O MÚSICO Stewart é a nossa personalidade do ano no domínio da cultura. A sua criatividade, entrega e maturidade vieram ao de cima ao longo de 2008, por força do disco “Nkuvu”, que editou em finais de 2007. Stewart Sukuma foi, este ano, a principal figura no campo dos espectáculos, que ele logrou fazê-los com um nível de produção raramente visto no nosso contexto e particularmente no que a artistas moçambicanos se refere.
Antes dos concertos – que ele fez “aos montes” desde os princípios deste ano –, o grande mérito do autor de “Nkuvu” foi precisamente a produção deste disco. Como fazem poucos dos nossos artistas, o músico investigou ritmos de um pouco por toda a parte deste Moçambique e fê-los desaguar na marrabenta que é, incontestavelmente, a bandeira do nosso país no que à música diz respeito. E “Nkuvu” acabou por ser, ao fim e ao cabo, uma celebração e uma consagração da marrabenta.
Antes dos concertos – que ele fez “aos montes” desde os princípios deste ano –, o grande mérito do autor de “Nkuvu” foi precisamente a produção deste disco. Como fazem poucos dos nossos artistas, o músico investigou ritmos de um pouco por toda a parte deste Moçambique e fê-los desaguar na marrabenta que é, incontestavelmente, a bandeira do nosso país no que à música diz respeito. E “Nkuvu” acabou por ser, ao fim e ao cabo, uma celebração e uma consagração da marrabenta.
Porque o ritmo mais divulgado da música moçambicana não se pode fechar em si mesmo, resumido a um artista ou a uma pequena porção deles circunscritos às fronteiras nacionais, Luís Pereira (o nome de registo do consagrado compositor e intérprete) fez questão de internacionalizá-la. Cantou com estrelas internacionais como o congolês Lokua Kanza – um grande amigo de Moçambique, tal é a frequência com que tem cá vindo actuar –, o angolano Bonga ou a brasileira Elizah.
Com estes e outros nomes, nomeadamente Hortêncio Langa (de quem recriou o tema “A Lirhandzo”, originariamente cantado por este, Arão Litsuri e João Cabaço no conjunto Alambique), Jimmy Dludlu, Costa Neto, Arthur Maia, Sheila Jesuíta ou Luís Represas, foi encantando Moçambique através de muitos espectáculos que merecem estar na galeria dos melhores de 2008, com destaque alguns dos que fez no contexto do programa “Verão Amarelo”.
Num nível mais particular, 2008 foi particularmente fabuloso para Stewart porque ele concentrou em si toda a popularidade que podia ser dedicada a um só músico. A sua canção “Felisminha”, do disco “Nkuvu”, destacou-se como a mais preferida dos vários ouvintes da Rádio Moçambique que votaram para o prémio Canção Mais Popular do ano no Top Ngoma, a principal parada musical do país.
Tal como “Felisminha”, do disco “Nkuvu” foram motivo de celebração ao longo de 2008 temas como “A Lirhandzo”, “Wulombe” (com que pôs uma brasileira a cantar em tsonga), “Hita Kina Marrabenta” ou “Olumwengo”.
Por todo este protagonismo, que veio de muita entrega numa modalidade cultural nos últimos anos dominado por produções néscias, sobretudo as feitas por certa vaga de jovens novatos nestas lides, consideramos ser Stewart uma figura consensual para figura do ano no campo cultural. Muito também por ser ele uma figura que navega perfeitamente, em termos de preferência, entre as gerações (em conflito?) de músicos ou de simples amantes desta modalidade cultural.
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