi a editora do meu primeiro disco, e provavelmente vai sair com a etiqueta da Sensações se nada mudar e se calhar antes, porque eu vou para escola, vou estudar durante dois anos em Boston, nos Estados Unidos, estudar música. Antes disso se calhar vou fazer mais um disco e não sei ainda quem vai fazer o lançamento desse. Quero fazer um disco com um outro artista, com um outro ou mais artistas mais novos que surgiram agora e faremos um disco a maneira Moçambicana, se calhar fazer umas passadas boas, no mesmo disco fazer uns rap's, uns kuduros "nices", música para dançar nas discotecas, isso era uma coisa que eu gostaria de deixar antes de ir estudar. Vou estudar os arranjos e produção musical, e acho que é uma coisa que nós temos falta aqui. Temos bons músicos porque a tarefa do músico é tocar e fazer música pois quem arranja , quem produz são outros. Como se custuma dizer "CADA MACACO NO SEU GALHO", então, cada coisa no seu lugar . E uma das coisas que agente tem falta são produtores e arranjistas. Quando vou voltar já posso formar mais alguns aqui mesmo em Moçambique, só para melhorar a qualidade da nossa música porque ainda quem faz a música é privilegiado. Não sei se concordam comigo, porque agora está o Roland, estou eu, está o Luis Moreira e estão alguns produtores da RM.
Promusic: No teu ponto de vista como é que achas que está a situação da música Moçambicana. Parece que vamos entrar, estamos a entrar, ou já entramos num lançamento muito forte à nível internacional. Um País quase desconhecido está de volta, concorda com isso!
Stewart: 100% até 200%, a revira volta da música Moçambicana é impressionante e eu acho que muita gente já percebeu isso fora de Moçambique, e infelizmente dentro do País há muita gente que duvida que a música Moçambicana possa ter um espaço. Eu acho que o esforço deve-se a Sensações, a Orion do outro lado, que estão a fazer um trabalho de louvar. Neste caso a Orion com muito mais lançamentos, neste momento de música comercial que é muito bom agente precisa de ter as nossas músicas a serem tocadas nas discotecas, porque até a bem pouco tempo não tínhamos nem uma e hoje vou ao Mini Golfe, vou ao ClubeV ou a uma outra discoteca qualquer, temos pelo menos em 100 músicas que se tocam 10% das músicas cá da terra. Eu acredito que daqui a dois anos no mínimo teremos a música Moçambicana a liderar os PALOP; Muita gente se ler esta passagem vai-se rir, mas vamos dizer quem ri por ultimo ri melhor, eu sei que a rapaziada que está a surgir agora está com muito mais força, com novo sangue e muito dispostos a vencer de qualquer jeito, em relação à velha guarda, um exemplo disso são os lançamentos que tem acontecido ultimamente.
Promusic: Agora existem várias deslocações de produtores de fora para aqui para investigar e procurar talentos novos para lançar. Você está a ver isso positivamente ou como um perigo de que a música Moçambicana, corre o risco de ser explorada talvez por falta de informações que muitos artistas ainda não têm sobre a matéria de edições. Uma exploração sem lucros ou sem resultados para a cultura Moçambicana.
Stewart: Não sei qual seria a resposta certa mas eu iria dizer que perigo sempre vai haver, como houve antes, mais não vai ser pior do que antes, porque nós temos conhecimento de que a música Moçambicana não começou a sair de Moçambique agora, já começou a sair à muito tempo; O músico já está mais informado em relação à cinco anos atrás, muitos músicos como eu já estão mais bem informados se calhar não na totalidade, mas estão prevenidos.
Promusic: Qual é o balanço que fazes em relação aos artistas que vêm de fora para actuações e muitas das vezes não têm a capacidade de ser a estrela da noite, mas conjuntos Moçambicanos que muita das vezes têm mais capacidade e tocam melhor, ficam apenas para abrir o espectáculo, sem ganhar nada e ter que sair do palco com muita rapidez possível. Estou a notar que o nível das actuações em Moçambique dos conjuntos de fora, baixou muito nos últimos anos.
