Maputo (Canal de Moçambique) – Foi, sábado último, lançado o CD «Metamorfoses», da autoria do guitarrista Amável. A cerimónia decorreu nas instalações da loja Gringo sita na avenida 25 de Setembro.
Amável que toca o estilo de “Rock Metálico” explicou ao «Canal de Moçambique» as razões do baptismo de «Metamorfoses» ao seu primeiro CD. “Metamor, significa objectivo superior e, forzes, objectivo que queres”.
De acordo com aquele guitarrista o estilo que eles tocam tem aceitação, mas, ressalvou que “não é o estilo de música que vende cinco mil CD por dia, mas vende pelo menos um por dia”.
Amável acredita que melhores dias virão desde que quem de direito se esforce para por cobro à pirataria “É um mal que já deveria ter sido combatido”, diz.
Colaboram no trabalho de estreia de Amável 4 músicos.
Amável que toca o estilo de “Rock Metálico” explicou ao «Canal de Moçambique» as razões do baptismo de «Metamorfoses» ao seu primeiro CD. “Metamor, significa objectivo superior e, forzes, objectivo que queres”.
De acordo com aquele guitarrista o estilo que eles tocam tem aceitação, mas, ressalvou que “não é o estilo de música que vende cinco mil CD por dia, mas vende pelo menos um por dia”.
Amável acredita que melhores dias virão desde que quem de direito se esforce para por cobro à pirataria “É um mal que já deveria ter sido combatido”, diz.
Colaboram no trabalho de estreia de Amável 4 músicos.
(Selma Muhate) 2007-03-19 20:07:00
Este guitarrista moçambicano, que tem uma base muito forte na distorção, apresenta o seu reportório quase sempre com alguma improvisação tornando cada concerto uma peça única.
As influências
Fortemente influenciado pelo músico, compositor e intérprete moçambicano Fanny Mpfumo, a quem considera ter, ao longo da sua vida enquanto músico, produzido composições clássicas, Amável Pinto refere que quando começou a pesquisar a música que a história musical moçambicana o catalogou como o "Rei da Marrabenta", percebeu o grande universo que era. "Acredito que Fanny Mpfumo é capaz de transcender a nossa imaginação e leva-nos a ouvir o que queremos e não aquilo que ele tocou. E quando consegues atingir esse nível é que então és muito forte", disse.
Mas Amável não ficou por aí, pois quando percebeu ser possível fazer fusão da marrabenta com o rock sentiu a necessidade de ter que estudar profundamente o Fanito. "E pesquisar Fanny Mpfumo significava estudar música, mas não devia ser música como o jazz, e sim o que ele próprio tocou, que é a clássica porque a partir daqui tudo se tomaria fácil.
Sou uma mente com fusão
Sou uma mente com fusão, por isso me identifico muito com o Fanny Mpfumo. Mas também tenho muitas coisa dentro de mim, tais como o ter progenitores europeus e ter nascido em Palmeira (Manhiça) e ficado lá até pelo menos aos cinco anos, associado ao facto de ter crescido a ouvir muitos estilos musicais", descreveu-se Amável Pinto, para quem depois de ter passado pelo Rock, com uma passagem, primeiro pelos “Panzers” e depois pelos “Tais” , viu-se na contingência de desenvolver um projecto musical seu: o Etno-Rock-Clássico. Era o materializar de um sonho de miúdo, uma vez que isso lhe permitiria desenvolver todas as suas habilidades, e aprofundar mais o estudo da música clássica.
Para isso, matriculou-se, via correspondência, na Universidade da África do Sul (LTNI-SA), onde este ano (2005) transitou, com mérito, para o sexto de "Guitarra Clássica".
O seu projecto tem conhecido alguns percalços por não ser muito comum. E em relação a isso, Amável Pinto, que participou na produção do disco "Tributo a Fanny Mpfumo", é da opinião que o seu estilo musical, no principio tinha um público demasiadamente dirigido, aliás, como acontece com toda a música que não seja comercial, mas agora, vão se abrindo as alas. Defende-se dizendo que: “agora se uma editora aparecesse e dissesse que para gravar um disco tenho que tocar música comercial, diria que prefiro ser pescador. Não por desdenhar a comercial, mas neste período da minha vida seria difícil fazer isso porque a minha mente quer fazer muita coisa. E fazer música de uma única linha é muito difícil para mim. Não que não possa tocar com os que fazem música comercial, mas é que se formos a ver, 90 por cento dos instrumentistas, neste caso guitarristas, quando querem trabalhar seriamente nunca é sob base da música comercial”, sustentou.
Fonte: Jornal Notícias – Suplemento Cultural - 2005
Amável Pinto é um dos guitarristas mais importantes do actual universo musical da nossa praça. Ao longo do seu percurso musical desenvolveu um projecto musical de fusão de ritmos musicais como a marrabenta, a música e o rock, o que faz dele um guitarrista impar entre nós. É ainda sobre este projecto e criação de outros que o artista fará uma abordagem no seu workshop.
