O país é rico em exímios guitarristas, percussionistas, baixistas, bateristas, saxofonistas, flautistas, teclistas entre outros. Todavia, infelizmente já não se pode dizer o mesmo quando se fala do bandolim. Este instrumento, é até este momento o único que é executado por um único músico conhecido: Ernesto Ndzevo “Ximanganine” da banda “Os Galtons”. E Ndzevo está triste com isso. Na sua óptica, não é razoável nem compreensível que até hoje o seu bandolim ainda não tenha um único “continuador”. Estranhamente, num país cheio de valores. Particularmente a nova geração de instrumentistas.
Ernesto Ndzevo foi entrevistado há dias pelo “Notícias”, a propósito da saída do álbum “Os Galletones Vol.1”. Na conversa ele fala do álbum que pretende homenagear os ex-colegas da sua banda perecidos, nomeadamente, Abílio Mandlaze, Aurélio Mondlane e Salomão Muchanga.
Ximanganine conta que ele “herdou” o bandolim das mão do rei Fany Pfumo. Foi com esse instrumento que Fany compôs parte do seu vasto repertório: músicas emblemáticas como "Gerogina", "Famba ha hombe", "Hodi", "Avasati vá lomu", "Vá ta famba vá ni siya" ( só para citar alguns que são verdadeiros hinos da música moçambicana).
Conta que Fany Pfumo, era exímio e mestre de bandolim e na sua qualidade de defensor da marrabenta sempre soube transmitir os seus conhecimentos a outros cantores, caso dele próprio.
O bandolim que ele toca, é propriedade da Rádio Moçambique. Pertencia a Orquestra Sinfónica da Rádio Clube de Moçambique, antes da Independência.
Hoje, Ximanganine está preocupado com a falta de um continuador deste instrumento. Para ele, não é de todo compreensível que neste momento, ele continue a ser o único a dedilhar este instrumento.
E por ironia do destino, o próprio Ximanganine com oito filhos, (quatro rapazes e restantes meninas), nenhum seguiu a arte do pai. Ou seja, nenhum toca bandolim nem qualquer outro instrumento.
A este propósito, recorda que no tentado dar aulas de bandolim na Casa da Cultura do Alto-Maé, mas o projecto redundou num fracasso. Conta que inicialmente hoje muita aderência, mas aos poucos o entusiasmo se esvaneceu.
Questionado sobre as causas, ele fala, em primeiro lugar, de um mercado que não comercializa este tipo de instrumentos musicais. “nas lojas de especialidade vende-se um pouco de tudo, desde chocalhos, bateria, guitarras, flautas, saxofones, trompetes, congas, pianos etc. Mas não se vende o bandolim, nem os seus acessórios”.
Prossegue, “a falta de instrumentos levou a que os meus alunos desistissem. Eles não podiam praticar sozinhos em casa. Para além de que o meu bandolim era o único...Eles mostravam vontade de aprender, mas infelizmente não tinham condições materiais para continuarem. E foi assim que a turma mais tarde, se reduziu a nada”.
Ernesto Ndzevo foi entrevistado há dias pelo “Notícias”, a propósito da saída do álbum “Os Galletones Vol.1”. Na conversa ele fala do álbum que pretende homenagear os ex-colegas da sua banda perecidos, nomeadamente, Abílio Mandlaze, Aurélio Mondlane e Salomão Muchanga.
Ximanganine conta que ele “herdou” o bandolim das mão do rei Fany Pfumo. Foi com esse instrumento que Fany compôs parte do seu vasto repertório: músicas emblemáticas como "Gerogina", "Famba ha hombe", "Hodi", "Avasati vá lomu", "Vá ta famba vá ni siya" ( só para citar alguns que são verdadeiros hinos da música moçambicana).
Conta que Fany Pfumo, era exímio e mestre de bandolim e na sua qualidade de defensor da marrabenta sempre soube transmitir os seus conhecimentos a outros cantores, caso dele próprio.
O bandolim que ele toca, é propriedade da Rádio Moçambique. Pertencia a Orquestra Sinfónica da Rádio Clube de Moçambique, antes da Independência.
Hoje, Ximanganine está preocupado com a falta de um continuador deste instrumento. Para ele, não é de todo compreensível que neste momento, ele continue a ser o único a dedilhar este instrumento.
E por ironia do destino, o próprio Ximanganine com oito filhos, (quatro rapazes e restantes meninas), nenhum seguiu a arte do pai. Ou seja, nenhum toca bandolim nem qualquer outro instrumento.
A este propósito, recorda que no tentado dar aulas de bandolim na Casa da Cultura do Alto-Maé, mas o projecto redundou num fracasso. Conta que inicialmente hoje muita aderência, mas aos poucos o entusiasmo se esvaneceu.
Questionado sobre as causas, ele fala, em primeiro lugar, de um mercado que não comercializa este tipo de instrumentos musicais. “nas lojas de especialidade vende-se um pouco de tudo, desde chocalhos, bateria, guitarras, flautas, saxofones, trompetes, congas, pianos etc. Mas não se vende o bandolim, nem os seus acessórios”.
Prossegue, “a falta de instrumentos levou a que os meus alunos desistissem. Eles não podiam praticar sozinhos em casa. Para além de que o meu bandolim era o único...Eles mostravam vontade de aprender, mas infelizmente não tinham condições materiais para continuarem. E foi assim que a turma mais tarde, se reduziu a nada”.
1 comentário:
e de exalter a forca de vontade que o Vovo Ximanganine tem em ensinar este instrumento harmonico e melodico que e o bandolim,
confesso que a minha primeira impressao foi fantastica.
Ver e ouvir os solos feitos quando crianca a serem dedilhados e ser proporcionada a chance de poder ser eu a tocar foi magnifico.
bem haja a vontade do vevo Ximanganine de ensinar, e que venham mais curiosos, amantes da musica que queiram dar continuidade a este instrumento.
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