Stewart: Sim, mais muito mesmo, um dos problemas que existe é esse mesmo, porque o músico Moçambicano não tem mais oportunidade de ter trabalho. Quanto mais trabalho houver, mais desenvolvimento vai haver na área musical, e quanto mais sítios houver com música ao vivo mais desenvolvimento vai haver , mesmo os poucos grupos que existem há alguns que são muito bons, muitas das vezes são muito melhor que os grupos que a gente recebe de fora. Não vou sitar nomes de artistas, porque não interessa neste momento, mas tem artistas que vêm de fora, tocam música comercial a maior parte vêm de Lisboa, que em situações normais nunca iriam cantar, fazer um espectáculo ao vivo.
Promusic: Talvez numa discoteca, para um público de 100 a 200 pessoas, mas não num estádio.
Stewart: É isso que eu ia dizer, mas isso tudo não é só culpa do empresário Moçambicano, a culpa vai ser repartida por toda a comunidade, porque a sociedade de consumo que nós temos está virada para produtos de fora, não só na música mas também em outras coisas. Mas as coisas já estão a mudar, porque por exemplo já temos a coca-cola, a cerveja nacional, o sabão nacional, etc. As coisas já começam a mudar e nós começamos a comprar as coisas que são nossas, fabricadas aqui mesmo. Mas isso tudo passa por um desenvolvimento e informação que as pessoas tem que estar informadas sobre a qualidade dos nossos produtos, o que não acontece neste momento. Então as pessoas não estão informadas sobre a qualidade da nossa música. Com mais informação vai-se falar desses discos e de outros que não sejam feitos pela MOZAMBIQUE RECORDING. Existe uma falta de informação, no empresáriado, na imprensa nacional e na arte. Ainda não temos revistas, uma quantidade de revistas que falam de música, que deveriam lutar em conjuto para ultrapassar esta situação. Existe agora a revista PROMUSIC que é uma boa iniciativa, uma iniciativa fora de série, que as pessoas vão começar a ouvir falar de produções nacionais.
Promusic: O jornal Notícia falhou duas vezes em noticiar que todos os grupos que fazem parte do CD dos Novos Sons de Moçambique, haviam gravado em Portugal. Normalmente um jornalista deveria pensar como é que esses conjuntos jovens poderiam ir a Portugal todos para gravar, é incrível...
Stewart: Então quando nós temos uma imprensa que não informa o público como deve ser é um perigo muito grande, mas não há maior perigo num Pais onde a imprensa não informa ao público correctamente, mesmo que seja em qualquer situação, mesmo em entrevistas, pois eu já dei entrevistas à alguns jornais aqui no Pais, mas as informações saíram deturpadas. O outro problema é que nós não temos críticos musicais.
Promusic: Em Janeiro houve uma actuação que para nós foi a primeira experiência que se assistiu, que no mesmo palco estava um conjunto de zouk da Beira, os XS ZOUK, grupos de RAP, BLACK MAGIC e ILLEGAL RAPPERS que trabalharam no álbum dos NOVOS SONS DE MOÇAMBIQUE e o conjunto do CARLOS E ZAIDA CHONGO, no mesmo palco, no mesmo lançamento e com o mesmo público. Você com mais sucesso no Ngoma Moçambique qual é o balanço que fazes em relação a participação dos conjuntos jovens no próprio concurso Ngoma; porque á vários conjuntos que estão bastante conhecidos lá fora e até já lançaram CD's ou estão a trabalhar para isso e é o caso do K10, ARAKAS BAND, ELECTRO BASE e vários outros conjuntos jovens. Não sabemos se nunca foram convidados ou já pois nunca vimos como participantes no Ngoma.
