SE ontem é memória, hoje – ou ahoje, como escreveu num poema Luís Carlos Patraquim, satirizando a língua portuguesa – é o dia em que podemos fazer algo. No fragmento de tempo que vai desta quinta-feira até 16 de Agosto um acontecimento artístico e cultural importante se estende sobre alguns nobres espaços artísticos de Maputo: um intercâmbio entre fazedores de arte moçambicanos, portugueses e galegos.
“Ahoje é Ahoje: identidades partilhadas”, é como é denominado este evento, cujos promotores são o Teatro Avenida, grupo musical Timbila Muzimba e Promédia (Moçambique), Trigo Limpo Teatro ACERT e GESTO/Identidades (Portugal) e o músico da região espanhola da Galiza Fran Pérez. Pérez, que tem como nome artístico NARF, é um velho conhecido dos palcos moçambicanos e simboliza uma certa relação afectuosa entre galegos e moçambicanos, pois tem vindo a desenvolver projectos conjuntos por exemplo com artistas do Timbila Muzimba.
No âmbito do “Ahoje é Ahoje” serão apresentados espectáculos de teatro e música, exposições de artes plásticas, edições e acções de formação. O dia de hoje está reservado à abertura oficial do evento, no Teatro Avenida, com a intervenção, para um momento musical e poético, de todos os artistas envolvidos. Também abrirá uma exposição fotográfica, intitulada “14 Anos Partilhando Maningue”.
O tema da mostra refere-se da já considerável longevidade de relações entre artistas moçambicanos e portugueses no âmbito do programa Identidades, envolvendo sobretudo as companhias teatrais Mutumbela Gogo e Trigo Limpo bem como a Escola Nacional de Artes Visuais.
Entretanto, o principal destaque deste festival será a estreia, em palcos moçambicanos, da peça teatral “Chovem Amores na Rua do Matador”, baseada num texto inédito dos escritores moçambicano Mia Couto e angolano José Eduardo Agualusa. Este espectáculo, já exibido em Lisboa e Luanda no corrente ano, terá como palco em ar moçambicano o Teatro Avenida. O Trigo Limpo é que apresenta a peça, que divulga a combinação da criatividade de dois talentos que livro a livro confirmam a sua grandeza no contexto da literatura em língua portuguesa.
No dia do aniversário 63 da destruição de Nagasaki pelas bombas atómicas norte-americanas – um dos marcos finais da II Guerra Mundial –, o “Ahoje é Ahoje” traz ao público moçambicano um novo produto literário: “Leite de Vasconcelos Dito e Musicado”. É um livro que revive a memória e o talento do falecido jornalista e escritor moçambicano Leite de Vasconcelos, que guarda o seu nome num lugar especial da nossa história e na dos outros: foi ele quem proferiu, como locutor, a primeira estrofe de “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, canção que serviu como senha do 25 de Abril de 1974 em Portugal e nas agora ex-colónias.
Também no 9 de Agosto o Trigo Limpo apresentará, no Avenida, “A Cor da Língua”.
Domingo será dia de chuva no “Ahoje”. Choverá amor na rua do matador, segundo recado de Mia Couto e Agualusa dado ao Trigo Limpo. Esta peça é o destaque de todo o festival, merecendo por isso uma segunda exibição. A festa dominical deste encontro cultural também terá direito a música, com destaque para a actuação no Centro Cultural Franco-Moçambicano dos co-organizadores Timbila Muzimba.
Na próxima semana o “Ahoje é Ahoje” decorrerá de terça a sexta-feira, com a inclusão no programa da Casa Velha, que acolherá, terça-feira, uma noite “MoçamPortuGalicia”, em que “A Cor da Língua” juntará, para além do Trigo Limpo que a apresenta esta semana, os artistas do Mutumbela Gogo, Timbila Muzimba, Escola de Artes Visuais, NARF e músicos moçambicanos convidados.
Na quarta-feira, NARF junta-se a Manecas Costa no Teatro Avenida, no que se adivinha ser um concerto de dar gosto.
Nos últimos dois dias do evento o Mutumbela Gogo vai abrilhantar as sessões apresentando, quinta-feira, as “As Filhas de Nora”, e na sexta-feira “Mulher Asfalto”, um monólogo de Lucrécia Paco.
