CENTENAS de jovens oriundos de diversos pontos das cidades de Maputo e Matola participaram, sábado (31/02/2009), num espectáculo promovido pela Associação Thumba Sound e que tinha em vista a transmissão de mensagens visando a sensibilização da sociedade quanto ao perigo que esta pandemia representa para os moçambicanos e para o resto da humanidade.
O espectáculo decorreu no Auditório Municipal Carlos Tembe (antigo Cinema 700).
O evento foi abrilhantado por grupos de jovens que se dedicam à produção de ritmos hip hop, e serviu para transmitir mensagens de combate à violência, sobre a necessidade de combater a discriminação e estigmatização.
O espectáculo decorreu no Auditório Municipal Carlos Tembe (antigo Cinema 700).
O evento foi abrilhantado por grupos de jovens que se dedicam à produção de ritmos hip hop, e serviu para transmitir mensagens de combate à violência, sobre a necessidade de combater a discriminação e estigmatização.
Mas, sobretudo, os jovens artistas falaram da abstinência e fidelidade, bem como do uso do preservativo como os meios mais seguros para travar a incidência desta doença.
Com a sala completamente cheia, o espectáculo foi animado por jovens músicos, que não só exibiram o seu talento, em termos musicais, como também demonstraram estar conscientes da urgência em lutar para acabar, ou pelo menos minimizar os efeitos que o HIV/SIDA cria no seio da sociedade moçambicana.
O “show” arrancou às 19 horas e contou com a participação de pessoas de diferentes extractos sociais, na sua maioria jovens que se manifestaram preocupados com a problemática da SIDA e em obter mais informações sobre a doença.
Por outro lado, os jovens responderam ao apelo lançado pela Associação Thumba Sound, que era de trazer artigos não perecíveis para oferecer a crianças órfãs e vulneráveis.
Da maior parte dos produtos que foram entregues, destaca-se material escolar e algumas peças de vestuário. A entrega de material escolar demonstra a sensibilidade dos jovens para a necessidade de se formarem para que amanhã sejam os archotes que vão iluminar os destinos do país.
O jovem rapper Metafórico abriu a sala e, não fugindo à regra, mostrou que a actuação daquela noite em termos musicais seria boa. Para além de uma boa actuação, ele deixou a sua mensagem de combate à SIDA.
Mary G é uma jovem cantora e, por sinal, uma das poucas artistas insistentes no panorama do hip hop. Neste espectáculo ela demonstrou atitude para o rap, não se esquecendo ainda de referenciar que a abstinência e a fidelidade são as duas maneiras mais eficazes na luta contra a doença.
Depois entrou o jovem Aising, que, também, não fugindo à regra, continuou a transmitir calor ao público que já estava extasiado. Para ele, e na mesma senda da Mary G, a abstinência e a fidelidade são as bases para que se viva durante muitos anos sem o HIV.
Ainda na componente musical, subiu ao palco Classe Neutra, que mostrou ser um MC de cenário, ao aparecer no palco com um cenário completamente diferente dos outros jovens músicos. Classe Neutra é um daqueles rappers que abordou de tudo que ocorre na sociedade, desde a situação política e social aos problemas culturais. Com esta sua atitude, ele conseguiu distinguir-se dos outros e, por via disso, destacou-se como um dos melhores MC’s em palco naquela noite, ele que ainda fez uma performance relacionada com o combate à SIDA.
Tivemos ainda na noite de sábado a presença do psicólogo Gilberto Matsinhe, que falou da importância da Psicologia na luta contra a SIDA e apontou o teste como uma das armas mais importantes para travar o recrudescimento da doença.
Segundo disse, só fazendo o teste do HIV é que podemos saber o nosso estado de seropositividade e, a partir daí, planificaremos melhor as nossas vidas e traçaremos metas e objectivos a alcançar. No entanto, avançou, isso não significa que o viver com a Sida nos coarcta a possibilidade de alcançarmos as metas, antes pelo contrário, isso pode servir de estímulo para todas as nossas realizações, pois passamos a viver positivamente.
Uma das intervenções mais emocionantes da noite foi da jovem Dalila, que representa a Associação Horizonte Azul, que lida com crianças desfavorecidas, e a quem os produtos oferecidos foram canalizados.
Explicou que lidar com crianças vulneráveis não é tarefa fácil, o que foi sustentado pelas imagens que iam sendo projectadas, ao longo do espectáculo, sobre o ciclo de pobreza em que muitas vivem. Isso contraria a ideia de que a pobreza só se manifesta nas crianças das zonas recônditas, mas ela é também visível nas zonas que circundam a cidade de Maputo.
O jovem Carlos Matos, da Embaixada dos Estados Unidos da América, falou da importância do teste e elucidou os jovens sobre os números da doença no país.
Disse que o nosso país continua a registar índices elevados de pessoas vivendo com o vírus, o que mostra a preocupação de todos os segmentos da população em mudar esta situação.
A segunda parte do evento foi reservada a música, tendo começado com grupos do município da Matola, como é o caso de Big Host, que esteve ao lado de Devil Drain. Também subiu actuou grupo Alize que continuou na mesma espiral dos que haviam subiu ao palco. A noite foi fechada pela banda Thumba Sound que continuou a transmitir calor à plateia e mensagens de esperança e da necessidade de travar a incidência do Sida no país e em todo o mundo.
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