Stewart: Eu tenho uma opinião muito pessoal em relação a isso que acontece na Rádio Moçambique, pois acontece por exemplo na televisão, porque são produtos que geralmente não são feitos na televisão, são muito pouco passados na televisão, estou a falar de produtos Moçambicanos que são feitos por outras produtoras Moçambicanas que não a televisão, são muito pouco passadas na televisão. O semelhante acontece na RM. No que acontece comigo na RM, digamos que por eu ter participado muito no Ngoma, não quer dizer que eu fui lá e pedi, pelo contrario eu pedi para não participar no ultimo Ngoma, mas é o seguinte o Ngoma do ano passado já desceu um bocadinho de qualidade em relação ao Ngoma dos anos anteriores, em todos os aspectos mesmo a qualidade de músicas que foram apresentadas, não foi dos melhores Ngomas mesmo que tenha sido com os artistas grandes. Mesmo eu sou contra a participação de artistas que já vêm a 5 ou 6 anos a participar no Ngoma; Que neste caso especifico do Dimas que participou sempre no Ngoma. Os produtores deviam criar uma lei que dispensa-se esses mesmos artistas, porque já estão mais que promovidos e devem dar lugar a artistas mais novos, pois o Ngoma é um concurso de divulgação de novos valores Moçambicanos; Talvez é esperarmos mais um bocadinho para ver qual vai ser o Ngoma deste ano se é que vai ser feito, esperar para ver qual será a decisão que os produtores vão tomar em relação a esta questão, pois considerarem que há grupos novos que deveriam ser mais conhecidos, por exemplo no que eu falo em termos de informação e comunicação o Ngoma é o meio mais forte das pessoas conhecerem a música Moçambicana; Então independentemente do estilo da música Moçambicana que se toca entre o Zouk, Rap, devia-se dar o espaço para cada estilo de música, então eu sou apologista e sou a favor disso. Foi por isso mesmo que eu no ano passado tomei a decisão de pedir, que olha este ano estou a pedir para não ser escolhido para participar no Ngoma, porque eu até sei que outros artistas que tem mais relações em termos de produções de esúdio mesmo em termos de contactos a um nível mais profissional com a rádio, não em termos de ir lá gravar sempre, mas em termos de colaboração. Então a RM têm colaborado comigo em certas coisas que eu acho que são imprescendiveis, que agente não deve fazer sozinhos nesse aspecto eu não tenho queixa da rádio, mas têm outra parte da RM, que é sobre a divulgação Moçambicana isso não há duvidas, seja a RM, seja em relação a emissão da televisão, a qualidade não foi muito melhorada em relação a produção de video clipes. São videos clipes que saem e acho que as vezes as pessoas as vezes têm medo de fazer críticas frontais aos produtores; eu acho que não há dinheiro para produzir, mas também acho que existe falta de imaginação nas pessoas e falta de mais trabalho.
Promusic: Agradecemos muito a disposição que nos deste; Sucessos na tua carreira artística e estudantil.
Stewart: Obrigado. Eu também queria desejar neste caso especial a revista que ainda é bebé, que nasceu agora que provavelmente com ajuda de outras organizações, outros músicos e outras pessoas na área cultural do pais, vai crescer mais que vai fazer diferença no panorama, então que a revista cresça muito depressa e outra parte para a Mozambique Recording, para crescer mais, acho que vamos crescer todos juntos, agora que estamos a começar a fazer um trabalho e não só música comercial mas também música de raiz e termos mais escolha em termos de música; E neste caso a ORION que também têm estado muito ligada a MOZAMBIQUE RECORDING que acho que apareceu numa boa altura e não queria dizer que a espaço para muitas editoras, mas como disse a bocado poderiam apareser mais quatro editoras e mais quatro gravadoras, porque neste momento haveria pão para todos, pois normalmente a muitas críticas que vêm de fora em relação a editoras novas que aparecem, mas ninguém aparece a saber, nós as vezes não temos a paciência na vida para fazer um trabalho mostrar aquilo que sabemos fazer. Para os críticos também vai um pedido de paciência e compreensão e esperar também que cresçam um bocadinho para fazerem críticas com mais cabeça e não só e também para todas aquelas editoras que fazem este pais crescer a SENSAÇÕES, a CONGA PRODUÇÕES onde esta o Isidine Faquirá e o Luis Moreira, eu acho se nós trabalharmos juntos a música Moçmbicana vai crescer.
Boletim Promusic, Abril de 1998
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