VENÂNCIO Mbande, homem cuja vida e obra se confundem com a timbila, variedade cultural que já levou Inhambane o país a altos voos, é incontornável no fábrico e organização de uma orquestra. Deste “montro” do ritmo já reconhecido mundialmente, nada a falar. Mbande é também mestre – e igualmente referência - no fabrico da própria timbila, o instrumento que dá nome ao célebre ritmo chope.
Por estes dias, que se fala da representatividade das províncias na fase final do V Festival Nacional de Cultura, que terá lugar em Julho em Xai-Xai, o grupo de Venâncio Mbande não é, todavia, o eleito de Inhambane. Haverá timbila, sim, mas do rival de Mbande, o Timbila de Muane.
É um grupo composto na maioria por jovens que já deram cartas de verdadeiros continuadores da dança. Executam a timbila e fundem o ritmo com o xingomane; não foi necessário muito trabalho para classificar e declarar vencedores da fase provincial do festival em Inhambane. A competição de apuramento teve lugar recentemente na Escola Secundária de Muele-Muele, naquela província, onde um júri avaliou centenas de artistas provenientes de todos os 14 distritos da chamada terra de boa gente.
Por estes dias, que se fala da representatividade das províncias na fase final do V Festival Nacional de Cultura, que terá lugar em Julho em Xai-Xai, o grupo de Venâncio Mbande não é, todavia, o eleito de Inhambane. Haverá timbila, sim, mas do rival de Mbande, o Timbila de Muane.
É um grupo composto na maioria por jovens que já deram cartas de verdadeiros continuadores da dança. Executam a timbila e fundem o ritmo com o xingomane; não foi necessário muito trabalho para classificar e declarar vencedores da fase provincial do festival em Inhambane. A competição de apuramento teve lugar recentemente na Escola Secundária de Muele-Muele, naquela província, onde um júri avaliou centenas de artistas provenientes de todos os 14 distritos da chamada terra de boa gente.
Se timbila já não constitui novidade no país e no mundo, o mesmo não se pode dizer do xigubo, estilo de dança típico predominantemente das províncias de Maputo e Gaza e preferida também no centro e norte de Inhambane. Aliás, em tempos idos Funhalouro, com Xigubo de Tomé, viajou para a Europa em representação do país num evento cultural onde os seus integrantes foram conhecidos como os guerreiros de Inhambane. A dança nunca parou e arrasta multidões, ao ponto de ser adoptada para ritos tradicionais ou mesmo em visitas oficiais àquele distrito.
Para o Festival de Xai-Xai, em Julho, Inhambane leva também consigo, para a dança, os Guerreiros de Tambajane, jovens que pertenceram à Renamo nos seus tempos de movimento guerrilheiro. Tambajane é o lugar de onde provém este grupo e em tempos foi um acampamento de Matsangaíça.
Itae Meque, governador de Inhambane, na sua governação aberta, escalou aquela região e pernoitou na antiga base e descobriu o grupo potencialmente bom na dança. Na festival provincial o grupo conquistou a terceira posição, suficiente para merecer a confiança do júri na selecção dos melhores para representar Inhambane em Xai-Xai.
A fase provincial do V Festival Nacional de Cultura em Inhambane, vivido com grande emoção dentro e fora dos palcos. A participação do grupo de Tambajane encheu de expectativa todos quanto se dignaram testemunhar os espectáculos. No seio dos artistas, esta participação também gerou alguma curiosidade, pois os dançarinos dos outros grupos, ávidos em conhecer as capacidades dos “rivais” de Tambajane, dividiam o seu tempo entre essa curiosidade e as suas próprias actuações.
Fonte : Jornal Notícias
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