segunda-feira, 13 de abril de 2009

A agenda que passou...

Sons de Mingas ouvidos esta sexta

A CONCEITUADA cantora Mingas vai estar em palco esta sexta-feira num concerto agendado para o espaço do café Gil Vicente, em Maputo. Mingas será acompanhada pela banda Nondje, composta por Jojó (teclados); Jorge César (percussão); Carlitos Gove (viola baixo); Dodó (guitarra) e Stélio (bateria).

Estarão ainda Naldo, Sheila, Sizaquele e Filó fazendo coros. Para além destes músicos, Mingas subirá ao palco com outros convidados. Para não fugir à regra, ela diz em palco estará a Mingas que se conhece. Para além das músicas que se conhecem, Mingas irá exibir músicas trabalhadas de forma diferente, mesmo aquelas que são conhecidas apresentarão algumas inovações, bem como outros temas novos.
O “Gil” já havia feito vários convites a cantora, mas nela sempre faltou oportunidade. E como estamos a caminho do “Mozambique Jazz Festival achou que esta é um momento oportuno para partilhar o palco com os seus amigos e fãs, ao mesmo tempo que faz desta uma oportunidade de preparação para o espectáculo que se avizinha. “Os meus shows são muito custosos, por isso tenho feito um a dois grandes espectáculos por ano. E como no Gil Vicente não terei custos nenhuns achei que devia aceitar ir lá actuar para estar ao lado dos meus amigos e fãs”.
Ela não gosta muito de tocar em bares, mas entende que aquele é um local que já está mais virado para a promoção da música moçambicana, apesar de ser um espaço pequeno. Aliás, esse é um dos aspectos que fazia com que ela não aceitasse tocar lá, pois não sabia como estaria em palco. Esse facto chegou a fazer-lhe considerar a possibilidade de ir lá em acústico. Uma das vozes mais completas da música moçambicana e referência nacional, Mingas começou a cantar muito cedo, com os corais da igreja como base para a sua afirmação musical. Mais tarde cedo abraçou o agrupamento Hokolókwè, na altura um dos melhores, e com quem fez várias digressões pelo país.
Mais tarde, em 1987, juntou-se ao projecto “Orquestra Marrabenta Star de Moçambique”, com o qual grava, 1988, na editora Piranha, temas como “A Vha Sati vha lomu” e “Elisa gomara saia”. Já realizou digressões em países como Cabo-Verde, França, Portugal, Alemanha, Dinamarca, Suécia Holanda e Noruega.
FUTEBOL EM LIVRO E FOTOGRAFIA
ENCONTRA-SE disponível no mercado livreiro nacional a obra “Brasileiro Futebol Clube”, da autoria do fotógrafo brasileiro Ed Viggiani. Este livro foi lançado no passado dia 28 de Março, no Centro Cultural Brasil-Moçambique. Esta é a segunda obra do mesmo autor e que versa sobre o mesmo assunto: futebol.
A primeira relacionava-se com todos os contornos da realização do último campeonato do mundo de futebol. Entretanto, o Centro Cultural Brasil-Moçambique acolhe a exposição fotográfica do mesmo autor e sobre o mesmo tema, que é o desporto-rei.
JOANA COANA CANTA PELO DIA DA MULHER
A CANTORA Joana Coana é a convidada especial para um espectáculo musical que tem como objectivo a celebração do 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana. O espectáculo vai ter lugar na noite de segunda-feira, dia 6 de Abril, no Gwevane’s-Bar, na zona da Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo. É uma das vozes femininas da Música Ligeira Moçambicana (MLM) que tem bastante popularidade, tendo se notabilizado com temas como “Joawawana”.
Depois de ter passado por várias editoras como são os casos da Rádio Moçambique, J.B Recording, nos últimos tempos tem estado a trabalhar com a Olá África. No seu último trabalho discográfico, lançado recentemente, Joana Coana, que já ganhou prémios nas paradas musicais promovidas pela Rádio Moçambique, o Top Feminino, onde apela às mulheres para que não usem o seu organismo como depositário de drogas, uma situação que muito se assiste com raparigas que vão ao Brasil com este propósito, muitas das quais acabam caindo nas malhas da Polícia.
Pertence a uma geração de ouro, onde figuram nomes como Safira José, Rosália Mboa, Helena Nhantumbo, Júlia Mwitu. E nos últimos tempos não tem aparecido com muita frequência nos palcos, apesar de ser uma cantora com muitos admiradores e um clube de fãs bastante alargado.
FESTA DE NANANDO COM AMIGOS E GUITARRAS
O GUITARRISTA Nanando completa mais um aniversário natalício. E para o efeito, ele vai actuar no Bar dos Amigos, localizado no Magoanine-CMC, arredores da capital do país. Neste concerto, vai tocar temas da sua criação, para além de outros de grandes nomes da música moçambicana e de outras paragens do mundo, como são os casos de Fanny Mpfumo, Jimmy Dludlu.
Nanando é um guitarrista que não só delicia a plateia pela maneira como tacteia a guitarra. Nascido no Bairro de Chamanculo, onde dá os seus primeiros toques, Nanando é considerado como o professor de guitarra de Jimmy Dludlu em virtude de ter sido ele que iniciou-lhe na guitarra. Com uma forte aposta nos ritmos de fusão, com destaque para os africanos e o jazz, Nanando integrou as bandas Hokolokwè, Fraze Bappa e teve como companheiros artistas da estirpe de Djacko Maria – pai de Wanda Balói e irmão de Dua.
Chegou a integrar o agrupamento Ghorwane, para além de ter trabalhado muitos anos na África do Sul e na Suazilândia. Depois da desintegração de Hokolokwè, Nanando fundou, com outros elementos, a banda Ngalanga que também continuou a apostar em ritmos de fusão.