"Metal Zone 2" é o segundo festival de rock que acontece entre nós e é organizado pela banda Kaspahatola: A primeira edição teve lugar meados deste ano na Escola Industrial 1° de Maio, e pretende exibir os novos conceitos do rock desenvolvidos em todo o mundo neste novo século.
"Três Mentes em Guitarra" é a designação do espectáculo que vai teve lugar no Centro Cultural Franco-Moçambicano. O espectáculo teve em palco os guitarristas moçambicanos Nanando, Amável Pinto e Jorge Domingos, três mentes que fazem parte da nata que constitui o orgulho nacional. Carlitos Gove (na viola-baixo) e Helton (na bateria) acompanharam este trio naquilo que se foi um espectáculo didáctico.
Pela sua natureza, o espectáculo, que foiuma troca das longas experiências acumuladas no exercício das funções destes, é visto como de suma importância para o panorama musical nacional, pois juntou três personalidades que apresentam formas distintas de ser e estar no palco. Segundo acredita-se, "Três Mentes em Guitarra" serviu de catalisador de mentes jovens, por causa das atitudes e do trabalho que Nanando, Amável Pinto e Jorge Domingos têm desenvolvido no universo da nossa música, criando estilos próprios e diferentes dos que temos ouvido.
"Três Mentes em Guitarra" é a designação do espectáculo que vai teve lugar no Centro Cultural Franco-Moçambicano. O espectáculo teve em palco os guitarristas moçambicanos Nanando, Amável Pinto e Jorge Domingos, três mentes que fazem parte da nata que constitui o orgulho nacional. Carlitos Gove (na viola-baixo) e Helton (na bateria) acompanharam este trio naquilo que se foi um espectáculo didáctico.
Pela sua natureza, o espectáculo, que foiuma troca das longas experiências acumuladas no exercício das funções destes, é visto como de suma importância para o panorama musical nacional, pois juntou três personalidades que apresentam formas distintas de ser e estar no palco. Segundo acredita-se, "Três Mentes em Guitarra" serviu de catalisador de mentes jovens, por causa das atitudes e do trabalho que Nanando, Amável Pinto e Jorge Domingos têm desenvolvido no universo da nossa música, criando estilos próprios e diferentes dos que temos ouvido.
Um comunicado do Centro Cultural Franco-Moçambicano refere que, "Três Mentes em Guitarra" é um espectáculo que junta três homens três mentes e sentimentos distintos transmitidos pelo mesmo instrumento: a guitarra.
O espectáculo, de acordo com a nota do "Franco", junta três guitarristas de gerações diferentes, com influências igualmente diferentes, porém, guiados pelo mesmo objectivo que é "a fusão de todo um saber sobre a música moçambicana, mais concretamente a marrabenta", refere, acrescentando que virtuosos, versáteis, com uma capacidade extrema, porque exímios executantes, os três guitarristas sabem o que usam, como usá-lo, e sabem ser eles em todos os tempos e momentos, “o que lhes permite levar-nos a um mundo completamente liderado por eles, dentro dos seus padrões", diz.
Este espectáculo foi o princípio de um projecto que tem ainda no seu bornal a realização de workshops sobre a guitarra, o uso de equipamentos e do som. Estas realizações estarão mais viradas aos jovens que se iniciam na área musical, pois, segundo acreditam, esta é uma das formas de prepara-los para o futuro.
Nanando: é o mais mais dos guitarristas que estão neste projecto. Em idade e profissionalmente; é um "inspirador", principalmente dos mais jovens. As relações que sempre manteve com grandes nomes da música moçambicana, tais como João Cabaço e Wazimbo, e a sua preocupação em pesquisar e incorporar novos elementos rítmicos, bem como as suas atitudes elevaram-no à categoria de um dos melhores guitarristas da actualidade. Um dos grandes motes de Nanando é a fusão de jazz com a marrabenta.
Jorge Domingos: viveu cerca de 20 anos na República da África do Sul. Trabalhou ao lado de grandes nomes de músicos Moçambicanos radicados na RAS, designadamente Gito Baiói e Tananas, sem deixar de lado a sua veia de compositor. De regresso a casa, Jorge Domingos muito rapidamente conseguiu se inserir no espaço musical da praça, sendo uma das figuras que mais se destaca - em casas de música de fusão, para além de trabalhar com grandes músicos na fusão de toda a sua experiência com a marrabenta.
Amável Pinto: jovem guitarrista actualmente a estudar música e guitarra clássica na RAS, Amável abraçou a fusão do rock e da música clássica com a marrabenta. Tem contribuído em projectos como AZAGA (Chico António), João Cabaço e outros nomes sonantes da nossa praça. Amável muito inspira-se em Fanny Mpfumo, o nosso Rei da Marrabenta, estando a trabalhar a sua fusão rítmica dentro da base da música de Fanny.
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