quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Corpos que não resistem à timbila


Será um show diferente. Estamos em festa, são 13 anos da nossa carreira”, diz Gibra

A orquestra Timbila Muzimba vai ao palco do Centro Cultural Franco-Moçambicano, esta noite, para mais um espectáculo dos 13 anos da sua criação. Quando surgiram em Agosto de 1997, o país conhecia o “boom” da passada, e o tradicional não era a marca mais procurada. Mas é nesse mesmo momento que começavam a destacar-se alguns grupos jovens que acreditavam que podiam ascender aos grandes palcos com ritmos tradicionais.

Timbila Muzimba nasceria nesse ambiente e, em treze anos de existência, surgiriam momentos marcantes como um espectáculo na Ásia que pôs gente a chorar, como lembra Gibra. “Nestes 13 anos de existência do Timbila Muzimba, o momento mais marcante para mim foi o espectáculo realizado em Macau, onde conseguimos pôr muitos chineses a dançar, aliás, há outros que choraram”.

Macau pode ter sido outra história e simplesmente não terem visto mais gente a chorar em outros palcos do mundo por onde passaram. No entanto, criaram os seus fãs e transformaram “warethwa” no seu grito de guerra. E é do mesmo jeito que hoje se farão ao Franco, pelo menos prometem. “Será um show diferente. Estamos em festa, são 13 anos da nossa carreira”, diz Gibra.

A música do Timbila Muzimba faz uma fusão entre os sons e ritmos de timbila e instrumentos convencionais. O nome do grupo vem de um instrumento da família dos xilofones, a timbila, tradicionalmente da província de Inhambane, que se tornou um dos símbolos da cultura moçambicana; e o termo muzimba (que significa corpo) relaciona-se com os corpos de bailarinos que se movimenta vivamente ao som da música.

Em 1999, o grupo recebeu o prémio do concurso Crossroads

Com dois CD lançados, Timbila Muzimba teve oportunidade de trabalhar com o compositor e instrumentista português Júlio Pereira, e foi ainda protagonistas de um conto inédito de Mia Couto.

Sexta, 05 Novembro 2010
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