O dia de encerramento será também marcado por um encontro dos artistas envolvidos no “Ahoje é Ahoje” com a comunidade da Massaca, em Boane. Será a ela entregue a receita de todos os espectáculos, num gesto humanitário dos artistas, que actuam gratuitamente no festival.
“Ahoje é Ahoje: identidades partilhadas”, é como é denominado este evento, cujos promotores são o Teatro Avenida, grupo musical Timbila Muzimba e Promédia (Moçambique), Trigo Limpo Teatro ACERT e GESTO/Identidades (Portugal) e o músico da região espanhola da Galiza Fran Pérez. Pérez, que tem como nome artístico NARF, é um velho conhecido dos palcos moçambicanos e simboliza uma certa relação afectuosa entre galegos e moçambicanos, pois tem vindo a desenvolver projectos conjuntos por exemplo com artistas do Timbila Muzimba.
No âmbito do “Ahoje é Ahoje” serão apresentados espectáculos de teatro e música, exposições de artes plásticas, edições e acções de formação. O dia de hoje está reservado à abertura oficial do evento, no Teatro Avenida, com a intervenção, para um momento musical e poético, de todos os artistas envolvidos. Também abrirá uma exposição fotográfica, intitulada “14 Anos Partilhando Maningue”.
O tema da mostra refere-se da já considerável longevidade de relações entre artistas moçambicanos e portugueses no âmbito do programa Identidades, envolvendo sobretudo as companhias teatrais Mutumbela Gogo e Trigo Limpo bem como a Escola Nacional de Artes Visuais.
Entretanto, o principal destaque deste festival será a estreia, em palcos moçambicanos, da peça teatral “Chovem Amores na Rua do Matador”, baseada num texto inédito dos escritores moçambicano Mia Couto e angolano José Eduardo Agualusa. Este espectáculo, já exibido em Lisboa e Luanda no corrente ano, terá como palco em ar moçambicano o Teatro Avenida. O Trigo Limpo é que apresenta a peça, que divulga a combinação da criatividade de dois talentos que livro a livro confirmam a sua grandeza no contexto da literatura em língua portuguesa.
No dia do aniversário 63 da destruição de Nagasaki pelas bombas atómicas norte-americanas – um dos marcos finais da II Guerra Mundial –, o “Ahoje é Ahoje” traz ao público moçambicano um novo produto literário: “Leite de Vasconcelos Dito e Musicado”. É um livro que revive a memória e o talento do falecido jornalista e escritor moçambicano Leite de Vasconcelos, que guarda o seu nome num lugar especial da nossa história e na dos outros: foi ele quem proferiu, como locutor, a primeira estrofe de “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, canção que serviu como senha do 25 de Abril de 1974 em Portugal e nas agora ex-colónias.
Também no 9 de Agosto o Trigo Limpo apresentará, no Avenida, “A Cor da Língua”.
Domingo será dia de chuva no “Ahoje”. Choverá amor na rua do matador, segundo recado de Mia Couto e Agualusa dado ao Trigo Limpo. Esta peça é o destaque de todo o festival, merecendo por isso uma segunda exibição. A festa dominical deste encontro cultural também terá direito a música, com destaque para a actuação no Centro Cultural Franco-Moçambicano dos co-organizadores Timbila Muzimba.
Na próxima semana o “Ahoje é Ahoje” decorrerá de terça a sexta-feira, com a inclusão no programa da Casa Velha, que acolherá, terça-feira, uma noite “MoçamPortuGalicia”, em que “A Cor da Língua” juntará, para além do Trigo Limpo que a apresenta esta semana, os artistas do Mutumbela Gogo, Timbila Muzimba, Escola de Artes Visuais, NARF e músicos moçambicanos convidados.
Na quarta-feira, NARF junta-se a Manecas Costa no Teatro Avenida, no que se adivinha ser um concerto de dar gosto.
Nos últimos dois dias do evento o Mutumbela Gogo vai abrilhantar as sessões apresentando, quinta-feira, as “As Filhas de Nora”, e na sexta-feira “Mulher Asfalto”, um monólogo de Lucrécia Paco.
O dia de encerramento será também marcado por um encontro dos artistas envolvidos no “Ahoje é Ahoje” com a comunidade da Massaca, em Boane. Será a ela entregue a receita de todos os espectáculos, num gesto humanitário dos artistas, que actuam gratuitamente no festival.
Maputo, Quinta-Feira, 7 de Agosto de 2008:: Notícias
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