JORGE DOMINGOS LANÇA DISCO
MARRABENTA Rio é o título do primeiro disco de Jorge Domingos, produto de um trabalho a solo que ele vem realizando dentro e fora do país. O lançamento do álbum será feito no dia 3 de Abril, às 20:30 horas no Centro Cultural Franco-Moçambicano e terá como convidados a banda Moticoma, o grupo coral Mozdreamer e o Timóteo Cuche. Filho de João Domingos – fundador e líder da banda João Domingos – Jorge Domingos é uma das figuras que se destaca quando se olha para as noites de música em diferentes casas de pasto na cidade de Maputo.
A sua história musical remonta aos anos 70, quando ele era baixista e tocava ao lado de Guilerme Silva. Mais tarde, em 1988, ele deixa o país, rumando para a vizinha África do Sul, onde continua a trabalhar e a realizar pesquisas na área da música. É com base nessas pesquisas que ele descobre a sua paixão pela guitarra solo, integrando, primeiro a banda Pongolo, com quem chegou editar um trabalho discográfico. Mais tarde fez parte do agrupamento Sindicate Sisters, nos anos 90. Um dos momentos mais altos na sua carreira foi quando o músico acompanhou a popularíssima Brenda Fassie, a rainha da música sul-africana.
Depois integrou a banda de Gito Baloi, brutalmente assassinado em 2004, na África do Sul. E enquanto trabalhou com Gito Baloi, ele esteve ligado à banda Tananas, tendo registado um trabalho discográfico. Após a morte de Balói, ele regressou ao país, onde actualmente se encontra. Em 2007 acompanhou, com outros músicos, Chico António à França para uma série de digressões naquele país europeu.
Ele tem acompanhado vários músicos moçambicanos em diferentes ocasiões em palcos grandes e nas casas de pasto. Compõe ainda a banda residente do café Gil Vicente, sendo actualmente uma das referências nos guitarristas da sua geração, devido à forma peculiar como trata a guitarra solo.
OFICINA DE ARTES NO “FRANCO-MOÇAMBICANO”
A ESCOLA de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em arceria com a L’École Nationale Supérieure d’Art Dramatique de La Comédie de Saint-Etienne (Centre Dramatique National) e a companhia Lezárd Dramatique encerram hoje, em Maputo, um intercâmbio artístico que vinha decorrendo desde o passado dia 24 deste mês.
O intercâmbio artístico consistia em oficinas de teatro por um período de dez dias em diferentes espaços da cidade, tais como Centro Cultural Universitário (CCU), Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), com a participação de jovens artistas (estudantes) e profissionais moçambicanos, franceses e sul-africanos. Este intercâmbio euro-africano, que teve início a 5 de Março em Joanesburgo, durante duas semanas, é denominado Kukuga Melancólica Sistema 10 e está sob a direcção artística e pedagógica do encenador francês Jean-Paul Delore.
Esta kukuga, cozinhado cheio de piripiri, explorará sonhos e verdades da viagem, da pertença, de si mesmo, do outro… porque somos carregados ao nível mais profundo de nós mesmos, de mal-entendidos, dos não-dito e segredos históricos. Assim sendo, em Maputo, tal como foi em Joanesburgo, a proposta é a de fazer um encontro de criação, de partilha e de confrontação e de conhecimento do outro, entre os 19 alunos (cinco alunos moçambicanos do curso do teatro da ECA, cinco sul-africanos e nove franceses). E ao longo deste período eles trabalharão conjuntamente em oficinas de teatro que culminarão com apresentações para o público, no Centro Cultural Universitário, Campus Universitário da UEM e Centro Cultural Franco-Moçambicano, e em diversos outros espaços públicos da cidade, como paragens de chapas e parques.
Este projecto tem apoios da Cooperação Francesa em Maputo e Joanesburgo, da Pro Helvetia, do Instituto Francês na África do Sul, do Centro Cultural Franco-Moçambicano e da Universidade Eduardo Mondlane. E a Lézard Dramatique tem uma convenção com o Ministério da Cultura e da Comunicação da França (Drac Rhône-Alpes) e da Região Rhône-Alpes.
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